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História Diabolik Memories - Twenty-nine


Escrita por: querida_mary

Notas do Autor


Ooooooola ❤

Minha sessão de capítulos para por aqui, não sei que dia que volto TALVEZ segunda

Espero que gostem ❤

Capítulo 29 - Twenty-nine


"Ninguém sabe o que aconteceu, ela se jogou da janela do quinto andar. Nada é fácil de entender" Pais e Filhos - Legião Urbana

 

 

Em alguma casa distante

- Por favor não faça isso comigo, eu nunca te fiz nada.

Escutava-se uma voz chorosa. Um pedido de súplica. 

- Isso acontece com todos. Infelizmente, pra você, é agora. 

- Por favor, eu nunca fiz nada com ninguém. 

- Se mentir será pior. 

Um soco. Um corpo de uma garota desmaiado no chão. Um homem observando seu serviço. 

Mansão dos Sakamaki's

- Tem certeza que ela não vai fazer nada? - Perguntou Ayato. - 

- Não sei. - Disse Subaru. - O jeito que ela ficou, os olhos dela. Estava emanando uma sede de sangue impressionante. 

- Seria meio ilógico ela fazer algo, foi apenas um tapa e algumas palavras idiotas. - Disse Laito. - No mínimo ela vai fazer a mesma coisa. 

- Ela só estava com raiva. Como ela mesmo disse, vai fazer bulliyng apenas. - Disse Reiji. - 

- Parem com isso, estão fazendo uma tempestade em copo d'água. Ela não irá fazer nada e vocês sabem. - Disse Shuu, irritado por estarem conversando sobre a menina de novo. - 

- Se estão preocupados vão lá ver ela dormir, de novo. - Disse Kanato, dando ênfase no de novo. - 

- Tsc, não irei fazer isso. - Disse Subaru. - 

O albino desapareceu, sendo imitado pelos outros irmãos. 

Quarto de Akame

A garota estava deitada, bem acordada observando a porta. Não havia pregado os olhos. 

Pensava em tudo e em nada ao mesmo tempo. Pensava no motivo de tudo isso estar acontecendo e pensava que simplesmente não tinha motivo. Pensava em qual seria a conclusão de todos esses acontecimento e chegava a conclusão de que a própria conclusão não existia. 

Estava confusa demais. 

Esperava um sinal. 

Esticou seu braço esquerdo até a estante ao lado da cama e abriu a gaveta, pegando um frasco e virando o líquido vermelho na boca.

- Olá, Bitch-chan. - Ouviu a voz de Laito ao seu lado, mas não virou a cabeça para olhá-lo, nem o respondeu. - 

- Tudo bem com você? - Ele disse, manhoso, em uma tentativa falha de puxar algum assunto com a garota. - 

Laito sabia que aquela tentativa de conversa era inútil, Akame simplesmente não queria falar.

O vampiro segurou de leve o queixo de Akame, virando o rosto da menina contra si. Ele encarava a face dela, cada centímetro quadrado era visto por ele, visão que não o agradava em nada. Akame estava mais pálida que o normal, sem seu sorriso de deboche/ironia/sarcasmo no rosto. Seus olhos que sempre foram vermelhos vivos estavam cobertos por algo sombrio e uma presença horripilante, talvez ódio e morte. 

Laito pegou o braço de Akame, e puxou a garota para majs perto de seu corpo. Akame simplesmente foi, igual uma boneca. Sem reclamar ou ae defender.

Ficou por alguns minutos sentindo o coração de Akame bater calmamente quando, sem nenhum aviso prévio, mordeu o pescoço da garota. Akame segurou as fronhas do travesseiro pelo susto e pela dor repentina. 

Logo Laito a soltou, vendo o sangue escorrer pelos dois furos em seu pescoço. 

- Doeu, Bitch-chan? - Disse Laito, vendo que Akame ainda segurava a fronha do travesseiro. - 

Akame olhou no fundo dos olhos verdes meio castanhos de Laito, de um jeito como se visse a alma corrompida do vampiro. A garota segurou Laito pela gola da camisa e o prensou contra a cabeceira da cama, com certa força. A mesma abriu a boca mostrando suas presas e aproximou do pescoço de Laito. 

O vampiro sentia a respiração de Akame cada vez se aproxima mais de sua pele, logo sentiu as presas dela arranharem seu pescoço, mas não mexeu um milímetro sequer. Queria ver até onde tudo aquilo ia. 

Akame, parou seu movimento quando estava bem próxima da jugular do vampiro. Fechou sua boca e deu um longo suspiro, observando a pele pálida a sua frente. 

Com certa delicadeza, apenas lambeu o pescoço de Laito e sentiu o outro arrepiar. 

Akame soltou o vampiro e se sentou novamente na cama. 

Laito ficou um tanto surpreso pelo que a garota acabara de fazer, tinha certeza que teria seu sangue drenado ali, e que deixaria ela o fazer. 

- Vá embora. - Disse Akame, sem olhar para o vampiro ao seu lado. - 

Sua voz estava fria e cortante. Não havia sequer vontade de viver ali. Estaba direta e grossa. Horripilante. 

Laito apenas sorriu e desapareceu.

Algum tempo depois

19:42 da noite. 

Akame havia ficado o dia inteiro deitada na cama. A única "pessoa" que havia visto era Laito. 

Com muito desânimo, levantou-de e se pos a andar até o banheiro, ainda teria que se arrumar para mais um dia de aula. 

Abriu a torneira, vendo a banheira se encher de água quente. Se despiu e entrou em seu pequeno oceano. 

Podia relaxar um pouco, tirar toda aquela tensão de seus músculos e esvaziar um pouco a cabeça. 

Saiu após alguns minutos e foi para seu quarto, enrolada em sua toalha branca. 

Vestiu seu uniforme e caminhou até a estante. Bebeu mais um frasco de sangue e se sentou, aguardando a hora do jantar. 

Algum tempo depois

- Jantar. - Escutou Reiji bater na porta, duas vezes como de costume. - 

Akame saiu de uma enorme bolha de pensamentos com o barulho causado por Reiji. O agradeceu mentalmente. 

Se levantou e respirou fundo, logo expirando. Assim pegando alguma coragem para ver todos os irmãos novamente. 

Se pos a andar até a cozinha. 

Cozinha

Akame chegou a porta e sentiu o olhar de todos os irmãos sobre si. 

Odiava ser a última a chegar. 

Sem dizer uma única palavra apenas caminhou até sua cadeira, onde se sentou e comeu em silêncio, logo se levantou e foi embora, igualmente em silêncio. 

- Bons modos... - Disse Reiji, arrumado os óculos. - 

Akame virou-se para trás, pegando sua saia e dobrando as pernas em um 8, dando aquele clássico comprimento de moças, mexendo a saia. Logo a garota de virou e se pos a andar até a sala. 

- Calar a boca às vezes é bom. - Disse Ayato. - 

- Igualmente digo a você. - Disse Kanato. - 

Sala

Akame estava deitada no sofá, com o antebraço direito sobre os olhos. A luz estava encomendando. 

Do nada, começou a escutar alguma música desconhecida por ela, bem próximo a seu ouvido; fones. E logo sentiu alguém escorregar pelo sofá e se sentar no chão. 

- Escute. - Disse Shuu, tombando a cabeça no sofá. - 

Akame ficou um pouco confusa, mas logo colocou o fone no ouvido e começou a escutar as músicas do vampiro. 

- Saia do chão e vá para o sofá. Não tem necessidade de ficar dividindo seu fone comigo. - Disse Akame, após um tempo escutando as músicas. Sua voz estava fria e cortante, como uma lâmina. - 

Shuu abriu levemente os olhos. 

- Estou bem aqui, e você gosta das músicas. - Disse Shuu. - E não posso deitar em cima de você, pois se não percebeu, está deitada no meu sofá favorito. - Ele apontou para o sofá que Akame se deita, como de costume, o mesmo estava vazio. - 

Akame simplesmente tirou o fone e se levantou, caminhando lentamente até o outro sofá. 

Shuu já havia deitado, como ele mesmo disse, em seu sofá favorito. Esticou o braço e puxou Akame, já que a mesma estava distraída olhando para seu tênis. Akame caiu em cima de Shuu. 

- Escute. - Disse Shuu, colocando o fone no ouvido da garota. - 

Estava igual a outra vez. Akame deitada em cima de Shuu usando um de seus fones. Se arrumou minimamente e fechou os olhos, escutando o concerto de violinos. 

Na Escola

Akame havia ficado em silêncio em todo o caminho, estava igual no caminho do Jardim da escola até o prédio principal. 

- O que está acontecendo? - Disse Laito, olhando que praticamente todos os alunos da escola estavam na entrada. - 

- Por que ninguém está entrando? Não está tão cedo assim. - Disse Kanato, igualmente confuso. - 

Estavam passando atrás de um grupo de garotas que conversavam entre si. 

- Parece que a porta está trancada. - Dizia uma delas. 

- Nem os professores estão conseguindo abrir, estão todos presos aqui fora com a gente. - Disse outra. - 

- Será que não tem aula hoje? - Dizia outra. - 

- Será que aconteceu alguma coisa? - Falou outra. - 

De repente um barulho muito alto foi escutado, como se algo fosse tacado em um dos armários de metal. Os alunos e professores ficaram atentos a porta. Logo um segundo barulho, dessa vez mais alto. Os alunos correram para a porta, todos amontoados querendo saber o motivo de tanta agitação. 

Os Sakamaki's, junto de Akame, caminharam lentamente, cada um se infiltrando no meio a multidão de colegiais, logo conseguindo ficar na "primeira fila". 

Um empurra empurra, gritos de aluno confusos, professores tentando manter a ordem. Tudo estava muito bagunçado. 

Foi escutado mais um barulho de algo batendo em metal. Dessa vez muito mais alto, quase ensurdecedor. Todos os alunos ficaram em silêncio, uns olhando para as caras de confusos dos outros. 

Logo foi escutado um barulho de uma fechadura sendo aberta: a porta foi destrancada. Parece que foi automático, todos os alunos deram um passo para trás. A porta foi se abrindo lentamente, até estar toda escancarada. 

Todas as luzes da escola foram apagadas, inclusive as de fora. Não havia uma luz sequer, já que o céu hoje estava nublado, não havia Lua e nem Estrelas. 

Os alunos foram entrando aos poucos, todos confusos, se espalhando pelo corredor principal da escola. 

- O que está acontecendo aqui? - Disse um aluno qualquer. - 

- O chão está molhado, deve ser algum vazamento de água. - Disse uma aluna, com a voz fina. - 

O escuro só piorava tudo. 

De repente todas as luzes foram acesas. Tudo estava uma claridade, como se o Sol tivesse nascido em 1 minuto. A visão de cada um ficou momentaneamente embaçada, logo se acostumando com a claridade. 

Foi escutado apenas o fino grito de uma garota. 

- Ela...está morta? - Disse um dos professores observando aquela cena horrorizado. - 

Uma garota loira, nua, pendurada de cabeça para baixo no meio do corredor. 

Cortes fundos por todo seu corpo, completamente ensanguentada e sem vida. Claros sinais de agressão e estupro. 

Não havia um local do corpo dessa garota em que não havia um corte. 

No chão; não era água, todo o sangue da garota estava espalhado, pintando o chão de uma coloração vermelho vivo. 

- É a Ino! Ino Yamanaka. - Gritou uma garota, entre as suas várias lágrimas. - 

Várias garotas soltaram gritos altos e finos, choro e correria. Os garotos simplesmente sairam correndo desesperados. Não havia um alguém que não correu, que não gritou ou que não chorou. 

Menos eles. 

- O que aconteceu aqui? - Disse Shuu. - 

- Uai, assassinaram a vadia louca. - Disse Kanato. - 

- E porque? - Disse Reiji. - 

- Uai, não sei, tenho nada haver com ela. - Disse Kanato. - 

- Ela brigou com Bitch-chan, foi a Bitch-chan? - Disse Laito, conversando paralelamente com Subaru. - 

- Impossível, ela não saiu daquela casa ontem nem hoje. - Disse Subaru. - 

- Panqueca, tem algo haver com isso? - Disse Ayato, virando-se para a menina. - 

Todos os irmãos direcionaram o olhar para a garota. 

Akame estava imóvel. Olhando o corpo pendurado de cabeça para baixo com os olhos abertos em espanto. 

- Ela está em choque? - Disse Laito, observando a garota que nem se movimentava. - 

Laito caminhou até Akame e tocou o ombro da garota. Akame virou lentamente o olhar para o vampiro ao seu lado. 

- Bitch-chan? - Disse Laito, olhando nos olhos ds garota a sua frente. - 

Akame também o observava, mas sua mente estava longe. Quando deu por si, seus olhos soltavam várias lágrimas, em uma comparação bem ridicula, pareciam mais uma cachoeira.

- Está chorando? - Disse Ayato. - 

Os joelhos de Akame vacilaram pelo choro. Ela simplesmente escorregou e sentou em meio a todo aquele sangue, para falar a verdade, ela nem havia percebido todo aquele sangue ali. 

- Ela está bem? - Perguntou Subaru, observando a menina sentada no chão. - 

A garota levou suas mãos até a cabeça e a apertou. Apertou como se fosse uma bola, ou uma uva, simplesmente apertou com toda força que tinha. Suas mãos estavam todas ensanguentadas por ter encostado-as no chão, mas não se importou. 

Nada melhorava. 

Akame gritou, gritou alto enquanto apertava sua própria cabeça. 

Gritava de medo, de espanto, culpa, e mais medo. 

Seu choro se tornava cada vez mais intenso mas não se importava. Não importava se todos vissem, ou se ninguém visse, estava sozinha no mundo. 

- O que essa garota tem? - Perguntou Shuu, observando a gritaria da menina. - 

- Ataque de pânico, eu acho. - Disse Reiji. - 

Akame parou de gritar repentinamente. Se instalando um silêncio em todo o corredor. Estava apenas ela, os seis irmãos e o corpo morto. 

Akame virou a cabeça para os irmãos, observando a face de cada um deles. Os irmãos também observavam Akame, vendo ali medo, pavor, angústia e espanto. 

Subaru era o único que observava no fundo dos olhos de Akame, ali ela pedia socorro, tinha claramente muito medo e espanto, mas ao mesmo tempo uma pontada de felicidade. 

Akame simplesmente desmaiou. 

- O quê? Desmaiou porque? - Disse Kanato, vendo o corpo da menina jogado contra o chão cheio de sangue. - 

- Ataque de pânico. - Disse Reiji, agora com certeza em sua voz. - 

Subaru caminhou até a menina e a pegou no colo, ignorando todo o sangue que pingava do seu corpo. 

- Vamos embora. - Disse, simplesmente. - 

- Por favor. - Disse Ayato. - 

Mansão dos Sakamaki's

Todos os irmãos chegaram em casa. Subaru ainda tinha Akame em seus braços. 

Ele ignorou todos os olhares para si e subiu para o quarto da garota. 

Quarto de Akame

Abriu a porta com os pés e entrou, ainda carregando a menina.

- Tem sorte de ser leve. - Disse para a garota, mesmo não esperando resposta alguma. - 

Caminhou com ela até o banheiro e começou a encher a banheira. Tirou cuidadosamente o uniforme da garota, para que não estragasse mais. Colocou-a nua dentro da banheira cheia de água morna, e a segurou para que não afogasse. 

- Imagina só o chilique que ela ia dar se acordasse com você dando banho nela. - Disse Ayato, escorado na porta. - 

- Estou imaginando. - Disse Subaru, enfregando as costas da menina. - 

- Porque está fazendo isso? - Disse Ayato, observando o mais novo. - 

- Ela estava em choque. É o mínimo a se fazer. - Disse Subaru, agora esfregando o cabelo da menina. - 

Subaru pensava no porque da garota ter ficado daquele jeito. Claro, é normal um ataque de pânico naquela situação, mas a garota havia ficado péssima, como se aquilo despertasse algo que ela não gostaria de lembrar. 

- A água já está toda vermelha. - Comentou Ayato. - 

- Tem sangue no cabelo dela ainda. - Disse Subaru, esfregando mais um pouco. O cabelo dela realmente é fofo. - 

Ficaram em silêncio por um tempo, cada um pensando o que quiser. 

- Parece a Kamiko. - Disse Ayato, repentinamente. - 

- Não é nada haver. - Disse Subaru, encarando Ayato com um olhar sanguinário. - 

Ayato apenas sorriu de canto. 

Subaru puxou Akame para fora da água e pegou uma toalha, começando a seca-la, com cuidado. 

- Até que ela é bonita. - Disse Ayato, observando o corpo da garota. - 

- Baixou o Laito? - Disse Subaru. - 

Por incrível que pareça Subaru se dava bem com Ayato. 

Subaru a pegou no colo novamente e a levou para o quarto, a deitando na cama e começando a procurar roupas. 

- Me ajuda, infeliz. - Disse Subaru, olhando Ayato que estava sentado na cama. - 

O ruivo se levantou com preguiça e foi até a estante, onde Akame costumava colocar suas maquiagens e onde havia um grande espelho. Abriu a primeira gaveta. Achou ali as roupas íntimas da garota. 

- Porque uma garota de 17 anos tem uma calcinha de joaninhas? - Disse Ayato, levantando a peça e mostrando para Subaru. - 

- É bonitinho. - Disse Subaru, irônico revirando os olhos. - 

Eram raros os momentos de ironia do albino. 

Ayato pegou uma lingerie preta e colocou - com certeza dificuldade - na garota. 

- Deixe ela dormir só com isso. - Disse Ayato, deitando ao lado da garota. - 

- Claro, aí ela pega uma pneumonia. - Disse Subaru. - 

- Baixou o Kanato? - Disse Ayato, devolvendo a comparação. Subaru apenas revirou os olhos. - 

Achou um conjunto de moletom, composto por uma calça cinza e uma blusa de mangas longas com uma flor dourada. 

- Ótimo. - Sussurrou para si. - 

Foi até a garota e a vestiu, depois a cobriu com a coberta e foi em direção a porta. 

- Não vai ficar? - Disse Ayato, se levantando também. - 

- Vou tomar um banho, depois eu volto. - Disse Subaru, saindo do quarto. - 

- Aah... Tá. - Disse Ayato, perdido em seus pensamentos. - 

Depois de alguns minutos Subaru voltou para o quarto. Estava sozinho com Akame. Simplesmente se sentou na cama ao lado dela e ficou pensando na vida a noite inteira. 

Algum tempo depois

11:26 da manhã. 

Akame estava se espreguiçando. Havia acabado de acordar.

- Finalmente em. - Escutou a voz atrás de si. - 

Akame ainda estava deitada, deu um pulo da cama e se pos de pé, observando quem estava ao seu lado. 

- Porque sempre faz isso Subaru?! - Disse Akame, se sentando novamente na cama. - 

- É engraçado. - Disse, mas sua feição estava seria, então ficou um pouco controverso ao olhar de Akame. - 

- Ficou aí a noite toda? - Disse Akame. - 

- E a manhã também. - Disse Subaru. - 

Ela olhou para si mesma. 

- Quem trocou minhas roupas? 

- Eu. 

- Me deu banho? 

- Sim. 

Akame corou.

- Lavou meu cabelo? - Ela disse, sentindo seu cabelo um pouco úmido. - 

- Sim. 

- Obrigado. - Disse Akame. - 

Subaru apenas olhou para a menina, vendo que a mesma estava de cabeça baixa, com sua franja tapando parte de seu rosto. 

- Vá comer alguma coisa, daqui a pouco começa o interrogatório. - Disse Subaru. - Eu vou dormi um pouco. 

- Tudo bem. - Disse Akame, se levantando e andando até a cozinha. - 

Subaru ficou deitado de olhos fechados, pensando o porque da garota ser tão incrivelmente irritante, bonita, as vezes legal, irritante e misteriosa. 

Aquilo o irritava. 

- Não é nada haver com a Kamiko. - Disse, soltando um longo suspiro. - 

Na Cozinha

Akame estava sentado a mesa, com um prato cheio com 3 sanduíches e um pela metade. Um copo de suco de laranja. 

Estava com muita fome. Fome que ela mesmo não entendia. 

- Come demais. - Escutou a voz atrás de si. - 

- Não ia dormir, Subaru? - Disse Akame. - 

- Não estou muito afim. - Disse simplesmente. - 

- Sanduíche de presunto? Odeio queijo. - Disse Akame, apontando o prato. - 

- Passo. - Disse Subaru, se sentando ao lado da garota. - Se eu fosse você comia rápido, eles estão vindo.

- Quê? - Disse Akame, limpando as migalhas de pão do canto da boca. - 

Subaru revirou os olhos. 

- Bom dia Bitch-chan. - Escutou o vampiro cantarolar ao seu lado. - 

- Ata, entendi. - Disse Akame. - 

- Porque tinha que acordar tão cedo? - Disse Shuu, deitando a cabeça por cima da mesa. - 

- Desculpa. - Disse Akame. - 

- Direto ao ponto. - Disse Reiji. - Porque? 

- Porque o quê? - Disse Akame. - 

- Porque todo o desespero? Ataque de pânico? - Disse Kanato. - 

- Não sei. - Disse Akame. - 

A garota já estava devorando o seu último sanduíche. 

- Como assim? - Perguntou Ayato. - 

- Vou explicar. - Disse Akame, virando o resto do suco na boca. - Depois que a Ino disse aquelas coisas eu simplesmente fiquei muito puta. Muito puta mesmo. E quando eu fico assim eu me fecho completamente. 

- Percebe-se. - Disse Kanato, interrompendo Akame. - 

A garota apontou o dedo do meio para o vampiro. 

- Eu planejei foder a vida daquela gorota de tal jeito que ela desejasse nunca ter nascido, pensei em setecentas formas de torturar, matar, esquartejar e depois concertar o corpo dela, fazer macumba pra ela reviver depois matar ela de novo. - Disse Akame. - Mas obviamente não iria fazer nada disso. 

- Ou seja, estava com muita raiva. - Disse Ayato. - 

- Muita raiva. - Disse Akame, se levantando e indo até o armário, pegando um pote de biscoitos e voltando a mesa. - Quando "encontrei" ela pendurada de cabeça para baixo morta, eu simplesmente travei.

- Como assim? - Disse Laito. - 

- Eu não conseguia pensar. Apertei minha cabeça por que estava doendo de um jeito insuportável. Ouvia gritos, choro, mais gritos, pedidos de por favor, mais e mais gritos, estava doendo. - Disse Akame. - 

- Lembranças? - Perguntou Subaru. - 

- Não sei. - Disse Akame. - 

Empurrou o pote de biscoitos para o lado, a garota já havia comido tudo. 

- Do que se lembra? - Perguntou Reiji. - 

- Só de ter apertado minha cabeça, da dor e daqueles gritos, mais nada. - Disse Akame, se levantando e pegando uma banana. - 

- Você disse que tudo fazia parte do plano. Que era menos uma. - Disse Shuu, se levantando o olhar para a garota, sério. - 

Shuu chutou a perna de Ayato, como um aviso. 

- Quê? Eu nunca falaria isso, é uma pessoa! - Disse Akame, jogando a casca de banana no lixo e pegando um maçã. - 

- E depois bebeu parte do sangue da garota. - Disse Reiji, observando a garota. - 

- Eu nunca faria isso com ninguém! - Disse Akame, acabando de comer a maçã. - São pessoas! 

- Depois partiu para cima de mim, tentando me sufocar. - Disse Kanato. - 

Os olhos de Akame se encheram de água. 

- Mentira! Eu nunca fiz isso! - Ela disse, com a voz chorosa. - 

Abriu a geladeira e pegou uma vasilha, abriu e viu que eram sobras do jantar de ontem. Pegou um garfo e começou a comer a comida, mesmo fria. 

- Apareceu um vulto atrás de você, como se a abraçasse pelas costas. - Disse Ayato. - 

- Isso nunca aconteceu! - Disse Akame, soltando a vasilha vazia e indo até o armário, pegando outro pacote de biscoitos e comendo. - 

- Você debochou da garota, dizendo que você mesma mandou a matar. - Disse Laito. - 

Akame começava a derrubar algumas lágrimas. 

- Mentira! - Disse baixo. - 

- Você bebeu meu sangue. - Disse Subaru. - 

- É mentira, é mentira, é mentira! - Disse Akame, escorregando até o chão. - 

Apertou novamente a sua cabeça, repetindo várias vezes "é mentira" 

- Confesse! - Disse Reiji, batendo a mão contra a mesa. - 

Akame parou. Se levantou e observou cada um dos irmãos. 

- Sério mesmo? - Disse Akame. - Se a ideia era chantagem emocional, ou terapia reversa, deu bem errado.

Os irmãos apenas olhavam incrédulos para a garota. Akame soltou uma risada alta e horripilante. 

- Sério mesmo? - Akame dizia, entre risos. - 200 anos de idade e nunca viu alguém fingir um ataque de pânico? 

- Se você morrer não vá pedir misericórdia ao capeta. - Disse Kanato. - 

- Igualmente digo a você, Kanato-chan. - Disse Akame, sorrindo de lado. - 

- Estava chorando. - Disse Ayato. - 

Akame encarou o ruivo, fechando a cara. Logo fez força nos olhos, assim forçando o choro. 

- Não, não era isso que eu queria, por favor. - Disse Akame, cada vez intensificando mais seu choro forçado. - 

- Bitch-chan pede para morrer. - Disse Laito, balançando a cabeça em negação. - 

Akame logo voltou a rir. 

- Tudo era mentira? - Perguntou Subaru. - 

- Irei explicar para os desprovidos de inteligência lógica: eu matei Ino Yamanaka. - Disse Akame. - Sai dessa casa, fui na casa dela, a sequestrei, levei para a escola, pendurei e fiz todos os cortes. Depois tranquei tudo. - Disse Akame, sorrindo de canto. - E a melhor parte é que vocês nem desconfiaram. 

- Você não pisou fora desta casa. - Disse Reiji. - 

- Certeza? - Perguntou Akame, um tanto sugestiva. - 

- Mas como a porta se abriu sozinha? - Disse Ayato. - 

- Sei lá, minha ideia era chamarem a polícia e virar uma bagunça imensa. - Disse Akame, dando de ombros. - 

- Pra quê faz tudo isso? - Disse Shuu. - 

- Como você disse: tudo faz parte de um plano. - Disse Akame, imitando a voz de Shuu. - 

- Que plano é esse? - Disse Kanato. - 

- Dominação mundial. - Disse Akame, debochada. - 

- Você vai morrer muito cedo. - Disse Subaru, com a voz cortante. - 

Akame abriu a geladeira e pegou uma vasilha cheia de morangos. 

Akame olhou no fundo dos olhos vermelhos-rosáceo de Subaru. Subaru olhou no fundo dos olhos vermelho fogo de Akame. 

- Não antes de conseguir o que eu quero. - Disse Akame, mordendo metade de um morango. - 

Sexy

Apenas se pos de costas e andou até seu quarto. 

- Porque ainda deixamos ela viva? - Perguntou Kanato. - 

- Precisamos descobrir algumas coisas. - Disse Reiji. - 

Quarto de Akame

Akame entrou no quarto segurando a vasilha vazia, não entendia o porque de estar com tanta fome. 

- Essa foi boa, Akame-chan. - Escutou a voz contente ao seu lado. - 

- Minhas falas o agradaram? - Disse, irônica. - 

- Muito! - Disse Gin. - E minha nova escultura? 

Akame apenas sorriu de lado. 

Foi até a estante e abriu, pegando o último frasco de sangue e virando na boca. 

- Mais. - Disse Akame, estendendo a mão. Gin deixou a sacola com ela. - 

Akame pegou mais um frasco e virou na boca. Estava se sentindo bem melhor agora. 

- Cuidado Akame. - Disse Gin, sussurrando de modo tenebroso ao pé do ouvido da garota. - 

Akame sentiu um arrepio ao longo da espinha e engoliu seco. 

- ... Se mentir será pior... - Ele completou e logo desapareceu. - 

Akame sentiu as pernas fraquejarem e caiu de joelhos no chão, logo em seguida socando o mesmo. 

- Merda. - Foi a única coisa que conseguiu pronunciar. - 

Tic. Tac. Tic. Tac.


Notas Finais


Capítulo grande, nuss kk
Espero que tenham gostado ❤


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