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História Diabolik Memories - Sixty-Six


Escrita por: querida_mary

Notas do Autor


Oooi galera ♥

Demorei pakas pra escrever kkk mas este é o último capítulo da maratona em :3

TRETA

Capítulo 66 - Sixty-Six


"Me falaram que essa porra é meu destino, e que tem gente que precisa ouvir o que eu preciso dizer" Preciso Dizer - Buddy Poke

 

 

A verdade, mesmo que dura e difícil, sincera e mestre em ferir as pessoas, é o melhor caminho. Não adianta esconder coisas, jurar o silêncio e falar que o segredo irá com você para o túmulo, porque a verdade sempre reina. A verdade sempre é descoberta e a verdade sempre dará um jeito de sair por cima, porque essa é a lei. As verdadeiras coisas, uma hora, serão mostradas. As verdadeiras histórias uma hora serão contadas. E às vezes essa verdade pode gerar coisas muito grandes, além do que se pode imaginar.

Hell Death, Necrotério

Akame estava sentada na cadeira observando os irmãos, ainda estavam parados, parecendo mortos. Mas não estavam mortos, nunca estiveram, estavam apenas desacordados. 

"Quanta demora" Akame pensava.

Estava intediada , estar ali sentada vendo os vampiros parados, não tinha tanto tempo assim para brincar de morto vivo. 

Olhou para Shuu, vendo que ele começava a de mexer, quase levantou gritando aleluia, mas continuou parada. Viu ele se levantar bruscamente, olhar para os lados com a visão desfocada e mente confusa. 

Shuu estava se sentindo cansado, meio tonto e confuso, como se tivesse dormido por muito tempo. Olhou para os lados mas via tudo embaçado, apenas conseguia sentir o cheiro de  sangue aos seus pés, como se tivessem bolsas no chão. Se ajoelhou com cuidado e tateou o local, logo sentindo o plástico e pode comprovar seu pensamento. Sentiu que eram duas bolsas de sangue, as abriu e bebeu todo o líquido, sentindo seu corpo mais relaxado. Agora sua visão estava normal, como se nada tivesse acontecido, passou o olhar pelo local, vendo seus irmãos deitados no chão e bolsas de sangue também na  frente deles. Foi atingido por memórias. Eu estava morto, ele pensava. E pensava também em Akame. 

- Bom dia, Shuu. - Akame disse, e o vampiro loiro virou a cabeça bruscamente, vendo a garota sentada em uma cadeira, com aquela mesma roupa, com aquela mesma espada. -

Ele avançou sem pensar, apenas avançou até a garota que permaneceu sentada. Shuu a pegou pelo pescoço e levantou-a até a altura de seus olhos, a encarando, vendo que ali havia seriedade e uma pitada de ansiedade, como se estivesse esperando por algo. 

- Se for me matar, deixe pelo menos seus irmãos acordarem. - Akame disse. -

- E porque eu deveria? Eles estão mortos. - Shuu disse com raiva. - Poderia te matar agora mesmo. 

- Se estão mortos, você é o que? Um zumbi? - Akame disse e sentiu o aperto de Shuu afrouxar. - Eu explicarei tudo, depois que eles acordarem.

Shuu pensou por alguns estantes, enquanto ainda ainda a segurava pelo pescoço. Ele deveria estar morto, morto por Akame, mas estava ali agora, ameaçando-a de morte. Shuu sempre fora racional, e a decisão mais racional que poderia tomar naquele momento era, inevitavelmente, esperar. 

Se sentou no chão, ao lado da cadeira de Akame, sem dizer uma palavra, e esperou. 

Algum tempo depois

Havia se passado três horas. Três horas completas onde Akame teve que repetir o mesmo discurso, fazendo os irmãos esperarem até todos estarem novamente acordados. O último foi Subaru, que olhou todos com confusão, inclusive Akame. 

- Agora que estamos todos vivos de novo. - Reiji disse. - Fale, antes que te matemos.

A voz do moreno estava fria e cortante, e Akame sentiu todo seu corpo se arrepiar, e pela primeira vez ali pensou em desistir.

- Essa espada, Muramase, é falsa. - Akame disse simplesmente. - Usei uma espada qualquer para amedrontá-los e disse a Gin que era a verdadeira. 

- E como morremos? - Ayato interrompeu. -

- Cala a boca, deixa ela falar. - Kanato disse. -

- Gin não pode tocar na verdadeira Muramase por ser um vampiro, então ele nunca saberia a diferença de uma falsa e uma verdadeira. - Akame enfiou a mão no pequeno bolso de sua saia e tirou de lá os palitos. - Fiz algumas experiências onde consegui tirar um pouco do veneno da verdadeira espada, e o misturei em algumas ervas que roubei de Reiji, para diminuir seu efeito mortífero, e passei nesses palitinhos, e grudei cada um deles na falsa espada. Quando passava a espada pelo coração de vocês,  ficava apenas o palito, e isso interferia em todo seu "corpo de vampiro", fazendo-os apenas desmaiar,  e ficariam dormindo até o palito ser retirado, se fosse a espada verdadeira, estariam mortos. 

Os irmãos ficaram calados, processando as informações. 

- Então estávamos só dormindo? - Laito perguntou, e Akame balançou a cabeça concordando. - E pra que toda aquela cena? 

- Precisava que Gin acreditasse que vocês estavam mortos. - Akame respondeu. -

- Pra quê precisava de nós mortos? - Subaru perguntou. -

Akame suspirou pesadamente, sentindo seu coração bater mais forte e uma gota de suor brotar em sua testa, tais sinais que não foram desapercebidos pelos irmãos.

- Antes de tudo, não me entendam mal, fiz tudo isso pela minha família, e também porque vou precisar de vocês. - Akame disse. - E tudo o que disse antes... Bom, é mentira. 

- How, sério? - Kanato disse com falsa surpresa. - Ninguém tinha percebido.

Akame revirou os olhos.

- Dia 10 de outubro de 2016. Naquele dia eu havia ficado até mais tarde na escola, ensaiando passos novos da minha dança com Kou, e acabei chegando tarde em casa. - Akame começou. - Cheguei por volta das 18:30. Morava em uma pequena casa no litoral do Japão com minha mãe, pai e Yamato, meu irmão mais novo. Cheguei e vi que não havia ninguém, e tudo estava revirado, então comecei a entrar em desespero, a chamá-los e chorar. 

Akame deu uma pausa, sentindo as memórias a tomando por dentro.

- Foi quando um homem apareceu atrás de mim, na época não sabia, mas era Gin. Não sabia o que fazer então pedi ajuda a ele, e ele disse que me ajudaria com aquela cara cínica. Caminhamos até a varanda, onde descrevi meus pais e meu irmão, e ele disse que um homem havia vindo buscá-los. Entrei em desespero e comecei a chorar, pensei que fosse um sequestro. O "homem" me abraçou, e eu me agarrei a ele como se minha vida dependesse daquele abraço. - Akame disse enquanto apertava com força sua mão, e via que os irmãos prestavam total atenção em suas palavras. - Foi quando ele mordeu meu pescoço pela primeira vez. Senti a dor repentina a e me afastei, ele sorriu, mostrando as presas. Disse que meu sangue era maravilhoso, e que eu seria muito útil para ele no futuro. Tentei correr, mas fui pegar facilmente. Ele me jogou no chão e drenou todo o meu sangue em segundos, e eu morri. Morri de forma ridícula, e cheia de medo, nos braços daquele filho de uma puta. 

- Você está morta? - Ayato disse incrédulo. - Impossível. 

Reiji o cutucou com o braço, fazendo-o calar a boca, e Akame continuou.

- Mas não foi tão fácil e simples assim. Quem dera que fosse. Ele me estuprou ali, no chão da varanda da minha casa, mesmo enquanto estava morta. Ele é nojento. Depois abriu minha boca, e fez um corte em seu pulso e posicionou seu braço acima da minha boca, e esse foi meu primeiro contato com sangue de vampiro. - Ela disse com nojo na voz. - Acordei ainda deitada naquela varanda, sentia meu corpo violado e pesado, e o pulso do ser ainda estava em minha boca, e seu sangue pingava em minha língua. Queria parar, mas não conseguia, aquilo estava me dando forças. Sentia meu coração bater mais rápido e era como se todos os órgãos do meu corpo estivessem funcionando mil vezes melhor. Fui ressuscitada com sangue de vampiro. Ou seja, eu morri, e voltei pelo sangue, mas pelas explicações, ainda sou humana. Mas uma humana sem sangue, a única coisa que corre em mim e faz meus órgãos funcionarem é o estranho sangue de vampiro. O sangue de vocês são a minha base. 

Os irmãos gostariam de perguntar, mas não haviam palavras para descrever. 

- Fui traga para esta casa, onde ele me trancou em uma sala e me torturou de várias formas diferentes: me espancou, me deixou em abstinência, choques elétricos, banhos com água extremamente fria, fome, pressão psicológica. Enquanto sofria tudo isso, ele me falava de vocês, falava coisas horríveis e dizia que aquilo era culpa de vocês, e eu tomei ódio de tudo isso, inclusive ódio de vocês. Era o que me fazia sobreviver, o ódio e a vontade de salvar meus pais. - Akame deu uma pausa e suspirou. - Ele me dizia que teria que fazer tudo o que ele mandasse, e deixaria meus pais vivos, e eu obedecia, ainda obedeço. Mas o odeio, o enojo do fundo de minha alma. Muitas vezes o enfrentei e muitas vezes apanhei, tive todos os ossos do meu corpo quebrados, mas sempre me curava pelas doses de sangue que ele me dava todos os dias. O sangue é minha base, a única coisa que me mantém viva, não meu vício. Minha vida corre dentro de vocês.

- E isso durou por quanto tempo? - Shuu perguntou calmamente mesmo estando completamente abismado por dentro. -

- Um ano. - Akame disse com a voz pesada. - Um ano sendo torturada. Um ano sendo educada como uma cadela de caça. Até o dia em que ele disse que iria morar com vocês para por o plano em prática. Estava ansiosa, queria matá-los logo, pois realmente os odiava. Os odiava até a primeira semana que passei naquela maldita mansão. - Akame pausou sua fala e riu. - Uma única semana me fez perceber que o meu ódio todo não era sobre vocês, era sobre ele. E todas aquelas memórias, frases e dias passados só mostrava o tanto que vocês eram e ainda são inocentes. Nada era culpa suas, e sim, dele. Eu vivia para matar pessoas manipuladas, como eu, por isso fiz esse plano. 

- Manipulados? - Subaru perguntou. -

Akame balançou a cabeça em negação.

- Conto no final. - Ela disse. - Mas enfim, continuei a me passar pela malvada da história. Bebia o sangue de Gin todos os dias, e no sangue dele haviam memórias, memórias dele, suas, de todos. Pois ele era, e ainda é, um observador. Por isso decidi beber o sangue de vocês, pelas suas memórias. Vi muitas coisas tristes, coisas que me fizeram afirmar que vocês não eram culpados, mas suas vidas foram quase que todas apagadas. Não tem memórias o suficiente, o que me leva a crer que Karlheinz, ou Gin, apagou suas memórias mais importantes. 

- Como assim? - Reiji perguntou. - Apagou nossas memórias?

Akame balançou a cabeça em confirmação. 

- Quanto mais  sangue de Gin eu bebia, mais memórias de todos vocês eu via, e quanto mais sangue de vocês eu bebia, mais via que as informações não batiam. Vocês são manipulados há 300 anos e não fazem a mínima idéia disso. - Akame disse com surpresa e pesar na voz. - Irei explicar depois. Mas continuei fingindo tudo, fazendo-os confiar em mim, ser amiga de vocês, para este momento aqui não ser tão difícil, e eu conseguir executar os dois planos.

- E que planos são esses? - Kanato perguntou. -

- O plano de Gin era: eu os matava, e em troca deste lindo e fácil favor, ele soltava a mim e a minha família. Mas vi que isso estava errado, tanto para mim, quanto para vocês. Então pensei: vou fingir matá-los, e eles me ajudarão a fugir do esconderijo de Gin junto com minha família, e não adianta negar ou os mato de verdade. - Akame disse com seriedade. - E quando fui sequestrada pelos Mukami's, a idéia só melhorou, eles poderiam ser boas distrações, já que os odiavam tanto.

- E os Mukami's, onde estão? - Laito perguntou. -

- Gin os matou. - Akame disse. - Ele disse que eram bastardos inúteis. Mas enfim, consegui cumprir o plano de Gin, e e ele saiu, disse que viajaria por dois dias, e isso me da tempo o suficiente para contar tudo a vocês. 

- Tem mais? - Shuu perguntou. -

- Com certeza. - Akame disse com pesar. - Meus pais e meu irmão estão aqui a muito tempo, e eles não mereciam isso, igualmente como eu e nenhum de vocês mereceram a grande merda que aconteceu, mas aconteceu. E não entendam mal, eu preciso de ajuda, quero salvar minha família, pois fiz tudo isso por eles. Mesmo que eu morra, eu vou tirá-los daqui. Mas sozinha eu não consigo. Preciso da ajuda de vocês. - Akame suspirou. - Já ferrei vocês demais nesses últimos cinco meses, e não irei pedir desculpas, pois faria tudo de novo por eles, mas tenho certeza que fariam a mesma coisa no meu lugar, eu sei exatamente o que cada um de vocês sentiu quando pensaram que haviam perdido sua família. Então, por favor, pensem em me ajudar, mesmo que minimamente. 

Akame sentia seu coração apertar em meio aquela súplica, não ficou esperando os irmãos responderem, apenas se levantou e caminhou até a porta. 

- Vou pegar mais sangue para vocês. - Ela disse com a voz baixa e trêmula,  denunciando que iria chorar. Akame saiu, os deixando sozinhos. -

Os seis ali não tinham muito o que falar, só o que pensar. Não duvidavam de nenhuma palavra dita da boca da menina, não daquela vez, mas também se sentiam confusos perante si.

- Iremos ajudá-la? - Subaru perguntou. -

Todos os irmãos balançaram a cabeça em concordância. 

- Sim, mas apenas quando ela nos disser a nossa verdade. - Shuu decretou. -

Tic.Tac.Tic.Tac


Notas Finais


Estou sem palavras, sério, vocês não imaginam quanto tempo eu esperei e quantas vezes imaginei escrever issoooo

Por favor, encha de comentários e TEORIAS MALUCAS, amo vocês e espero que tenham gostado ♥♥♥


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