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História Diabolik Zombies - Não Desista!


Escrita por: Karin_Oky

Capítulo 68 - Não Desista!


Raito:

-Como assim? – Pergunto assustado. – Eles não estão a salvo?! O trato era eu ficar com você e eles ficarem bem!

-Acha mesmo que aquele cara está ligando para isso? Ele só estava brincando com vocês desde o início, assim que te trouxe para cá, ele prendeu todo mundo na espécie de câmara de gás.

Puta que pariu ele está achando que quem? Hitler? Quer matar todo mundo com gás?

Shin pega a minha mão e sai me levando pelos corredores, guiando-me.

-Espera! – Falo parando de andar. – Precisamos de um plano. – Shin me olha fazendo careta, ele estava me levando para lá sem ao menos ter um plano! – Sabe se ele realmente planeja colocar gás na câmara?

-Não, eu ouvi meu irmão Carla falando que ele tem a ideia de soltar vários zumbis lá e matar um por um.

-Você achou mesmo que eu tinha concordado com isso?! – Pergunto indignado.

-Ei! Eu nem te conheço, não sabia ao certo o que se passava pela sua cabeça! – Ele se defende.

-Ok... Praticamente me deu de presente para alguém desconhecido, manipulou todo mundo, mentiu, me chamou de inútil, agora quer soltar vários zumbis aqui. – Conto os fatores sentindo meu sangue ferver a cada um deles, Karl está realmente brincando com quem não devia...

Ele vai pagar, vai pagar caro, toda essa Fortaleza de trilhões que ele investiu há tanto tempo, tudo isso vai cair.

O fim do mundo ainda não chegou para ele, então eu vou fazer chegar.

Karl não vai nos deixar sair daqui mesmo que eu consiga libertar todos, pode ser até pior, ele pode pegar todo mundo e matar, eu preciso fazer com que todos saiam vivos e acabar totalmente com esse lugar, porque caso eu saia daqui e deixe o lugar totalmente livre, ele irá atrás de nós. Está claro que somos sua fonte de entretenimento favorita.

Explico todo o plano para Shin, a cada palavra que digo ele arregala ainda mais o olho.

-Você está louco. – Ele fala por fim.

-Querido, eu sou loucamente insano! – Respondo dando o meu mais largo sorriso cínico psicopata. – Karl se meteu com quem não devia agora vai pagar o preço, você está comigo?

-Sim, eu não quero viver aqui se isso significa ser uma ferramenta nos joguinhos desse bastardo.

-Ok, só preciso achar um jeito de entrar naquela câmara e sair sem ser visto.

-Para a gente executar esse plano vamos precisar de mais alguém, duvido muito que Carla irá ajudar, precisamos pegar um de seus irmãos indo pelos tubos de ventilação que seria por onde ele transmitiria o gás. – A cada palavra que Shin fala, ele parece mais e mais brilhante! Duas mentes psicopatas são melhores do que uma. – Não podemos pegar todos de uma vez porque se não os tubos não aguentam e todo mundo iria cair.

Subaru, vai ser ele que irei pegar para me ajudar. Eu sei que ele não gostou desse lugar, estava inseguro e o Subaru inseguro não para quieto, com certeza memorizou os possíveis pontos fracos dessa fortaleza.

Shin volta a me guiar pelos corredores até chegarmos num lugar cheio de armas e bombas, ele pega algumas armas e bombas de fumaça; eu apenas pego uma arma que cabe bastante munição e encho os bolsos com mais munição. Ele me dá uma espécie de placa pesada com um material estranho.

-Coloque-o no peito como se fosse um colete a prova de balas, prenda a ponta na calça para não soltar de você. – Ele me instrui, apenas faço o que ele pede sem saber ao certo por que ele está me fazendo carregar isso. - Depois voltamos aqui. – Termina.

Ele volta a me guiar desta vez para o lugar certo, chegamos a uma sala cheia de caixas de papelão embrulhados em fita adesiva, não faço a mínima ideia do que tem nessas caixas.

Shin tira todos os parafusos que estavam prendendo a grade que tem no teto que não nos permitia entrar usando uma ferramenta especial para isso que ele achou entre as caixas. Com um pulo bem alto conseguimos entrar na tubulação, agradeci por ter treinado saltos olímpicos quando o mundo ainda era mundo –só para pegar a professora, mas eu fiz-.

Os tubos são bem pequenos e estreitos, não conseguimos sequer engatinhar por eles, precisamos ficar totalmente deitados, nos arrastando como minhocas.

-Esse tubo vai levar exatamente para a câmara, ele não se mistura com os outros tubos, caso contrário iria matar todo mundo da Fortaleza. – Shin explica indo logo atrás de mim.

=;=Na câmara=;=

Reiji:

Está tudo definitivamente indo por água abaixo, estamos presos aqui dentro, irão soltar zumbis aqui a qualquer momento para nos matar e para melhorar... Ayato está tendo uma crise.

-O que está acontecendo?? – Ruki pergunta desesperado enquanto Ayato tenta respirar a todo custo, mas está asfixiando.

-Ele tem claustrofobia desde sempre! – Subaru explica um pouco irritado de preocupação com Ayato, estão todos ao redor dele.

Merda, desse jeito ele realmente vai asfixiar, claustrofobia é algo sério, ele pode morrer* por causa de uma asfixia psicológica, o cérebro pode confundir e se ele morrer... aí será um zumbi vindo mais cedo em nossa direção.

Preciso pensar, mas na minha cabeça tudo já está perdido.

 

-Não ouse desistir ainda, Reiji, se eles conseguiram, nós também temos chance. – Shuu afirmou destravando sua arma”

 

Lembro de Shuu fazendo isso assim que ficamos encurralados na casa onde tentamos fazer um abrigo, mas os zumbis tinham cercado a casa, eu realmente pensei que iríamos morrer ali, as palavras dele me deram força para não desistir e continuar a lutar mesmo quando tudo parecia perdido.

Shuu nesse momento está mais do que paralisado.

-Não ouse desistir ainda, Shuu, se conseguimos antes, também temos chance agora. – Falo dando uma piscadela para ele e sorrindo de maneira determinada.

Ele me olha sem entender nada e depois dá um sorriso nervoso para mim.

Me aproximo do montinho que está em volta do Ayato.

-Se afastem dele, ele tem claustrofobia que é fobia de lugares fechados, talvez se ficarem em cima dele, ele pode se sentir ainda mais preso. – Explico afastando todos dele, elevo a cabeça dele e olho ao redor procurando uma saída ou algo para tranquilizá-lo. – Ei, Ayato, está me ouvindo?

Ayato olha para mim com um brilho desesperado no olhar, ainda lutando para se manter respirando, fazendo o agonizante barulho de asfixia. Ok, isso foi um ‘sim’.

-Vamos lá... – Olho para cima vendo um buraco retangular de tamanho médio com uma grade impedindo que qualquer coisa além de ar passe por ali. – Olha na direção daquele buraco lá no teto. – Ayato me obedece olhando para aquele buraco como se fosse a única esperança. – Pode estar trancado, mas perceba que a grade deixa o ar passar, sinta o ar vindo para nós, se acalme... – Começo a passar a mão pelo cabelo dele de forma tranquilizante. – Consegue sentir o ar passando pelas grades e indo para o seu pulmão?

A respiração de Ayato começa a se normalizar aos poucos, mas ele ainda está se asfixiando psicologicamente.

-Fique calmo, você não está totalmente fechado aqui, tem ar entrando por ali. – Tento acalmá-lo.

A respiração do Ayato vai se acalmando aos poucos até ele conseguir olhar ao redor sem que o brilho desesperado em seu olhar esteja muito grande.

Kou e Kanato o pegar o apoiam numa parede, ele está um pouco melhor, está respirando com dificuldade e olha em direção ao buraco como se estivesse vidrado.

Sinto uma mão em meu ombro, olho para trás vendo Shuu com um olhar um pouco desolado como se procurasse conforto, mas ao mesmo tempo, orgulhoso.

-Você é brilhante, Reiji. – Ele comenta sorrindo para mim.

-Foi você que me ensinou a não desistir. – Respondo retribuindo o sorriso com um maior ainda. – Lembra? Na casa? Pensei que iríamos morrer assim que os zumbis nos encurralaram, eu pensei em largar tudo no chão e deixar eles me devorarem, mas você recarregou a arma e disse “Não ouse desistir ainda, Reiji, se eles conseguiram, nós também temos chance”.

Shuu me abraça encostando a cabeça no meu ombro, abraço-o de volta tentando passar o máximo de conforto para ele.

-Eu só queria te dar um lugar confortável para ficar até as coisas lá embaixo terminarem e acabei fodendo com tudo, devia ter escutado Yuuma e ter ajudado na hora a dar o fora daqui... – Ele se lamenta com a voz começando a embargar pelo choro, acho que nem mesmo ele consegue ser forte e um líder o tempo todo.

-Você também erra, mas não se preocupe, vamos sair daqui.

Do nada percebo uma movimentação ao meu lado, olho para o lado vendo Ayato apontar para o teto.

-Ei! – Ouço um sussurro.


Notas Finais


Então, vocês lembram que a 68 capítulos atrás eu constei que o Ayato tem claustrofobia? Então, resolvi resgatar isso e trazer a tona, tanto que ele não tinha ficado em nenhum lugar 100% fechado antes então não tinha por que eu trazer isso ao assunto. Ah, e isso não o atacou antes porque até mesmo a Fortaleza tem sistema de ventilação e esses coisas, ou seja ela não é 100% lacrada, já essa câmara, praticamente é lacrada.
E sim, pelo que eu li e estudei, claustrofobia mata.


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