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História Diamonds - Oh, what a birthday surprise.


Escrita por: ameliat_

Capítulo 4 - Oh, what a birthday surprise.


 

It's my party and I cry if I want to

—  Lesley Gore em It's my party 

 

 

 

Janeiro, 2013.

 

Minha pequena artista Alex,

Seu pai acha que estou sendo mórbida por escrever essa carta quando você tem nove anos para ser entregue a você em seu aniversário de vinte e quatro anos, a vovó disse que isso tudo traz má sorte. Mas, eu não consigo parar, minha pequena artista Alex. 

Provavelmente, serei eu a te entregar esta carta, te abraçarei forte e direi o quanto me orgulho de ter você como filha, ainda assim, quero te provar que desde os seus nove anos, eu sabia que você seria uma grande mulher e que, em nenhum momento, eu duvidei de você.

Lembro quando você era criança e a tia Tania me perguntou o que eu esperava que você fosse no futuro, eu sabia que ela falava de profissão, sabia que ela estava me questionando se eu aprovava que você fosse uma artista, uma vez que você sempre gostou de pintar. Mesmo assim, eu a respondi que queria que fosse feliz, que aceitasse suas particularidades, que amasse seus defeitos e se orgulhasse de suas qualidades e aptidões, fossem artísticas ou não.

Alex, você é uma mocinha linda, boa e generosa. Cheia de opiniões, mas compreensiva. Mesmo que sua imaginação ainda seja colorida e infinita, você já descobriu a lâmpada da razão. Você discute, argumenta, defende o que acredita. É uma grande artista (e sei que não gosta que eu diga isso), tem o dom não apenas de pintar seus quadros, mas de fazer com que as pessoas se sintam bem com você.

Saiba, minha querida, que a todo tempo, algumas pessoas vão querer te seduzir para a mediocridade, como se houvesse uma seita de mediocridade. Agradeça e rejeite. Procure ser apenas a pessoa que você é, a mesma Alex. Seja sempre fiel a si mesma e ao seu coração, sabendo que não importa o que faça, você sempre terá o meu amor e meu orgulho.

 

Feliz aniversário, minha pequena artista Alex.

Eu amo você com todo meu coração.

 

Com amor,

Mamãe.

 

 

 

Fechei a carta da minha mãe que minha mãe escrevera para mim um ano antes de ter falecido tentando conter as lágrimas, ciente de que meu pai estava sentado no outro canto da sala, me vendo tentar, sem muito sucesso, controlar minhas emoções.

Sabia que ele queria me abraçar e dizer o quanto minha mãe e ele me amavam, mas que estava se contendo porque sabia o quanto eu detestava me render às minhas emoções.

Meus aniversários sempre foram as datas favoritas da minha mãe. Para ela, não importava se ela estava acompanhando meu pai em uma turnê mundial ou fazendo alguma exposição em outro país, ela parava o que estivesse fazendo e iria me encontrar.

Lembrava-me de alguns aniversários entre artistas plásticos batendo palmas enquanto eu soprava a vela no meio de um museu, alguns entre os amigos de banda do meu pai e Nicky soprando a vela antes de mim, apenas para me irritar. E tinha, é claro, o aniversário que meu pai fizera todos que estavam na plateia cantar parabéns para mim.

Aquelas eram sempre as melhores lembranças que eu tinha.

No entanto, tudo mudara em meu aniversário de dez anos.

Meu pai estava em turnê e meus pais estavam na Nova Zelândia, mas minha mãe telefonara e me avisara que eles chegariam até a noite para comemorar meu aniversário comigo. Lembrava-me de ter passado o dia triste achando que eles tinham me esquecido, e depois da ligação, ter ficado radiante.

A senhorita Amanda, minha babá, tinha me dito para ficar assistindo enquanto meus pais não chegavam e eu concordei. Fiquei sentada na televisão assistindo algum filme quando, o plantão de notícias surgiu e de repente, tudo se tornou um borrão em minha mente. Vi meus pais de braços dados pela rua, alguns fãs gritando, meu pai acenava simpaticamente e minha mãe sorria. Eles se entreolharam e sorriram um para o outro e então uma mulher surgiu com uma arma e tudo que eu vi foi minha mãe caindo.

Eu gritei por Amanda, mas ela entrara em choque também.

Não quis acreditar que aquela cena era real, tinha que ser alguma brincadeira dos meus pais, eles logo surgiriam na porta e diriam o quanto me amavam. Mas não apareceram, e eu passei a noite sentada na porta esperando.

Meu pai apareceu no fim da noite e me abraçou forte. Ele estava chorando e eu nunca o tinha visto chorar. Naquele instante, eu soube... Era real.

Talvez se não fosse meu aniversário, talvez se eles não se sentissem na obrigação de estar comigo...

Suspirei e encarei meu pai, ele parecia cansado. Aquela data também o afetava.

Durante todos aqueles anos, meu pai tivera algumas namoradas, mas nunca conseguia levar nenhuma a sério. Todos sabiam que ele jamais se apaixonaria por outra mulher como amara minha mãe, ela fora o grande amor de sua vida.

Andei até onde ele estava e o abracei levemente.

 

— Está tudo bem – garanti.


Ele soltou o ar.

 

— Estava preocupado que essa carta te deixasse mal.

— Já detesto meu aniversário o suficiente, não tem como piorar.

 

Meu pai riu, tristemente.

No mesmo instante, minha campainha tocou e eu soltei meu pai para atender. Ainda estava com a carta na mão quando abri a porta e encontrei um grande buquê de girassóis e uma mulher loira atrás.

Foi impossível não sorrir.

Só havia se passado dois dias desde que Piper dormira na minha casa. Naqueles curtos dias, eu tinha ido até o bar do seu pai em uma noite, e dessa vez, a ouvi cantar sem nenhum comentário idiota, apenas apreciei como sua voz era doce e tocava os nossos ouvidos gentilmente.

Gostava da amizade dela. Éramos, de fato, muito diferentes. No dia em que ela estava na minha casa, conversamos um pouco.

Ela me contou que havia crescido com Lorna e o pai, John, em uma casa pequena no centro. Assim como Piper, Lorna também tinha sido adotada, mas sua mãe era soropositiva, era uma usuária de drogas que estava sempre perto do bar.

John, na verdade, era homossexual e eu descobrira que seu bar havia sido um dos pioneiros da cultura homossexual de Los Angeles e que, por isso, ele gostava de mantê-lo em seu modelo original.

Piper também me contou que se envolveu pouco amorosamente, as pessoas costumavam fugir quando sabiam da sua condição, porque sempre acreditavam em preconceitos e tabus vindos diretamente da década de oitenta. E que muitas vezes, aquilo a fez se sentir sozinha e um pouco perdida, achando que havia algo de errado com ela, ou que as pessoas tinham nojo dela.

Senti-me um pouco culpada ao ouvir aquilo. Nunca tinha me informado sobre o assunto, e talvez se ela não tivesse me contado toda a história de uma vez, eu a tivesse julgado mal. Então, naquele dia, assim que ela foi embora, eu pesquisei arduamente sobre o assunto, até fizera algumas anotações, tudo com o intuito de fazê-la se sentir melhor.

 

— Oi, Piper – eu disse.

 

Ela afastou o buquê e deixou seu rosto livre.

 

— Nicky me disse que era seu aniversário e que você detestava essa data, então trouxe flores, apenas para alegrar seu dia.

 

Meu coração acelerou um pouco e algo percorreu minha espinha.

 

— Obrigada – eu disse – venha, venha conhecer meu pai.

 

Piper ficou nervosa imediatamente, seus olhos se arregalaram e seus lábios tremiam.

 

— Não se preocupe, ele toca metal, não morde. Pai, vem conhecer minha amiga Piper.

 

Ouvi os passos do meu pai atrás de mim e Piper parecer que desmaiaria ali mesmo.

 

— Oi, querida – ele a saudou – Alex não costuma me contar das novas amigas dela. Venha, eu te ajudo com essas flores – ele tomou gentilmente as flores da mão de Piper e eu fiz sinal para que ela entrasse.

 

 

Meu pai colocou as flores em cima de uma bancada e eu fui até a cozinha procurar um vaso e encher de água.

Vi Piper encolhida na sala, como se estivesse diante de algo que a amedrontasse e quis rir um pouco. Decidi brincar um pouco com ela.

 

— Pai, a Piper também canta – gritei da cozinha.

 

Sorri, imaginando seus olhos azuis arregalados.

 

— É verdade? – meu pai disse, com um sorriso na voz.

— Não, ela está exagerando – ela respondeu, com pouca certeza.

— Oh não, por favor... Agora quero ouvir. Vou me sentar no piano e você me acompanha?

 

Quando voltei da cozinha os dois estavam no meu piano, como uma dupla perfeita.

Naquele instante, eu soube de uma coisa:

 

Eu gostava de Piper no meu apartamento.

 

 

 

Novembro, 2015.

 


FELIZ ANIVERSÁRIO, MINHA QUERIDA. Em letras maiúsculas mesmo.
Uau. 26 anos! Idade de muitos acontecimentos. Tenho certeza que a mamãe ficaria orgulhosa da sua pequena artista. E eu estou muito orgulhosa da minha pequena grande filha.
Mandei flores porque sei que houve um ano que elas te fizeram sorrir.
Papai

 


Feliz aniversário, meu docinho! Estou com saudades.
Espero que goste da cesta de doces. A Gines disse que deu uma a neta dela e a menina adorou, mas não confio muito na Gines, ela rouba no pôquer, você sabe.
Com amor,
Vovó

 


Feliz aniversário, rainha das sapatas!
Te espero mais tarde no meu apartamento. Vamos ficar bêbadas de caldo feminino, minha amiga!
Não beba essa vodca sozinha
Nicky

 


Parabéns, Alex.
Saudades.
Tracy


Gelukkige verjaarsdag! Hahaha. Não sei se estou te chamando de algum palavrão, mas me disseram que era assim que dizia feliz aniversário em africano.
Sinto tanta sua falta aqui!
Vim até a Angola só para te enviar esse cartão e um interessante livro sobre a savana africana que comprei em uma loja de presentes (foi o melhor que encontrei).
Espero cheguem a tempo, minha mãe dizia que atrasado por dar azar.
Sinto falta das suas piadas e principalmente da sua risada.
Volto aos Estados Unidos em uma semana. Espero te encontrar logo.
Feliz aniversário, Alex (na nossa língua mesmo).
Com todo meu amor,
Cassidy



Soube que é seu aniversário, então te mando esse buquê de girassóis.
Sei que odeia essa data, mas feliz aniversário.
26, hein? Uma adulta!
Aproveite seu dia. Nos vemos a noite!
Piper

 

 

Mais do que eu odiava aniversários, eu odiava com todas as minhas forças quando as pessoas me mandavam felicitações, principalmente quando eram de pessoas que passavam o ano inteiro sem saber nada sobre mim, como Tracy.

Odiava mais ainda ter festas.

Mas estranhamente, naquela noite, eu estava empolgada com a festa que Nicky tinha organizado para mim. Arriscava até dizer que estava animada.

Tinha calçado meus melhores sapatos, estava usando meu melhor vestido, até estava usando um pouco de maquiagem.

Talvez porque eu soubesse que Piper tinha sido convidada, depois do dia em que pregamos uma peça na corretora ainda não tínhamos nos encontrado. Ela me enviou mensagem avisando estava fazendo shows em outros estados, e apenas por saber que ela tinha se lembrado de mim, eu tinha sorrido como louca.

Sabia que estava entrando no caminho errado. Era uma tragédia anunciada, mas eu não conseguia evitar.  

Mas eu também podia estar empolgada por ter recebido um cartão de Cassidy e saber que ela voltaria logo aos Estados Unidos.

Cassidy tinha sido minha melhor amiga no período em que fui para a África, ela era médica dos Médicos Sem Fronteiras e estava sempre viajando por países pobres para ajudar no que podia.

Sentia falta dela. Estávamos sempre rindo de bobagens.

Mais tarde, quando cheguei ao apartamento de Nicky fui afogada em abraços dos nossos amigos, até mesmo de Tracy.

De imediato, minha cabeça se encheu de dúvidas, a primeira era o que Tracy fazia ali, depois porque ela me abraçara e porque me mandara um cartão de aniversário com flores.

Tracy me odiava. Se houvesse um clube de ódio a Alex Vause, Tracy seria a presidente.

Ela me odiava tanto que no dia que viajei para a África ela me enviou trinta e sete mensagens falando o quanto me odiava.

Mas, mesmo com as dúvidas, a abracei e então parti para abraçar Laura.

Finalmente quando me livrei dos abraços fui até Nicky que já me esperava com uma bebida nas mãos.

 

— Achei que a Tracy ia te esmagar, fiquei preocupada. Já ia chamar um guincho para tirar ela dali.

— Eu achei que ela me odiava – falei bebericando o drink.

— Você não lê mais jornal? Saiu uma foto sua conversando com Piper na festa do seu pai – Nicky explicou pela metade, supondo eu que saberia o resto da história.

— Ah – foi tudo que eu disse.

 

Nicky estava tão arrumava, os cabelos cacheados em perfeita ordem, os lábios com batom vermelho. Sua maquiagem bem feita, um vestido preto que delineava seu corpo e um salto alto que eu dificilmente a via usar.

Estava prestes a perguntar o que a fez se arrumar tanto, mas a resposta estava saltitando no nosso caminho.

Lorna estava caminhando em nossa direção com Piper e sua namorada, Stella.

Reprimi a careta involuntária assim que vi Stella.  

Decidi me concentrar no rosto de Nicky se iluminando quando viu Lorna e, rapidamente, fiz uma notificação mental de fazer alguma piada com ela mais tarde.

 

— Alex! Alex! – Lorna gritou, pulando em meus braços – Ainda não tínhamos nos visto. Você voltou! – ela me segurou pelos braços e me encarou – e é seu aniversário!

 

Dei uma risada seguida pela risada de todos que viam a cena.

 

— Eu senti falta da sua animação – admiti.

— Você cuidou de muitas criancinhas? – ela disse.

— Claro, eu e minha amiga Cassidy cuidamos das criancinhas.

— Cassidy? – Nicky me deu uma tapa no braço, rindo – você não me contou dessa, sua safadinha.

 

Meus olhos se arregalaram imediatamente e agitei as mãos.  

Olhei para Piper e podia jurar que ela tinha feito uma careta.

 

— Ela é só minha amiga, inclusive acho que ela é heterossexual.

 

Mas não adiantou minha explicação, Nicky continuou com o mesmo olhar desconfiado e sorriso malicioso.

Revirei os olhos.

 

— Feliz aniversário, Al – Piper falou pela primeira vez, mas sem se mover.

— Obrigada, Pipes.

— Traríamos um presente, mas Piper disse que você odeia – Stella explicou.

— E odeio mesmo.

 

Com um tempo, nos dispersamos pela festa.

Piper estava com Stella em algum lugar, Nicky e Lorna tinham desaparecido da minha vista e eu tinha sido arrastada por Tracy para perto de suas amigas e do bar.

Ao longe fiquei observando Piper com Stella. Stella conversava animadamente com alguém que eu não conhecia, mas Piper parecia entediada, talvez um pouco perdida. Ela tinha bebido mais de doze taças de champanhe pela minha conta, mais do que eu já havia a visto beber qualquer coisa.

Foi então que eu tive uma ideia.

Pedi licença a Tracy que odiou aquilo, mas ignorei.

Então fui até o bar, roubei uma garrafa de champanhe e apontei sutilmente para Piper. Ela me olhou confusa e eu fiz sinal com a cabeça para subirmos.

Seu rosto se animou rapidamente. Ela disse qualquer coisa a Stella e subimos para o telhado do prédio que Nicky morava.

 

— Você me salvou de uma morte causada por tédio – me agradeceu.

— Esse é meu jeito mesmo, de heroína, protetora de donzelas em perigo, você sabe, nasci assim.

— Alex... Só aceite o obrigada – ela riu.

 

Sentamos no chão, perto de uma das caixas d'água, debaixo de um céu estrelado.

Rapidamente, eu abri a garrafa de champanhe, só então percebi que tinha me esquecido de trazer taças. Ao perceber aquilo Piper riu e tomou a garrafa da minha mão, bebendo um gole direto do gargalo. Fiz o mesmo em seguida.

Fiquei observando-a por um tempo.

O modo como a luz da lua refletia diretamente em seu rosto e o iluminava.

Piper estava tão bonita.

Lembrava-me os dias em que ela dormia na minha cama e me acordava com um beijo no espaço entre meus olhos e ria da minha careta ou de como eu sempre espirrava.

Balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos e virei um pouco da bebida. Não podia mais vê-la daquela forma.

 

— Eu acho que a Tracy quer te matar – eu disse, quebrando o silêncio.

— Ela sempre quer me matar... Quando você foi embora, e eu comecei a ficar um pouco conhecida, ela espalhou para o mundo minha orientação sexual. E bom... Você me conhece, eu não podia ficar calada. Quando um repórter me perguntou se eu era lésbica eu voltei para ele e disse: sou e a pessoa que te contou isso também.

 

Gargalhei, imaginando a cena.

Podia, claramente, ver Piper com seu rosto de ingênuo dizendo aquilo e podia imaginar a expressão chocada de Tracy ouvindo aquela declaração.

 

— Ela nunca mais me disse nada – disse orgulhosa

— Fico imaginando o que você era na outra vida...

— Uma princesa – sugeriu.

— Está mais para a madrasta da branca de neve, aquela que é bem velha, mas quer ser jovem, sabe?

— Alex! – ela me repreendeu.

 

E gargalhamos até as gargalhadas sumirem e se transformarem em sorrisos.

 

— Acha que duas pessoas diferentes podem se apaixonar? – ela me perguntou de repente.

— Por que a pergunta?

— Stella e eu somos tão diferentes... Ela adora isso de jornalistas, programas de televisão, fãs, festas... E eu detesto...

— E você a ama?

— A pergunta não foi essa – ela rebateu

 

Tomei um gole longo do champanhe antes de respondê-la.

 

— Acho que tudo no amor é aceito.

— Nossa – ela bebeu um gole do champanhe – o que você viu na África?

— Bandidos? Elefantes? Girafas? Tinham zebras também, mas elas sempre corriam atrás de mim, eu não gostava delas.

 

Piper riu alto.

 

— Por que você partiu meu coração, Alex?

— Piper... – comecei encarando minhas mãos

— Shhh... – pediu

 

Notei que ela se aproximou e eu senti minha respiração ficar acelerada.

Nossos rostos estavam apenas a centímetros de distância, tinha certeza que ela ouvia meu coração bater como louco no meu peito.

Ela passou uma das mãos pelo meu rosto como se estivesse estudando-o, analisando cada traço.

Fechei os olhos ao seu toque.

Ouvi o barulho do líquido na garrafa e então da garrafa sendo colocada no chão e antes que eu pudesse abrir meus olhos, senti os seus lábios pressionarem os meus.

Seus lábios tinham gosto de champanhe, saudade e a promessa de algo mais doce. A língua tocava, serpenteava, acarinhava e provocava.

Ela passou os dedos pela minha nuca, puxando-me mais para si. Senti um desejo percorrer todo meu corpo, mas então de repente ela parou e me soltou.

Minha respiração ainda estava irregular quando ela disse:

 

— Isso foi um erro estou bêbada me desculpe – ela falava sem intervalos – Eu preciso ir.

 

E então se levantou e sumiu pela noite me deixando confusa, com desejo e saudades.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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