História Diário de alguém no apocalipse - A ligação

Quando acordei na minha cama a primeira coisa que pensei foi que tudo aquilo tinha sido um pesadelo mas assim que eu olhei ao redor rapidamente minha alegria sumiu e o meu coração se encheu de tristeza pois minha mãe não estava lá dissendo para eu acordar pois eu tinha escola e nem meu pai falando para a minha mãe que eu realmente tinha que acordar cedo mas que não era motivo de briga logo cedo, me levanto e escovo os dentes pois mesmo com a cidade que eu moro ou até o mundo todo esteja infestado de zumbis eu tenho que manter a higiene né?

Após escovar os dentes e ter tomado um banho preparo o meu "almoço" que consiste em 2 palitos de cenoura e uma colher de arroz e um copo de água, enquanto como pego o meu celular e vejo que é 12:00, sorrio pois eu realmente estava precisando dormir muito já que como eu estudava de manhã eu tinha que acordar bem cedo e eu realmente não gostava de dormir pouco 

Pego o meu diário e fico olhando para ele como se ele realmente pudesse responder

O mundo acabando e eu comendo como se isso fosse normal né?— pergunto ao diário mas é claro que ele não responde, Deus eu acho que tô ficando meio ansiosa com isso por que tipo tá literalmente cheio de zumbi lá fora e eu tô falando com um objeto como se ele fosse me responder! Se eu viver até acharem a cura vou precisar de um maldito psicológo e eu odeio psicológo!

Começo a ouvir o meu celular tocando e quase derrubo ele de tão rápido que peguei ele e vejo que a minha mãe está me ligando e atendo com um palito de cenoura na boca

Filha?— minha mãe diz que começo a chorar involuntariamente 

Sim mãe sou eu!— respondo com o palito de cenoura ainda na boca e mastigo e engulo ele o mais rápido que eu conseguir 

Aí meu Deus você tá viva! Onde você está? Tá segura? Não tá machucada né?— minha mãe diz e percebo que ela também está chorando

Sim mãe eu estou bem e segura, estou em casa e estou livre de machucados— minha mãe solta um suspiro de alívio do outro lado da linha e não consigo deixar de sorrir

Filha o exército está procurando sobreviventes e eu e o seu pai estamos bem mas você precisa sobreviver e conseguir mandar um sinal para o exército para ele conseguir trazer você— meu sorriso desaparece ao ouvir essas palavras pois o único jeito de achar o exército seria sair do único lugar seguro que eu achei até agora

Ok mãe vou fazer o meu melhor e eu te amo muito— respondo a ela e então perco o sinal e a ligação se encerra, tento encontrar sinal mas sem sucesso e percebo que tenho que botar o meu celular para carregar, pego o carregador e deixo o meu celular carregando enquanto termino o meu lindo e maravilhoso almoço e pego a mesma caneta que usei para escrever o meu diário 

     Dia 2: uma ligação 

        12/3/2030

Recebi uma ligação enquanto estava almoçando 2 palitos de cenoura e uma colher de arroz, minha mãe me ligou e disse que ela e o meu pai estão seguros e isso me deixa muito feliz mas infelizmente a ligação foi encerrada pois perdi o sinal mas tenho certeza que iremos conversar bastante quando nos reencontramos mas o foco agora é eu conseguir achar o exército para ser resgatada e a única forma de eu conseguir isso é eu saindo de casa então terei que me preparar para sair

        Assinado: apenas alguém que está viva

Pego tudo o que pode ser usado como arma e também pego as fotos de família e as vezes tenho que agradecer por ser brasileira pois eu com certeza vou fazer as coisas que só os brasileiros fazem, pego facas e até mesmo o cabo da vassoura e vou em direção ao quarto para pega o meu bichinho de pelúcia que se chama Boris e mesmo que eu seja velha demais para isso eu nunca conseguir ficar sem ele, também começo a guardar roupas e tudo o que uma garota precisa para sobreviver