História Diário de um Otário - Extra: O dia seguinte

Eu fui obrigado a ouvir aquela conversa da minha mãe sobre sexualidade (de novo) tudo por causa do maldito preservativo que Nescau tinha comprado. Ela ainda me perguntou se eu estava saindo com alguma garota e eu disse que a camisinha era pra um trabalho sobre Aids.  Foi uma desculpa esfarrapada mas pelo menos ela não tocou mais no assunto.  Mas isso não foi tudo, o chat do grupo no Facebook me aguardava... 

Gasparzinho: E então? 

Barbex: Era o código mesmo?

Nescau: A Moranguinho serviu? 

Bom, eu falei exatamente o que aconteceu, exceto sobre a parte dela se mudar. E eles ficaram de boa com isso, (Era o que eu achava) até que Nescau me mandou um áudio no privado (indignado) de 2 minutos. Eu não lembro de tudo, mas ele disse algo assim: 

"Você é uma decepção!! Quem passa uma uma tarde na casa de uma garota e nem beija ela p*rr@?! Sem pais por perto?! E você foi no quarto dela? Ninguém é tão virgem assim! Eu gastei dinheiro pra nada! Sabe o que deviam fazer?  O Papa devia fazer uma estátua sua e colocar no lugar da Virgem Maria! Porque até ela beijou e você não! Cacete... ah, e eu quero a Moranguinho de volta. "

Estávamos em março e a Gótica iria embora em julho, mas ainda houve uma coisa marcante naquele semestre: O trabalho de português da Fat Arbok. Foi aí que conhecemos as famigeradas regras ABNT e teríamos que fazer um trabalho acadêmico sobre Machado de Assis. O que nós não sabíamos era que um pendrive nos levaria a cruzar um limite: Uma fuga da escola.