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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo trinta e sete


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 37 - Capítulo trinta e sete


Acordei sentindo os fracos raios solares que entravam por uma pequena janela na lancha. Olhei para o lado e vi Luan com o rosto a poucos centímetros do meu, quase achei que estava sonhando. Como era maravilhoso acordar e ser o seu rosto a primeira coisa que meus olhos vissem, sentir o seu cheiro misturado com o meu e o calor do seu abraço forte. Conforme as lembranças da noite passada iam voltando na minha mente meu rosto queimava de vergonha e felicidade. Como seria olhar para Luan agora? Tirei o braço dele da minha cintura devagar para não acordá-lo e tentei me levantar rapidamente, pegando a primeira peça de roupa que vi caída no chão ao pé da cama para tentar esconder as partes do meu corpo que eu desejava que estivessem cobertas e corri para o pequeno banheiro que ficava a frente.

Fechei a porta e me encostei na pia olhando meu reflexo pelo pequeno espelho que havia ali. Estava péssima, com o rosto amassado e o cabelo todo desgrenhado. Percebi então que havia pego a camisa xadrez do Luan, não tinha outra opção além de vesti-la. Fechei os botões e dobrei as mangas, pois havia ficado enorme em mim. Respirei fundo tentando tomar coragem para sair do banheiro. A noite passada havia sido a melhor de toda a minha vida, tudo havia sido incrivelmente perfeito. Se fechasse os olhos ainda poderia sentir o cheiro do Luan em mim, a sua respiração ofegante na minha, os seus lábios quentes explorando cada parte do meu corpo, me causando sentimentos e sensações que eu nunca imaginei ser capaz de sentir.

Ontem mais do que nunca eu tive certeza de que eu seria eternamente dele e de mais ninguém. Abri à porta a procura da minha bolsa, Luan continuava dormindo tranquilamente. Só então lembrei que havia deixado lá em cima. Subi as escadas abrindo o alçapão e a claridade incomodou os meus olhos, me fazendo piscar algumas vezes para conseguir enxergar. Localizei a minha bolsa em cima da mesa e a peguei enquanto olhava ao redor.

O dia estava esplêndido, os raios de sol estavam fracos, havia passarinhos cantando misturado ao som das ondas do mar batendo na lancha, e a praia ao longe parecia apenas um borrão agora. Desci as escadas novamente, tropeçando em algo que percebi ser o tênis do Luan e voltei a entrar no banheiro. Vasculhei a minha bolsa agradecida por ter pensado em trazer a escova de dente, mas desanimei assim que percebi que havia esquecido o creme dental. Como eu havia pegado a escova e esquecido logo a pasta de dente? Procurei entre os potes que havia em cima da pia e por sorte achei creme dental em sache. Fiquei olhando intrigada pois a consistência era bem diferente, mas era a minha única opção.

Escovei os dentes devagar e tentei dar um jeito no cabelo, passando um pouco de maquiagem para tentar melhorar a aparência. Voltei para o quarto carregando a bolsa, ainda vestindo a camisa xadrez de Luan. Estava à procura das minhas roupas quando vi em cima de uma mesinha os panfletos de venda de barcos que Luan havia pego para mim, então peguei um deles, junto com uma das canetas e me sentei na cama ao lado de Luan. A felicidade que eu estava sentindo era grande demais a ponto de não conseguir controlá-la e guardá-la só para mim, e como não podia gritar para o mundo o que eu estava sentindo, resolvi escrever.

 

Querido diário,

Estou escrevendo em um velho panfleto para depois passar tudo para você quando chegar em casa. Mas ontem a noite aconteceu algo incrível e eu precisava dividir com alguém. Eu nunca fui muito de abrir os meus sentimentos, mas ultimamente ando escondendo coisas de todo mundo, até de Julia. E é bom ter você para me abrir, pois sei que posso confiar e que você não irá me julgar.

Sabe, eu tenho te dito que minha vida ultimamente está parecendo um sonho. Eu finalmente conheci o Luan e me envolvi com ele de uma forma que nem consigo explicar, e eu o amo tanto que chega a doer. Mas ontem a noite foi o ápice de tudo, foi mágico. Nada do que eu já tenha vivido se compara ao que aconteceu. Nunca senti como se o Luan fosse tão meu quanto ontem à noite, eu senti como se ele realmente me amasse. Eu sei que ele nunca disse e que talvez nunca chegue a me amar como eu o amo, mas não sei explicar, eu simplesmente senti. Em cada toque, em cada olhar, tudo parecia tão cheio de sentimentos, tão cheio de realidade.

Mas acordei hoje me sentindo estranha, não pela vergonha que está me consumindo, mas fisicamente estranha, não que esteja doendo nada, só está… estranho. Mas deve ser coisa da minha cabeça. Estou aqui me lembrando de tudo o que aconteceu ontem à noite, o Luan foi tão romântico, tão carinhoso. Depois de … Ah você sabe… Ele me abraçou e ficou cantarolando baixinho uma das suas músicas enquanto mexia no meu cabelo. E foi assim que eu peguei no sono, com os seus braços me envolvendo enquanto a frase “Com você sinto de volta a minha paz, ninguém me faz tão feliz como você me faz” pairava na minha mente com aquela linda voz.

Eu não sei se seria possível amá-lo mais do que eu já amava, mas é assim que eu me sinto. Mais do que nunca ele é o centro de toda a minha vida, é como se eu respirasse por ele, como se precisasse das batidas do seu coração para dar continuidade as minhas.

Meus Deus, que horas são? Acabei de ver aqui no celular, são seis e vinte da manhã, eu precisava ir para a escola, mas não quero acordar o Luan. Ele está tão lindo dormindo, é uma mistura de menino com anjo, tão meigo e tão sereno, que dá vontade de passar minha vida inteira aqui apenas o olhando dormir. Ele está ocupando metade da cama, me fazendo sentar quase na beirada, e do jeito que ele se mexeu a noite penso que teremos que comprar uma cama bem grande quando nos casarmos.

Espera aí, porque eu já estou fazendo planos de casamento? Você deve estar me achando louca, mas desde o primeiro momento que o vi meu coração decidiu que eu me casaria com ele ou com mais ninguém, pois nenhum outro conseguiria ser tão dono do meu coração, e de tudo há em mim quanto ele é.

Acabei de lembrar que preciso arrumar uma desculpa para dar para Cristina. Oh céus, o que vou dizer? Em hipótese alguma posso contar a verdade, mas como vou explicar o porquê passei a noite fora? Bom, vou pensar nisso depois, porque parece que Luan está acordando e eu já estou querendo me esconder embaixo da cama de vergonha.

Só tive tempo de dobrar a folha rapidamente e colocá-la dentro da minha bolsa até Luan me puxar para seus braços.

— Bom dia. – Ele disse beijando minha bochecha enquanto me apertava contra si.

— Bom dia dorminhoco. – Disse olhando seu rosto amassado de sono, mas ainda assim incrivelmente lindo.

— Dormiu bem? – Ele perguntou enquanto eu me aninhava nos seus braços, encostando a cabeça no seu peito. Nesse momento vergonha nenhuma parecia mais importar perto da segurança que ele me transmitia.

— Como um bebê.

— Mas bebês choram a noite. – Ele disse enquanto mexia no meu cabelo de um jeito que só ele sabia.

— Eu ia dizer como um anjo, mas esse foi você!

— Você sempre me deixa sem graça. – Ele alegou, me dando um beijo na testa.

— Desculpa pela minha sinceridade. – Falei enquanto tamborilava meus dedos no seu peito.

— A propósito. – Ele disse se afastando um pouco de mim. – Essa camisa ficou bem melhor em você do que eu mim.

— Obrigada. Acho que vou pegá-la para mim. – Ele sorriu e me puxou novamente para seus braços. E ficamos ali abraçados sem dizer nada enquanto ele continuava mexendo no meu cabelo.

— Vou ao banheiro. – Ele disse me soltando e saindo debaixo do lençol ao se levantar. Quase escondi o rosto no travesseiro de vergonha ao ver o seu corpo nu, mas fiquei hipnotizada olhando-o. Tudo nele era perfeito, ele parecia ter sido esculpido por anjos, se tornando assim a maior obra prima já vista.

Ele pegou a sua calça no chão e entrou no banheiro fechando a porta. Fiquei ali deitada perdida em pensamentos e rindo sozinha de felicidade pelos momentos que estava vivendo, até ele abrir a porta. Luan já havia vestido a calça e estava tentando escovar os dentes com o dedo enquanto eu ria da cena.

— Se quiser pode pegar a minha escova. – Disse enquanto sentava na cama.

— Você não se importaria? – Ele perguntou com a boca cheia de pasta.

— Claro que não. – Disse pegando-a na bolsa e passando para ele. E fiquei olhando enquanto ele escovava os dentes.

— Obrigada. – Ele me passou a escova e sentou-se na cama enquanto eu a guardava de volta na bolsa. — Eu prometi que te levaria a tempo de ir para a escola. – Ele disse fazendo uma careta.

— Não tem problema.

— Eu não quero que você fique perdendo aula por minha causa. – Engatinhei na cama até ele.

— A escola eu vejo todo dia, você não.

— Mas a escola é essencial para o seu futuro.

— E você é essencial para a minha vida. – Disse a poucos centímetros dele, fazendo-o sorrir. Então ele avançou em mim, me derrubando para trás na cama e me beijou urgentemente, mas ainda assim seus lábios estavam completamente carinhosos. Parecia que entre nós havia uma conexão diferente. Não era algo que pudesse ser explicado em palavras, mas era como se estivéssemos conectados a um sentimento extremamente forte que nos unia, nos tornando cada vez mais uma única pessoa. Era como se ele estivesse ali para completar o que faltava em mim, e eu me movesse exatamente para me ajustar a ele, tornando cada vez mais difícil saber onde acabava um e onde começava o outro. Então ele se afastou e me olhou aflito por algum tempo, enquanto eu o observava sem entender nada.

— Eu preciso dizer algo que está engasgado aqui. – Ele disse levando a mão até a garganta.

— Então diz. – Estava começando a ficar intrigada.

— Eu nem sei como dizer, nem sei se devo, se é a hora certa. Mas eu não consigo mais segurar, eu preciso dizer… – Ele falou nervosamente, as palavras atropelando umas as outras.

— Luan. – Interrompi. – O que foi? – Perguntei assustada.

— Quando apenas um nome te faz sorrir e só de pensar em ficar longe te dói aqui dentro. – Ele tocou seu coração com uma das mãos. – Isso é amor?

— Acho que sim. – Ele havia dito tudo o que sinto por ele, ou pelo menos uma parte, pois tudo que sinto por ele é impossível de ser colocado em palavras.

— Então eu acho que te amo. – Ele disse ainda aflito. Meu coração quase saiu pela boca, e senti borboletas no estômago. Mal conseguia acreditar no que estava ouvindo, mas ainda assim as lágrimas estavam insistindo em querer sair. Meu corpo todo tremia e as palavras paralisaram na garganta me deixando completamente sem reação. Eu só podia estar sonhando. Aquele garoto que eu amo com todas as forças do meu coração, que se tornou a coisa mais importante de toda a minha vida, estava ali na minha frente me dizendo as três palavras mais lindas do mundo. Meu peito estava transbordando amor e felicidade a ponto de querer escorrer pelos olhos. – Não vai dizer nada? – Ele perguntou, ainda com a expressão aflita.

— D… desculpa. – Disse tentando recuperar a voz. – Meu cérebro ainda não processou o que você me disse. — Então ele sorriu.

— Vou falar mais devagar para você entender. Eu… amo… você… tanto!

— Tanto? – Eu perguntei com as lágrimas já escorrendo pelo meu rosto, foi impossível segurar a emoção. Ele assentiu e eu me joguei no seu pescoço o apertando o máximo que eu podia, enquanto as lágrimas saiam descontroladamente.

— Não era para te fazer chorar.

— É de felicidade. – Eu disse me afastando e limpando as lágrimas. – Parece que eu estou sonhando. — Ele pegou a minha mão e levou até o seu coração, e eu o senti batendo forte, no mesmo compasso do meu.

— Acredita agora que é real? – Ele disse olhando dentro dos meus olhos. Então eu o abracei novamente o enchendo de beijo.

— Eu amo você… – Disse o beijando na testa. – Amo você… – Na bochecha. – Amo você… – Nos olhos. – Amo você… – No nariz. – Muito. – E finalmente na boca. Então ele me puxou pela cintura me beijando intensamente, me derrubando para trás de novo. Eu o apertava contra mim como se quisesse me fundir a ele, como se eu precisasse sentir cada parte do seu corpo no meu, me fazendo arrepiar a cada toque da sua pele. E mais uma vez eu me entreguei a ele, mais do que já estava entregue.

 



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