História Diário de uma funcionária da Umbrella - Página 16: a misteriosa mulher de vermelho

                28 de setembro de 1998

 Meu Deus, como fui burra! BURRA!!! Segui o conselho de Jill (não à culpo) e acabei vindo para o laboratório mas me arrependi. Meu Deus, esse lugar já era!

Mas vou começar do início. Depois que me mudei do apartamento de Jill, vi em alguns noticiários locais de um novo ataque, imaginei que alguns zumbis houvesse escapado da mansão (sei que todos dali morreram, mas vai que houvesse um "sobrevivente"), três dias antes de vir para cá, Jill me deu uma Desert Eagle. "Para se proteger, caso ocorra algo", essas foram suas palavras.

Mas antes de vir para cá, Jill me ligou e disse que era para tentar "fugir", Raccon não era mais segura, ela disse que ia fazer o mesmo. Falei para ela que estava sem minha moto e sem condições de ir à pé. Ela me sugeriu o laboratório, afinal se estivesse seguro iria ter uma rota de fuga. Peguei alguns pertences necessários e você, meu querido e fiel diário. Apesar de que se alguém da Umbrella lesse você, estaria bem fodida mas não podia lhe deixar para trás. 

Enfim, simplificando eu tô no laboratório (praticamente no trem, com um elevador que leva para lá) estou nesse lugar pois é a parte que mais me sinto tranquila, a RPD não é segura e sei que a maioria dos cientistas morreram. Então estou esperando algumas coisas se acalmarem e eu vi um monstro de relance, parecia o Wiliam mas estava diferente, mais alto e com um tumor no braço direito... que merda era aquela!?

De qualquer forma, preciso achar um jeito de sair daqui, não é muito seguro meu esconderijo mas pelo menos não tem zumbis ou lickers na onde eu estou. Mas se veio uma equipe da Umbrella para pegar algum vírus, é provável que venha outra ou algo pior. Preciso sair daqui!!!

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              29 de setembro de 1998

Mag ainda estava escondida naquela trem, era o acesso para os laboratórios da Umbrella. Estava se sentindo uma inútil e uma burra por ter que ficar ali sem fazer nada. Mal sabia o que estava acontecendo lá fora, já era quase 22:00, mas não tinha sono, preferia dormir de dia e ficar acordada de noite já que não sabia quem poderia ir para lá.

- "Besteira, até parece que algum civil vai vir pra cá, provavelmente só vai vir a equipe da Umbrella. De qualquer jeito, vou estar morta mas talvez se eu for nos laboratórios..."

Lembrou do trem que dava acesso a uma mina, aquela seria sua rota de fuga. Respirou fundo, sabia que seria arriscado mas era melhor do que nada. E de repente ficou se sentindo mais boba ainda. Por que ficar com medo? Se tivesse alguns cientistas zumbis, com certeza daria conta. Sua desert eagle possuía 15 tiros e mais três pentes. Tinha bastante munição e mesmo com alguns lickers no caminho, daria conta do recado.

- "Mas pelo menos vou agir, não vou ficar igual a uma idiota esperando vir um príncipe e me salva. Puta merda, eu tenho uma arma, não fiz treinamento mas tô melhor no tiro do que a Becca."

Suspirou melancolicamente. Lembrou-se de seus amigos, estava com saudades deles mas sabia que poderia nunca mais vê-los de novo porém teria que tentar sair dali. Mag tomou coragem e foi em direção ao laboratório subterrâneo.

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 Annette ainda estava desamparada pela morte de William. Estava sozinha e com medo. Com medo por ela e por Sherry. Sua filha havia estava na delegacia e tinha certeza disso. A menina era inteligente igual ao pai.

- "Ah meu amor, você não vai mais poder ver a nossa filha crescer... e tudo por culpa da Umbrella."

Annette sentiu uma raiva súbita pela corporação. Praticamente havia dedicado à vida pela empresa e eles simplesmente descartaram William como se fosse lixo. Como se não representasse nada para eles.

- "Maldita seja Umbrella."

Annette estava na sala de câmeras, onde podia ver tudo o que estava acontecendo no laboratório, não pretendia ficar ali por muito tempo mas esperava que William voltasse para lá. Queria destruir o laboratório, mas sem William estar junto não fazia tanto sentido.

- "Esse vai ser meu ato de amor por você, William. Não posso te deixar ficar assim."

Ela suspirou, estava com uma dor de cabeça enorme e cansada. Mas tinha que esperar e não podia pegar no sono. E se William aparecesse e ela estivesse dormindo? Toda sua espera seria em vão. Mas Annette rapidamente acordou quando viu aquela putinha da Margarett andando nos laboratórios. Então ela ainda estava viva...

- "Ótimo!!! Vai ser fantástico ver ela explodindo junto com o laboratório."

Mas e se brincasse com ela um pouco? Afinal matar ela rapidamente seria fácil demais. Annette viu como Mag olhava para William nos dias que trabalharam juntos e sabia que aquela garota tinha uma queda por seu marido. William obviamente nunca daria atenção para uma piranha como ela, mas mesmo assim Annette se sentia ameaçada com a presença da garota.

- "Bom, ela é miúda e está bem próxima de mim. Posso lhe dar um tiro na perna e torturar ela um pouco."

Annette riu com a sua própria imaginação. Sim, iria fazer isso. Mas o que Annette não notou, foi que Mag já estava sendo interrogada por uma outra mulher.

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         - "Merda!"

Mag estava no laboratório quando foi abordada por uma mulher asiática, alta, bonita e usava um vestido vermelho colado em seu corpo. Ela encostou a boca da arma em suas costas e Mag realmente sentiu medo.

- Deixe suas mãos aonde eu possa ver!

Disse a mulher misteriosa. Mag se xingou internamente por ter sido tão descuidada mas agora que virou para olhar a mulher, ela percebeu que a moça estava machucada e com um pouco de olheira. Talvez fosse cansaço mesmo. A moça não parecia infectada.

- Olha, eu não sou um zumbi.

- Eu sei que não mas não esperava encontrar uma sobrevivente.

A mulher abaixou a arma e Mag assentiu agradecida. Sua arma estava no coldre, na cintura. Mas nem daria tempo de pegá-la pois aquela mulher parecia uma profissional. Será que veio a mando da Umbrella?

- Enfim, me chamo Ada. Você é cientista daqui ou algo do tipo?

Mag arregalou os olhos... Ada... esse nome era familiar. Ela se lembrou! Ada era namorada de John, um dos pesquisadores da mansão de Spencer. 

- Não, era estagiária da Umbrella mas saí da corporação. Soube desse laboratório e vim para cá para fugir.

Ada guardou a arma. 

- Pois é, a cidade tá uma loucura.

- Como assim?

Mag sentiu um aperto no peito, sabia que Raccon estava ferrada mas não tão ferrada assim. Ada a olhou sem entender.

- A cidade está tomada por essas coisas. Vai me dizer que você tá aqui faz tempo?

O tom na voz de Ada era bem irônico mas Mag nem ligou pois parecia que havia tomado um soco no estômago.

- Olha, já que você já trabalhou para a Umbrella, você sabe me dizer o que aconteceu com John? Isso se você chegou a conhecer ele...

Mag não podia acreditar na frieza na voz dela.

- N-não conheci, mas ouvi falar dele. Sinto muito mas acho que ele morreu. Na explosão da mansão.

Ela notou que Ada ficou um pouco desconfiada mas só um pouco mesmo pois essa mulher tinha um rosto neutro. Ada se aproximou dela.

- Olha criança, preciso ser direta. Estou procurando uma cientista chamada Annette Birkin. Você a conhece ou a viu?

Criança? Ada a chamou de criança? Tudo bem que Mag era baixinha mas não aparentava ter menos de vinte, isso na opinião dela. Mas deixou esses pensamentos de lado quando ouviu o nome de Annette e para falar a verdade não sabia o que tinha acontecido.

- E-eu a conheço sim mas não sei o que aconteceu. Sei que William virou um monstro, eu sei pois eu o vi. Mas eu não sei nada sobre a Annette.

Ada suspirou, talvez tentando pensar sobre o que fazer com ela.

- Tudo bem, preciso achar ela.

Mag estreitou os olhos, não que se importasse com Annette, mas por quê Ada iria querer conversar com ela?

- "Talvez por causa do G-Vírus? Afinal William estava fazendo meio que na escondida..."

Mag se aproximou de Ada, a jovem queria ajudar ela afinal seria uma vingança boa roubar o precioso G de William. Mas também queria saber as intenções dela afinal poderia trabalhar para outra empresa.

- Você está aqui pelo G-Vírus?

Ada arregalou os olhos como se ficasse surpresa por tal fala. Mas quando ela iria abrir a boca para responder, ouviu um tiro e empurrou Mag para sua direita, atrás da parede.

- Mas que merda..?

Mag começou à falar mas parou porque Ada sacou a sua arma e olhava na direção da onde veio o tiro.

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Ada Wong estava na cidade alguns dias, mas não podia acreditar no show de horrores que a Umbrella transformará a cidade. Estava cansada e de saco cheio de todos esses jogos sobre a Umbrella, dos Tyrants soltos, dos malucos da família Birkin e agora para completar, tem mais alguém no laboratório que não está afim de negociar.

- "Só pode ser aquela vaca da Annette."

Ada atirou de volta, ouviu a pessoa revidar e depois fugir.

- "Ótimo, ela é covarde."

Ada se levantou, limpou o vestido para tirar o pó e olhou para a menina. Era uma moça muito bonita, tinha cabelos pretos e olhos verdes, parecia até uma boneca. Mas obviamente uma criança, aparentava ter uns 17 ou 18 anos, não mais que 20. Ela estendeu a mão para pegar o da menina, a jovem olhou um pouco assustada mas segurou a mão de Ada. Ela se levantou e assentiu em agradecimento.

- "Será que ela quer ferrar com a Umbrella?"

Ada não sabia se podia confiar nela, era uma criança mas obviamente tinha trabalhado para a Umbrella. Bom, decidiu contar para ela que estava indo atrás do G, mas os motivos ou quem a contratou não lhe dizia à respeito.

- Bom, estou atrás do G.

A menina a olhava, talvez estudando-a. A moça pareceu feliz por isso pois sorriu para Ada. Mas caso estivesse enganada com a intenções da menina, podia atirar nela, não para matar é claro, mas só para dar uma atrasada nela, afinal matar pessoas inocentes não fazia o estilo de Ada.

- Sorte a sua que trabalhei com William. Me chamo Mag e aposto que a pessoa que atirou em nós agora foi a Annette, mas não acho que seja por você, mas sim por mim.

Ada ergueu as sobrancelhas, surpresa.

- É mesmo? E por que ela iria querer matar uma ex funcionária da Umbrella?

- Digamos que ela me odeia por vários motivos, mas depois eu falo. Temos que ir para o laboratório na onde o G foi produzido...

Ada suspirou, a jovem deveria ser esperta mas era ingênua, igual ao Leon.

- Tenha lá minhas dúvidas de que esteja lá, deve estar com ela ou com a filha deles. Ou talvez o único jeito de possuir o vírus, é tirar diretamente com o monstro William.

Mag a olhou um pouco desapontada.

- Queria que tanto ele quanto a Annette morressem. William matou o meu avô e Annette é uma louca. Acho que tirar o G-Vírus deles é a melhor vingança que eu poderia ter.

Ada se surpreendeu pela sinceridade da menina, ela mal conhecia Ada e nem sabia para quem ela trabalhava, mas mesmo assim Mag se sentiu confortável para lhe dizer o motivo dela ajudar a espiã. Mas Ada não se importava com os motivos dela, mal a conhecia também e misturar trabalho com sentimentos não fazia o seu estilo.

- "Para de mentir para si mesma. Você tá se interessando por Leon e provavelmente vai proteger essa garota ou não vai querer que ela morra."

Ada suspirou, era uma droga proteger as pessoas mas não podia mentir para si mesma sobre aqueles dois. Leon a tinha protegido desde então e tomou até um tiro por ela. E a jovem parecia que queria ajudar Ada, não podia simplesmente atirar naquela garota ou deixar ela morrer. Obviamente se a moça morresse, Ada não iria ficar se culpando ou lamentar, mas iria... ficar decepcionada com aquilo.

- Tudo bem, Mag. Me leve no laboratório, vamos ver se tem algo lá.

A jovem assentiu e ambas foram para o laboratório.