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História Diário de Uma Iniciante em Copa do Mundo - Fernanda - Por conta do trabalho e de tietar o David Luiz,


Escrita por: Lina_B

Capítulo 1 - Fernanda - Por conta do trabalho e de tietar o David Luiz,


Fanfic / Fanfiction Diário de Uma Iniciante em Copa do Mundo - Fernanda - Por conta do trabalho e de tietar o David Luiz,

São Paulo - SP. 11 de Junho de 2014.

O taxímetro estava 46 reais e pelo engarrafamento, chegaria aos 100 reais. Isso é magnifico. A Brenda vai simplesmente amar saber que eu gastei quase o orçamento da semana em um taxi no meu primeiro dia aqui. Eu já posso imaginar a reação dela ao fechar meus olhos, na verdade, é uma imagem tão aterrorizante que eu consigo até de olhos abertos. Vocês conhecem a Bloody Mary? Imagine uma mulher parecida, só que loira e sem o sangue na cara, porém, com a mesma vontade de te pegar. Essa é a minha linda editora que eu tanto amo, só que não.

“Você é louca, Fernanda? Sabe quanto me custou te mandar para lá?” Eu já podia ouvia os gritos.

Certo. Se não fosse por ela eu não estaria aqui e tenho que ser grata e tudo isso. Eu sei. Mas é que ela sabe ser má e sabe como te colocar no chão, se ela acha que é lá que você pertence. Vamos dizer que, apesar de ser uma boa editora, ela não é exatamente um doce de pessoa, porém, se você se acostumar e não for do tipo de pessoa que se abala fácil, você aprende a trabalhar com ela. Uma das melhores qualidades dela é que ela sabe quando reconhecer o trabalho de alguém e isso é gratificante. Porque eu estou falando sobre a Brenda mesmo? Ah é. Ele é a minha editora e eu tenho que pensar logo em uma maneira de chegar ao estádio antes que o taxímetro suba ainda mais.

O estádio nem parece tão longe. Já é possível vê-lo bem grande próximo de mim e então, resolvo que seria uma boa oportunidade pra tomar um vento no rosto, porque dentro daquele taxí sem ar condicionado estava matando de verdade.

-Acho que vou a pé a partir daqui. –Olho para ele pelo retrovisor. Seu olhar não é dos mais bondosos e compreensivos e eu tento dar um sorriso amarelo para amenizar. Pena que não funciona.

Ele estende a mão para mim, esperando pelo dinheiro. Abro a bolsa e peguei uma nota de cinquenta que, apesar de estar fora da carteira, estava a vista e entrego para ele. Quatro reais de gorjeta, porque eu não sou louca de esperar por um troco no carro com ele, que vai ser obrigado a ficar para sempre naquele engarrafamento por minha causa. Ótimo. Agora eu me sinto culpada por ele, que poderia estar rodando a cidade em seu taxi, com diversos passageiros, indo para cima e para baixo, ganhando o seu dinheiro na maior alegria, mas, por minha causa, vai ter que ficar preso no trânsito sabe-se lá até quando. Ele vai me amaldiçoar pela vida.

Uma vez fora do carro, eu olho novamente para o estádio e depois, para meus pés e agradeço por ter colocado o meu Keds. Confortáveis e bonitos, para qualquer ocasião. Os meus preferidos. Prendo o cabelo, ajeito a bolsa no ombro e começo a minha caminhada até o estádio e eu quero compartilhar uma coisa: não foi assim muito agradável.

Eu sempre fui muito atlética. Nem tanto para academia, mas sempre pratiquei esportes e andar não era o problema, o difícil foi aguentar o sol escaldante em cima de mim durante toda a caminhada. Infelizmente, o estádio não era tão perto quanto parecia, e eu tenho que dar uma volta enorme para conseguir entrar, porque estava na portaria errada. Além de ter que ignorar as buzinhas enquanto eu caminhava e as provocações dos garotos, uns mais bêbados que os outros. Mas tudo bem, nada que eu não possa suportar. Foi só uma caminhada até o estádio de mais ou menos 2 km. Mamata.

Quando finalmente encontro a portaria certa, um simpático segurança sorri para mim e eu sorrio de volta. Ele é alto e seus cabelos lisos e castanhos batem nos ombros. Seus olhos são castanhos, da mesma cor que o cabelo e seu corpo parece ser musculoso por baixo de todo aquele terno. Não é muito velho, talvez, alguns anos mais velho que eu e seu sorriso é tão bonito e... Foco Fernanda. Ele só está sendo simpático.

-Jornalista? –Ele pergunta.

-Sim. Estou procurando as credenciais. –Apoio minhas costas na grade e levanto uma das pernas, usando-a como apoio para a bolsa. Eu tinha separado todas elas hoje de manhã e sorri comigo mesma pela minha organização. Tornava as coisas tão mais fáceis. Eu tenho que aprender a ser assim.

-Pode entrar. –Ele me devolve as credenciais e eu as guardo na bolsa com cuidado. Sorrio para ele e então, entro no estádio e uma coisa eu tenho que admitir. Estava magnifico.

Algumas pessoas andam de um lado para o outro e eu me assusto quando uma mulher tromba em mim e me empurra para o lado, mas ela não parece perceber e continua andando pelo longo corredor. Falando em corredor, eu tenho que descobrir qual eu tenho que pegar para chegar a coletiva de impressa.

Não sei se eu já te falei. Eu sou jornalista e me formei no ano passado, Adoro esportes, especialmente futebol. Vou te contar porque. Nasci numa família feita de pessoas inseridas no futebol até o pescoço. Meu pai é locutor de uma rádio famosa em Minas Gerais, e faz narração de jogos de futebol como ninguém. Minha mãe é editora de uma revista de esportes com circulação nacional. Os dois se conheceram no meio, e acabaram se casando. Logo viemos nós, os quatro filhos de José e Eliza Moraes. Meus três irmãos mais velhos são ótimos. Maurício, o mais novo deles, é jogador de vôlei num time em São Paulo, e só falo com ele pela internet.  

Talvez eu consiga me encontrar com ele, já que estou na cidade. Esse pensando me enche de empolgação e um sorriso toma conta dos meus lábios. Maurício é tão engraçado e nós corríamos juntos quando ainda morávamos na mesma casa. Eu sinto muita falta disso. Casa da mamãe, todos nós sendo mimados, festa todo dia de jogo de qualquer esporte, ou seja, todos os dias praticamente. Minha infância sempre foi muito legal e divertida. Minha família é a melhor de todas.

Tem o Jorge, o mais velho deles, que é escritor. Não sei se você já leu algum livro dele, porque ele escreve livros infantis, daqueles com animais falantes, coloridos, com poucas frases e muita imaginação. Ele é casado, e tem pose de homem sério, mas, na verdade, no íntimo dele, o Jorginho é um fofo.

Por último, e não menos importante, vem Ítalo. Ele trabalha comigo, mora comigo, e age como se fosse meu pai. Uma adorável pedra no meu sapato, ou seria na minha meia atoalhada? Bem, não importa isso. Para te situar melhor em minha situação, meus pais e a família do Jorginho moram em Minas Gerais, Belo Horizonte, que foi onde eu nasci. Mas eu e Ítalo moramos em Natal, capital do Rio Grande do Norte. Sim, é bem longe, e,as vezes, a saudade dói um muito.

E ai vocês se perguntam: mas se você mora em Natal, o que está fazendo em São Paulo? Então, Eu não te omiti isso, realmente não foi minha intenção. Eu ia chegar nessa parte, juro. Depois de uns meses como free lancer numa revista de circulação nacional, consegui um emprego fixo na seção de futebol, o que é difícil, mas creio que tive muita sorte. Apesar de ter um chefe linha dura, e, como eu falei antes, assustador. Passei mais alguns meses trabalhando só na revista, até que meu pai me comunicou que eu teria uma entrevista de emprego numa rede de TV paga, e eu vi uma oportunidade para trabalhar no lugar em que sempre quis. Na redação de um jornal esportivo.

Mas, como tudo na minha vida, aquele emprego também tinha um porém. E era o de que eu teria que me mudar para outra cidade, para trabalhar numa redação no nordeste, mais especificamente em Natal. O que não me fez desistir do trabalho foi que Ítalo também ia, e mesmo assim ainda tive medo de morar sozinha em um lugar que eu não conhecia. E Natal se mostrou uma cidade ótima para se viver, quando eu dei a chance. É bem charmosa. O fato de ter praias lindas ajudou, e também por ser uma cidade mais quente que Belo Horizonte, o que me alegrou no começo, porque eu gosto desse calorzinho úmido das cidades do litoral, mas que tem me dado dores de cabeça nas noites mais quentes, porque, esporadicamente, é impossível dormir.

Ainda assim, amo morar lá. Mas admito que sinto muita falta de casa. E que eu tenho medo de São Paulo. Muito medo dessa cidade enorme que sinto que vai me engolir a qualquer momento.

Uma moça esta parada segurando uma prancheta e conversando com alguém pelo walkie-talk, não batendo papo do tipo jogando conversa fora. Ela usa um terninho bem feminino e elegante. Seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cabelo alto e seu salto era esplendido, pena que não posso dizer o mesmo da sua expressão quando me viu ali parada, no meio do corredor.

-Você é... –Sua voz é ríspida e eu pisco os olhos em surpresa.

-Sou jornalista. –Ela continua a olhar para mim e eu acredito que devo ter que acrescentar alguma coisa. Provavelmente, o que eu estou fazendo ali igual uma songa monga. –Estou procurando onde vai acontecer a comitiva de impressa. –Ela revira os olhos e estende a mão para mim e eu aperto a mão dela. Vejo a linha de sua boca se estender pelo rosto, poderia ser um meio sorriso, se ela não estivesse me matando com os olhos.

-Suas credenciais.

-Ah, isso. –Eu rio para tentar amenizar o clima. Claro que ela quer as credenciais. Apertar a minha mão que não iria ser. Pego elas guardadas em minha bolsa e entreguei para ela. Ela avisou a pessoa do walkie-talk e a avisa sobre a minha chegada. Eu suspiro aliviada, pelo menos ela não vai me jogar para fora daqui.

-É para lá. –Ela aponta o lugar para mim e me devolve o crachá. Eu sorrio novamente e sigo o caminho indicado.

Então eu me lembro que a minha maquiagem não era a prova d’agua e que meu rosto deve parecer derretido devido a base borrada, assim como meu rímel. E meu cabelo. Olho em volta procurando por um banheiro quando um homem abre uma porta bem à minha frente. Ele me olha com um rosto tão simpático quanto o da loira do corredor.

-Você é a Fernanda?

-Sim.

-Só falta você. –Ele bufa e abre mais a porta.

Eu respiro fundo. Tudo bem. Eu posso fazer isso. Descabelada, de qualquer jeito. Sou uma profissional, e vou agir como tão. Ele fecha a porta atrás de mim no momento em que eu passei por ela. Eu levanto meus olhos e encaro todos dentro daquela sala. Minhas pernas tremem, mas eu torço para que eles não percebam.

Vai dar tudo certo Fernanda. Só respire fundo. Você consegue.

São Paulo - SP. 11 de Junho de 2014.

Como eu fui a última a entrar, peguei o pior lugar, bem lá no fundo. Era melhor assim do que chamar atenção novamente pedindo licença para todos ali até conseguir ficar mais próxima de todos. Já basta que todo os olhares tenham se virado para mim quando eu entrei.

Abro meu bloco de notas e tiro a câmera de minha mochila, tentando fazer pouco barulho e ao mesmo tempo, escutar tudo o que era perguntado aos jogadores. Olho para a bancada e não vejo David Luiz   ali, o que me faz morder o lábio inferior e segurar um suspiro. Eu quero muito vê-lo, mesmo que a uma distância considerável, pelo menos, estaríamos na mesma sala, e isso é mais do que eu poderia esperar.

Não, eu não tenho uma queda por ele e sim um precipício inteiro. Ele é lindo, sempre foi e eu acompanho tudo dele desde que o vi pela primeira vez. Não importa que falem que o nariz dele é ligeiramente torto –porque é mesmo- ou que seu cabelo seja muito cacheado e bagunçado –porque é mesmo- mas ele também tem um sorriso lindo e é super carinho e carismático. Eu preciso de pelo menos uma foto com ele e vou tentar tirar uma casquinha, mesmo que de leve. Quem diz que ele é um magrelo sem graça, nunca o viu sem camisa, porque ele tem tanquinhos. Ah, se tem. Então de físico, já está mais do que bom. Não sou muito fã de caras muito fortes. Prefiro os que são como ele, aconchegantes e tudo mais.

E eu divago demais, novamente, e perco as últimas perguntas. Certo, nada que não dê para recuperar. Tudo o que eu tenho que fazer agora é ficar atenta, tirar as fotos, anotar tudo o que eu conseguir e depois, assistir ao treino da seleção. Isso tomaria toda a minha tarde e noite, provavelmente, porque a minha editora vai querer essa matéria na primeira página de amanhã, mas tudo bem, isso não é um problema. Não tenho namorado para passar o dia dos namorados, então, sem jantares românticos e noite calorosa para mim hoje ou amanhã. Estou por conta do trabalho. –E de tietar o David Luiz  , se possível-.

São Paulo - SP. 11 de Junho de 2014.

O jogador e o técnico se retiram da sala e eu aproveito para tirar fotos. Alguns sorrirem para nós e acenam, simpáticos, na maioria deles, mas  não vou citar nomes aqui. Não gosto de falar mal, mesmo quando são rudes comigo e talvez, eles só estivessem muito concentrados ou preocupados com o jogo de amanhã, então, não tem porque ficar em cima.

Eu guardo a minha câmera quando veja a sombra de um homem se aproximar de mim. Ele é mais ou menos da minha altura e eu sou relativamente alta, em comparação a outras mulheres, então quando me levanto, nossos olhos ficam no mesmo nível. Ele sorri e estende a mão para mim.

-Oi, meu nome é Murilo. Eu vi que você chegou atrasada e queria saber se você quer anotar as perguntas que foram feitas antes de você chegar.

-Você é um anjo que caiu na minha vida. –Não posso evitar o sorriso que toma conta dos meus lábios naquele momento.

Ele ri da minha reação e se senta no banco ao meu lado. Seu cabelo é raspado e seus olhos são castanhos, só que mais claros que os meus. Abaixo os olhos para ver sua credencial e sorrio ao ver que ele trabalha no jornal que eu trabalhava em Belo Horizonte, mas resolvi não puxar assunto no momento. Apenas me apresentar, é o mínimo que eu podia fazer.

-Sou a Fernanda. –Falo enquanto olho o caderno de anotações dele, procurando pelas perguntas mais relevantes.

-Pensei que não fosse me dizer seu nome nunca. –Ele ri e eu o acompanho.

-Me distrai, desculpe. 

Ele se limita a sorrir com o canto dos lábios e espera pacientemente enquanto eu anoto as perguntas e as respostas do jogares. Encontro várias anotações importantes e seguro o palavrão em minha boca. Se eu perdesse isso, eu estaria morta pela manhã.

Quanto termino de anotar, fecho o caderno dele e estendo para ele. Murilo sorri e guarda o caderno na pasta.

-Você é de Minas mesmo?

-Sim. –Sorrio. –Mas trabalho no nordeste. –Mostro a credencial em meu pescoço, para ele ver o nome do jornal.

-E quer me contar como foi parar lá enquanto tomamos um café?

-Ahm...

Bem, essa pergunta me pegou de surpresa. Não que eu achasse que ele tinha dado em cima de mim, mas carência, sabe com é né?

Ele levanta uma das sobrancelhas enquanto aguarda a minha resposta e sorri com o canto dos lábios.

-Apenas para nos conhecermos melhor. Se você vai cobrir todos os jogos do Brasil, então vamos nos encontrar mais vezes durante o trabalho.

-Certo. –Sorrio. – Mas depois da entrevista com a Croácia.

-Claro né. –Ele ri e se levanta, voltando para o seu lugar originalmente.

Mordo o canto do lábio inferior enquanto o vejo se afastar. Seria de grande ajuda ter um amigo aqui, apesar de que a ajuda dele quanto as entrevistas e tudo mais possa ser mais limitada, é bom ter alguém para ajudar, caso seja necessário. Não que eu pense que possa ser, mas enfim.

Saio da sala para comer alguma coisa enquanto a seleção croata não chega. Meu estomago está roncando, mas no momento em que abri a porta para sair, o técnico Kovac entra na sala, junto com outros jogadores e eu seguro a minha careta de fome e volto para o meu lugar. Faço uma nota mental para comprar barras de cereais e deixa-las na bolsa na próxima vez.

São Paulo - SP. 11 de Junho de 2014.

Antes de sair da sala para poder comer alguma coisa, releio o que tinha escrito e as fotos que tirei. Ficaram boas, pelo menos. Agora tudo o que eu tenho que fazer é voltar para o hotel, escrever a matéria e enviar tudo para o jornal. Ah, e torcer para trombar com o David Luiz  no elevador para poder encostar nele ‘sem querer’. Ok, ok. Tirar uma casquinha, ok? Mas bem de leve.

Apenas agora, já dentro do taxí, eu me lembro que havia combinado de tomar um café com o outro jornalista e me dou um tapa na testa, por ser grossa ao ponto de faze-lo esperar desse jeito.  É uma extrema falta de consideração minha, mas eu vou recompensa-lo de alguma maneira. Ele foi muito gentil ao me ajudar e sem ele, minha cabeça seria cortada. Ótimo, Fernanda. Agora o seu amigo em potencial vai te achar arrogante e interesseira. Tudo o que você precisa.

Sabe, na escola sempre me acharam arrogante e chata porque eu não falava com ninguém e tudo mais, mas era porque eu era tímida e não sabia bem como chegar e começar a conversar com as pessoas. Os meus melhores amigos hoje falam que só começaram a conversar comigo por causa de algum trabalho em grupo e então me acharam legal e que antes, me chamavam de “nariz em pé”. Logo eu, que sou tudo, menos metida.

Estou tão perdida em meus pensamentos que não reparo quando o taxista para o carro na frente do hotel. Para mim, ele estava parado em algum sinal ou algo do tipo. Só reparo quando ele estende a mão para mim, me cobrando a corrida e então olho para o lado. Sorrio sem jeito e lhe entrego o valor que aparece no taxímetro. Ele agradece e mal me espera sair do carro para começar a andar. Reviro os olhos e entro no hotel.

Ah, esqueci de comentar. Estou no mesmo hotel que a seleção do Brasil, por isso que eu disse que torcia para pegar o mesmo elevador que o David Luiz   lindo e maravilhoso. Porque existem chances reais disso acontecer. Ou talvez, ele possa querer dar um pulo na piscina. Ou descer para jantar com todos os meros mortais. Ou até mesmo... Não. Melhor parar por aqui. Minha imaginação não tem limites e existem coisas pessoais demais para serem compartilhadas.

Suspiro por não vê-lo no elevador quando entro, mas é válido continuar pensando. Não é isso que diz aquele livro ‘O Segredo’? Então. Quem sabe, até o final da copa não da certo? Como estou sozinha no elevador, aperto o andar que os jogares estavam, só para ver se dava a sorte de ver algum deles andando pelo corredor, ou algo assim, mas foi frustrante ver o corredor deserto. Suspiro e aperto o andar o meu quarto, bom, tenho todo o tempo da Copa para conseguir isso.

Assim que abro a porta do meu quarto sinto o meu celular tocar e quando vejo, lá está o nome da minha editora mais linda do mundo.

-Acabei de entrar no hotel. –Eu falo enquanto coloco a minha bolsa sobre a cama. –Vou escrever a matéria agora.

-Metade dos jornais já postaram tudo sobre a entrevista, Fernanda. Você tem vinte minutos. E é bom que me venha com alguma coisa fantástica que ninguém viu.

Depois disso tudo o que eu escuto foi aquele som ‘ tu tu tu ‘. Ela é a mestre de falar o que quer e desligar em seguida. Não porque ela não gosta de você ou algo assim. Mas é o jeito dela. Meio grosseiro, eu sei, mas como eu disse antes, aprendemos a conviver.

Me sento na cama e abro o meu notebook. Fecho os olhos e respiro fundo. Hora de ter um pouquinho de inspiração.

 



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