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História Diário Dos Meus Serviços Domésticos - "Surpresas"


Escrita por: DolinhoDoolly

Notas do Autor


Olá.

Desculpa pelos erros e boa leitura <3

Capítulo 2 - "Surpresas"


Fanfic / Fanfiction Diário Dos Meus Serviços Domésticos - "Surpresas"

Já estava à uma semana no meu emprego, minha mãe estava saltitante e meu pai já não via a hora em que eu sairia de sua casa. Eu também queria me mudar logo, mas ainda faltava o dinheiro néD. Seria muito ruim se eu pedisse um vale com só 5 dias de serviços prestados?

Não importa, vamos a um resumo de minhas conclusões sobre minha semana diferentona :

* Primeiro, minha relação com ele melhorou 10/10.

* O serviço doméstico naquela casa não é tão puxado quanto eu imaginei, mas como sou caprichoso, me esforço e fico acabado. Conclusão, sou um puto de um dono de casa. 

* Estava fazendo cursinho de culinária caseiro com a minha mãe quando chegava em casa, mesmo que relutante ela estava entregando seus segredos aos poucos e eu me esforçava a aprender, meu cardápio já estava 2% mais extenso.

* Percebi que ele é extremamente ocupado, seus horários eram confusos, todo dia um cronograma diferente. Ele tinha 3 horas livres à partir das 12:00 horas pro almoço, mas se eu não fosse ao escritório da casa pelo menos 3 vezes pedindo para que ele almoçasse, o grandão se esqueceria afundado em um monte de papéis. 

* Eu ainda mantenho os planos malignos com minha mãe sobre o almoço rs.

* JunHoe é lerdo e tem muitas crises heterossexuais.

* Ele tinha uma namorada e eu competia com ela no meu subconsciente, sempre ganhei... Ou não.

Obs : Odiava o fato dele ter uma namorada, quando ela estava lá ele me mandava ir embora mais cedo e eu sabia que eles iriam se comer. Eu tinha ciúme, muito ciúme dela e ela nem era aquela naja patricinha que odeia os pobres, no fundo eu queria que fosse só para ter algum motivo para não querê-la perto dele. Mas a desgraçada era uma puta de uma mulher humilde, além de linda e muito sensual.

Nada que eu não seja também rs.

E para fechar o resumo, uma bomba. Talvez nem tão explosiva assim por ser previsível... Eu estou na dele. É tão ridículo, eu sei, ás vezes nem consigo me olhar no espelho por sempre lembrar de todas as experiências trágicas nas tentativas de relacionamento com caras-héteros-perfeitinhos-que-são-legais-com-você. Ele nem sabe que eu sou gay!!! Deveria... Mas nunca esse assunto veio a tona para que eu então revelasse. Aliás ele não sabe porque é burro, afinal, só um hétero pra não reparar nos meus olhares, nas minhas poses sensuais ao varrer a casa, no meu gloss extravagante. Eu o detesto, e o pior, me detesto por detesta-lo por algo que ele não tem culpa

 

 

------

 

 

7:00 AM

 

 

Estava eu ali mais uma vez. O início da segunda semana no meu emprego, o tempo estava nublado e eu trajava uma bermuda jeans apertada, camiseta cinza simples, chinelo e um sobretudo. Os cabelos estavam lisos e gloriosamente partidos ao meio. Bafhonico como sempre.

Abri o portãozinho da frente, entrando e o trancando novamente. Sim, ele já tinha me dado a chave, sou muito confiável mesmo. Passei pelo jardim arrastando os pés e dando uma giradinha do poder, passos de dança dificílimos pra dar sorte não pode faltar. Destranquei a porta da casa e adentrei a mesma que estava bem escura, estranhei, mas não dei importância. Ele dormia até 7:30. Desfilei pelo caminho até a cozinha performando enlouquecedoramente minha música gospel que tocava em meus fones de ouvido. Baby Baby, WINNER. 

Ao chegar no cômodo, abri as janelas iluminando o recinto cantarolando a High Note final do meu crush famoso, Seungyoon, sempre movendo as mãos pra dar mais realidade, mexendo a cabeça e fazendo a atriz deixando os olhos umedecidos pra dar emoção no final do louvor, suspirei cansado após meu show matinal e cheio de bênção, fui começar meu trabalho com um café fresquinho, tudo maravilhoso, até que eu abaixei a cabeça pra guardar meus fones no bolso porque com eles eu não me concentrava direito no mundo exterior, rs, e quando retorno o olhar pra frente, quase caio pra trás. 

 

Estou abalado.

 

Koo JunHoe com um bebê nos braços, me fitava encostado na porta da cozinha.

 

Uau. Que sapão.

 

Eu fiquei paralisado, chocado, encantado. Meus olhos arregalaram-se surpresos, envergonhados pela leitura que ele fazia de mim logo pela manhã. Ele me olhava, prendendo um suave sorriso nos lábios, o bebê em seus braços de provavelmente uns 7 sete meses, brincava com um mordedor fazendo gostosos barulhinhos, estava entretido e parecia gostar dos braços que o seguravam, era um menino. Por um momento aquela imagem me fez ir para outro universo, onde eu era seu companheiro, onde aquele bebê era nosso filho, onde logo ele viria se aconchegar a mim e me dar um beijo molhado e nosso filho iria sorrir e...

 

Que mísera, num pode ver um homem gostoso com um neném que já faz a porno família. Acorda alesada

 

- não olha pra gente desse jeito, vai assustar a criança - ele riu rouco alternando seus olhares entre mim e o bebê, e percebendo minha confusão ele logo explicou a situação - o nome dele é ChanJung. Ele é meu enteado e eu e você vamos cuidar dele hoje... - avisou, aproximando o nariz das bochechas da criança inspirando o perfume, sorrindo gloriosamente em seguida -  e bom dia.

 

- e-enteado? A dona Hyerin tem filhos?! - estava boquiaberto, aliviado pela criança não ser dele, mas chocado por ser de sua namorada com outro. - ...Bom dia, Senhor Koo

 

- ela tem só esse, calma. Ela o teve antes de namorarmos... É uma longa história. Faz meu café e vem pra sala ficar comigo, a Hyerin viajou, mas volta hoje ainda, temos que cuidar bem dessa coisinha. - ele se virou saindo do recinto, brincando abobalhado com a criança pelo caminho.

Vou postar no meu twitter que eu estou perdido

Eu nunca acreditaria se me dissessem que Koo junhoe era um fã de criancinhas, fiquei bobo com a forma em que ele sorria pro menino, o brilho paterno nos olhos era fulminante. A baranga amarrou mesmo ele. Balancei a cabeça e mesmo estando um tanto atordoado me mexi pra continuar a fazer o café, eu mesmo preciso de uns bons goles do líquido pra engolir aquilo tudo, além de que a cena do grandão com o bebê nos braços não saía da minha cabeça...

 

Depois de pronto, enchi duas xícaras com o café recém feito e as coloquei em uma bandeja, deixei-a sobre o balcão e fui lavar a pouca louça em disparada, aproveitando para calcular minhas palavras com o possível diálogo que teríamos, já que eu peguei mania de alesado de ficar gaguejando e falando um monte de bosta. Deixei a louça no escorredor e peguei a bandeja com cuidado em suas laterais, seguindo para a sala de estar. 

Cheguei no cômodo e a porta estava aberta, logo vi a criança sobre uma manta grossa em tom nude que estava esticada no chão bem no centro do recinto sobre dois colchonetes, os móveis estavam afastados para o cobertor ocupar tamanho espaço, também havia vários brinquedos sobre o pano, e aquela pequena aérea deixava o bebê distraído, Já junhoe estava sentado no chão com as costas encostadas no sofá. 

Bem, só agora pude prestar mais atenção em como o mesmo estava. vamos lá, usava uma calça de pijama folgada imensamente escura e uma regata branca simples,  lábios estavam bem vermelhos e os cabelos negros, mesmo que penteados tinham mechas sobressaltadas denunciando que a criança havia puxado suas madeixas. Quase apoiei a bandeja na cabeça pra bater palma para aquele homem. Fora que ele estava com um volume entre as pernas e como ele não parecia estar em agonia de excitação, concluí ser uma ereção matinal. Fiquei todo eriçadinho. 

 

- Que horas você acordou, Senhor Koo? - arqueei uma sobrancelha o olhando, deixando a bandeja sobre a mesa de centro

 

- 5:00 horas. -  fez careta ao lembrar, tombando o pescoço pro lado. Hm... Ele estava manhoso. 

 

- ela veio deixar o bebê às 5:00 da manhã, ne? - ri baixo, pegando ambas xícaras, estendi uma a ele que pegou em prontidão e me sentei ao seu lado bebericando a minha semelhante. 

 

- eu tive que cancelar uma reunião importante por causa disso, me estressei tanto porque ela decidiu ir a Paris e me fazer de babá, ainda acordei 5:00 da manhã. Quem acorda 5:00 da manhã... Segunda-feira... - gemeu baixo passando a mão desocupada no pescoço enquanto desabafava.

 

Eu mesmo, jinhwan mello, acordo 5:00 da manhã pra vim fazer teu café, ridículo.

 

- Se quiser pode ir dormir, eu cuido dele - ele estava mais frouxo em relação ao 'Senhor, Koo' então eu estava mais feliz na minha vida.  

 

- Não... Já tô aqui. - ele me olhou, desafiador - por um acaso, você sabe cuidar de criança? 

 

- eu já disse. Eu faço de tudo, Senhor Koo. - levei a xícara a boca e consumi o líquido, segurando o olhar que ele sustentava. vai que dessa vez ele não faça o lerdo, vai que...

 

- acho que eu vou tomar um banho gelado, tô de pau duro desde que acordei, sabe o que é discutir com advogado estagiário que quer saber tudo de pau duro? Ah... Pois é. - ele tomou todo o café de uma vez e foi se levantando preguiçoso

 

 

??????????????? 

 

 

Como assim ele está falando do seu pau duro com a maior naturalidade existente que existe, opa, espera ai me perdi. Misericórdia, quando eu disse que nossa relação tinha melhorado 10/10 eu não sabia que estava incluso intimidade de bestfriends não

 

- o-ok. - nem é preciso dizer que corei dos pés a cabeça e ainda senti meu interior se contrair todo, ne?

 

Mas enfim, estava mais uma vez eu, otariano mello, sentado bebendo meu café enquanto observava o homem sair da sala a passos lerdos e pesados ainda chocado com suas confissões...

Quando de repente o bebê começou a chorar, até então só tinha olhado para a criança uma vez que foi quando cheguei no cômodo, desesperado com o pranto que ficava cada vez mais alto, deixei a xícara quase vazia no chão e me levantei pegando o mesmo em um ato quase que automático, apoiei sua cabeça em meu ombro e o segurei com delicadeza, começando a caminhar pra lá e pra cá pela sala, fazendo barulhos aleatórios com a boca, cheirando os ralos cabelos da criança ainda assustado. Foi tudo tão rápido e automático que quando dei por mim eu já estava mimando completamente aquela criaturinha, afinando ainda mais minha voz, não me importando muito com muita falta de experiência com crianças, tudo em mim apenas queria que ele ficasse bem e parasse de chorar e com muita garra, não muito depois o vi mesmo cessar o choro, temia fazer qualquer coisa errada com aquela coisinha tão sensível nos braços.

Junhoe já estava de volta com aqueles olhos arregalados, se aproximando de mim fitando o bebê com a expressão confusa e preocupada.

 

- O que aconteceu?! - sua mão grande acariciava os ralos cabelinhos pretos do bebê que agora soluçava com os olhinhos umidos 

 

- Eu não sei... Pisquei e ele estava chorando. - parei de caminhar, me pondo a balançar o bebê devagarinho, já sentindo ele pesar em meu colo ao relaxar o corpo sobre mim. 

 

Junhoe rapidamente se pôs a examinar as mãozinhas do menor, o pescoço e o rostinho, os únicos locais que estavam descobertos, procurando alguma feridinha que denunciasse o motivo do seu choro repentino. 

 

- Será que ele está com cólica? 

 

- não... Quando o bebê esta com cólica ele não para de chorar só porque o pegaram o colo, acho que foi porque ninguém estava o dando atenção. Essas birrinhas por estarem sendo ignorados são comuns - disse simplista ao tirar minha mais completa conclusão sobre o pranto alheio, encostei meu nariz nos cabelinhos do bebê e inspirei o perfume, era tão gostoso de sentir, doce e suave e mesmo pesando, era bom sentir um neném no colo, sentia uma necessidade de protegê-lo e de fazê-lo sentir-se confortável. 

 

E eu era professora de ser babá sim viu viado, 0 experiência, mas 100 de instinto

 

- Não sabia que meu criado era uma babá profissional também - ele me encarou com um sorriso e ao que nossos olhares se encontraram nós dois rimos brevemente para logo mais eu revirar os olhos.

 

Foi quando aconteceu algo um tanto avassalador.

 

Ele veio por trás de mim, olhar o rostinho do bebê que ainda soluçava quietinho, o corpo dele se aproximou de mais do meu e mesmo que rápido, eu senti sua ereção em minhas costas, engoli seco.

 

O sangue de jesus tem poder. É uma sucuri? É uma anaconda? Não, é Koo JunHoe.

 

Fiquei tão atordoado que minhas pernas falharam brevemente, fazendo com que o bebê quase escorregasse, arregalei os olhos assustado com o que poderia acontecer e firmei minhas mãos nas costinhas da criança, mas claro que junhoe não ficou quieto enquanto eu quase derrubava seu enteado, ele veio com força contra mim pelo susto, passou os braços pelas laterais de minha cintura, segurando o bebê em conjunto, até se abaixando um pouco, encaixando a pélvis bem entre minhas nádegas... Percebi então que ele não usava cueca.

 

Eu sentia tudo...  Sua respiração preocupada contra minha nuca, seu mastro se roçando em meus glúteos, seu antebraço me apertando, seu peitoral quente em minhas costas. Mesmo assustado e confuso por sentir ele grudado a mim por tanto tempo, eu me via completamente excitado e tímido chegava a tremer. Ele fazia isso comigo, eu tava com tanto tesão amarrado que quando ele fazia qualquer coisa mexia comigo demais, me dopava. Mísera ruim.

 

Assim que caí na real, desvencilhei-me de seus braços e me virei de frente pro mesmo de repente, seus olhos me encararam perdidos e eu poderia até citar inocência se no fundo eu não soubesse que ele sabia o que tinha acabado de fazer. 

 

- pode ir tomar seu banho, Senhor Koo. Eu cuido dele. - aninhei a criança, corado.

 

- eu não demoro... - passou a mão nos cabelos, me olhou por um tempo e sumiu. 

 

Escroto, fica se roçando em mim e depois faz a sonsa. Morre diabo. 

 

...Ouvi ChanJung começar a comer as próprias mãozinhas ainda com a cabecinha repousada em meu ombro, sorri e o deitei em meus braços, me sentando no sofá, o mesmo fazia barulhinhos fofos enquanto se babava todo mordendo os dedinhos gordinhos. Tadinho estava com fome. Ergui meu olhar pelo cômodo e bem à minha frente, em uma estante glamurosa de madeira envernizada que comportava a Tv de última geração do advogado entre suas fotos e esculturas para a decoração, estava uma bolsa azul mediana decorada com ursinhos e tiras coloridas. Da sonsa bonitona que não era ne. Me levantei e o sentei sobre a manta novamente, prometendo a ele que logo o pegaria, caminhei até a bolsa e abri a mesma na intensão de achar vários potes de neston, leite em pó e mamadeira. E bem, achei, porém também achei um bilhete... Era da Hyerin.

Sem julgamentos, qualquer um leria. 

 

Trouxe o papel para mais perto de meus olhos e... 

 

" Amor, não tive tempo nem de explica-lo nada e sei que deve estar completamente irritado comigo, desculpe. Deixei na bolsa tudo que o bebê vai precisar para ficar bem, prometo que quando chegar o recompensarei. Cuide bem do nosso baby...

 

Eu te amo.

 

Com amor, sua Hye"

 

Meu Deus interior vomitava neste exato momento, coloquei o bilhete de volta em seu lugar e fechei a bolsa com raiva. Que mulher irritante, ela não faz o tipo dele. Com amor, sua Hye? Ela fumou crepúsculo?

 

Passei a alça envolta do corpo e retornei ao bebê, pegando-o no colo novamente, me virando para sair do recinto.

 

Mas... tantandandan

 

- Por que leu o bilhete?

 

Divino espírito santo!!!!

 

O homem estava encostado no caralho da porta me curiando, me tremi todo, olhei pra ele com o rabo entre as pernas, abraçando o bebê continuei meu caminho, óbvio, ele veio atrás.

 

-  desculpe, Senhor Koo, eu e-estava com dúvidas... Achei que era algo sobre o bebê. Aliás, ele está com fome. - adentrei a cozinha as pressas, minhas bochechas queimavam, era o cúmulo do constrangimento.

 

- e por que a irritação repentina? - ele debruçou-se no balcão, seu olhar pesado era jogado sobre mim e eu não conseguia retribuir nem por um segundo.

 

Filho da desgraça eu tentando mudar de assunto e ele me tirando, meu cu ta trincado, aqui não passa nem fio de cabelo. 

 

- i-irritação? Hã? Quê? Não, magina. Eu estou bem, Senhor Koo. Pode segurar o bebê enquanto eu faço a mamadeira dele?  - finalmente olhei pro sonso. Droga, consegui menos de 3 segundos, mas também ele estava sem camisa, no peitoral descia algumas gotas de água, denunciando a secagem rápida e mal feita que fez após o banho. Se ele nasceu foi pra me foder.

 

Entenda como quiser :)

 

- Posso. Senta ele aqui - deu leves batidinhas no balcão e logo eu coloquei a criança sobre o mesmo, sentindo as mãos de junhoe sobre as minhas enquanto ele segurava a criança e eu a soltava.

 

Me virei abrindo a bolsa novamente, sendo obrigado a fitar o maldito bilhete. 

 

- o Senhor já leu? 

 

- Não. Me dê - ele deitou ChanJung em um dos braços e estendeu uma mão para mim esperando pelo papel que logo eu o entreguei. 

 

Diabo, ele aguentava a criança em um braço só e ainda ficava 100% relex. 

 

Comecei a tirar todos os potes alimentícios que haviam na bolsa e então saltitei pela cozinha a procura do papeiro, o peguei no fundo do armário e então me voltei a pia novamente, deixando-o ali. Meus olhares passaram a se alternar entre os potes e o sonso que balançava de leve o bebê em seu colo, o mimando, fazendo vários bicos com aqueles lábios extensos e rosados na intensão de destrair o bebê, este que não sabia se ria ou se deixava vencer pelo sono. Junhoe me tirava a concentração, fazia meus olhos se grudarem nele a ponto de não querer olhar mais pra lugar nenhum, mas quando ele me olhava de volta, eu me retraia e imediatamente voltava a ler os rótulos dos potes.

 

Coloquei a quantidade indicada de cada pozinho no papeiro medindo com o tamanho da mamadeira e após acrescentar o leite próprio para o mesmo que veio numa garrafinha da pepa, levei a mistura ao fogo atento com o grau adequando, fiquei mexendo aquilo, esperando ficar na consistência pedida e rezando pra não matar a criança. Poxa, isso tem que estar bom, eu fiz tudo que tava escrito. Enquanto eu misturava, começava a me sentir estranho, mesmo com toda a intimidade que adquirimos com o tempo, o silêncio ainda era constrangedor.

 

- Jinhwan - a voz grossa rapidamente teve toda a minha atenção. - ele dormiu. - sorri olhando a ternurinha imersa a um sono profundo. 

 

- coloca ele no sofá, e vários travesseiros ao lado para não correr o risco dele cair, quando ele acordar a mamadeira já estara pronta - ele obedeceu, saindo da cozinha completamente encantado com a criança. Parecia até gente. rsrsrs .

 

Continuei mexendo, agora mais aliviado, com a pose relaxada, pude até estralar as costas, estava todo tenso, credo. Em pouco tempo a mistura ficou no ponto, sinal de que aquele sapão estava atrabalhando o esquema. Desliguei o fogo e despejei o conteúdo na mamadeira após lava-la, fechei a mesma e a repousei em cima do balcão. Estava muito quente para ser posta na geladeira. Olhei pra porta e como não vi sinal do estrupicio começei a cantar bem baixinho e performar um hit do verão enquanto lavava a louça e como era só uma colher de pau e o papeiro, em pouco tempo eu já estava era os secando e os guardando. Tampei os potes os colocando de volta na bolsa e a fechei, repousando a mesma sobre o balcão ao lado da mamadeira. Logo ouvi passos e então virei santa, vendo ele retornar a cozinha. Pude vê-lo melhor de longe, e enquanto fingia que lavava a pia, analisei tudo. Os cabelos estavam quase secos, nu da cintura pra cima, vestia somente a típica calça de moletom cinza enquanto caminhava preguiçoso com os pés descalços, voltou a debruçar-se no balcão e seu olhar veio a mim novamente.

 

- pedi uma pizza pra gente. Fazer almoço da trabalho e hoje você tem que ficar livre. 

 

- nem limpar a casa hoje então? 

 

- não, vai que ele acorda do nada e você tem que lavar as mãos até ir pegar ele. Então, é quase um dia de folga. - sorriu ainda sonolento - E eu aceito mais uma xícara de café... 

 

Sorri de volta. Ele é lindo pra caralho, uiuiui. Me virei antes que ficasse estranho e subi nas pontas dos pés, pra pegar uma caneca no armário de cima. Claro que elas estavam lá atrás pra me foder, claro que não tinha nenhuma na ponta pra mim agarrar com a agilidade dos meus dedos pequenos, qual a novidade? Me virei emputecido para ir buscar uma cadeira, mas senti um calor atrás de mim.

 

- por que nunca me pede pra pegar pra você? Eu não estou fazendo nada... - o corpo dele se encostou no meu e suas mãos se direcionaram ao armário, de onde rapidamente tirou uma caneca. Amostrado, só quer se ser. Mas se engana quem pensa que ele se afastou rapidamente, bem hétero. Não, ele quer acabar com a minha vida mesmo. Levou a caneca até minhas mãos e me fez segura-las com a suas, consequentemente senti seus abraços rodearam meu corpo - você é tão orgulhoso e esquisito, por que se treme todo quando eu tô tão perto? 

 

Porque eu quero te dar otário. 

 

- é porque sempre sou pego de surpresa... Senhor. - menti sem gaguejar, eu sou muito pika cara. Me segue no insta. 

 

- uhum... - se afastou e quando suas mãos me deixaram eu quase deixei a caneca ir contra o chão, me senti pelado quando o calor dele não me atingia mais. - um livro aberto como sempre.  

 

Ignorei sua ironia e segui até a garrafa de café, despejando o líquido na porcelana e a servindo ao maior que pegou de bom grado encostando-se na pia, me fitando. Ele parecia intrigado e estava próximo. Perigosamente próximo.

 

- você namora? - meu patrão estava se tornando cada vez mais indiscreto.

 

- não...

 

- gostaria?

 

- talvez

 

- alguém em mente? 

 

- talvez

 

- que respostas vagas. Eu odeio talvez ou mais ou menos. - irritou-se tomando mais um gole de café, o cara se fechou.

 

O que eu queria responder :

 

Mais que disgraça, eu lá devo satisfação pra tu porra, te orienta imunda.

 

O que eu respondi :

 

- vamos pra sala, o bebê não pode ficar sozinho. - fiz a santa. 

 

Ele virou de costas e se rumou ao cômodo emburrado, eu apenas o segui.

 

 

 

Xxxxx

 

 

A pizza havia chegado e eu já estava na terceira fatia enquanho ele fazia o fitness, o desgraçado comeu um pedaço e ficou me encarando. Acho que era um sinal para que eu parasse de comer, mas eu realmente não dava a mínima. Era pizza e hora do almoço, com licença.

 

- não acha que era pro ChanJung já ter acordado? - ele perguntou se levantando, caminhando até a criança, rondando o sofá preocupado.

 

- como você me disse ele chegou cedo demais, pode ter sido acordado pela dona Hye assim como você, agora ele esta apenas aproveitando o sono que não teve de manhã. - revelei minha teoria super elaborada, encostando as costas no sofá, completamente cheio, meus lábios até se esticaram em um singelo sorriso automático de satisfação.

 

Era impressionante como ele confiava no que eu dizia, que retardado. 

 

- ah... - ele relaxou caminhando até o frigobar no canto da sala - quer bebe comigo?

 

- beber o que? - nem olhei pra trás. Estava descansando depois da minha maratona pesadissima que consistia em abrir e fechar a boca milhares de vezes

 

- cerveja - Ouvi o barulho de uma tampa e gás sendo solto.

 

Murmurei positivamente e logo ouvi o mesmo som pela segunda vez, ele voltou ao sofá extremamente sexy com os vidros em mãos e se sentou me estendendo uma das garrafas, eu a peguei logo bebericando miseravelmente sem muita vontade, me ajeitando no estofado meio reto e meio de lado, pra ficar o olhando discretamente, mas claro, quando ele parasse de me olhar rs

 

Nunca tínhamos ficado tanto tempo juntos, bem, pelo menos não nessas circunstâncias; no mesmo cômodo, conversando sobre a vida pessoal, comendo pizza todo arregaçado e trocando palavras sem nexo. Porque eu era imbecil e nunca deixava brechas pra ele continuar os assuntos, fazer o que se meu cérebro ficava alesado sobre pressão. 

 

- você me deixa confuso - ele disse com os olhos curiosos cravados em mim.

 

- por quê? 

 

- porque eu nunca sei o que esta pensando, mas sei que é sobre mim. - ele bebeu vários goles de sua cerveja rapidamente, ainda me fitando. 

 

- convencido hein gostosona. - eu estava levando a cerveja aos lábios quando percebi o que tinha acabado de dizer ao meu patrão super  tradicional.

 

Misericórdia

 

- desculpapeloamordedeuseuesta-

 

Ele riu - ei calma. Seu jeito de falar não me incomoda mais tanto assim  - ele colocou uma das pernas sobre o sofá. Completamente confortável, cagando 30 baldes pras minhas reações de desejo contra suas ações.

 

Apesar de meu pau estar subindo pela segunda vez aquele dia pelo mesmo motivo, eu fiquei com o cu mo relaxado por ele não ter realmente se importado já que ele era todo fresco e tenso

 

- me irrita você está aqui a um tempo considerável e ainda não me chamar da forma correta. Tenho vontade de te punir, toda vez que é insolente comigo. 

 

Lá vem ele com o "senhor, koo" de novo.

 

Fiquei em silêncio, se não tivesse malícia naqueles palavras eu era muito hétero. Tombei a cabeça pro lado em falsa inocência e dessa vez eu resolvi ser diferentona.

 

- e  por que não pune? - fiz a vagaba

 

Ele arqueou uma sobrancelha surpreso, e mesmo querendo manter os lábios sérios, os mesmos se repuxaram em um sorriso sacana, com a boca da garrafa pousada entre eles. Nossa, me pune satanás

 

- você iria me processar se eu fizesse.  - terminou sua cerveja e em pouco tempo já estava buscando a segunda. 

 

-------

 

18:16 PM

 

 

Devo dizer que ele estava bêbado ou já têm 100% de certeza? 

 

Pois é. Enquanto eu estava com o bebê no colo caminhando pra lá e pra cá a uma meia hora que nem um abestado tentando fazer ele arrotar depois de mamar, o maior advogado que você respeita estava aos berros, acompanhando loucamente a música aleatória da rádio com seu super microfone também conhecido como milésima garrafa de cerveja. 

 

Me perguntava se aquele frigobar era a Nárnia da cachaça.

 

- Senhor Koo, não grite tão alto. - eu estava irritado com ele. De mau humor por ter ficado com dor depois de tanto tempo com o pau duro sem atenção por causa das conversas desse escroto mais ambíguas que a seringa do T.O.P em baebae. 

 

- Que gritando o que... Eu tô cantando. Me deixa porra. 

 

Ui, ele quer brincar de xingar. 

 

Abri a boca cheio do gás e vontade pra rebater, mas o arroto do bebê me interrompeu e eu nunca fiquei mais feliz por conta de um arroto. Ele era uma graça, mas pesada demais pra minha pouca força. Deixei um beijinho na criança e o coloquei sobre a manta pra ele brincar enquanto eu ia puxar aquele traste pelas orelhas. Me aproximei de onde ele estava ele tava tão na merda que a cerveja já escorria pelo canto da boca e descia pelo pescoço e se ele não fosse tão gostoso a cena seria nojenta. Mas ele é um tesão, rs.

 

- Senhor Koo, já está na hora deu ir... Vai tomar um banho e depois beber um café, não tem condições de cuidar do seu enteado desse jeito!  - cutuquei o seu ombro e para a minha surpresa ele se virou de repente, enlaçou minha cintura e me puxou contra si. Eu juro que ia reclamar, mas é aquele ditado...

 

- qual é a sua? - ele encostou a testa na minha de uma vez, remexendo o quadril no ritmo da música consequentemente remexendo o meu em conjunto, suas bochechas e seu nariz estavam extremamente vermelhos pelo álcool, ele estava suado e atordoado, mas mesmo assim seu olhar era firme.

 

- e-eu não tenho nenhuma não, Senh-

 

- por que faz essas coisas? Acha que eu não percebo? Acha que eu não vejo? - ele riu sarcástico e eu não entendia mais nada, só estava gostando da pressão que ele fazia contra minha pélvis, subi até nas pontas dos pés pra encaixar - você quer?

 

Quero

 

- o-o que exatamente? 

 

Ele levou a boca ao meu ouvido enquanto ria, e quando senti seus lábios gelados se grudarem a minha orelha. - meu pau. 

 

Como muitos também querem.

 

- o senhor não está bem...para com isso... l-logo a dona Hye vai chegar. - arfei o sentindo tão perto, fiz charminho me roçando nele, eu queria jogar, mas não queria perder.  

 

Seria uma pena se... 

 

- droga. - ele me largou bruto, caminhando até o rádio, desligou o mesmo aos tapas largou a cerveja em uma das poltronas e foi com tudo em direção a criança.

 

Ah não. Parece que eu tô na malhação.

 

O segui automaticamente, parando na frente deste antes dele se aproximar do espaço em que o bebê ocupava. Ele revirou os olhos pra mim e me tirou de sua frente, deitando-se sobre a manta, bem ao lado da criança.

 

- Vai tomar banho, Senhor Koo... - mesmo perdido, minha agonia vencia. - por que você tá desse jeito, desgraça? 

 

já sentia raiva dele de novo

 

Ele não respondeu, apenas bateu no espaço ao seu lado, olhando pra mim, eu me aproximei prestando atenção na criança ainda receoso e quando pisquei ele já tinha me trago para deitar ao seu lado, bruto e bêbado. Agarrou o bebê logo em seguida, deitando-o de barriga pra cima para logo o acariciar os ralos cabelos negros, se virou de costas pra mim, puxando meu braços para circundar sua cintura. Aquela posição era tão desproporcional, mas eu me senti tão bem ao senti-lo indefeso e carente contra mim, resolvi me calar aproveitando a calma repentina, deixei minha testa se apoiar naquelas imensas costas nuas e suadas e respirei fundo não entendendo nada.

 

- fingindo estar bêbado eu posso ter mais de você sem me culpar no dia seguinte. 


Notas Finais


espero que não tenha bugado vocês :)
obrigado pelos favoritos <3,
até o próximo.


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