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História Dias de Paz - Dia XIII - A sucessão de Escorpião, parte final.


Escrita por: KimonohiTsuki

Capítulo 13 - Dia XIII - A sucessão de Escorpião, parte final.


Fanfic / Fanfiction Dias de Paz - Dia XIII - A sucessão de Escorpião, parte final.

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- Simples, você tem que me superar em batalha.

- Em batalha? - Repetiu Jabu, incerto, recordando-se da destreza que a pouco Milo demonstrou contra Aioria.

Em um novo salto, Leão surgiu entre os lugares da arquibancada, com muito menos graça, porém, com grande impacto, fazendo tremer as escadarias de mármore.

- Muh tem razão, não tenho certeza se essa é uma boa ideia. - Disse o recém-chegado, caminhando em direção ao grupo. - Milo, você pode chegar a ser uma pessoa quieta e reservada fora do campo de batalha, mas quando nele, você se torna muito impulsivo e passional.

Isso pareceu ofender ligeiramente o outro grego, mas antes que pudesse responder, Jabu se interpôs.

 - Com todo o respeito, isso é apenas da nossa conta - Insistiu com firmeza - Todos aqui nos tratam como fracos, mas nós também lutamos para proteger Athena na Batalha do Santuário, também lutamos contra as forças de Hades que tentaram atacar Seika! Não nos subestime tanto assim!

Isso apenas fez o sorriso de Milo crescer.

- Desculpe...- Acrescentou algo receoso Aioria - Eu não quis ofender sua força, estamos apenas tentando te avisar que não é seguro provocar um Escorpião, para sua própria segurança, deveria ser humilde e reconsiderar.

- Vejam só esse Aioria tentando ensinar alguém a ser humilde - Colocou Escorpião com sarcasmo, sentando na mureta - O dia que um leonino for humilde, nós escorpianos perderíamos nossos ferrões.

- Eu aceito o desafio Milo! - Jabu ignorou as palavras de aviso, sem deixar sua decisão.

- Muito bem então - Concluiu Leão com um leve deixe de impaciência, cruzando os braços - Façam o que quiserem, não diga que não avisamos.

- Então vamos - O mais velho tornou a ficar de pé, e saltou de volta a arena, agilmente, o japonês o seguiu.

- Jabu! - Exclamou Nachi, aproximando-se da mureta - Seu idiota!

Imediatamente os outros cavaleiros de bronze também se aproximaram para ver.

- Ao menos ele é obstinado como Milo – Ponderou Muh com um sorriso suave.

- Você quer dizer turrão – Corrigiu com desgosto Aioria – É impressionante como só Camus consegue colocar um pouco de bom senso naquele imbecil.

- Não se preocupe, se Jabu tiver uma hemorragia, nós paramos a luta e cuidamos dele. – Tranquilizou o ariano.

- Isso sim deixará Escorpião fora de si, arrancar sua presa de entre suas pinças. – Finalizou o loiro com desgosto.

- Sem dúvida, mas é melhor do que deixar esse jovem morrer.  

Essa conversa paralela não acalmava em nada o nervo dos meios irmãos do escorpião japonês.

- Vai lá Jabu! Você consegue! – Resolveu dar forças Ban, era melhor do que apenas assistir.

- Não vá desapontar seus irmãos – Provocou Milo, do lado esquerdo da arena, observando o mais novo se aquecendo.

- Não farei isso – Impôs com firmeza, socando a palma direita com a outra mão. – Quais as condições?

- Muito bem – O mais velho assumiu postura de batalha – É simples, acerte um golpe em mim, apenas um golpe, e você será meu aprendiz.

- Há, só isso – Estralou seus dedos – Achei que teria que te derrotar!

Dessa vez foi Milo que franziu a expressão.

- Você é realmente muito esnobe para um cavaleiro de bronze.

- Você diz isso, mas foi derrotado por um cavaleiro de bronze há quatro anos!

Quanto a isso, o grego sorriu com prepotência.

- Quem disse que eu perdi para Hyoga?

- O que eles estão fazendo? – Perguntou Nachi, olhando de um ao outro – Não vão começar de uma vez?

- Eles já começaram – Explicou Muh tranquilo, ocultando as mãos em meio as mangas de sua roupa, como Shion costuma fazer.

- Ah sim – Uniu-se Leão, revirando os olhos – Essa ladainha toda é típica de Escorpião. Vamos ver quem cede primeiro a provocação do outro.

- Que eu saiba – Retrucou Unicórnio da arena - Se não fosse pela proteção dessa armadura, você teria congelado como um picolé! Ou melhor, congelado como seu amiguinho Camus!

- Ele não disse isso! – Exclamou Aioria, tampando o rosto com uma das mãos, em descrença.

Antes que qualquer outra palavra fosse trocada, uma expressão de fria fúria tomou o rosto de Milo, e no segundo seguinte, um grito de dor de Jabu encheu o coliseu.

- JABU! – Exclamou Ban, preocupado, apoiando-se mais na mureta.

O japonês encontrava-se retorcendo-se de dor no chão, com uma perfuração abaixo do ombro esquerdo, enquanto o indicador direito de Milo estava em riste, sua unha rubra coberta de sangue.

- Maldito insolente! Não tem o mínimo respeito pelo que NÓS, cavaleiros de ouro, representamos nesse santuário! – Com outro movimento impossível de ser visto a olhos comuns, Escorpião diferiu outra agulha, dessa vez no ombro direito, preocupantemente perto do coração, com isso, o mais novo caiu de cara no chão – Então eu vou te mostrar o SEU lugar, o chão, o chão que nós pisamos, seu miserável.

- Eu diria que irritá-lo não foi a manobra mais inteligente – Comentou Muh, levando uma mão ao queixo, pensativo – Usar a morte de Camus foi realmente um golpe baixo.

- Eu vou ter que concordar com Milo, esse garoto não tem a mínima educação, tamanha é sua arrogância. - Riu com ironia – Parece muito com o próprio Milo quando era criança.

- Sim, você tem razão, mesmo que eu não tenha convivido tanto com vocês nessa época, lembra um pouco – Concordou Áries com um sorriso – Mas ao menos Milo teve Camus para ensiná-lo a ter um pouco de calma e moralidade, talvez tudo que Jabu precise é de um exemplo assim para seguir.

- Como vocês podem conversar assim tão calmamente enquanto Jabu está nesse estado?! – Inconformou-se Ichi, apontando para a arena, onde seis agulhas escarlates já haviam atingido seu objetivo.

- Isso foi decisão dele – Disse simplesmente Muh – Ele precisa saber assumir o risco de suas próprias palavras, essa também é uma habilidade do signo de Escorpião.

Por sua vez, apesar de trêmulo, Unicórnio tornava a ficar de pé, sua determinação fez o mais velho hesitar em dar seu sétimo golpe.

- Há...- Tentava dizer, sem fôlego – Sua raiva apenas comprova que o que eu disse é verdade! Se não...- Tossiu, sangue escorrendo por seus lábios – Se não...Fosse por essa armadura, você jamais teria vencido um cavaleiro de bronze. E esse seu medo é tão grande que mesmo me chamando de inferior você não luta comigo sem ela!

Milo franziu a expressão, sentindo-se claramente desafiado, e para rebater tal afronta, fechou os olhos, e como tendo recebido uma ordem silenciosa, a armadura dourada desprendeu de seu corpo, partindo ao retorno de sua urna, fazendo Jabu franzir as sobrancelhas.

- O que você disse? – Questionou petulante.  

No entanto, um sorriso maroto se formou na face ferida de unicórnio.

- Parece que no fim, Jabu venceu no quesito palavras – Muh colocou interessado – Milo está se deixando ludibriar por seu orgulho.

- Típico, depois fala de mim – Acrescentou Aioria negando com a cabeça.

- Era exatamente isso que eu queria – O menor concentrou-se, fazendo tudo ao seu redor estabilizar-se, enquanto pequenas pedras começavam a tremer no chão, Milo observava de um lado a outro surpreso.

- Você é capaz de usar telecinesia?! – Perguntou realmente surpreendido.

- Esse é um truque idiota que aprendi com Kiki, mas vai me servir muito bem! Afinal, eu só preciso acertar um golpe!

Centenas, talvez milhares de pequenos pedaços de pedra ergueram-se no ar, encaminhando-se rapidamente como projeteis na direção do escorpiano, que agora, desprovido de sua armadura, precisava desviar completamente de todos, com precisão, para não perder o próprio desafio.

Os outros de bronze prendiam a respiração vendo como ainda assim Milo conseguia desviar de tudo com facilidade, e ainda assim...

- CHIFRE DO UNICÓRNIO!!

Estava distraído demais com essa tarefa para evitar uma investida direta em direção ao seu pulso direito.

E sem ter espaço para desviar das pedras pontiagudas e de Jabu ao mesmo tempo, um corte profundo foi produzido no pulso do cavaleiro de ouro, encerrando de uma vez aquela disputa.

Logo após isso, Jabu caiu na arena, inconsciente, mas com um sorriso. Em seguida, Muh entrou em campo, junto aos meio -irmãos do japonês, para avaliar o estado do jovem.

Aioria, por sua vez, foi em direção a Milo, que observava seu pulso, que ainda escorria sangue, com as sobrancelhas franzidas.   

- Parece que dessa vez você perdeu amigo – Então sua vista se voltou ao corte – Está sangrando muito, talvez você devesse deixar que Muh te-

Não conseguiu terminar, pois o orgulhoso escorpião, virou as costas, deixando completamente a arena, sem trocar meias palavras com mais ninguém.

- Teimoso – Reclamou Leão, voltando-se ao outro ferido.

Nesse dia, Milo aprendeu, de forma bem amarga, o enorme prejuízo que seu orgulho poderia lhe causar.

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Notas Finais


E aqui está o final do pedido trecho da luta aposta de Milo e Jabu!
O motivo de Milo estar encarando seu ferimento que não parava de sangrar, é bem descrito em Guerra e Paz, além de todas as suas consequências.

Espero que vocês tenham gostado!

Além desse, Italo também me pediu a adesão dos cavaleiros de Prata na coleta de almas do submundo, além de como Afrodite se apaixonou por Ersa. Porém, eu queria saber de vocês, qual desses momentos gostariam de ver primeiro? Ou existe outro mais que vocês tenham interesse?


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