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História Dias de Paz. - O calor de uma maldição.


Escrita por: CarolinaScarlet

Notas do Autor


Olhia a felicidade chegando hahaha tenho que aproveitar que não começei a facul para adiantar esta fanfic, minha mete é terminá-la em um mês, sendo assim, vou me dedicar a postar toda a semana ^^ Bjocas e muito obrigada pelos comentários carinhosos e os favoritandos^^

Capítulo 11 - O calor de uma maldição.


Fanfic / Fanfiction Dias de Paz. - O calor de uma maldição.

Sonhos. Estes houveram cessado suas brincadeiras noturnas e deram espaço para um relaxamento talvez mais esperado que em qualquer outra noite. Abria seus olhos e ouvia ruídos um tanto irritantes a audição, mas o barulho parecia fundo, seus olhos percorreram sem pressa alguma o local, foi quando seus lapsos de memória da noite passada voltaram, corou-se desacreditada no que deixou ocorrer, elevou-se sentando na cama e notou estar vestindo um babydoll de seda, provavelmente foi ele que a vestiu, fitou o cômodo inteiro e nem sombra do homem, pôs os pés no chão frio e vestiu um robe de seda transparente que ele houvera deixado em cima da cama, abriu a porta e fui em pressa atrás do ruído que parecia chamá-la melodicamente. Passou pelo corredor e no salão da mansão, ele estava sentado com alguns instrumentos de limpeza e um violino na base de seu ombro, ele parecia testas as cordas, e após um timbre agudo, decidiu testar outra palheta, Tsunade desceu as escadas de vagar e o fitou sentando de costas perto do piano, ele trajava roupas mais leves, uma calça escura e uma blusa de manga cinza, que destacava os músculos de seu corpo e os resquícios de suor por alguma atividade matinal que fizera, Marada passou a mão nas franjas jogando-as para trás para ter uma melhor visão do órgão e assim preparou a nova palheta.

_Se a sua intenção é me assustar, devo dizer que é péssima fazendo isso. – disse continuando seu movimento e criando uma melodia baixa onde poderiam conversar brevemente.

_Como sabia que? – espantou-se por ter sido pega.

_Seu cheiro...é inconfundível. – agora a música tomava uma proporção mais agradável e o tom era ambiente. – Agora saia daqui, pode ir para qualquer lugar ou fazer qualquer coisa, apenas me deixe só...você me distrai. – disse rudemente jogando toda a sua raiva em suas palavras, ela percebeu a afronta e a vontade que teve foi que surrar a cara dele naquele momento.

_Eu não acredito que você consegue ser assim! – a música foi ficando mais sinistra, expressada com muita raiva e tons graves.

_Saia! – disse diminuindo o tom de sua melodia, dando ênfase à sua voz. Profundamente irada, ela apertou os punhos, contorcendo os dedos com fervor, acalmou-se logo seguindo para um corredor à direita dele e não mais se encararam, o ambiente foi preenchido pelo som incitante do violino. Esse era o jeito de Madara aquietar seus sentimentos, quando não mais sentiu a fragrância dela pairando no ar, pode se concentrar com o ríspido barulho do instrumento à lateral de seu ouvido.

 

Madara

 

Uma conversa...esclarecimentos...era obvio que ela me pediria isso, era óbvio que eu necessito disso.

Mas por que me expor é tão impossível? Não consigo sem meu ego profundamente reverso e auto-refletivo estraçalhar quaisquer forma de demonstração. Quanto mais alto toco, mais me ensurdeço e não acho respostas. Penso nos poucos momentos que tivemos, o primeiro beijo, uma noite...mas antes disso o que construímos?

Sim, uma vivencia, uma família...e agora um conflito.

Sem perceber fui arrastado para isso, mesmo fugindo, não consigo afastá-la mais, não importa o quanto eu me mostre frio, tenho medo de mim mesmo... o que sou capaz de fazer?

O que eu faria...se ela me deixasse?

Não temos nada, e está bom assim?

Para mim, realmente...está bom?...A música cessa. Abro os olhos me desprendendo de minhas meditações e acordando para o mundo real.

_Não. – minha resposta sai lancinante, certeira e com um pouco de alívio, embora suspeita.

 

Tsunade

Tenho trepidações internas, este lugar por completo me dá náuseas e o clima macabro me põe depressiva e mais pensativa que o normal.

Sorrio ironicamente após me abraçar cruzando meus braços e andando com a sola dos pés no chão incomodo. Uma única pergunta ressoava em meu interior.

O que estou fazendo aqui?

Sim, é brilhante o fato de eu não ter ideia de onde me meti e mesmo assim afundei-me na lama com gosto, nos últimos cinco dias realizei proezas dignas de quem está em estado terminal e extravasante por loucuras.

Não sei se ser irônica nessa hora realmente dará alguma graça a meus pensamentos, mas acho que incendiar minha casa de infância, renunciar a meu posto como líder de meu país, ir atrás de um louco inimigo, ser envenenada e fazer sexo com esse homem...não tem nem um pouquinho de graça.

Então volto com outra pergunta.

Por que?

Sarcasmo a parte, agora posso rir, afinal minhas duas perguntas possuem minha mesma resposta...assim como tudo daqui para frente...

Madara!

Resposta curta e sem real resposta alguma, afinal, Madara virou sinônimo de incógnita, ou para os odiadores de matemática, ele é simplesmente um ponto de interrogação e assim se permanece, mesmo com minha exclamação insistente, não consigo transformá-lo ou a meu sentimento, em um simples ponto final.

Sigo para um local de campo, parece ser uma grande varanda com tonalidades verdes claras em todas as vegetações, encontro uma estufa e ali pego um regador e decido regar umas leguminosas que já não tinham a devida nutrição há semanas, depois saio dali e inalo o cheiro agradável das plantas, o ar é puro e fresco, o que me acalma e posso deixar escapar um breve sorriso, o vento se faz mais forte vindo do céu e minhas vestes se debatem onde posso sentir cócegas em minhas pernas. Fito as nuvens no céu e parecem a única forma de liberdade ao qual posso levar minha mente a experimentar. Gosto de observar tudo, mas ficar aqui parada por muito tempo me deixa ansiosa e entediada. Com algumas reclamações de meu estomago, sigo para algo que parece uma cozinha após eu retornar à casa, olho a decoração antiga mas arrumada, encontro frutas e pães em cima da mesa, abro a geladeira que está entre os armários e encontro um recipiente com algo que parece suco de uva. Meu inconsciente pensou logo em algo.

_Não...não deve ser... ou deve?

Suco de uva ou veneno, eis a questão. Tsunade pare de ser louca, o que levaria uma pessoa por veneno entre seus alimentos!?

Retiro de lá e ponho o liquido num copo e bebo um gole, logo tendo uma rejeição e cuspindo-o no chão.

_Mas o que diabos é isso? – senti o leve gosto de álcool seguir pelo meu paladar. – Madara seu miserável, você mistura álcool às suas bebidas...deus abençoe o estado do seu fígado! – jogo aquilo fora e decido caçar umas frutas para extrair o líquido, encontro laranjas, maçãs e leite, decido fazer uma jarra de suco de laranja e testo cada tempero daquele ambiente, tenho que tomar cuidado, não sei se ele fez isso de sacanagem comigo. O sal era açúcar e o café em pó era chocolate refinado, fecho as portas dos armários e bato uma vitamina de maçã, encontro biscoitos de maisena e uns de leite e sento-me à mesa dali, tendo minha refeição posta à minha frente, bebo o suco de laranja e olhando para a janela, encosto meu queixo à minha mão esquerda e permaneço o cotovelo na mesa, com a mão direita pego um biscoito e mergulho no copo de vitamina, levando-o distraidamente até minha boca, o gosto é diversificado, até mesmo confuso, mas bom, assim como estou agora, me sinto um biscoito afundado violentamente na deliciosa calda de Madara.

Quando dou por mim, minhas porções de biscoito acabaram, termino a vitamina e o suco pondo os copos na pia e os lavando, dou uma breve olhada na janela e não deve nem ser sol de meio dia ainda, me bate um cansaço interminável, agora sinto os efeitos de ficar acordada por tantas noites seguidas, seja em Konoha ou na busca pelo Madara. Decido seguir o caminho até aquele quarto, é o único ao qual eu possa talvez ficar e tirar um bom cochilo, volto pela sala e não o encontro mais ali, somente seu violino em cima de uma mesa próxima ao piano, a casa está quente e um tanto abafada pela pouca claridade, Madara deixa as drogas das cortinas e janelas fechadas, ele quer nos cozinhar aqui? Abro as janelas um pouco e as cortinas, em seguida subo pelas escadas na direção do quarto, me inclino à frente da porta e pego na maçaneta, tenho um pensamento inoportuno. “E se ele estiver aqui?”.Uma breve onda de desespero me faz trepidações no corpo, engulo essa sensação duvidosa e a abro de uma vez.

Felizmente passo o olho no quarto e ele não está lá, olho para a cama como se pudesse namorá-la, e me destino à sua ponta direita, subo e me deito de frente, nem preciso me cobrir, está agradável assim e não demora a minha consciência me render lentamente e eu pegar no sono...

Nem sinto as horas passar, mas tenho a percepção de que literalmente apaguei, como se tivesse dormido todo o sono de uma vida, as doces estrelas de minha mente brilham suaves e minha visão logo fica embaçada, vejo imagens se formarem do nada e mesmo com meus comandos, não consigo abrir os olhos, estou impossibilitada disto.

Não pode ser! Se trata de um sonho? De novo? Começo a ressentir toda aquela agonia da aura inebriante da noite em meus pesadelos, retorno aos tempos antigos, morada de muita intolerância e crimes desnecessários. Vejo um homem, minha mente o está seguindo, ele tem cabelos negros e curtos, é bastante alto e segura duas katanas grandes, está retaliando samurais inimigos, mesmo com seu corpo suando à sangue, ele continua a verocidade da batalha, e lentamente os corpos vão caindo em seu entorno.

É lua cheia, o céu mescla-se ao verde escuro em uma tórrida noite calorosa.

Espera! Reconheço este lugar! É perto da floresta do clã Senju, mas o que este homem estaria fazendo aqui? Ele luta desesperadamente e entre seus gritos agonizantes, posso sentir sua vibração sonora me arrepiar a alma. Ele está procurando alguém. Ele grita seu nome após derrotar todos os que permaneciam naquele local.

Madara!

E seu grito sai estridente, agora começo a entender tudo, continuo seguindo até vê-lo se aproximar da entrada lateral do galpão ao qual eu conhecia muito bem. Ele pára, somente sua respiração se faz sonora e sua espada brilha com o sangue em sua extensão. Vejo-o entrar e não tenho coragem de vê-lo fazendo isso. Poucos minutos depois ele sai de lá com um menino nos braços.

Madara...

Certamente este homem lhe salvou do Senju que o torturava, não consigo ver seu jovem rosto, vejo o sangue contornando suas vestes como um suor contagioso, o homem aconchega o menino nos braços e segura sua cabeça contra o próprio peito com todo o afeto que pudesse. Agora minhas visões se distorcem, não consigo enxergar mais nada após uma grande escuridão contornar meus olhos, o homem jura palavras de vingança e meu coração treme mais do que uma contração.

Agora uma luz começa a mesclar a escuridão, tenho a imagem de uma paisagem pacífica de uma típica fazendo japonesa, este mesmo homem está com uma espada de madeira treinando com dois filhos menores. Logo vejo uma bela moça se aproximando, seu sorriso era complacente e pacifico, com suas mãos, uma segurava a mão de uma pequena menina e a outra alisava o ventre em um gesto que certamente me fez perceber seu novo herdeiro a caminho. Provavelmente estaria para nascer, ela sentiu uma contração, o que despertou a corrida e atenção rápida do homem, mas logo ela se desculpou pois foi apenas um “chute.” Ambos sorriem e tomam a atenção ao menino que surgia de dentro da casa, ele aproximava-se da porta aberta, dando de frente para a varanda e os fitou após retirar sua atadura da cabeça e dos olhos,  o menino estava magro e abatido, mas notava-se que era o mais velho das crianças e a forma como castigaram-no, era cruel de mais.

Este era Madara e estou olhando de sua perspectiva, ele está pensativo, fita sua família com apresso e teme não poder protegê-los, já que nem mesmo pôde se proteger, aperta a fita com força e pressiona os olhos fechados, até sua mãe lhe chamar, imediatamente ele arranja forças para correr até ela e recebe um abraço, em seguida ela pede para que ele passe a mão em sua barriga e converse com seu novo irmão.

Darei à esta criança, o nome que você escolheu, Madara.”

“Como sabe que será menino?”

“Querido, eu simplesmente sei, acertei o sexo de todos em suas gestações...você ganhará um irmão...e este será Izuna”

Ouço suas palavras cálidas sussurradas ao vento de uma doce mãe na calmaria do lar.

Mas a sorte não acompanha os que se acham afortunados, seja por um lar, uma paz ou uma sobrevivência digna.

A vingança voltaria mais forte do que nunca.

Seu pai foi chamado para a guerra contra o clã Senju e este se recusou a ir por sua esposa estar em período de dar a luz, não deixaria sua família sozinha, o mesmo soldado foi traído em suas próprias terras, os Uchihas fugiram á guerra e a mesma eclodiu queimando as plantações de todos ao redor e as bombas eram jogadas no cair da tarde nublada, Madara ficou encarregado de proteger sua mãe e irmãos na ausência do pai, este o confiou este desígnio. O homem puxou as duas espadas e foi cumprir seu oficio à frente da casa, na varanda onde alguns Senjus invadiam com a ajuda de outros clãs, naquele mesmo local onde as crianças podiam olhar das janelas, Madara afastou seus dois irmãos de lá e sua mãe estava deitada na cama, transpirava e sorria como se tudo fosse dar certo, mas o moreno sabia bem o que aquilo queria significar, sua mãe tinha a capacidade de sorrir até mesmo nos piores momentos.

“Por que está assim mamãe?”

“Não sei, parece que seu irmão quer chegar agora”

E mais uma vez ela sorria, escondendo uma dor insuportável que sentia. Ela tossia e de seus lábios até sua mão escorria uma líquido roxo com um pouco da sépia do sangue.

“Você foi envenenada...”

Sua confirmação não foi uma pergunta, mais uma vez a moça sorriu.

“Você pode salvar seu irmão. Precisa me ajudar a tirá-lo!”

“Não posso! Não é certo contra a natureza, não é o momento dele agora”

“Madara! Eu não quero perder vocês...nem seu irmão, por favor, me ajude a salvá-lo!”

Com lágrimas nos olhos, o jovem Madara não pôde ao menos tentar uma medida para salvar a mãe com um antídoto, apenas realizou o seu desejo, e realizou seu parto forçado antes que a criança tivesse o líquido da morte percorrendo suas veias.

E toda a lágrima que ele segurou durante o processo, era apenas uma criança perdida em sua propria condição.

8 anos e não era mais criança, ou homem...ou o que quer que fosse.

Seu irmão e irmã assistiam ao parto incomum e sôfrego e dali o choro pôde se ouvir com a confirmação de vida e integridade da criança. Sua mãe o segurou ainda que sem forças e com os olhos amendoados, sua pele apalidava-se cada vez mais.

“Você acertou!”

Ele disse sorrindo com as sobrancelhas tortas e tentando transmitir segurança.

“Eu disse, nós dois acertamos Madara, cuide bem de Izuna e seus irmãos. Eu amo a cada um de vocês.”

E sorrindo a mulher perdeu a vida, Madara segurou seu irmão com todo o carinho, e segurando sua cabecinha, seus olhos queimaram-se ao profundo desejo do ódio daqueles que fizeram isso. E virando-se para seus irmãos menores e fragilizados pelo medo, ele abrandou a face e assim como sua mãe, sorriu.

“Vai ficar tudo bem. Eu prometo.”

Ele seguiu com seus três irmãos segurando seus dedinhos pela veste de sua blusa e em seu colo, o irmão tão desejado e legado de sua mãe.

Seu pai havia derrotado todos mas não conteve o incêndio em sua propriedade, ofegante, olhou os filhos, aproximou-se, acariciou os fios espetados do menino recente e seu olhar transmitiu orgulho e confiança ao filho mais velho, ao fundo, foi até sua esposa e beijou-lhe a testa despedindo-se. O homem segurou os três filhos menores, um nas costas e os outros em cada braço e Madara correu com Izuna nos braços floresta adentro, os ramos de capim navalha cortavam-lhes a pele mas nem assim cessaram a corrida, pois logo reforços do inimigo estavam à sua procura pela fazenda.

Como se pudesse ouvir uma melodia da guerra, dali fugiram com as lágrimas lhes secando o rosto antes mesmo de ousarem se formar. Madara tentava manter a calma, sim, ser torturado até a morte e ainda ser reanimado constantemente para mais crueldade, era até aceitável, mas sua família sofrer, sua mãe lhe ser tirada tão prematuramente e agora ter em seus braços e correndo ao seu lado, as únicas lembranças dela.

E minha mente turva naquelas cenas, sinto algo queimar dentro de mim, não é bem culpa ou remorso, mas parece que consigo sentir toda a sua dor, ela percorre todo o meu sistema nervoso e me faz movimentos involuntários.

Não consigo me concentrar. Não estou sozinha.

 

Madara

 

Ah, por que tão assustada?Posso ver seu desespero em tentar acordar para esta realidade, mas seria eu tão cruel a ponto de permitir que fique assim? Até mesmo poderia deixá-la assim permanentemente.

Um lapso da luz de um raio se faz estremecedor da luz fraca daquele quarto, revelando minha presença enegrecida e meus olhos que faíscam o medo dos pecadores. Avisto uma poltrona escura, caminho até ela e sento-me confortável recostando e relaxando meu corpo, fecho meus olhos após fitá-la dormindo tranquilamente e assim começo a reviver as amargas lembranças de um passado mais sujo que meus próprios pecados.

Passados alguns minutos, abro lentamente meus olhos, agora relaxados ao ônix natural, ainda estou sonolento, mas logo me levanto e quando minha visão foca seu alvo a vejo inclinar a cabeça para o lado e seus pulsos e dedos tremerem, assim como suas pernas. Sua boca se entreabre e seus cílios se pressionam, você repousa a cabeça de um lado para o outro, suas mãos têm a precisão para agarrarem o lençol.

Está vendo coisas interessantes?

Agora está chamando por mim, mas como abro um grande sorriso com isso, menos pelo fato de que deixou escorrer uma lágrima de seu olho esquerdo. Será que devo tirá-la daí? Mais um pouco e talvez você morra.

Isto é tão irônico.

Toda vez que tento e quero matá-la, também quero salvá-la.

Rumo até seu lado e me sento onde está, perto da ponta da cama, onde posso acariciar suas pernas com as costas das mãos e sentir seu doce arrepiar contra a minha pele, meus olhos queimam de desejo que quero que você acorde...o quanto antes.

_Acorde... – sussurro ao vento sorrindo leve, em seguida Tsunade abre seus olhos e se senta me encarando, olhos estáticos, presos aos meus e o silêncio adorável de nossa relação e conexão. Tudo nela é envolvente, desde de sua respiração acelerada até a vermelhidão e a palidez de sua pele. Não resisto e erguo minha mão, acaricio sua bochecha direita.

_Por que me mostra isso? – vejo a fragilidade de suas palavras que imploram uma resposta.

_Por que esse é o meu jeito de me conectar a você...o que você quer são respostas, e minha realidade é a única coisa que às trarão. – fui objetivo e íntegro, não mais iria esconder minhas intenções imediatas.

_Continuo sem entender, por que insiste nesses jogos? Se tem algo a me dizer, faça cara à cara e pessoalmente! E não em drogas de sonhos do seu passado! – ela gritou.

_Como eu disse, esses sonhos são nossa única conexão, você escolheu isso...lembra-se? Enquanto estiver acordada, eu tentarei matá-la...a menos que você me distraia de alguma forma interessante. – sorrio instintivamente. Ela dá um tapa em minha mão, afastando de seu rosto e afasta suas pernas de perto de mim, pondo os pés no chão.

_Eu não gosto dessas brincadeiras! Não devia brincar com o próprio passado.  Sua mãe não iria se orgulhar disso.– se levanta e passa por mim, abaixo minha cabeça e antes que ela fosse até a porta, vira-se para mim e me olha penosamente, depois de relutar contra si mesma por alguns segundos, ela se aproxima e com sua mão percorre a linha de meus cabelos, para acariciar minha nuca, antes de finalizar seu ato, levanto meu rosto e a fito.

_O que achou de vê-la morrer? – minha pergunta a assusta.

_O que você acha?! – sua resposta é carregada de raiva, agora sim ela está ficando adorável, ela me dá as costas novamente, arfa por sair daquele local, talvez não me suporte.

_Não vai me fazer a mesma pergunta? – ela pára sua caminhada.

_O que está dizendo? – pergunta sem se mover.

_Eu vi sua mãe morrer... – ah sim, esqueci de mencionar que sonhei com seu passado, nossos sonhos são conexões de algo que palavras não podem dizer por nós.

Como um furacão, ela se vira e vem até mim me puxa pela gola de minha blusa e me levanta na sua altura, com olhos tão mortíferos que eu poderia admirá-los se fossem se ceifar.

_Isso não é problema seu.

_Eu pensei que eu fosse o seu problema, princesa. – respondo a altura.

_Você não faz ideia de com quem está se metendo!

_Lhe digo o mesmo, e digo mais...você quis isso, veio até aqui, não me diga que vai desistir tão fácil...o que aquele pobre garoto que te espera irá dizer? – provoco até o limite de sua sanidade. É tudo um teste. E você está quase sendo reprovada, me solto de suas mãos, ponho rapidamente minha mão em sua nuca à aterrissando o rosto na cama e contenho seu corpo por cima.

_Me solta! – ela grita, está belíssima assim, mas ainda assim, não é o bastante. – Se você quer se vingar de mim, faça isso de uma vez!

_Me vingar? – indago arqueando a sobrancelha. – Você sentir isso por mim já é maldição o suficiente. E eu também fui amaldiçoado. – vejo ela se debater em pura e instintiva cólera. – Você está suja Tsunade...suja por minha causa...e por sua causa também...você me propõe uma felicidade e uma paz que nem mesma você tem...seu passado acaba de ser descoberto. E ele é pior que o meu.

_CALA A BOCA!!! – ela grita e as lágrimas lhe soltam sem que ela perceba.

_Não posso...pela primeira vez...quero me conectar a você...quero sentir sua dor assim como acabou de sentir a minha.

_Você é louco... – sussurra calmamente.

_Louco por você. – aproveito sua posição e encravo minhas mãos em seus cabelos, puxando-a até se arquear para mim, não posso parar, estou enlouquecido, alucinado por seu corpo e por seus sentimentos. – A razão de ninguém compreendê-la, é porque este é o meu dever. Ouço um grito estridente quando a puxo até mim, na altura de suas costas, rastejo meu nariz pela sua pele e inalo seu perfume, ela fecha os olhos e segura minha mão que subia por seu busto.

_Isso não pode...acontecer!

_É tarde, nem você mesma pode parar. – passo minha língua pela lateral de seu pescoço lhe causando um gemido baixo e adorável, ela aperta minha mão com força. Sentimos o desejo estalar vivo em nossos sentidos, poder sentir seu cheiro, a quentura de seu corpo e toda a sua repulsa assim como a vontade de que eu a possua.

_Não será sempre como você quer! – me grita irritando meus ouvidos.

_Quer apostar? – a viro para mim agora e à puxo pelas pernas até mim na ponta da cama onde à espero com os pés firmes ao chão, agora a puxo pela cintura e a colo em meu corpo levantando-a até mim. Fico a encará-la por poucos segundos com meu sorriso sarcástico, à tomo uma mão pelas costas e toco seus doces lábios com minha boca sedenta por seu calor, e ali todas as suas recusas são destruídas, fechamos os olhos em mais uma dança erótica com nossas línguas em batalha e a adocicada sensação de nossa relação.

Continua...


Notas Finais


Aí vcs me falam~Carol sua malévola filha duma ((*&¨(* foi parar logo aí? Calma minna, tem uma excelente razão para ter parado aí, e como bem dá a entender, prox cap teremos hentai uahahahahaahahahaha deixo o resto por conta de suas imaginações *w*


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