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História Dias de Visita (KageHina) - Pastel de Frango?


Escrita por: ddfelipi

Notas do Autor


Oioi, gente! Olha quem voltou no dia certinho, hum? Estou orgulhosa de mim por conseguir manter o cronograma ahuabaj

Avisos pra esse cap: o que vai rolar por causa do pastel de frango é apenas uma brincadeira que o Hinata faz, não há teor xenofóbico!

Bom, boa Leitura!

(Cap ainda não betado por preguicite)

Capítulo 6 - Pastel de Frango?


— Kageyama… acorda! — Era a terceira vez que Hinata chamava, e sinceramente? Já não tinha mais saco pra acordar aquela espécie de ser humano aos beijos e abraços. Foi por isso que, quando a sua última gota de paciência se foi, Shouyou agarrou a coberta em que o moreno estava enrolado e puxou com toda força. — Acorda, caralho! Tá morrendo, é?! Desgraça! 

Kageyama caiu num baque surdo ao pé da cama, desorientado e ouvido gritos. Nada melhor do que isso pra deixar o seu humor o mais calmo possível. 

— Porra, Hinata! Que isso?! Isso lá é jeito de acordar alguém?! 

— Tem meia hora que eu to te chamando que nem um palhaço e você aí, se fingindo de morto! — Tá, até poderia estar realmente exagerando, mas não é como se fosse admitir. 

Acontece que ontem à noite, Hinata havia dito mais de dez vezes que iriam acordar cedo no dia seguinte, e ainda assim, Tobio insistiu em ficar acordado até tarde assistindo animes com Pedro, e agora como se não soubesse de nada, ele fazia aquela merda de corpo mole. E ainda por cima era sexta-feira, e Kageyama sabia bem o que eles faziam todas as sextas-feiras!

Bom, talvez tivesse acordado com o pé esquerdo mesmo. Pé esquerdo não, com ciúmes.

— E isso é motivo pra me acordar desse jeito?! — Kageyama se pôs de pé, irritadiço. Hinata ao menos ligou, virando-se de costas e tomando o rumo da cozinha. Estava chateado demais para continuar uma discussão.

— Sim!

Kageyama olhou incrédulo, enchendo o pulmão para responder de volta. 

— E reclama pra ver! — Shouyou disse, olhando por cima do ombro e o levantador sentiu toda sua coragem se esvair, tornando-se quase um cachorrinho com os ombros se abaixando aos poucos enquanto seguia até o banheiro, resmungando xingos baixinhos, os quais Hinata estudou todos da cozinha.

— Eu realmente espero que esses murmúrios te ajudem a se arrumar mais rápido. Daqui quinze minutos eu to saindo. 

Kageyama esfregou a mão no rosto. O que tinha dado na porra daquele moleque? 

— Você encarnou o espírito da minha mãe, Hinata? 

— Não, porque? — Gritou da cozinha.

“Por que será, né?” Tobio pensou, pegando a escova de dente, escolhendo não responder mais nada. Shouyou já havia se comportado assim com ele, o que provavelmente significava que ele estava com raiva de alguma coisa que não queria falar. 

No fim, demorou apenas dez minutos pra se arrumar, já que iriam comer alguma coisa fora. 

Hinata havia planejado sair naquele dia de sábado pra poder ir na feira de manhã, uma das coisas que ele mais havia repetido que queria ir durante toda aquela semana. 

Aparentemente havia uma coisa chamada pastel que Shouyou queria muito que Kageyama experimentasse, junto com um suco de cana ou algo assim. Tobio realmente não saberia dizer o que era, nem imaginar. Mas se o namorado falava que era bom, então arriscaria experimentar. 

A única coisa que estava estranho era aquele comportamento, que de uma hora pra outra havia mudado demais. Não sabia dizer o que tinha feito. Ou será que tinha? Parando pra pensar, havia uma coisinha que não havia feito, na verdade. 

Oh, aquilo era um coisa que faziam desde o segundo ano escolar quando começaram a namorar.

Estavam na porta do elevador, quando Hinata escutou a voz grave do namorado murmurar uma desculpa. 

— Por que, exatamente você está se desculpando? — Hinata perguntou. 

— A sexta de filmes… 

— Ah… a sexta de filmes… — o atacante respondeu com sarcasmo.

Kageyama sentiu como se uma agulha o espetasse bem na beira da coluna. Era claro que Hinata ficaria chateado, ele basicamente trocou uma tradição que faziam há mais de dois anos para assistir anime com um desconhecido, e ainda teve as milhares de vezes que Hinata lhe chamou pra dormir mais cedo por causa do encontro deles.

Ok, Kageyama realmente não tinha razão dessa vez. 

— Desculpa… — Tobio pediu novamente, um pouco envergonhado por ter esquecido algo importante. 

Hinata suspirou, descruzando os braços se aproximando do namorado. A porta do elevador se fechou. 

— Tudo bem, eu também posso estar exagerando. — Apesar da irritação inicial, Hinata sabia que as coisas não funcionavam assim. Era claro que estava chateado pelo namorado ter esquecido, mas também tinha que entender que tudo que estava acontecendo com Tobio naquela semana, era uma novidade.

— Vem aqui. — O ruivo chamou com o dedo e Kageyama não precisou dar mais que dois passos para ficar colado ao pequeno, olhando-o de cima. — Desculpa por ter ficado bravo por uma bobeira… — Kageyama sorriu, sem se deixar levar pela irritação. 

Sabia que não deveria ficar chateado por uma coisa dessas, que aliás aconteciam com frequência. Eles sempre eram impulsivos, mas também eram bem compreensíveis. Nada que uma conversa não resolvesse tudo. 

O Levantador se inclinou, deixando um selinho rápido na boca do outro, para logo subir para a testa, como sempre costumava fazer. Deixou um beijinho ali também, e logo se acomodaram num abraço quentinho enquanto esperavam o elevador chegar ao térreo do prédio. 

Faltava apenas dois andares para chegar, quando o elevador parou para entrar mais uma pessoas. Uma mulher entrou, cabelo cacheados e com algumas pontas meio loiras. Ela os encarou, como se estivesse avaliando a situação e depois sorriu. Hinata se sentiu corar com o sorrisinho malicioso que ela lhe dava. 

— Então é por isso que me recusou aquela vez, não é? — Ela iniciou o diálogo assim que a porta do elevador fechou e Hinata sentiu um pequeno arrepio tomar conta do seu corpo. 

— Ah… — bem, digamos que Shouyou acabou sendo uma atração dentro daquele prédio quando chegou. Ruivinho, um sorriso fácil, fofo e com um corpo definido na medida certa. Era óbvio que algumas mulheres acabaram caindo em cima, e não foi diferente com ela. 

— Estou brincando, meu pequeno Hinatinha… — ela continuou, fazendo o atacante ficar com ainda mais vergonha. — Vocês formam um casal bonito. Felicidades, ai! 

A porta do elevador se abriu e a mulher saiu sorridente, como se não tivesse trazido à tona que tinha tentado um relacionamento amoroso com Hinata. 

— O que aquela mulher estava falando? 

Shouyou sentiu o suor correr pelas costas. 

— Nada não.

— Certeza? Você parece tenso… — Kageyama comentou.

— Absoluta, tô ótimo! Melhor impossível! 

Tobio estranhou, mas não fez mais perguntas. Como de costume levou sua mão até entrelaçar na do namorado. Passaram pelo porteiro e fizeram um cumprimento rápido, ainda que o velho olhasse torto para os dois. Não era de hoje que lidavam com olhares jocosos por causa da sexualidade de ambos, e também não seria o último dia. 

Quando saíram na rua, Tobio nem se impressionou com a quantidade de gente. No último sábado havia sido a mesma coisa. Ruas com bastante gente, ainda que fosse de manhã, sol já estava quente e as pessoas estavam animada. De alguma forma, ele se sentia bem com isso. 

— O lugar que vamos é muito longe? — o moreno perguntou curioso. Hinata havia falado da tal feira desde o começo da semana, o que atiçou bem a sua vontade conhecer, mesmo que não fizesse ideia do que era. 

— Ah, não muito. É numa rua mais afastada da avenida, mas hoje ela fica lotada. — Começou ele, observando a praia que já estava alaranjada pelo nascer do sol. — Mesmo cedo, ela fica lotadinha! Se a gente demora muito, o pastel fica com gosto passado de gordura, é horrível! E o caldo de cana não fica tão geladinho. 

— Caldo de cana? — Tobio realmente queria saber o que ela aquilo, sua mente não conseguia processar nada com sentido.

— É tipo um suco de cana… — Kageyama ficou ainda mais confuso. — Olha, só você vendo e bebendo pra saber, falando assim não tem como você saber. 

De fato a caminhada não foi muito longa e logo os dois estavam no começo de uma rua enorme que se estendia com várias barracas ao ar livre. Tinha de tudo, até peixe de aquário tinha naquele lugar. Barracas com brinquedos, panelas e coisa pra casa, roupa, sapato… Tobio não evitou arregalar olhos pra quantidade de coisas que tinha ali. 

— Quando você me disse que tinha muita coisa, você não estava mentindo. — Comentou, enquanto via uma criança chorando e sendo arrastada pela mãe. — Meu deus… 

— Essa é uma das feiras mais pequenas. A maior acontece na quarta, mas é num local fechado e fica mais longe.

— Mentira que tem maior…

— To falando super sério, mas! — Hinata parou subitamente em frente à uma barraca menorzinha. — Na outra feira não tem a barraquinha do Seu Agenor, não é? 

— Hinata! — Um velho pequeno saiu de trás da barraca, com um sorriso contente. Tinha os cabelos brancos e as costas um pouco curvada. — Senti sua falta no sábado passado! 

Tobio como sempre, ficando alheio do que conversavam. 

— Eu estava jogando naquele sábado junto com… aliás, esse é o Tobio que eu tinha te falado. — Hinata disparou e Kageyama arqueou as sobrancelhas por ouvir o seu nome. 

— Tobio, esse é o seu Agenor, seu Agenor. É daqui que eu falei que o caldo de cana é uma delícia! — Hinata explicou rapidamente antes de se virar ao senhor e dar um aperto de mão. 

— Bem, dessa vez são dois copos, não é? — o senhor perguntou e Hinata assentiu com um sorriso. — Você sabe que pra ele pegar o copo, existe um desafio certo? 

— Oh…

Kageyama que não entendia bulhufas do que os dois conversavam, sentiu um arrepio correr pela sua espinha quando o velho e Shouyou o olharam com sorrisos diabólicos e gigantes em seus rostos. 

— Senhor Agenor, eu nunca gostei tanto do senhor…. — Hinata disse, a voz mansa. Aquilo assustava Kageyama em níveis absurdos. 

— O que está acontecendo, Hinata? — Kageyama perguntou baixinho. 

— Uma coisa que aconteceu comigo a primeira vez que eu vim aqui. — Shouyou começou a explicar calmamente. — Isso pode custar um copo de graça, então se empenhe, ok? 

Tobio ainda não tinha entendido, mas concordou. 

— O que é? 

— Você precisa falar “Pastel de Frango”. — O ruivo disse simplório. 

A cabeça do moreno deu um nó enorme, sem ele entender nada. 

— O que significa “Pastel de Flango”? — Perguntou ele, de forma inocente, fazendo Hinata e Seu Agenor caírem na risada. 

— Isso nunca perde a graça! — Agenor disse, a gargalhada falhando pelo pulmão velho que tinha. — Sério, diz de novo! 

— Diz de novo, Kageyama! — Hinata pediu, limpando uma lágrima que saia pelo canto do olho, e Kageyama ficou ainda mais perdido. 

— Porque que eu tenho que dizer de novo? — Tobio semicerrou os olhos, desconfiado. — Hinata… 

— Só fala!

— Pastel de Flango 

Hinata chegou a se abaixar pra dar risada, Agenor já estava sentindo todos os anos em que fumou e Kageyama começava a ficar irritado com tudo aquilo. 

— Hinata… — o tom de voz do levantador soou ameaçadora.

— Meu deus, isso é muito bom! — Hinata se levantou, ficando ao lado de Kageyama de novo, entrelaçando os dedos novamente. — Desculpe, mas isso foi vingança. 

— Como? 

Hinata respirou fundo, tomando fôlego das risadas. 

— Lembra aquela semana que você tava virado na maionese? Irritado com o treino puxado e a gente acabou brigando? — Tobio concordou. 

Aquela época eles tinham acabado de se separarem cada um para o seu objetivo, mas ainda mantinham o contato regular como belos namorados. Mas por causa disso, muita gente passou a conhecer o Tobio. Mais precisamente o Japão inteiro, já que agora ele jogava no time nacional do Japão. Digamos que Hinata não ligou bem com as cartas e declarações amorosas que Tobio passou a receber, isso aliado ao estresse de treino e trabalho, resultou numa briga bem intensa. — Quando a gente brigou, eu fiquei meio chateado. Então o Pedro falou que sabia de algo que ajudaria. Comer pastel com caldo de cana. Foi quando eu conheci o Seu Agenor e ele viu que eu não estava bem, e começou a conversar comigo. Foi dessa maneira que ele me animou, mostrando a minha fracassada forma de falar pastel de frango. — Hinata terminou de contar com um sorriso. — Ele é um senhor meio sozinho, então eu sempre venho quando posso. Mas não conta pra ele… ele tende a ser teimoso. 

— Nem se eu quisesse, eu poderia. Não falo português, esqueceu? — Tobio respondeu, deixando de lado o fato de que o velho e o namorado haviam tirado uma onda com a sua cara. 

Seu Agenor aclarou a garganta, mostrando que estava alheio a conversa do dois. Hinata se desculpou com um sorriso para logo depois pedir dois copos de caldo-de-cana. O velho ligou a máquina, fazendo um pouco de barulho, passou a cana entre os espremedores, com o caldo caindo direto na jarra com gelo que ele já deixava pronto. Depois foi apenas despejar no copo descartável, e tudo pronto. 

Hinata pegou a sua bebida empolgado, Kageyama pegou o seu copo meio desconfiado, mas agradeceu com um obrigado, uma das palavras que Hinata havia lhe ensinado. 

— Segura aqui pra mim. — Hinata pediu, e logo estava com as mão no bolso, tirando a carteira de lá de dentro e sacando uma nota de dez. Assim que pagaram Seu Agenor pegando o troco de volta, saíram de mãos dadas novamente. 

Kageyama só teve a coragem de tomar, quando viu Hinata dando um gole bem grande e com gosto. Não era possível que era tão ruim, não é? Acabou levando os lábio devagar apenas para bebericar e… 

— Meu deus, como isso é doce! — Ele exclamou, tomando um gole, sem acreditar que ali não havia açúcar nem nada do tipo. — Isso é só o suco? 

— Aham, é bom, não é? 

— É muito gostoso! 

— Eu te disse! — Shouyou estava satisfeito por Tobio ter gostado. — Mas não bebe tudo agora, fica mais gostoso quando você come junto com o pastel. 

E lá foram eles pra mais uma barraquinha. Dessa vez ela estava lotada, gente para todos os lados, mesas e cadeiras cheias de pessoas enquanto um pessoal trabalhava arduamente. Hinata fez o pedido, dizendo mais ou menos por cima os recheios que tinha. 

Kageyama acabou pegando o tradicional de carne, enquanto  o ruivo acabou escolhendo o sabor pizza. O pedido demorou alguns minutos pra sair, e nesse meio tempo, ele acabaram achando um mesa vazia perto do muro de uma casa. 

Uma coisa que Tobio achou bem estranho era que a feira acontecia na frente das casas das pessoas. Elas não se sentiam incomodadas? 

Os dois pastéis chegaram dentro de uma cestinha vermelha forrada de papel toalha, Tobio observando com curiosidade. O cheiro estava bom e a cara do pastel também. O primeiro a pegar foi Hinata, que conferiu qual sabor era qual e deu o de carne para o moreno. 

Foi na primeira bocada que Kageyama arregalou os olhos. 

— Cadê o recheio? 

Hinata riu.

— Geralmente ele fica na parte de baixo, você tem que virar. — Ele explicou, mostrando como se fazia. 

Certo, foi na segunda bocada que Kageyama pode concluir um pensamento; a comida brasileira era uma das melhores que ele já havia experimentado. Tudo que ele já havia comido até agora tinha um tempero muito, muito bom e sem ultrapassar os limites. 

— Ok, isso é muito bom! — Tobio falou embolado, por causa da boca cheia. 

— Eu te disse! A comida deles é muito boa…

— Deixa eu comer um pedaço do seu… — Tobio pediu, assim que terminou de comer o pedaço do seu. Hinata não se importou de dividir, fazendo o mesmo com o pastel do namorado.

Antes de irem embora, eles ainda pediram três pastéis de sabores diferentes para viagem. Talvez Tobio estivesse se viciado naquilo.


Notas Finais


Hey, hey, hey, o que acharam? Eu quis colocar um pouquinho daquela briga típica deles no animes, mas não sei de deu muito certo (?), Enfim, e quis colocar aí o que todo mundo já sabia HINATA CONQUISTADOR DE CASADAS ahaibaiajajajbzjz

Enfim, eles comendo pastelzinho na feira aiaia meu coração chega a derreter. Eu não sei como funciona as feiras de RJ (Sou de Sp) então, eu coloquei a minha visão da feira que tem perto de casa, se alguém for do RJ aí me corrija caso não seja exatamente assim.

Ah, eu não sei, mas de uma dias pra cá eu venho com uma vontade de começar a postar alguma trechinhos dessa história no twitter. O que vocês acham? Tipo preview e coisas assim, ideias que tenho, fanfics novas. Eu quase não uso a minha conta, então... Fica a critério de vocês, o meu @ lá é @ddfelipi (o mesmo do Spirit), então eu vejo vocês lá. Enfim enfim

Até semana que vem!!!!


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