Anteriormente em Die for love...
- Inscrevi a gente em um projeto!
- Você não pode continuar fugindo!
Sem aulas, sem um objetivo, ficava perdida, e odiava não saber o que fazer.
O dia fatídico, quando Camila Cabello foi chamada para ter uma conversa com o conselheiro escolar.
Capítulo dois.
Algum dia da segunda semana de setembro...
O dia estava ensolarado, alunos rabiscavam as carteiras em busca de entretenimento, professores repetiam as mesmas frases de todos os anos, jogadores batiam a cabeça em treinos, intelectuais eram presos dentro de seus armários por garotos que têm o cérebro do tamanho de uma azeitona.
Garotas populares abrindo espaço entre multidões com suas bundas perfeitas socadas dentro de shorts minúsculos. Mais um dia normal na escola, o som do pequeno salto ecoava pelos corredores de forma frenética, mostrando a pressa de quem o usava.
Com o cabelo amarrado em um coque firme, uniforme bem passado segurado pelo nó da gravata, a garota levava um pequeno pedaço de papel consigo, uma nota, pedindo para que comparecesse à sala de Matthew Hussey, o conselheiro escolar.
Ela respirou fundo, ajeitou a saia que usava e levou a mão até a porta que não demorou em ser aberta.
- Camila Cabello, sempre pontual! - o homem de blazer vermelho e calça justa, elogia checando o relógio em seu pulso.
"Entre!", convida, dando espaço para a menor enquanto se direcionava à sua cadeira.
Camila se moveu lentamente, o analisando: os músculos bem marcados na camisa que com certeza era um número menor do que o seu, parecia que a qualquer momento ela iria rasgar.
Camila queria rasgá-la.
"Cabello?", a barba por fazer, dando um charme à mandíbula definida, os olhos semicerrados lhe deixando com um ar misterioso.
O cabelo castanho levemente bagunçado, algo como: "eu não preciso estar arrumado para estar gato".
- Cabello?! - a garota sai de seu transe, suas bochechas ruborizam e ela perde o olhar pela sala ao perceber que era observada por uma expressão divertida.- deve estar se perguntando o porquê de eu ter a chamado aqui?
- Na verdade, sim! Sr. Hussey, se é pelos comentários, eu realmente...
- Cabello, acalme-se, estou ciente do que estão comentando e primeiramente, gostaria que soubesse que de forma alguma acredito neles - tranquiliza.- mas é meu dever como conselheiro, ter essa... conversa com você.
- Ah, certo... - solta o ar que nem percebeu que prendera, sentia os nervos começarem a tomar conta.
- Então, como você diria que está sua relação com a escola?
- Já esteve melhor - conta com um sorriso forçado.- mas ainda sou uma boa aluna, apesar de não fazer mais parte do grêmio, nem concorrer à presidência, não que antes eu tivesse chance, parece que não tenho o que eles precisam: um belo par de seios.
Responde, apontando para um pôster que estava acima de recortes do jornal da cidade, que anunciavam o desaparecimento misterioso de duas jovens, no pôster havia uma garota, seus longos cabelos loiros dando realce aos olhos azuis, ambos esquecidos completamente com a presença de seu decote enorme, ela fazia um sinal de positivo enquanto as palavras: "estudar é show!", eram expostas em cores vibrantes.
- Garotos podem ser deploráveis.
- O quê?
- Os votos é claro, quem você acha que os deu para ela? - questiona, voltando o olhar para a garota em sua sala.- mas homens são assim, seguimos nossos instintos...
Ele estufa o peito, inclinando sobre a mesa, Camila estremece ao presenciar esse pequeno ato, balançando a cabeça para repreender os pensamentos que começara a ter.
Matthew sorri de canto e volta a relaxar na cadeira, batucando as mãos enquanto observa a garota.
- Concordo... - a mais nova quebra o silêncio.
- O quê?
- Garotos podem ser deploráveis... - seu tom sarcástico, baixo, sexy... provocativo.
- Cabello...
O conselheiro levanta em um movimento brusco, espiando por um momento antes de fechar as persianas da grande janela, virando de volta e apoiando-se na mesa em frente à garota.
"Você tem namorado, Camila?", a menor se arrepiou ao ouvir seu nome sendo chamado pela primeira vez pelo homem.
E como chamou... com a voz baixa, seca, Natasha lutava internamente para não descer seus olhos do rosto de Matthew, para sua calça preta e justa.
- Como? - ainda processava a pergunta.
- Você tem namorado? Alguém para... te satisfazer? - se inclina em direção à garota.
- N-não - gagueja em um sussurro, nervosa com o rumo que aquela simples conversa tomou. O homem por sua vez ri, como se o que ouvira fosse inacreditável.
- Sabe, com tudo o que estão dizendo por aí... - Camila viu os olhos do conselheiro escurecerem.- não posso deixar de pensar que você brinca com os homens, como todas as garotas da sua idade, os olha com essa carinha de inocente, mas nós enxergamos, nós sentimos seu desejo... eu sinto o seu desejo.
Camila estava sem reação, seu corpo fervia com as palavras do homem, e como se pudesse ler sua mente, ele se aproximou com um sorriso malicioso.
- Tão linda... - estende a mão até o rosto da menor, acariciando sua bochecha com a mão áspera, aproximando seus rostos, inspirando com os olhos fechados.- tão cheirosa... - Camila fechou os olhos também, sentindo a respiração batendo em seu rosto, mas logo os abriu quando o homem voltou a falar.- tão gostosa!
Sem avisos Matthew junta seus lábios bruscamente, a beijando com força enquanto a menor deitava para trás, sendo impedida de ir muito longe por uma mão em sua nuca.
Camila o segura, uma mão em sua mandíbula e outra no pulso do homem que agarra sua perna nua fazendo a garota arfar de surpresa contra sua boca.
Ele ergue sua saia, roçando em suas pernas, sem nunca cortar o beijo, invadindo sua boca com a língua, e a menor se deixou ser dominado pelo conselheiro.
Tinha algo de sexual nisso tudo, ir contra as regras, se aventurar pelas costas de todo mundo, e enquanto suas roupas se preparavam para serem descartadas, o sinal tocou.
- Tenho que ir... - Camila diz ofegante, trocando um último beijo antes de empurrar o homem para longe.
Ele sorri malicioso, perseguindo a garota e puxando sua cintura para a escorar na mesa de troféus da pequena sala.
A caneca de ''melhor conselheiro do mundo", cai no chão, partindo em dezenas de pedaços, isso não impediu os dois que agora estavam praticamente deitados sobre a mesa.
O homem afrouxava o nó da gravata de Camila, enquanto sua outra mão passeava por todo o corpo da menor e o seu a prendia contra o móvel.
"Matthew...", choraminga, pedindo por mais, o fazendo beijá-la com ainda mais intensidade e força.
Apertando.
Batendo.
Puxando.
Começou a descer por seu pescoço, marcando todo o local.
Lambendo.
Chupando.
Mordendo.
Camila se mexia sob o seu contato, o tateando como podia, ambos soltando grunhidos e gemidos altos. Ele a segura firme, descendo a mão para dentro da saia da garota, sua calcinha sendo retirada aos poucos...
Então a porta é aberta repentinamente e uma mulher de meia idade surge, fazendo conselheiro e aluna se afastarem com um pulo.
- Sr. Hussey, vim trazer os papéis para a suspensão do aluno Troye Sivan, mas vejo que está ocupado... senhorita Cabello, todos os alunos já foram para casa, o que está fazendo aqui?
- N-nós só estávamos conversando, senhora - mente assustada e atropelando as palavras, o homem assente ao seu lado.
- Sim, estávamos conversando e acabou que nem ouvimos o sinal tocar - conclui o conselheiro.
- Parece que a conversa estava boa - observa desconfiada.
- Estava ótima! - Matthew responde, com um sorriso orgulhoso, a garota encolhe constrangida ao seu lado.
- Vá para casa, Cabello - pede, depois de um longo suspiro decepcionado, ela sabia o que estava acontecendo.
- Sim, senhora... - concorda com a cabeça baixa, indo em direção à porta, fitando a mulher que a encarava séria ao passar por ela.
- Cabello! - chama Matthew, fazendo a aluna se voltar para ele.
- Sim, Sr. Hussey? - engole seco.
- Chame o zelador para... limpar essa bagunça toda - ordena, olhando para o local da caneca espatifada, enquanto abria as persianas novamente.
- Sim, senhor - fala baixo, abraçando seu próprio corpo e saindo da sala.
Camila estava desnorteada, eufórica e envergonhada por ter sido pega, ela se escora nos armários pela falta de sensibilidade nas pernas, tentava entender o que havia acabado de acontecer, com seu coração tocando no ouvido, ela correu para o banheiro e foi em direção à pia, lavou o rosto na intenção de espantar o calor e se observou pelo espelho.
Com o cabelo amarrado em um coque solto, uniforme amassado segurado por um nó de gravata aberto.
Não sabe até que ponto iria com o conselheiro caso não fossem interrompidos, sua respiração agitada com o que poderia ter acontecido, sabia que isso não acabaria ali e ansiava com o futuro.
Ela ficou no banheiro, esperando se acalmar, quando a porta é aberta e um senhor de idade adentra o recinto.
Com seus poucos fios de cabelo ruivo, seguidos por uma barba de mesmo tom, o idoso dá um salto ao ver a garota ali.
- Criança, o que está fazendo aqui?
- Eu só... precisei vir ao banheiro, emergência de garota - força um sorriso, antes de lembrar do ordenado.- Sr. Hussey pediu para o senhor ir até a sala dele.
- Querida, eu sei, estou vindo de lá.
- O quê?! Já passou tanto tempo assim? Minha mãe vai me matar, preciso ir!
- Criança?
- Sim?
- O que fazia na sala do Sr. Hussey? - pergunta, limpando as mãos no macacão azul.
- Estávamos apenas conversando, senhor, apenas conversando...
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