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História Digimon: Fighters - Os Salvadores do Digimundo


Escrita por: EdsonAlvesJr_

Notas do Autor


Novo capítulo, pessoal!

Esse é um pouco diferente dos anteriores. É como uma pausa pra respirar depois de lutas e lutas.

Espero que gostem!

Capítulo 4 - Os Salvadores do Digimundo


 Depois que a luta contra Vickemon e Pedro terminou e Lucas, Letícia e Vitor surgiram no cais, um carro dirigiu até as pessoas e digimons que estavam parados ali se encarando. Daniel terminou de falar com sua mãe, garantindo a ela que estava tudo bem com ele, e se voltou para o carro, uma van na verdade, que se aproximava.

Quando as portas da van se abriram, duas mulheres adultas saltaram de dentro do veículo. Uma loira e uma morena usando roupas de viagem, como se estivessem prestes a escalar uma montanha.

O velho dr. Joel explicou para os adolescentes que a mulher morena era Cristina e a loira era Susana, duas cientistas que ajudavam na pesquisa sobre os digimons. As duas cientistas explicaram que tinham sido mandadas por um tal dr. Paulo para ajudar os “salvadores do Digimundo”, mas que esse novo doutor ainda estava no Digimundo. Joel pareceu preocupado em saber que o dr. Paulo continuava no mundo dos digimons, Daniel percebeu.

Então as cientistas pediram para que os adolescentes entrassem na van que esclareciam todas as dúvidas que eles tinham e até ensinaram a absorver os seus parceiros digimons para dentro de seus digivices para que pudessem viajar com mais espaço. Depois de uns vinte minutos dentro da van, eles agora estavam em um tipo de laboratório subterrâneo nos arredores de Porto Novo. Durante todo o caminho até o laboratório, Daniel, Lucas, Letícia e Vitor não disseram uma palavra sequer enquanto Joel e as duas mulheres estavam muito engajados em uma conversa sobre o quarto elemento de seu grupo, o tal de Paulo que ainda estava no Digimundo.

Joel, Cristina e Susana levaram os quatro adolescentes até uma sala no laboratório com dois sofás e uma mesa de centro para que pudessem “conversar direito”, nas palavras de Susana. Daniel, Lucas, Letícia e Vitor sentaram em um dos sofás enquanto os cientistas ficaram de pé. Todos eles colocaram os digivices na mesa de centro. Joel disse que dessa maneira os digimons poderiam ouvir a conversa também.

Tinham sete digivices na mesa. Daniel sabia que Dinomon estava em seu digivice vermelho. Guepmon estava no de Lucas, Toramon no de Letícia e Tanmon no de Vitor. No digivice de Joel estava seu parceiro Beninomon. Joel disse que ficar dentro do aparelho ajudaria o digimon a se recuperar.

Cristina e Susana também tinham um digivice cada uma. O de Cristina era cinza e o de Susana era um roxo escuro. Isso significava que elas também tinham parceiros digimons. Daniel imaginava como eles seriam.

— Muito bem — Lucas quebrou o silêncio — Agora podem, por favor, explicar tudo o que está acontecendo? O que foi aquilo no cais? O que são esses monstros? E esses aparelhos? Por que eles apareceram para nós?

— Precisamos de respostas — Letícia complementou, mesmo que sua voz não fosse tão segura quanto a de Lucas.

Daniel também queria saber a história toda por trás dos digimons, mas preferiu não pressionar. Sabia que Joel, Cristina e Susana explicariam a situação. Afinal esse tinha sido o motivo de terem trazido os adolescentes para esse laboratório, correto?

Dr. Joel pigarreou.

— OK — o semblante dele era uma máscara que Daniel não conseguia decifrar. Era autoritário, mas ao mesmo tempo aparentava ser muito sábio — Mas escutem com atenção, pois a história que vou contar agora é comprida e complicada.

Os quatro não disseram nada, apenas concordaram com a cabeça e deixaram que Joel continuasse a falar.

— Aquelas criaturas que vocês viram no cais e as que estão agora dentro desses aparelhos na mesa são digimons — Daniel escutava com extrema atenção cada palavra que saía da boca de Joel. Agora que tinha feito Dinomon digivolver, não tinha como voltar atrás e sair dessa situação — Digimons são seres digitais que vivem no mundo criado pela rede de computadores dos humanos. Eles chamam isso de Digimundo.

— É um mundo muito parecido com o mundo humano — Cristina complementou — Árvores, florestas, rios, montanhas. Tudo isso existe no Digimundo. Tudo criado a partir dos dados das redes digitais.

— Dados da rede? — Vitor repetiu e Cristina confirmou com um movimento afirmativo de cabeça —Então quer dizer que os digimons são dados de computador?

— Em uma forma muito resumida, sim — foi Susana quem respondeu.

— Mas isso é só uma forma de compreender os digimons de maneira fácil — Joel prosseguiu — No começo, os digimons poderiam ser meros dados de computar criados pelos humanos, mas com a evolução da Internet e das máquinas, os digimons agora são muito mais. Eles têm vida, sentimentos, ambições. E por terem desenvolvido uma espécie de intelecto, digimons começaram a evoluir e ficar mais fortes.

— Como Dinomon fez quando digivolveu para GinGeamon — Daniel exclamou.

— Sim e não. A digievolução de Dinomon foi diferente da de outros digimons. Ele digivolveu com a ajuda de um parceiro humano, o que acelerou o processo de digievolução — Joel explicou.

— Quer dizer que com um parceiro humano a digievolução acontece mais rapidamente? — Daniel questionou.

— Isso mesmo — Cristina confirmou — Isso acontece porque existe um tipo de elo que une um parceiro humano e um parceiro digimon. Não é algo que se consegue explicar direito nem pela ciência, mas é algo que existe e é indiscutível.

— Tome como exemplo a digievolução de Dinomon para GinGeamon — Joel voltou a falar — Foi graças a sua determinação em ajudar os digimons que Dinomon conseguiu digivolver para um nível mais alto. Para isso existem os digivices. Eles são como um canal, uma manifestação física desse elo que existe entre humanos e digimons.

— Entendi... — Daniel falou. E ele entendia mesmo. Algumas peças do quebra-cabeça que era os digimons estavam começando a encaixar em sua mente.

— Mas o que isso tem a ver com a gente? — Lucas questionou — Por que nós recebemos esses digivices?

— Porque vocês são os digiescolhidos de Halomon — Joel respondeu, a voz mais carregada de sabedoria do que antes — Os Salvadores do Digimundo.

Eles não disseram nada por um instante. Estavam todos absorvendo aquela informação. Mesmo que não soubesse o que significava, Daniel entendia que ter aquele título era algo de extrema importância.

— Quem é Halomon? — foi Vitor quem perguntou e, dessa vez, a resposta não veio de um dos três cientistas.

— Halomon é a portadora da luz no Digimundo — a voz de Dinomon saiu de dentro do digivice de Daniel, atraindo a atenção de todos na sala — Ela é aquela que busca a paz e a ordem.

— Foi Halomon quem nos criou para deter a maldade no Digimundo — foi Guepmon quem falou — Ela nos criou desde que éramos digiovos para que pudéssemos impedir que as trevas se espalhassem no Digimundo.

— Como assim trevas? — Letícia questionou.

— Lembram que eu disse que os digimons desenvolveram suas próprias emoções e ambições? — Joel retomou a palavra — Algumas dessas ambições se tornaram megalomaníacas demais em alguns digimons, fazendo-os acreditar que eles deveriam ser os governantes supremos do Digimundo. Agora, o Digimundo caiu nas garras de Royalmon, um digimon muito poderoso que controla o mundo. Um mundo que caiu nas trevas.

Daniel sentiu um arrepio percorrer sua nuca.

— Percebendo que Royalmon estava ficando forte demais para que pudesse ser impedido por simples digimons, — Guepmon continuou a história — Halomon, conhecendo as lendas sobre o elo entre humanos e digimons, utilizou seu poder de luz para conectar seis digiovos com o coração de seis crianças humanas que ela julgou capazes de derrotar Royalmon. Os nossos digiovos.

— Seis digiovos — Vitor repetiu.

— Isso quer dizer que vocês também são...? — Letícia começou a falar, encarando Joel, Cristina e Susana, mas foi interrompida pelo velho homem.

— Não, minha querida. Não somos escolhidos como vocês.

— Então — Daniel se pronunciou — por que vocês também possuem digivices e parceiros?

— Porque Royalmon interferiu nos planos de Halomon e a atacou, tentando capturar os seis digiovos dos digimons que seriam os salvadores do mundo — Joel explicou — Halomon lutou bravamente contra Royalmon e conseguiu escapar do grande digimon, mas acabou perdendo dois digiovos na luta. Um deles era o digiovo de Vickemon — a menção ao nome do inseto digimon levou Daniel direto de volta para aquele cais.

— Quer dizer que aquele garoto Pedro também é um digiescolhido? — Daniel indagou, surpreso.

Joel confirmou com a cabeça.

— Mas então por que ele estava lutando ao lado de Royalmon? — Daniel continuou a falar.

— Não apresse a história, Daniel — Joel o repreendeu — Vamos chegar nessa parte. Acontece que, tendo conseguido dois digiovos, Royalmon decidiu criar aqueles digimons para que o servissem, desse modo a profecia de Halomon sobre os seis digimons que o derrotariam nunca iria acontecer.

— Halomon sabia que precisava recuperar os digiovos de Royalmon antes que mais danos acontecessem ao Digimundo — Cristina prosseguiu.

— Foi por isso que ela usou seus últimos poderes para nos encontrar — Susana completou — Cristina, dr. Joel, eu e outro membro da nossa equipe, dr. Paulo Mercedes, estávamos pesquisando sobre o mundo da rede quando recebemos o chamado de Halomon. Isso foi há muitos anos, quando Pedro ainda era uma criança.

— Uma criança? — Daniel repetiu.

— Sim — Joel respondeu — Os pais do Pedro eram nossos ajudantes na época. Halomon nos enviou para o Digimundo e, com suas últimas forças, criou nossos digivices e nos deu parceiros digimons para que pudéssemos recuperar os digimons aprisionados por Royalmon. No entanto, nós fracassamos e, na batalha, os pais de Pedro foram mortos. No calor do momento, Royalmon conseguiu capturar Pedro e o criou para nos odiar e para ser o guerreiro que você viu no cais, Daniel.

— Entendi — Daniel afirmou.

— Viemos tentando recuperar a confiança de Pedro e dos digimons que agora servem Royalmon há muitos anos, mas sempre fracassamos — Cristina falou.

— A influência de Royalmon sobre o Digimundo é muito grande para que nós agíssemos sem aqueles que foram escolhidos — Susana continuou — O problema era que vocês ainda eram muito novos para receberem seus digivices quando tudo isso começou. Halomon precisava que vocês fossem mais maduros para irem ao Digimundo enfrentar os perigos que os esperam.

— Por isso só recebemos os digivices e os digimons agora — Vitor concluiu.

— Sim — Joel prosseguiu com a conversa — Nesse meio tempo, nós tentamos proteger Dinomon e os outros de Royalmon e recuperar algumas terras dominadas no Digimundo. Mas não tivemos muito sucesso. Nesse momento, o dr. Paulo está no Digimundo tentando ao máximo atrasar as forças de Royalmon.

— Atrasar? — Letícia indagou — Como assim atrasar? Achei que tinha dito que Royalmon controlava todo o Digimundo.

— Atrasar porque acreditamos que Royalmon tenha planos de atacar o mundo humano — Joel revelou e todos eles engasgaram ao mesmo tempo.

— Royalmon sabe que os escolhidos de Halomon estão vivos e, com os parceiros digimons no mundo humano, não vai demorar até ele vir para exterminar vocês — Susana afirmou — Precisamos ir ao Digimundo ajudar o dr. Paulo antes que Royalmon invada nosso mundo e destrua tudo o que conhecemos.

— O portal precisa ser recarregado — Cristina falou — Vai demorar pelo menos dois dias para que esteja pronto para nos mandar ao Digimundo.

— Vocês precisam vir com a gente — Joel disse, como se fosse o destino definido deles — O Digimundo precisa de vocês para acabar com as trevas.

— O que você está pedindo é impossível — Lucas vociferou, levantando do sofá e encarando os cientistas. Todos os olhos estavam no garoto loiro agora — Nós temos vidas aqui, dr. Joel. Não podemos simplesmente abandonar tudo e ir para um mundo desconhecido. Temos famílias que iriam se preocupar!

Lucas tinha razão. Daniel pensou imediatamente em sua mãe e sua irmãzinha. Elas ficariam muito preocupadas se ele sumisse por tanto tempo se fosse para um mundo que elas nem sabiam que existia para lutar contra um monstro poderoso. Mas ao mesmo tempo, Daniel se lembrava da sensação que percorreu seu corpo quando viu Dinomon digivolver, quando ele fez Dinomon digivolver.

Daniel conseguia sentir o laço que tinha com o digimon. Um laço que não poderia ser quebrado nunca.

Joel voltou a falar, tirando Daniel de seus pensamentos.

— Não vamos partir agora. Vocês têm dois dias para se decidir e se despedir de suas famílias. Voltem para esse laboratório em dois dias. Saberemos sua decisão se não aparecer. Mas, por favor, pensem no futuro dos digimons e de todo o mundo deles quando forem tomar suas decisões.

— E levem seus digivices com vocês — Susana complementou — Nunca se sabe quando Royalmon vai atacar de novo. É bom que tenham com o que lutar caso ele resolva enviar seus digimons.

— Podem ir agora — Joel falou e foi o que eles fizeram. Todos se levantaram, pegaram seus digivices na mesa e saíram. Lucas pareceu hesitante em levar o aparelho com ele, mas o fez.

Daniel entendia as dúvidas que o rapaz tinha, mas também entendia a necessidade dos digimons. Daniel não precisava de dois dias para decidir o que iria fazer, ele sabia que precisava ajudar Dinomon e os outros. Só precisava encontrar um jeito de dizer isso à sua mãe e sua irmã sem que elas surtassem.

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O grande Royalmon estava sentado em seu trono no grande salão em seu castelo. O grande digimon que possuía uma forma humanoide com pés e mãos terminando em garras rubras, uma armadura negra cobrindo seu peito com uma espada comprida em suas costas e um capacete que cobria até seu nariz com dentes afiados como de um tigre-dente-de-sabre ao lado de sua boca, estava encarando seus servos leais, que estavam curvados perante seu mestre.

Encantemon, o menino Pedro e seu parceiro inseto pequeno Cornmon, Katmon e Onyxmon tinham terminado os relatos sobre a situação no Digimundo e no mundo humano e aguardavam as instruções de Royalmon.

Royalmon definitivamente não estava feliz de saber que um dos digimons de Halomon havia conseguido digivolver para um grau mais alto e ficava menos feliz ainda quando se lembrava que ainda tinha o problema daquele dr. Paulo e seu parceiro, Maustmon, estarem soltos no Digimundo. Royalmon definitivamente não precisava que a profecia de Halomon se cumprisse.

Ele não poderia permitir que fosse derrotado por simples humanos e digimons. Precisava acabar com os humanos.

— Muito bem — Royalmon declarou, fazendo com que seus servos olhassem em sua direção — Mande um dos nossos guerreiros digimons ao mundo humano. Ele terá a missão de destruir os humanos escolhidos por Halomon.

— Sim, senhor Royalmon — foi o pequeno Onyxmon quem respondeu. Ele era um digimon pequeno que possuía uma armadura de rocha ao redor de seu corpo — Eu escolherei um digimon muito forte para acabar com os digiescolhidos.

— Excelente, Onyxmon — Royalmon prosseguiu — O restante deverá continuar a caça por aquele humano que está no Digimundo.

— Sim, senhor — todos responderam.

A guerra havia começado. Os digiescolhidos de Halomon estavam vindo. Mas não importava, Royalmon ia fazer de tudo para garantir a morte daqueles humanos, mesmo que para isso tivesse que destruir o mundo humano por inteiro.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Esse capítulo foi mais parado, mais explicativo do que os outros.

O próximo deve sair em breve!


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