História DIMENSION (Imagine Jungkook-BTS) - Chapther 2- The misterious box

Espera, aonde está aquela enorme ferida? Como ela desapareceu? Será que aquela sopa da Lisa me fez mal? Não deve ser, estava ótima. 

E também tinha aquela caixa, que minha tia havia queimado há anos, como ela apareceu ali? Não me lembrava de ter visto ela no quarto na noite passada. Aquilo tudo estava muito estranho, eu devo estar tendo uma alucinação... Ou será que aquilo era real? 

Escuto passos vindo em direção ao quarto, guardo rapidamente a caixa na minha mochila e finjo estar dormindo na cama. A porta logo se abre e escuto as cortinas se abrindo.

- Acorda _________. Temos que ir para escola - Diz Lisa balançando o meu braço para me acordar, rapidamente abro os olhos e me ajeito na cama- Sua perna já está melhor? Qualquer coisa se estiver ruim nós te deixamos em casa antes de irmos para escola.

- An... Eu acho que não vou conseguir ir para escola, acredito que minha perna não melhorou - Finjo ter bastante dificuldades em levantar da cama, apesar de estar 100% curada daquele ferimento, não queria que ela me achasse algum tipo de mutante ou uma alienígena. Talvez eu poderia ser, nem eu mesma sabia naquele momento.

Ela concorda com a cabeça, nem tomo um banho antes de ir embora. Lisa me ajuda a descer as escadas pela a "dificuldade" que estava tendo de andar até chegarmos a garagem da casa. Nela havia dois carros: Uma Mercedes- Benz GLC Coupe e um Porsche 911, aqueles carros eram muito caros. Fiquei com pouco vergonhada por estar ainda com pijama de Lisa e com os cabelos um pouco bagunçados, enquanto os dois irmãos estavam todo elegantes e arrumados, mas eles pareciam não se importar com isso. Entramos na Mercedes, Jungkook foi na frente dirigindo, enquanto eu e Lisa ficamos atrás, o carro era bem espaçoso e com banco feito de couro. Em cerca de 20 minutos dentro daquele carro, eu chego em minha casa, me despeço de Lisa e Jungkook e entro em minha residência.

Como havia previsto, não havia ninguém em casa, minhas primas já deveriam estar na escola, meu tio trabalhando e minha tia gastando seu dinheiro - que por sinal já até estava devendo- , eu subi as escadas, sem nenhuma dificuldade, e entrei no meu quarto. Deixo minha mochila em cima da cômoda e deito em minha cama. Eu fitei meu olhar no teto, e me relembrando da adrelina que passei na noite passada, eu não havia esquecido do ele havia me falado, sobre me levar para alguém, da dor que havia sentido com aquela facada, que por sinal o ferimento nem estava mais em minha perna. Então me lembro da caixa, que foi a coisa mais assustadora que passei hoje de manhã, aquela caixa não me trazia nenhum sentimento bom, e se essa caixa for realmente a mesma de minha irmã... Isso pode trazer coisas ruins se descobrirem sobre ela.

Meus tios acreditam que a caixa foi o motivo de minha irmã ter se suicidado... Esse dia, é um que eu odeio me lembrar, foi um dos dias mais dolorosas e pior de minha vida. Nunca imaginaria uma coisa daquelas, e me culpo até hoje por isso.

Era um pleno domingo, minha irmã e eu, junto com a família dos meus tios fomos almoçar em um parque, aonde ficava perto de uma floresta. Minha irmã estava triste naquele dia, eu perguntava o que havia acontecido, mas ela só respondia "Eu te conto quando for a hora". E o tempo se passava, meu tios enchiam a cara de bebida e faziam comentários idiotas, enquanto minhas primas corriam pelo o parque, e eu estava deitada na grama observando o céu cheio de nuvens, imaginando o que elas se pareciam.

Então vejo uma linda raposa, perto da floresta, tento me aproximar mais perto, mas o animal percebe e corre para dentro da floresta. Eu corri atrás dela, nem percebendo o quanto estava longe dos meus tios e do parque, só corria atrás da raposa, até que ela entra em um buraco na parede de pedra, e perco ele de vista. Percebo o quão longe estava do parque, e tentei me lembrar do caminho para voltar, então escuto uma voz, que parecia conhecida, eu caminhei até a voz, e escutei duas pessoas conversando na floresta.

- Não! Você acha que sou idiota? Não tiro vidas de pessoas para fazer essas maldades de vocês. Eu nunca irei fazer isso!

- Tem certeza mesmo? Você vai arriscar a vida da sua irmã e a sua por isso?

-E-eu... Vou oferecer um acordo.Vocês deixam a minha irmã em paz, e... Eu vou me render, irei para o mundo de vocês.

Havia ficado um silêncio, eu havia ameaçado a virar para olhar, mas alguém voltou a falar.

-Ok... Tudo bem...

Eu não me lembro mais do que mais ela falavam, eu só me recordo de algumas palavras, como "Fingir", "Revelar" e "Morte". Então fujo daquele lugar, porque aquilo deveria ter me assustado bastante. 

Então finalmente encontro o parque, meus tios não haviam percebido meu sumiço, como sempre, mas eu percebo algo, minha irmã não estava no lugar. Eu comecei a ficar preocupada, passaram- se minutos, o que para mim pareciam horas. Eu a chamada por todos os lugares, até que ouvi um grito de uma mulher, todas as pessoas do parque também haviam ouvido e se assustaram. "Tem uma garota morta na floresta!", foi o que saiu da boca da mulher. Automaticamente, todos correram para o lugar, inclusive eu e meus tios, e eu vi, olhei o corpo da minha irmã que havia se suicidado com uma corda enforcada em seu pescoço, morta.

Foi a pior semana que passei de toda a minha vida, com interrogações, choros, gritos e  medo. Minha tia falava que era culpa das idiotices que minha irmã acreditava, sobre magia e coisas sobrenaturais, que havia feito ela enlouquecer. Ela queimou tudo o que havia no quarto dela, roupas, cadernos, livros, e inclusive a caixa. 

Aquelas lembranças ainda permaneciam fortes na minha cabeça.

Eu encarei minha mochila, pensando se pegava ou não aquela caixa, eu tinha uma enorme curiosidade sobre ela. E se fosse aquela caixa?

"Não _________, isso vai dar merda"

Eu ficava pensando, me contendo para não abri-la. Mas não me contive, eu me levantei da cama, peguei a mochila e peguei aquela caixa.

Eu a encarei o objeto, ele era feito de madeira escura, com detalhes com rosas vermelhas e pérolas, idêntica ao da minha irmã. Fico indesa se abria, aquilo poderia me fazer relembrar de tanta coisa ruim, e virar assustador, porque ela já havia sido queimada e eu tinha visto isso com os meus próprios olhos. Ela não poderia simplesmente aparecer, ou poderia?

Eu abro a caixa, dentro havia fotos em preto e branco, que pareciam ser bem antigas, já que estavam amareladas. Nelas haviam crianças sobrenaturais; um que levantava um piano enorme com apenas uma mão; uma garota invisível; um garoto de terno segurando um relógio de pulso;entre diversas fotos. Exatamente as mesmas que minha irmã guardava. Aquilo era surreal, realmente estava ali, a caixa destruída há 7 anos atrás, com as fotos mais sem sentido que poderia se imaginar. 

Eu soltei a caixa no chão, que por sorte não quebrou. Minhas mãos estavam tremendo, meu corpo inteiro tremia. Aquilo era impossível, algo estava errado nisso, deve ser uma pegadinha, não é? Tem câmeras no meu quarto filmando, é uma brincadeira de msl gosto dos meus tios.

Mas eles não eram capazes de fazer isso, ninguém era.

Eu pego a caixa de volta em minha mãos, observo ela atentamente, observando cada detalhe em volta. Então encontro um bilhete, de baixo da caixa, estava um pouco manchada e rasgada pela a metade, a caligrafia era diferente, bem bonita e caprichada. Começo a ler o recado que havia naquele papel.

"Querida Srta. Hwang,

Te envio essas fotos tiradas por você que conseguiram sobreviver do fogo, elas são lindas, espero que algum dia volte tira- las com sua câmera novamente. Sentimos muita saudade sua Yeji, o ano de 1940 não é o mesmo sem você. Aliás, tenho uma notícia muito boa para você! Descobrimos um modo para que-"

1940? YEJI? Minha irmã? Ela nem havia nascido naquele ano. A quanto tempo será que fazia aquilo?

Aquele bilhete estaga rasgado, mas o que eles haviam descobrido?

Várias perguntas sobre aquilo surgiram na minha cabeça, mas são logo interrompidas quando escuto a porta de casa ser aberta e uma voz femenina surgir na sala, era minha tia. Escondo rapidamente a caixa de baixo da cama e desço para a sala.

- __________? Por quê não está na escola?

- Eu... Estou doente! Ontem fui ao médico e ele falou para ficar de repouso hoje em casa. 

-Hm. Então faz um favor para mim, lava essas minhas novas roupas e faz o almoço. Preciso ir na academia agora, avisa as meninas que elas tem sessão de fotos agora à tarde e tem que ir no salão as 14:00. 

A termina de falar, entrega as sacolas para mim e logo sai de casa direto para a academia.

Deveria ter ido para a escola naquela Mercedes.

Eu havia faltado mais alguns dias depois que descobri aquela caixa. Eu ainda estava assustada com ela, mas aquilo não havia impedido de matar a minha curiosidade sobre aquelas fotos. Descobri que atrás delas haviam alguns recados, como na foto da menina invisível que estava escrito "Sana, a garota balão de gás hélio. Seu corpo voa que nem de uma pessoa que pega todo mundo. Quando a vai crescer?".

Eu lia as mensagens todos os dias que cada foto diferente, era recados engraçados e fofos. Por mais que a caixa em si não me fazia lembrar de coisas boas.

-Sua perna melhorou bem rápido, não é? - comentou Lisa, enquanto nós comíamos no refeitório da escola.

- Sim, deve ter sido o remédio que minha tia passou- menti, Lisa apareceu acreditar, até queria experimentar aquela pomada.

Nós duas estávamos ficando bem mais próximas, aquele conflito com Mia já havia sido esquecido da escola, mas ainda via alguns olhares das garotas que Mia andava sobre mim. Sobre Jungkook, ele parece nem mais se lembrar daquele ocorrido no beco, já tentei agradecê -lo por me ajudar várias vezes, mas ele sempre está sendo cercado por garotas dando em cima dele. 

—Olá alunos, hoje nessa aula de ciências iremos comentar sobre um novo assunto, envolvendo física quântica, envolvendo uma teoria famosas entre os físicos, a "Teoria de Tudo". Alguém conhece elas? - a sala fica em silêncio, sendo aquilo como resposta de um "Não" — Ok, resumindo, essas teorias falam sobre outros universos além do nosso. Lugares aonde pode existir outras Terras que nem a nossa, porém com outras características, de outros seres vivos. Ela também envolve a Física Quântica, aonde é possível viajar no tempo para outras dimensões. Loucura não é? Existem relatos aonde registraram seres que não perteciam  esse lugar, pessoas talvez de outros universos. Não se sabem ainda se é verdade, eles não encontraram essas pessoas, mas estão analisando ainda. 

O professor continua falando sobre esses universos e passa alguns cálculos para fazermos. Era interessante aquele assunto, me lembrei das fotos que minha irmã guardava, eles deveriam ser de outro universos mesmo.

Já estava no final da aula e todos já estavam guardando seu material, o professor começou a dizer algumas coisas coisas, mas não escutei pelo o fato de estar distraída desenhando em meu caderno o quarto que havia visto em meu sonho com Yeji. A aula acaba e os alunos vão para a Educação Física.

Pelo o fato de ainda estar "machucada", não poderia participar das aulas, então ficava sentada na arquibancada, com o meu caderno desenhando.

— Como que ta sendo ficar aí parada?- Lisa aparece do meu lado

— Ah, eu nem gosto tanto assim. Preferia estar dormindo na minha cama.

— Somos duas- Ela responde. — O que é isso que está desenhando?

— É só, um quero que eu sonhei

Lisa observa atentamente meu desenho.

— Sonhou? Quando? Sonhou com alguém? - Lisa peegunta com um olhar preocupada. Acabo respondendo que não havia ninguém no meu sonho, para não ter que explicar que sonhei com minha irmã. Ela pareceu mais aliviada com aquilo.

—O que você acha de ir na minha casa depois das aulas acabarem? - pergunta Lisa

— Claro, mas por que está me fazendo tantas perguntas hoje Lisa? Virou jornalista hoje?- digo sendo irônica.

— Hahaha, que engraçado. Sou detetive do FBI, você que não sabe.

Nós duas rimos e Lisa volta para o seu jogo.