Amanhecendo mais um dia ameno em Konoha, o dono dos olhos cor do mar olhou para através da janela pensando em como seria aquele primeiro dia de aula. Ainda recapitulando como ele imaginava que seria tudo ele sentiu a mão da namorada o trazendo de volta a realidade e não pode não deixar de sorrir.
-Vamos? - Hinata falou e o namorado olhou para ela confiante.
-Vamos. - Ele respondeu olhando a lua.
Chegando na sala, como de costume, Naruto ignorou ao máximo possível os olhares que todos o lançavam e se sentou na cadeira de sempre enquanto os seus seguranças sentaram logo atrás. Conversando um pouco com Hinata, Gaara e Matsuri, ele estranhou a ausência de Chojuro, mas antes que ele fosse até o amigo a aula do professor Onoki começou.
“Eu sei que o Gaara e o Chojuro brigaram e que ainda está estranho o clima entre eles, mas eu não pensei que tivesse tão ruim. No final, o Gaara nem deve estar mais com raiva, mas não quer voltar atrás no que disse e o Chojuro deve estar com medo como sempre.” O mar pensou analisando a situação ao pegar o caderno para as anotações.
Dessa forma transcorreu a aula e ao termino dela o mar se voltou para o menino de cabelos azuis acinzentados que sentara sozinho no canto da aula. “Eu vou falar com ele.” Naruto pensou antes de se perder ao notar todos o olhando. “Parece que hoje eles estão me olhando ainda mais... Do jeito que sempre pensam o pior de mim, eles devem achar que eu vou usar a minha guarda para me vingar do que aconteceu no hospital.” Ele pensa suspirando com desgosto.
O príncipe estava perdido em seus pensamentos quanto a turma quando, para sua surpresa, Chojuro foi até ele.
-Que bom que você voltou, Naruto. - Chojuro falou sem graça. “Será que ele está bem? Da última vez que eu o vi o Naruto estava passando mal. O jeito que a sala tratou ele me deixou muito chocado.”
-E aí, Chojuro? - Naruto falou sorrindo e Gaara, Hinata e Matsuri olharam para o amigo que sorriu também.
-Está tudo bem? - Chojuro perguntou o que não saia da sua cabeça desde a visita ao hospital.
-Sim. Obrigado por ter me ajudado. - Naruto falou gentil se levantando. - Por que você não sentou com a gente? - O loirinho perguntou amistoso e o amigo abriu e fechou a boca pensando no que falar.
-Ah, eu fiquei... - O dono dos cabelos azuis acinzentados começou sem jeito, mas o ruivo o interrompeu.
-A culpa foi minha. - Gaara falou se sentindo culpado. “O Chojuro passou a semana sem falar com ninguém... Eu acho que eu exagerei... Eu interpretei mal ele. O Chojuro não está do lado da Kurotsuchi e desses idiotas da nossa sala.” - Me desculpa, cara. O Naruto e a Matsuri me explicaram o que aconteceu. Eu estava com muita raiva naquele dia.
-Acho que você meio que estava certo. - Chojuro falou olhando para baixo. “Depois do que o Gaara falou eu percebi que, de fato, eu não entendia que eles eram meus amigos. Mesmo conversando com eles todos os dias, mesmo eles estando sempre comigo, eu muitas vezes considerei mais o Kabuto. No fim, naquela confusão o Kabuto me puxou do nada. Eu achei que eles fosse bater em mim e no Naruto.”
-Eu não estava não. - Gaara fala estendendo a mão e Chojuro para o ruivo. - Amigos? - Ele completou e o menino de cabelos azuis acinzentados sorriu e segurou a mão do ruivo.
-Nosso grupo está unido novamente. - Naruto comemorou abraçando os dois. “Parece que tudo foi resolvido. Esse dia está sendo melhor do que eu pensei.”
-Vamos tomar um sorvete para comemorar? - Matsuri falou sorrindo feliz abraçando o grupo.
-Vamos. - Hinata disse sorrindo para o grupo de amigos da sala. “Dentro da universidade é proibido a entrada dos jornalistas, então ninguém deve nós cercar. Ainda mais quando estamos com o Danzou e o Iruka.”
-Sua garganta melhorou, Naruto? Você estava meio doente. - Gaara perguntou e o mar fez um sinal positivo com a cabeça. “O Sasuke me falou que o rei estava preocupado com a saúde do Naruto com tudo o que aconteceu.”
-Já estou zerado. - Naruto brincou levantando a mão e os amigos olharam para ele e sorriram.
-Beleza. - O ruivo falou animado.
Assim, enquanto se arrumavam para ir a lanchonete, o grupo estava se divertindo conversando sobre o que havia acontecido na semana em que o loirinho faltou. Tudo estava bem e o clima no local estava longe do peso que o costume daquela sala, mas antes que eles saíssem dali o professor Onoki chamou o príncipe e todos perderam o sorriso de outrora.
-Príncipe Naruto. - O professor falou e o mar sério olhou para ele.
-Oi, professor. - Naruto respondeu pressionando os lábios.
-Podemos conversar na minha sala? - O professor falou olhando para os seguranças e depois para o príncipe que engoliu o seco.
-Si... Sim. - Ele falou tentando esconder a insegurança daquela conversa. “Ele deve querer conversar sobre o que a Kurotsuchi fez... Ou pelo menos sobre o que ela disse a ele que aconteceu ali.” Naruto pensou temeroso. - Eu encontro vocês na lanchonete. - Naruto completou olhando para os amigos e o professor não entendeu porque os jovens estavam tão apreensivos.
Indo com o professor e os seguranças até a sala do idoso o mar se sentia consumido pelo silêncio e pela ansiedade. “Ele vai me acusar também? Isso é tão estressante, mas é claro que a volta a faculdade não seria tão fácil. Não para mim... Eu não sou culpado pela morte do filho do professor. Eu fiz tudo que eu podia, não é?... Droga, eu devia ter conversado mais com o Sasuke sobre como ele agiria se confrontassem ele sobre isso... Calma, Naruto, não adianta ficar nervoso... Quando o professor me acusar eu tento explicar.” Ele pensou andando com a mente longe dali.
-Gostaria de conversar com vossa alteza as sós. - Onoki falou quando eles falaram em frente a uma pequena sala em um corredor com várias portas. “O príncipe Naruto tem um olhar tão triste.” O idoso observou e lembrou das últimas entrevistas que assistiu. “Melhor ir direto ao ponto e falar sobre a guarda real na sala. Eu tenho que saber se minha neta está segura e eu sei, pelos tabloides, que o príncipe não se sente bem em conversar com estranhos.”
-Tudo bem. - Naruto respondeu pressionando os lábios antes de olhar para os seguranças. - Eu volto já. - Ele completou para Danzou e Iruka que assentiram para o príncipe.
-Estaremos esperando aqui. - Iruka falou e o loirinho lançou um olhar agradecido a ele. “O Naruto não quer conversar com o professor. Será que aconteceu alguma coisa?”
Assim eles entraram na sala, o professor apontou a cadeira e Naruto prontamente se sentou e enquanto o idoso foi para o outro lado da mesa o mar o acompanhou tentando prever a todo instante o que seria dito ali.
Sentindo que o loiro o analisava, Onoki respirou fundo e iniciou a conversa que queria.
-Príncipe Naruto, eu chamei vossa alteza aqui na minha sala para conversarmos sobre os seus seguranças na sala de aula. - O professor começa para o mar que o analisava friamente.
-Eu já notifiquei o reitor sobre a permanência deles. - Naruto fala sério na defensiva. “Ele também acha que eu quero me vingar pelo que aconteceu no hospital... Isso não me surpreende. O professor nunca gostou de mim e sempre parece apoiar a Kurotsuchi. Desde o primeiro dia ele e a neta dele me colocam situações ruins, como na chamada e na correção do trabalho.”
-Vossa alteza pode me falar se estamos sobre algum ataque? Ou algo que justifique os seguranças. A culpa é do assédio dos tabloides? - Onoki perguntou apreensivo e o príncipe respirou fundo entendendo o idoso.
-Não estamos sobre ataque nenhum, professor. Pode ficar tranquilo. - O mar respondeu mais calmo. “Ele está com medo pelo que aconteceu no ataque terrorista. Pelo jeito não é sobre achar que eu quero me vingar... Menos mal.”
-Eu não acho ideal a presença deles em sala de aula. Primeiro, por tirar atenção dos alunos ao conteúdo que deve ser aprendido e segundo que após o ataque a coroa muitos alunos e até mesmo eu tenho ressalvas quanto a guarda real. - O professor falou pensando no olhar apavorado da neta. “Mesmo o príncipe falando que está tudo bem, eu não quero aqueles seguranças lá. A Kurotsuchi tem muito medo. Ela ficou traumatizada pelo que aconteceu com o pai dela.”
-Eu entendo, mas eu preciso da minha guarda na sala, professor. - O dono dos olhos cor mar falou compreensivo e o professor olhou curioso para ele.
-Por que precisa? - O idoso quis saber e o príncipe suspirou.
-Houveram situações desagradáveis entre mim e a sala e eu não me sinto seguro lá. - Naruto falou o mais direto possível e o professor olhou surpreso para ele. “Ele sabe que eu e a Kurotsuchi nos desentendemos... Se bem que pelo jeito que ele me olha talvez ela não tenha dito nada.”
-Quais situações? - Onoki perguntou ao ver o mar distante.
-Imagino que a sua neta tenha falado. - Naruto responde tentando descobrir o que foi dito ao professor e o idoso arregala os olhos.
-O que a Kurotsuchi fez? - Onoki pergunta surpreso. “Eu falei para ela não arranjar confusão com o príncipe. Eu sabia que isso não acabaria bem desde o primeiro dia em que ela o empurrou.”
-O senhor não sabe? - O mar quis confirmar.
-Não. - O professor falou e o menino pressionou os lábios confuso. - Vossa alteza real. - Onoki chamou ao ver o loirinho com o olhar perdido.
-Não precisa se preocupar com a minha guarda, professor Onoki. Eu confio plenamente neles... - Naruto começou escolhendo as palavras para ser o mais claro possível. - Eu... Eu entendo que pelo que aconteceu no atentado terrorista o senhor fique temeroso, mas a minha guarda nunca afetada. A dos meus primos que foram. E naquele dia, quando eu descobri o que estava acontecendo, eles que agiram para resolver o problema.
-Hum. - Onoki apenas falou triste pensando no dia que mudou para sempre a sua família.
-Eu... Não vai acontecer de novo, eu garanto. Estamos monitorando tudo e o vovô antes de sair fortificou a segurança do país do Fogo. - Naruto falou rapidamente quando os sentimentos do idoso ficou transparente para o mar.
-Entendo. - O idoso falou respirando fundo e olhando para o nada.
-Eu... Eu sei que nada que eu diga pode melhorar a situação, mas eu realmente sinto muito pela perda do seu filho. - Naruto falou sincero fechando as mãos para se acalmar e o professor olhou para ele. “Eu vou falar tudo que eu quis falar naquele dia em que a Kurotsuchi não quis me ouvir. O professor parece bem mais aberto para conversar.”
-Príncipe Naruto. - O idoso falou olhando para o aluno.
-Eu peço perdão... Eu juro que eu agi no mesmo instante que eu percebi o que estava acontecendo. Notifiquei a todos. As forças armadas tomaram a frente da situação, pois eles eram os especialistas nisso. Eu não sei o que eu podia ter feito de diferente. - O menino confessou com pesar.
-Eu sei que vossa alteza fez o melhor que pode. - O professor falou para o loirinho que parecia tão nervoso. “Eu não culpo o príncipe pelo que aconteceu. Quando o ataque aconteceu ele mal tinha completado 17 anos... A minha neta deve ter culpado ele. Eu a conheço... Ela não devia ter feito isso.”
-Eu sinto muito não ter falado antes com o senhor e com a Kurotsuchi. - Naruto fala por fim, sem saber mais o que dizer.
-A minha neta culpou vossa alteza real, não foi? - O professor perguntou com pesar e o mar se voltou para ele.
Ali parado, Naruto considerou o quanto o professor acreditaria nele caso ele falasse toda a verdade. Caso ele falasse que Kurotsuchi inventou que ele a atacara. “Melhor contar tudo... Que ele saiba por mim e não por ela. Assim eu evito que ela invente algo que não fiz.” Ele considerou decidido o que fazer. Contudo, antes que ele começasse a falar, Kurotsuchi entrou na sala tão rápido que os dois ali presentes saltaram levemente da cadeira assustados com aquela ação.
-Vovô, posso falar com o senhor? - Kurotsuchi falou apavorada.
-Kurotsuchi, eu estou ocupado. - Onoki falou sério. “O que deu nessa menina? Eu quase morro do coração.”
-É urgente. - A morena falou e lançou um olhar pulverizante para o príncipe que estremeceu.
-Nós podemos continuar essa conversa depois, professor. - Naruto falou se sentindo acuado e o professor serrou os olhos tentando entender a situação.
-Tudo bem, vossa alteza real. - Onoki falou com uma leve reverência e o príncipe assentiu.
Assim o mar saiu da sala e sentiu que finalmente conseguia a voltar a respirar. Saindo do corredor repleto de portas, o mar ainda se sentia nervoso quando se surpreendeu ao ver os amigos logo a sua frente.
-Amor. - Hinata falou abraçando o mar que rapidamente retribuiu.
-Está tudo certo, mano? - Gaara perguntou apreensivo.
-Nós vimos a Kurotsuchi entrar e imaginamos que você estaria encrencado. - Chojuro disse e o mar pressionou os lábios.
-O professor queria falar sobre a minha guarda. Eu acho que ele está traumatizado pelo que aconteceu. - Naruto resumiu.
-Ele brigou com você? - Matsuri perguntou o que todos ali queria saber e o príncipe negou.
-Ele mais escutou eu me desculpar do que falou. Espero que ele tenha entendido o meu lado. - Naruto falou o que sentiu.
-Ele falou algo pelo o que a Kurotsuchi fez? - Hinata perguntou.
-Ele parecia nem saber. - Naruto falou e todos olharam surpresos para ele.
-Aqui foi tão absurdo que ela não deve ter coragem de contar. - Chojuro falou e todos concordaram.
-Já que a conversa acabou, vamos tomar sorvete? - A dona dos olhos cor do luar falou querendo que a animação voltasse ao grupo. - Hoje está um dia tão bom. Não vamos deixar eles estragarem.
-Sim. - Naruto falou ao se sentir melhor com a namorada e os amigos.
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Dessa forma, eles foram a lanchonete conversando e aos poucos a leveza voltou ao grupo. Chamando Shikamaru e Temari para se juntar a eles conversaram ainda mais em um clima descontraído e alegre. Clima esse bem diferente da presente na sala do professor, que conversava sério com a neta sobre os últimos acontecimentos.
-O que o mimado real queria com o senhor? - Kurotsuchi perguntou com raiva e o avô olhou indignado para ela.
-O que deu em você, Kurotsuchi? Você não pode me interromper assim. - O idoso falou firme.
-Desculpa, vovô. A guarda do príncipe estava na frente da sua sala e eu fiquei desesperada. - A menina confessou e o avô suspirou.
-Eu chamei o príncipe para conversar sobre isso. Ele me garantiu que a guarda dele é segura. - Onoki falou tentando tranquilizar a neta.
-Como ele vai saber? A guarda tentou matar ele uma vez. - A morena retrucou.
-O príncipe Naruto disse que a guarda dele não foi invadida no ataque. Eles que contiveram os terroristas. - O idoso disse e a menina soltou um riso de desdém.
-Contiveram tão bem que permitiram que o príncipe deles se machucasse. - A menina respondeu se lembrando das cicatrizes na mão do colega de sala.
-Kurotsuchi. - Onoki falou chamando a atenção da neta.
-É verdade. De qualquer forma, eu não gosto deles aqui. - A menina falou olhando para a janela e vendo o príncipe e os amigos caminhado fora do prédio.
-O príncipe falou que só chamou ele porque não se sente seguro na faculdade. - O avô falou e a neta arregalou os olhos.
-O que? - Kurotsuchi perguntou temerosa olhando para o avô. “Ele contou para o vovô? Com certeza aquele mimadinho se vitimizou.”
-Você o acusou, não foi? - Onoki perguntou o que tinha quase certeza. “O príncipe Naruto estava muito na defensiva. Com certeza a minha neta o acusou.”
-O príncipe Naruto falou isso para o senhor? - “Ele contou o que houve no hospital. Com certeza ele se fez de coitadinho para o meu avô ficar do lado dele. Ele, com certeza, não disse que usou a história do meu pai para me pedir para parar de filmar ele e os amigos.” Kurotsuchi concluiu.
-Ele não falou nada, mas nem precisava. Eu falei tanto para você ficar longe dele. - O avô falou sério. - Você não podia... - Ele continuou, mas a neta o interrompeu.
-Como eu ia adivinha que a mão dele estava realmente machucada? - A menina se defendeu do que considerou o seu erro naquele dia e o avô olhou assustado para ela.
-Como assim? O que você fez, Kurotsuchi? Você feriu o príncipe Naruto? - Onoki perguntou preocupado. “Essa foi a situação desagradável que o príncipe Naruto teve com a minha neta? A Kurotsuchi machucou a mão dele.”
-Eh... - Kurotsuchi começou a falar incerta. “Droga, o vovô não sabia do lance da luva.”
-Me fala o que aconteceu, Kurotsuchi. - O idoso exigiu e ouviu uma notificação chegar no celular da neta.
-Em casa conversamos. Eu tenho uma reunião do grupo de ginecologia. - Kurotsuchi disse rapidamente agradecendo mentalmente pela existência daquele compromisso.
-Em casa você tem que me explicar tudo certinho. - O avô falou antes de ver a neta corre para a porta.
Olhando para porta e se vendo sozinho naquela sala, Onoki voltou a se sentar em sua cadeira e tampou o rosto com as mãos. Ele respirou fundo e tentou analisar aqueles acontecimentos que eram muito mais complicados do que ele imaginava. “Tem alguma coisa errada aqui.” O idoso falou ao ver uma foto em que tinha ele, a neta e o filho.
Passando as horas no país do Fogo, em fim chegou à noite e o idoso mal chegou em casa e foi direto para o quarto da neta.
-Kurotsuchi. - Onoki falou temeroso.
-Pode entrar vovô. - A menina respondeu após respirar fundo.
-Eu vim continuar aquela conversa. - O avô falou e a menina suspirou. - Você não vai escapar dessa vez.
-O que o senhor quer saber? - Kurotsuchi falou direta.
-O príncipe Naruto disse que houve situações desagradáveis na sala e por isso ele não se sente seguro lá. Então eu quero saber o que você fez? - O idoso falou olhando nos olhos da neta.
-Ele falou só isso? - Kurotsuchi quis saber para poder se defender.
-Basicamente. - Onoki disse e a neta olhou surpresa para ele.
-O príncipe veio falar comigo sobre o que aconteceu com o papai depois de eu passar a manhã tentando fazer ele aceitar ser voluntário nas atividades do hospital. - A menina começou a falar. - Mas eu sei que ele fez isso também porque queria me atingir. Porque queria que eu parasse de filmar ele. - Ela completou com desdém e o avô suspirou.
-O que ele falou?
-Que sentia muito, que entendia o que eu sentia... Essas coisas. - Kurotsuchi disse com raiva. - Aquele lixo.
-Kurotsuchi. - O avô falou sério a menina olhou para ele.
-Eu fiquei com muita raiva na hora e nós discutimos.
-Essa é a situação desagradável? - O avô perguntou e viu a neta insegura. - Eu quero que você não me esconda nada. - O idoso exigiu.
-Quando o pessoal da sala se juntou a nós para saber o que estava acontecendo eu disse que o príncipe Naruto estava me ameaçando e todos que estavam ali nos rodearam e começaram a falar mal dele. - A menina contou a verdade e o idoso arregalou os olhos. “Melhor contar logo tudo. O vovô vai acabar descobrindo. Do jeito que a sala ficou chateada comigo é questão de tempo alguém ou até o próprio príncipe falar para ele. Se eu deixá-lo contar o que aconteceu, com certeza, ele vai aumentar e muito a história.”
-Kurotsuchi, você passou dos limites. Isso poderia ter acabado muito mal. - Onoki falou o que passou o dia pensando.
-E acabou, vovô. - A morena falou abrindo o criado mudo e retirando a luva de lá.
-O que é isso? - Onoki perguntou sem conseguir identificar o que era aquele tecido.
-O príncipe estava usando uma luva naquele dia. - A menina falou e a expressão do avô ficou ainda mais séria.
-Não me diz que essa...
-Em um momento da discussão eu puxei a mão dele e arranquei a luva para provar para a turma que o príncipe tinha inventado essa história de machucado só para todos ficarem aos pés dele.
-Meu Deus. - O homem falou levando a mão a cabeça. “Isso está pior do que eu pensei. Por isso o príncipe e os amigos deles estavam assustados quando eu fui falar com eles.”
-Só que quando eu tirei a luva a mão dele estava inchada, com marcas de agulhas e com cicatrizes de cirurgia. - Kurotsuchi disse se sentindo culpada e o vô olhou decepcionado para ela.
-Todos sabiam que o príncipe Naruto se machucou no ataque. A gente vê isso na televisão o tempo todo. - O idoso falou se controlando para não gritar.
-Eu achava que era mentira. - A menina respondeu quase chorando.
-Você machucou ele? - Onoki perguntou com medo da resposta.
-Não... Quer dizer, eu não sei... Ele saiu depois que todos ficamos parados olhando a mão dele... Eu não sei se ele passou mal, mas ele estava muito pálido e gelado quando aconteceu... Eu o vi sentar em um banco do pátio com o Chojuro e depois um médico foi até eles e o príncipe o acompanhou junto com a Hinata e não voltou mais. - Kurotsuchi narrou o que aconteceu.
-Ele deve ter passado mal. - O idoso concluiu.
-Ele faltou a semana toda desde então. Eu não sei se foi por isso.
-Eu estranhei ele ter faltado, mas pensei que fosse pela entrevista. Nunca passou pela minha cabeça que o motivo era você ter o machucado... Eu falei para você não se aproximar dele. Para não arrumar confusão. - O idoso falou firme e a neta chorou.
-Eu me senti culpada depois, tá bom? Eu tentei falar com um amigo em comum, o Chojuro, mas ele me ignorou a semana toda.
-Você podia ser presa por isso. Por isso o príncipe Naruto está com medo dos colegas de sala. - Onoki falou em pé olhando para a parede pensando nos alunos. “O príncipe Naruto já não conseguia interagir com os outros alunos agora que ele deve se retrair na sala de aula. E isso é culpa minha por não dar limites a Kurotsuchi.”
-O pessoal da sala ficou se sentindo mal por isso. A semana que passou todos só falavam dele. Alguns até reclamaram comigo, porque eu coloquei pilha para eles irem contra o príncipe.
-Agora eu entendo porque ele acionou a guarda. Ele achou que seria linchado. - Onoki falou com pesar.
-Nós nunca faríamos isso. - Kurotsuchi se defendeu.
-Como você sabe se um ou outro não faria? Fora que o príncipe se feriu, você já pensou na dor que causou a ele puxando a mão dele? Por isso ele deve ter passado mal. - O avô falou firme e a neta se retraiu.
-Vovô...
-Você quer ser médica Kurotsuchi, não é? O que você fez foi o completo oposto do que essa profissão exige. Se você escolheu esse curso apenas por ser tradição na nossa família é melhor desistir.
-Eu me arrependi, vovô.
-Você vai pedir desculpas para o príncipe Naruto. - O homem falou firme e a neta quis se opor.
-Mas...
-Nada de mas...
-E a guarda...
-Vamos ver se o príncipe volta a se sentir seguro na sala. Sinceramente, depois do que você me contou, foi até pouco ele ter posto só os seguranças o seguindo. - O idoso falou e a menina não soube mais o que dizer.
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