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História Dinastia - Dia de aula após a entrevista. (Parte 4)


Escrita por: Milena_MR

Capítulo 85 - Dia de aula após a entrevista. (Parte 4)


Fanfic / Fanfiction Dinastia - Dia de aula após a entrevista. (Parte 4)

 

 

 

No final de uma manhã caótica no país do Fogo, Chojuro observou os corredores da faculdade de medicina. “Lá fora está lotado, mas aqui não. A maioria das salas já liberaram os alunos... Parece que deu tudo certo e a população se acalmou ao ver que o castelo os ouviu.” Ele pensou satisfeito enquanto explorava cuidadosamente o local. “Vai ser tranquilo ir para minha casa. A mamãe está me esperando.” 

Voltando a sala mais confiante, o menino de cabelos azuis acinzentados planejava buscar suas coisas e ir o mais rapidamente para casa quando percebeu toda a sala direcionada a uma morena pensativa no canto próximo a uma das janelas. “A Kurotsuchi não parece bem. Ela deve estar triste pensando no pai dela.” Ele pensa não querendo que a menina que amava se sentisse mal enquanto ia em direção a ela. 

-Kurotsuchi. Você está bem? - Chojuro perguntou amoroso para a menina que gostava. 

O menino espero por alguns segundos a resposta da neta do professor, contudo, tudo o que recebeu foi um olhar decepcionado dela. Ele fez menção a tocar a mão dela, mas a morena lançou a ele um olhar tão raivoso que o fez recuar. 

-Kurotsuchi? - Chojuro insistiu e a menina entregou o celular para ele. - O que foi? - Ele perguntou confuso. “Parece que ela está com raiva de mim.” 

-Estão preocupados com você. - Ela falou secamente e ele voltou o olhar confuso para o celular. “O Chojuro me enganou. Ele nunca me falou que pertencia a realeza. Ele sabe que eu não queria contato de pessoas como ele e mesmo assim continuou fingindo ser quem ele não era. O que ele queria? Isso tudo é uma brincadeira para ele. Ele até fingiu que não conhecia o príncipe... A realeza é mesmo muito podre.” Ela pensou e viu o olhar assustado do menino de cabelos azuis acinzentados além dos óculos. 

 

Mensagem 1 

“Mestre Chojuro, eu sou o assessor do seu pai. O lorde não gostou do fato do mestre ter ficado na faculdade e não vindo ao palácio junto aos seus amigos. Ele se preocupa com a sua segurança. Eu sei que as coisas se normalizaram, mas o país do Fogo não é mais tão seguro para quem tem sangue real. Os plebeus não respeitam mais tanto a realeza. E não queremos que o mestre se machuque. Por favor, saia daí o mais rápido possível e sem chamar atenção da imprensa. Imagino que o mestre sabe que a casa real ao qual pertence nunca se envolveu em polêmicas na história do país do Fogo.” Byakuren escreveu tentando tocar o coração do filho do lorde. 

 

“Ele usou a palavra pai? Será que ele mesmo o assessor do Lorde Ao? Se ele fosse saberia que o Lorde Ao falou para eu não o chamar assim, nunca...Mas de que outra forma ele teria o meu número? Ele deve ser o assessor sim... E se ele escutou a nossa conversa? Isso, com certeza, é ruim. O Lorde nem deve saber que o assessor me enviou isso. Ele vai ficar furioso quando souber que mais alguém sabe de mim.” Chojuro pensou enquanto relia a primeira mensagem.

Assim, ele sentiu como se estive sido transportado para uma realidade alternativa olhando para as aquelas palavras novamente. “Aqui diz que o lorde não gostou de eu não ter ido. O assessor diz que o Lorde Ao está preocupado comigo. Isso não faz sentido. Ele não me quer por perto e nem eu o quero por perto, mas... Talvez eu esteja sendo muito severo com ele. O Lorde Ao ajudou os meus amigos hoje assim como eu pedi e... Quando o drone bateu na janela ele se assustou, talvez ele tenha se assustado mais do que eu imaginei... No caminho para casa eu ligo para o Lorde Ao e digo que estou bem... Ou talvez seja melhor enviar uma mensagem. Deve ser o suficiente.” O menino pensou pretendendo escrever rapidamente que estava bem e antes de ir para a segunda mensagem que o deixou ainda mais confuso. 

 

Mensagem 2 

“Seu pai já foi bastante complacente com o mestre. Já basta ter entrado no curso de medicina sem avisar ao seu pai, mestre Chojuro. Tenho certeza de que o mestre sabe que ele não está de acordo com essa situação. O mestre não devia estar aí e muito menos ser amigo do príncipe Naruto. O príncipe mais jovem tem um talento especial para atrair problemas com a mídia e isso não é o desejado para a sua casa real. Não envergonhe a sua família. Manter a harmonia entre as casas reais é o que traz o equilíbrio para o nosso país desde a fundação. Não prejudique o seu país. Dito isto, saiba que meu lorde, seu pai, está preocupado com a situação em que o mestre se encontra. Se precisar de algum auxílio para sair, me avise. Podemos ajuda-lo.” 

 

 “Parece que ele está me repreendendo nessa segunda mensagem. O que ele quis dizer com o lorde não estar de acordo com a situação? Eu não tenho nada a ver com a vida dele. Por que eu avisaria qualquer coisa?” Chojuro pensou confuso. “Com certeza esse assessor não sabe o que está acontecendo. Agora eu tenho certeza... Aquele homem não se preocupa comigo, ele se preocupa com a imagem dele. O Lorde Ao deve ter mandado o assessor me enviar uma mensagem pedindo para eu ir para casa, pois tem medo que alguém descubram que ele teve um filho com uma empregada e o assessor achou que ele estava preocupado com a minha segurança... E agora o lorde sabe que eu sou amigo do Naruto. Ele deve ter odiado isso... Por que eu me meti nessa confusão? Eu tenho que esclarece tudo antes que a minha mãe descubra que eu me menti para ela.” Ele pensou sentindo o desespero aumenta. “Ela vai ficar muito decepcionada comigo.” 

Vendo uma sombra pairar sobre o semblante do menino de cabelos azuis acinzentados que não desviava o olhar do celular, Kurotsuchi desejou sentir raiva, mas tudo o que sentia era medo. “Na mensagem dizia que o país do Fogo não era seguro para quem tinha sangue real. Será que é por isso que o Chojuro ficou com essa cara? Meu Deus, mas o que está acontecendo? Eu devia odiar ele por ter mentido para mim, não ficar preocupada.” Ela pensou travando uma luta interna. “Eu não quero me meter em assuntos da realeza. Eles sempre fazerem os problemas deles se tornarem os problemas de todos, mas o Chojuro parece desesperado... Que se dane, eu vou perguntar. Nós não ficaremos juntos, mas ele ainda é meu amigo.” 

-O assessor do seu pai está preocupado. Ele falou algo muito ruim? - A morena disse sussurrando e o menino lançou um olhar amedrontando para ela. 

-Você leu isso? - Chojuro perguntou falando baixo e sentindo que a situação só piorava. “Ela sabe... Essa não. O que eu vou falar para o Lorde Ao? Isso vai acabar prejudicando ele.” O menino pensou com medo. 

-Só o começo. - A menina se justificou e por impulso pegou na mão dele. 

-Por que você leu? - O menino perguntou soltando a mão dela ao se sentir traído. 

-Chojuro. - A neta do professor chamou vendo a tristeza nos olhos dele. 

-Eu confiei em você. - O menino falou desapontado. “A mamãe estava certa. Eu não devia ser amigo da Kurotsuchi. Agora eu estou perdido... Se ela falar algo o Lorde Ao vai brigar muito comigo. E a mamãe, minha nossa, a mamãe vai ficar muito mal. Eu não devia ter mentido, nem omitido nada dela... Eu não posso permitir que a Kurotsuchi fale nada. Ela tem que entender. Ela tem que entender que a mamãe não pode passar por nada muito tenso. Isso vai atrapalhar a recuperação da minha mãe, todo o esforço que fizemos para que ela fique bem terá sido em vão e a mamãe ficará mais doente... Não, não, não... Eu vou ser o culpado por fazer a mamãe piorar e por destruir a imagem do meu pai.” Ele pensou sentindo pela primeira vez o pânico o preenche. - Você não podia ter feito isso. Você não pode falar nada a ninguém. 

-Eu não li de propósito. O seu celular não parava de tocar e o pessoal queria atender a ligação. - A menina falou e o menino olhou assustado para ela. 

-Eles viram também? - Chojuro perguntou sentindo o coração aceleram como se ele tivesse corrido até a exaustão. “Meu Deus...” 

-Não. Eu peguei o seu celular, eu não pretendia ler, mas quando eu olhei a tela tava lá. - A menina falou e o menino olhou nos olhos dela como se quisesse encontrar a verdade ali. “Algo ruim aconteceu. Aquela mensagem deixou o Chojuro mal...” Ela pensou e segurou a mão do menino que amava. - Você está correndo algum perigo? 

-... - Chojuro nada disse e apenas olhou para a mão dela junto a sua. “A Kurotsuchi não fez por mal, eu posso sentir isso. Eu vou falar a situação para ela de modo a não sitar nomes. O mais raso possível.” Ele pensou, respirou fundo e olhou para os companheiros de sala que tinham as atenções voltada para eles. “Mas neles eu não confio. Por que quiseram atender a ligação? Nenhum deles faria nada querendo me ajudar.” 

-Chojuro. - A neta do professor chamou e o menino olhou novamente para ela. 

 

Chojuro ia falar com a menina, ia falar que não havia perigo algum quando uma conversa alta do lado de fora da sala chama atenção de todos. 

-Eu não lembro de ter autorizado vocês entrarem na minha sala. - Onoki falou em um tom severo. 

-Professor, sabemos que o príncipe foi embora. Só queremos olhar como é o local em que ele estuda. - Hizashi falou decidido a conhecer mais sofre os locais em que o príncipe frequentava. “Se esse professor cooperasse eu o entrevistaria também. Daria uma ótima matéria: Pai de reitor morto fala com é ser professor do príncipe Naruto.” 

-Não haveria problemas nisso, não é? - Anko argumentou não querendo inimizades enquanto o companheiro ia em direção a porta. 

-Hyuga Hizashi. - Onoki disse e o homem parou enquanto dentro da sala Chojuro arregalou os olhos. 

À medida que escutava o professor lutando para afastar o comentarista da realeza da sua sala, Chojuro sentia o pânico voltar a lhe habitar. “De todos o tio da Hinata é o pior. Era só o que me faltava. Eu já vou arrumar uma briga com minha mãe e com o Lorde Ao... Agora será com os meus amigos também. Eu não quero que eles se prejudiquem.” Ele pensa e sente Kurotsuchi apertar levemente o seu braço. 

-Essa não. - Ele fala com pesar olhando para a porta. 

-Se esconde. - A menina fala e o amigo olha para ela. “Eu não quero que o Hizashi encontre o Chojuro. Ele já fala muito mal do Naruto. Eu não quero que ele fale do Chojuro também.” 

-Onde? - Ele pergunta se sentindo mais perdido do que nunca. 

-Vai para baixo da mesa do vovô. E põe o celular no silencioso... Vai. - A morena ordena guindo o amigo e todos veem o menino de cabelos azuis acinzentados se esconder segundos antes da porta se abrir. 

-Bom dia, essa é a sala do primeiro ano de medicina? - Hizashi fala com um sorriso amistoso e todos olham para ele. - Eu sou Hyuga Hizashi. 

-Vocês têm autorização para estarem aqui? - Kurotsuchi fala séria e o homem não perde o sorriso. 

-Só viemos tirar algumas fotos e fazer algumas perguntas. - Anko falou sorrindo também. “Eles devem estar assustado com a manifestação. Melhor falar algo que os tranquilize.” - As pessoas sentem curiosidade para saber como é o dia a dia do príncipe e dos amigos. Só queremos mostrar isso. - Ela completou e Chojuro escondido fechou os olhos com medo. 

-Vocês querem dizer que não têm autorização. - A neta do professor falou e lançou um olhar pedido ajuda ao avô. 

-Só algumas perguntas e vão embora. - Onoki disse se sentindo mais seguro por não ver ali o único amigo do príncipe que restara. “Ele deve ter ido embora. Esses dois me atrasaram para chegar aqui... Por que a Kurotsuchi está me olhando assim?” Ele pensa ao ver o olhar tenso da neta. 

-Vocês estudam com o príncipe Naruto? - Hizashi perguntou satisfeito. “Eles parecem com raiva de mim. Certamente o príncipe falou muito mal de mim nessa sala, mas não tem problema. Eu vou mostrar para eles que eu sou legal e eles vão me ajudar a montar uma bela matéria sobre o príncipe Naruto na universidade.” - São amigos dele? 

-Vossa alteza real e os amigos não conversam muito com ninguém. - Amaru diz ajudando a amiga. “Isso é até emocionante. Na festa eu fiquei sem reação quando a Kurotsuchi ajudo o príncipe, mas agora será diferente. Vamos ajudar a esconder o Chojuro.” 

-Não somos amigos de nenhum deles. - Shion respondeu prontamente apoiando as amigas. 

-Nem dos amigos dele?  - Anko perguntou atenta e recebeu um sinal negativo de toda a sala. 

-Você se parece com um deles. - Hizashi falou e Kurotsuchi por um momento parou de respirar. 

-Eu? - Kabuto disse ao ver o Hyuga apontar para ele. 

-Sim, o príncipe tem um amigo com a cor de cabelos parecida com o seu. - Hizashi falou e Anko concordou. - E usa óculos também.

-Segundo nossas informações o nome dele é Terumi Chojuro. - A âncora do Bom dia, Konoha falou curiosa e Chojuro abraçou as pernas. 

-Eu me chamo Yakushi Kabuto. E não sou amigo do príncipe. Todos eles saíram a quase uma hora. - Kabuto falou querendo passar confiança. 

-De fato temos fotos deles saindo. - Anko concordou. “Pelas fotos o príncipe, quatro amigos e seguranças saíram.” 

-Se vocês já sabiam que eles não estavam, o que fazem aqui? - Kurotsuchi perguntou na defensiva. 

-Só queremos conhecer a sala. - Hizashi disse achando aquela sala muito fechada. 

-O que nos garante que você não inventou outro nome? - Anko perguntou instigando os alunos para obter informações. 

-Se quiser pode olhar meu nome na lista de alunos na sala. - Kabuto falou encarando os âncoras. 

-Eu acredito em você. Nenhum membro da realeza ficaria em uma confusão dessas. Ainda mais após o ataque a coroa. - Anko disse e ninguém percebeu Kurotsuchi segurar uma mão com a outra. - Vamos tirar algumas fotos do espaço. Os alunos não serão vistos. - Ela e o professor assentiu. 

-Todas as casas reais ficaram cada vez mais restritivas após o ataque. Só o príncipe e os amigos dele que são rebeldes. - Hizashi falou com certo desprezo vendo a amiga apontar a câmera para o restante da sala de forma a não mostrar os alunos que estavam posicionados no canto próximo a porta. “Todos aqueles pirralhos não passam de jovens irresponsáveis e mimados. Eu só não queria que a minha afilhada tivesse metida com eles. Nada tira da minha cabeça que o príncipe fez isso para me afrontar.” 

-Nem todos os amigos do príncipe são da realeza. - Anko disse enquanto tirava algumas fotos. 

-Como você sabe? Até eles entrarem na faculdade eles andavam por aí e ninguém sabia quem eram eles. - Hizashi falou e a amiga soltou um sorriso. 

-De fato. - Ela falou abaixando a câmera. - Eles adoram fazer tudo que os comuns da idade deles fazem. - Anko repetiu o que todos em seu meio dizia. 

-Você tirou fotos daqui? - Hizashi perguntou e a mulher assentiu. 

-Sim. - A âncora falou satisfeita.  

-Então vamos embora. Temos que nos preparar para a comitiva de imprensa. - Hizashi disse e a mulher concordou. “Nós nem devíamos vim aqui. Eu só tinha esperança de alguém importante ainda estar aqui e ser uma boa reportagem. Mas entrevistar esses alunos comuns além de ser inútil ainda não é o meu trabalho... Eu tenho que ir para o palácio, a final eu e a Anko somos a imagem do Bom dia, Konoha.” 

Assim, os alunos viram o casal sair, quando a voz deles estava longe Kurotsuchi não pensou duas vezes e correu em direção a mesa do avô. “Chojuro.” Era tudo que estava em sua mente quando, em fim, viu o menino de cabelos azuis acinzentados abraçando as pernas e de cabeça baixa. 

-Eles já foram. Tá tudo bem. - Ela diz e recebe o olhar amedrontado dele. 

A menina ia falar mais, mas antes que algo fosse dito ele a abraçou quando o medo nunca sentido antes ainda o preenchia. 

-Tá tudo bem. - A neta do professor falou consolando o menino que assentiu tentando se recompor enquanto a sala repercutia baixinho aquela atitude dele. “O Chojuro está apavorado. Eu não quero o ver assim.” 

Sentindo que aqueles minutos eternos, em que Hizashi estava na sala, sugaram um pouco de sua vida, Chojuro respirou fundo mesmo sentindo o peito se fechar. “Tá tudo bem.” Ele repetia para si mesmo as palavras da menina que amava enquanto se recompunha. “A Kurotsuchi me salvou... Eu tenho que me acalmar... Ainda bem que ele não me achou aqui. Agora minha mãe, meus amigos e o Lorde Ao não serão prejudicados.”  

 

Minutos mais tarde, ele, Kurotsuchi e Onoki percorreram os corredores do hospital das clínicas calados, ainda processando tudo aquilo. Chegando à saída, o menino de cabelos acinzentados finalmente voltou a sentir que tudo daria certo, contudo, recebendo o olhar incerto da neta do professor, ele soube que aquele dia difícil ainda não tinha acabado.  

-Saímos. - O professor falou ao ver os jovens apenas se encarando. “Quando será que a Kurotsuchi vai me falar o que acontece entre ela e o amigo do príncipe? Ela me disse que gostava dele, mas eu não sabia que ele gostava dela também. Deus permita que eles não estejam namorando. Eu não quero que a minha neta passe por situação como essa de hoje.” 

-Obrigado por me ajudar, professor Onoki. - Chojuro falou gentil e o professor assentiu. 

-Tome cuidado no caminho para casa, Chojuro. - O idoso falou com um leve sorriso. 

-Sim. É... Eu sei que aconteceram situações estranhas hoje. Eu peço perdão se eu fiz algo que incomodou o senhor. - O menino diz envergonhando e arrumando os óculos.  

-Tudo bem, você não fez nada de errado. - O professor falou amistoso e o Chojuro sorriu antes de olhar para a menina que ele amava. 

-Kurotsuchi. - Chojuro fala e os seus olhos encontram com os da menina. - Podemos conversar? 

-Você tem que ir para casa. - Kurotsuchi fala preocupada. “Ele tem que ir para um lugar seguro o quanto antes.” 

-É rápido. - Ele insiste sem jeito e ela suspira. 

-Chojuro. - A menina fala querendo recusar enquanto o avô olhava surpreso para ela. 

-Por favor. - Ele insistiu e ela assentiu. “Eu tenho que explicar a ela o que aconteceu. Ela está estranha comigo.” 

-Tudo bem, mas vamos rápido. - Kurotsuchi falou caminhando em direção a uma pequena praça arborizada em frente ao hospital e sendo seguida por Chojuro. 

 

Vendo a menina parar próximo a uma pista de terra, ele planejou a melhor forma de falar com a menina a situação em que se encontrava. 

-O que foi? - Ela disse e ele olhou nos olhos dela. 

-Eu quero explicar aquelas mensagens. - Ele fala e ela olha triste com o futuro dos dois. 

-Eu não sei nem o que dizer a você. - Kurotsuchi fala com pesar. - Eu não quero saber de nada. Não quero saber da realeza. E.... Eu não quero mais nem ser sua amiga. - Ela completa falando o que achava o certo e ele lança um olhar de medo para ela. 

-Me escuta. - Chojuro pede e ela assente. - Eu não sou da realeza. - Ele completa e ela olha indignada para ele. 

-Chojuro... O seu pai é um marquês. - Kurotsuchi fala com raiva. “Ele vai mesmo mentir na minha cara. Não é possível que o Chojuro seja assim.” 

-Não é bem assim. - Ele tenta explicar e ela dá passos para trás. 

-Eu vou embora. - Kurotsuchi fala desapontado e o menino segura sua mão. 

-Espera. Eu tenho que te explicar uma coisa. O meu pai é... - Ele começa a falar, mas seu celular começa a tremer acusando a chegada de uma ligação. “É o Naruto. Depois eu falo com ele.” 

-Chojuro. - Kurotsuchi fala ao ver o menino recusar a ligação. 

-Meu pai é um marquês, mas eu mal o conheço. - Ele assume e ela solta a mão dele. “Eu tenho que ter cuidado para falar para ela. Eu não quero expor o lorde.” 

-Por que mentir então?  

-Eu nunca menti. - Chojuro disse se defendendo. 

-Eu falei que sabia que você era da realeza e mesmo assim você negou. No que mais você mentiu? Você fingiu que não conhecia o Naruto no começo, não é? - Ela acusa e o menino da mais um passo se aproximando dela. 

-Não... - Ele começou a falar e viu mais uma ligação ser recebida e posteriormente rejeitada em seu celular.  

-Por que você está falando comigo? Você quer se misturar com as pessoas comuns? - Ela falou triste. 

-Somos amigos, não somos? - Ele falou olhando nos olhos dela. 

-Eu não sei. 

-Nós somos sim. - Ele insistiu segurando a mão dela. 

-Eu não quero me relacionar com ninguém da realeza. Eu odeio todos vocês. - A neta do professor disse soltando mais uma vez a mão dele. - E eu ainda achei que poderíamos ter alguma coisa. - Ela completou triste dando um passo para trás. 

-Eu não sou da realeza, não precisamos nos afastar. Eu fui gerado por uma relação fora do casamento. - Ele falou o mais direto possível e ela arregalou os olhos com aquela revelação. - Eu não sou da realeza... - Chojuro completou e o celular voltou a tremer. 

-Atende logo essa porcaria. - Kurotsuchi falou confusa com tanta informação. 

-Você me espera? Temos que terminar essa conversa. - Chojuro pediu e ela o olhou mais uma vez indecisa.  

-Tudo bem. - Ela falou suspirando e ele lançou um olhar agradecido para ela. 

-Eu volto já. - Chojuro disse se afastando um pouco. 

 

Retornando a ligação que acabara de receber, o menino de cabelos azuis acinzentado não tirou o olhar para a neta do professor que olhava para ele. 

-Naruto. - Chojuro disse querendo findar o mais rapidamente aquela conversa para se concentrar em falar com a morena. “A Kurotsuchi falou que não queria nada comigo... Isso não pode estar acontecendo. Nós estávamos tão bem, até marcamos de sair sábado... Eu tenho que explicar a ela que eu não menti.” 

-Chojuro, por que você não me contou que o Lorde Ao é o seu pai? - O príncipe de cabelos loiros falou e ouviu o amigo puxar o ar. 

 

 

 



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