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História Dinastia - Véspera da convenção


Escrita por: Milena_MR

Capítulo 9 - Véspera da convenção


Fanfic / Fanfiction Dinastia - Véspera da convenção

 

No castelo, a semana foi passando e os dois primos foram ficando cada vez mais próximos para a alegria de Fugaku. “Eu sabia que com a presença dos meus filhos o Naruto ficaria bem mais animado. Foi muita sorte meu sobrinho gostar desses jogos. Fora que o Sasuke sempre quis que o Itachi jogasse, mas ele não gostava. Agora ele tem o Naruto.” O futuro rei comemora a aproximação do sobrinho com a família. 

Acompanhando o neto de longe, Hagoromo não conseguia evitar não lembrar de Kushina toda vez que via Naruto sorri. “Meus netos estão cada vez mais próximos. Eles estão como quando meus filhos eram crianças. Antes daquele músico entrar nas nossas vidas... Será que o Naruto vai querer ficar?” O homem pensou olhando para o loirinho. 

 

Além disso, para Naruto, além de alguém para conversar aquela semana trouxe muitas provas a fazer e à medida que os dias foram passando mais cansado ele ficava. Assim, na madrugada da sexta-feira, ao fim da última aula do dia em que teve a última prova, o menino estava exausto e com dor de cabeça. Tudo que ele queria era comer algo e dormir, contudo, com pesar ele constatou que o seu frigobar estava vazio. “A comida acabou e não abasteceram. Melhor eu ir na cozinha.” O menino pensou se levantando. 

Naruto ia saindo do quarto quando a mensagem de um de seus professores chama sua atenção. “Ele pediu para eu olhar os prazos de inscrição da faculdade... Com tudo que tem acontecido eu esqueci disso.” O dono dos olhos cor do mar falou parado no meio do espaçoso quarto. 

-Meu Deus. - Foi tudo que ele conseguiu dizer ao perceber que havia perdido os prazos de quase todas as faculdades. - A única que não fechou as inscrições foi a de Konoha. - Ele falou sozinho voltando a sua mesa. - Fecha hoje e eu tenho que procurar nessa bagunça tudo que eu preciso. 

Assim horas se passaram enquanto Naruto enviava sua inscrição e separava os materiais que os professores do país da Água pediram para direcionar os seus estudos para a resolução daquela prova. E quando o menino percebeu já eram quase oito e meia da manhã.  

-Eu estou com muita dor de cabeça. - Ele pensou se debruçado na mesa. - Eu tenho que comer alguma coisa. - “Falta muito pouco para o café da manhã. Acho que já vou descer e ver se já tem algo pronto. Se não tiver eu como algum biscoito.” 

Mesmo seu corpo pedindo para descansar o menino foi para a cozinha. Ele sabia que se ele passasse mais tempo sem comer ele passaria mal e ele não queria. Dessa forma, em alguns instantes, o dono dos olhos cor do mar estava a caminho do lugar onde ele lembrava ser a cozinha, mas uma notificação em seu celular chamou sua atenção. 

Ele estava distraído respondendo a dona dos olhos cor do luar, informando a ela sua atual condição quando uma voz desconhecida chama sua atenção.  

-Oi, você é o entregador? - Kurenai fala parando em frente ao loirinho. “Pela mensagem do Iruka, o entregador que vai me ajudar com as compras é ele.” 

-Você está falando comigo? - O menino perguntou desnorteado. 

-Sim. - A morena falou puxando o menino. 

-Eu... - Naruto quis protestar, mas não teve tempo para isso. 

-Me ajuda a levar essas compras para a cozinha. Estão pesadas. - Ela fala apontando para algumas sacolas e o menino piscas os olhos algumas vezes. -  Vamos, garoto. - Ela ordenou. 

-Ah, ok. - Naruto apenas falou sem reação. “Eu já vou para a cozinha mesmo.” 

 

Dessa forma eles chegaram na grande cozinha do castelo. Ao colocar os pacotes onde Kurenai havia pedido, Naruto voltou a postura ereta, contudo o que ele não esperava era a vertigem que lhe acometeu. “Eu tenho que comer alguma coisa.” Ele pensa com os olhos fechados e as mãos no rosto. 

-Obrigada. - A mulher falou olhando para o menino. “Ele ficou pálido. Será que está passando mal.” 

-De nada. - Naruto falou forçando um sorriso. - Você sabe que horas começa a ser servido o café da manhã? 

-Em 20 minutos a mesa começa a ser posta. - A mulher respondeu apontando para os funcionários que estavam preparando o que seria servido. 

-Certo. - “20 minutos eu consigo esperar.” O menino falou se recompondo. - Onde tem água? 

-Ali. - Ela falou apontando para o purificador. 

-Obrigado. - O loirinho falou gentil. “Eu to com muita sede. Talvez bebendo água eu me sinta melhor.” 

-Você está bem? - A morena perguntou ficando preocupada. 

O menino ia responder quando o coordenador do palácio adentra o espaço. 

-Kurenai, quem é esse rapaz? - Asuma fala olhando para o menino que parecia exausto. 

-Ele... - A mulher começou a falar, mas foi interrompida.   

-Você sabe que apenas funcionários e membros da família são permitidos nesse local. - “O rei deu ordens explícitas que não podia haver nenhum estranho no palácio.”  

-Tá tudo bem, Asuma. Ele me ajudou com as compras. Ele é o entregador. - A mulher fala e o menino a olha confuso. 

-Entregador? - Naruto fala entendendo o que estava acontecendo. 

-Você confirma isso? - Asuma perguntou e Naruto olhou para ele. 

Atordoado e com dor de cabeça, naquela situação Naruto queria falar normalmente, mas estava tonto de mais para isso. 

-Fala garoto. - Asuma falou segurando o braço do loirinho. 

Asuma ia levar o menino para fora das dependências do palácio quando Kakashi chega e vê o dono dos olhos cor do mar no último lugar que ele esperava encontra-lo.  

-Príncipe Naruto, o que faz aqui? Está precisando de alguma coisa? - O mordomo fala e tanto Asuma quanto Kurenai lançam para ele um olhar aterrorizado. 

-Príncipe Naruto? - Asuma repete soltando rapidamente o braço do menino. “Meu Deus. O que eu fiz? Vou ser demitido com certeza.” 

-Eu cheguei cedo demais pro café...- O loirinho fala pondo a mão na cabeça. 

-Vossa alteza, me desculpa. - Kurenai fala assustada. “Eu não acredito que eu cometi uma falha dessas... Pelo que falaram ele é um demônio. Como eu o confundi com um entregador?” 

-Perdão, não o reconhecemos. - Asuma falou rapidamente. 

-Tu... Tudo bem. - Naruto respondeu indo em direção a cadeira em frente à mesa. 

 

Achando estranha aquela ação do garoto Kakashi foi para o lado dele. 

-Vossa alteza, está precisando de algo? - Ele perguntou analisando o menino que tinha um pouco mais da metade da sua idade. 

-Eu estou esperando o café. Quando tiver sendo servido você pode me chamar? - Naruto pede antes de se debruçar na mesa. “Eu estou muito tonto... Eu deveria pedir algo para comer agora, mas eu estou tão cansado. Eu só quero dormir... Eu consigo esperar, são só 20 minutos. Eu vou descansar um pouco.” 

-Certo. - O homem falou olhando para os amigos. “Por que ele vai ficar aqui? Será que ele está querendo confusão com a Kurenai e com o Asuma? Eles pareciam estar discutindo quando eu cheguei.” 

 

Assim, naqueles minutos, a cozinha que era barulhenta ficou silenciosa. Todos teriam estranhado, mas Naruto estava cansado de mais para notar a diferença do local de quando ele tinha chegado para agora. 

Ele estava sentindo sua consciência se apagar quando a voz do primo o chama. 

-Naruto? - Sasuke falou surpreso. 

-Oi. - O loirinho respondeu se erguendo. 

-Já acordou? O que faz aqui? - “Quando a mamãe pediu para eu entregar o cardápio para a Kurenai, eu não esperava ver o Naruto acordado tão cedo e na cozinha. Quando ele tá acordado ele não costuma sair do quarto.” 

-Tó esperando dá a hora do desjejum. - O loirinho justificou. “Eu estou tão cansado. Não queria conversar com ninguém.” 

-Você parece exausto. - Sasuke falou preocupado. “Ele está muito pálido. Tem alguma coisa errada.” 

-Hum. - Ele assentiu com um leve sorriso. 

-Você está se sentindo bem? - O moreno perguntou pondo a mão na testa do primo e vendo Kakashi se pondo ao lado deles. 

-Eu só to um pouco tonto. 

-O que? - Sasuke perguntou. “Ele tá gelado. A pressão dele deve ter baixado.” 

-Tá tudo bem. Eu só preciso comer alguma coisa. - Naruto falou com um leve sorriso não querendo preocupar ninguém. 

-Volta pro seu quarto. Eu peço para levarem comida para lá. - Ele falou e o primo nada respondeu. - Naruto. - Sasuke insistiu. 

-Ok. Já vou. - “Eu espero que eu consiga.” Ele falou juntando toda a força que tinha pra se levantar.  

-Você consegue ir sozinho? - O moreno perguntou aflito. 

-Hum. - Naruto falou se encostando na mesa antes de se desequilibrar. 

-Príncipe Naruto. - Kakashi falou indo ao encontro do menino. “Ele está passando mal mesmo. Como eu não percebi isso?” O mordomo pensou ficando preocupado. 

-Naruto. - Sasuke chamou o primo que apenas pressionava os olhos. 

Naruto queria responder, queria falar que estava bem, mas de repente tudo se apagou. 

 

Segurando o menino para que ele não caísse, Kakashi sentou Naruto na cadeira e Tsunade veio até eles. 

-Naruto. - Sasuke chamava pelo primo que voltava a abrir os olhos. 

-A pressão dele está baixa. - Tsunade falou reconhecendo aqueles sintomas. “Ele precisa de algo salgado.” 

-Ele falou que tinha esse problema. - Kakashi falou preocupado com o menino. “Será que ele não se alimentou direito.” 

-Vou pegar alguma coisa salgada para ele. - A loira de aproximadamente 50 anos falou. 

Assim, em alguns instantes, após comer Naruto já não se sentia tão mal. Com a ajuda de Sasuke e Kakashi o menino chegou em seu quarto, agradeceu os dois e rapidamente dormiu. 

  

                                                       ----------- 

 

Enquanto o loirinho estava no mundo dos sonhos, na cozinha o nome dele era o mais comentado no momento. Muitos falavam da aparência dele, outros falavam e repetiam o que havia acontecido, não importa qual seja a roda de conversa o nome de Naruto sempre estava no meio. 

-O que ele tem? - Tsunade perguntou preocupada. 

-Ele teve uma crise de hipotensão. O médico do palácio falou que ele só precisa descansar e se alimentar bem. 

-Ainda bem que não era nada grave. - Iruka falou. “O menino é um demônio, mas mesmo assim não queremos ele doente.” 

-Kurenai, o frigobar dele estava abastecido? - Kakashi perguntou tentando entender o que aconteceu. 

-Houve um erro no pedido de comida do palácio e o frigobar dele não foi abastecido ontem. - A mulher respondeu olhando nos olhos do amigo. 

-Como você não me avisa uma coisa dessas? - Kakashi falou nervoso. “Foi isso.” 

-Não achei que tivesse problemas. - A governanta falou se defendendo. 

-Por que você ficou assim, Kakashi? - Asuma quis saber. 

-Se ele passar muito tempo sem comer a pressão dele baixa. Manter aquele frigobar abastecido foi praticamente a única coisa que o príncipe Naruto pediu. - O mordomo falou chateado. “Eu devia ter cuidado disso pessoalmente. O príncipe Naruto é minha responsabilidade. Mesmo ele sendo difícil, cuidar dele era minha tarefa no palácio.” Ele pensou se sentindo culpado. 

-Eu não sabia. Você não me contou isso. - Kurenai falou entendendo o que aconteceu. 

-Ele é como o rei. - Tsunade falou e todos olharam para ela. 

-Como assim? - Iruka perguntou. 

-O rei é rigoroso com o horário das refeições porque ele passa mal se passar muito tempo sem comer, assim com o neto. - A loira que trabalhava a muitos anos no castelo falou. 

-Eu vou cuidar pessoalmente do abastecimento do frigobar dele a partir de agora. - Kakashi falou e respirou fundo. - Isso se eu não for demitido. - Ele completou e Kurenai assentiu. 

-Hoje está sendo um dia complicado. - Asuma falou derrotado. 

-Por que? - Danzou perguntou curioso. 

-Nós o confundimos hoje. - Asuma falou desanimado. - A Kurenai achou que ele era um entregador, eu achei que fosse um invasor. 

-Foi muita falta se sorte. Fomos nos meter logo com o demônio da casa. - Kurenai falou e todos concordaram com ela. 

-A qualquer momento devemos ser demitidos. - Asuma falou e Kurenai olhou para ele lacrimejando. 

-Melhor já irmos nos preparando. - A governanta falou abraçando o coordenador do palácio. 

 

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Nesse mesmo momento, enquanto os funcionários conversavam sobre o ocorrido, na sala de jantar Hagoromo estranhou encontrar apenas o filho a mesa. 

-Bom dia, pai. 

-Bom dia, Fugaku. Mikoto foi para a inauguração do centro cultural? - O idoso perguntou sentindo a falta da nora. 

-Sim. Ela teve que chegar mais cedo, pois tinha uma entrevista antes. Daqui a pouco vou me encontrar com ela.  

-Entendo. Itachi já foi para a faculdade? - O avô perguntou interessado. 

-Foi sim. 

-E onde está Sasuke? 

-Ainda não chegou. - O pai falou olhando para a cadeira em que o filho costumava se sentar. 

-Isso não é comum. Meu neto não costuma se atrasar. - Hagoromo fala e o filho concorda. 

 

Eles iam começar a especular a ausência do moreno quando Sasuke se junta ao pai e ao avô.  

-Você está atrasado, meu netinho. - Hagoromo falou amoroso para o menino. “O Sasuke parece cansado. Será que aconteceu alguma coisa?” 

-Desculpa, vovô. O Naruto passou mal e eu fui ajudar ele. - O menino falou e os dois parentes olharam para ele. 

-O Naruto passou mal? - Fukagu perguntou preocupado com o sobrinho. 

-O médico do palácio disse que ele teve uma crise de hipotensão. - Sasuke respondeu e Hagoromo ficou pensativo. 

-Onde ele está? - Fugaku quis saber. 

-Agora ele está no quarto dele. 

-Ele se alimentou? - O avô perguntou se vendo no neto. “Pelo jeito, o Naruto é como eu. E eu não o vejo se alimentar direito.” 

-Sim, a Tsunade preparou algo salgado para ele. Ele comeu e agora está dormindo no quarto dele. 

-Isso é culpa daquele horário estranho. - Hagoromo falou pensando no neto que sempre é tão distante dele.  

-Eu sabia que ele continuar estudando no horário do país da Água não daria certo. - Fugaku falou ao se levantar. “Eu prometi a mim mesmo que cuidaria do filho da minha irmã. Eu tenho que ver se o Naruto está bem.” - Eu vou ver como ele está. 

-Não é para tanto, Fugaku. - O idoso protestou, mas o filho já estava saindo. - Eu já tive isso algumas vezes. - Ele completou olhando para o neto. 

-Eu sei vovô. - Sasuke falou e o avô olhou para ele orgulhoso. 

-Fico muito feliz que você tenha ajudado aquele seu primo teimoso, meu netinho. Você nunca me decepciona. - Hagoromo completa amoroso tocando no cabelo do moreno.  

Dessa forma, neto e avô conversaram enquanto tomavam o café da manhã. Em pouco tempo Fugaku voltou mais tranquilo ao ver que o sobrinho estava bem e a manhã transcorreu normalmente. 

 

                                                            ---------------------- 

 

Após pai, filho e neto se despedirem, cada uma foi para o seu respectivo afazer. Conforme a manhã foi passando e a hora do almoço se aproximava, no castelo, Hagoromo não conseguia se concentrar, pois o dono dos olhos cor do mar não saia da sua mente.  

Ele não queria, mas lembranças dolorosas estavam cada vez mais presentes em sua mente desde a chegada do neto e isso o incomodava mais que tudo.  

Assim, inquieto ele foi até o aposento em que o neto dormia. Ali parado em frente a porta, sem coragem para entrar, o idoso foi inundado novamente pelo passado. 

                                                                  ... 

(Lembrança de Hagoromo) 

Fechando os olhos Hagoromo se viu sentado na sua mesa do escritório. Ele estava cercado de papéis importantes, mas era a voz da filha que mais chamava sua atenção. 

-Eu não acredito que o senhor passou isso para imprensa. - Era a voz raivosa de Kushina, grávida, entrando no escritório. 

-O irresponsável do seu marido precisava de uma lição. - Hagoromo falou olhando para nos olhos da filha. “Desde de que esse homem entrou nessa família a minha filha sempre briga comigo.” Ele pensou ficando com raiva. 

-O senhor sabe que aquilo não é verdade. O Minato não tratou ninguém mal. Foi um mal intendido. - A mulher insistiu. 

-Ele tem que se adequar a nossa família, Kushina. Ele não respeita as nossas tradições. Aceitar esse homem aqui foi um erro. - Hagoromo fala o que pensa e a ruiva olha para ele decepcionado. 

-Como o senhor pode? - Ela falou quase gritando. 

Nesse momento, no calor da discursão, a mulher de longos cabelos ruivos começa a sentir muita dor e enquanto o pai vai a socorrer ela se apoia na cadeira.  

-Kushina. - Hagoromo fala preocupado. 

-Não finja que está preocupado com o meu filho. Eu não acredito em você. - Kushina fala ainda chateada com o pai. 

-Kushina, não seja injusta.  - O homem fala ao ver a expressão de dor no rosto da filha. - Eu não estou fingindo. Ele é meu neto. Eu me importo com ele. 

-Se você se importa com ele, porque fez isso com o Minato? 

-Não vamos discutir isso. Você está sentindo dor? Vamos para o hospital. - “Eu tenho que levar ela agora.” 

-Eu não anunciei a minha gravidez. Eu estou escondendo minha gravidez a meses porque todos odeiam o meu marido. Agora todos vão atacar meu filho. 

-Não pensa nisso, minha filha. - Hagoromo fala e Kushina grita de dor. - Eu não vou deixar ninguém saber dele nesse momento. Agora vamos. 

-Papai, eu estou sangrando. - A ruiva fala com medo. 

-Calma. Vamos para o hospital agora. - O homem fala aflito segurando a filha no colo. 

                                                              ..... 

Ali parado se lembrando do rosto da filha, Hagoromo pensou nas saudades e na culpa que sentia. Ele ainda estava pensativo quando um jovem de cabelos brancos chama sua atenção. 

-Algum problema, majestade? - Kakashi fala ao perceber que o rei estava a muito tempo parado encarando a porta do neto. 

-Você é o mordomo do Naruto? - Hagoromo perguntou reconhecendo o homem. “Pelo que o Fugaku me falou ele deixou o Naruto com o Kakashi. Pelo que meu filho me falou, ele é um dos melhores mordomos.” 

-Sim, majestade. Hatake Kakashi. - O jovem falou com uma leve reverencia. 

-Ele tem reclamado de alguma coisa? Algo está faltando a ele? - O rei pergunta preocupado. “Pelo que eu vejo o Naruto sempre está trancado nesse quarto. Eu não consigo saber como ele está.” 

-Ele não falou nada para mim, majestade. - Kakashi falou olhando nos olhos do idoso. “Ele está preocupado com o príncipe Naruto. Como eu deixei isso acontecer? Ele era minha responsabilidade.” 

-Certo. Me avise qualquer coisa. - Hagoromo fala desistindo de entrar no quarto do neto. 

-Aviso sim. 

  

Assim, o rei voltou aos seus afazeres e Kakashi entrou no quarto do menino para ver a situação do frigobar. 

“Se minhas suspeitas tiverem certas, não vai ter nenhuma comida aqui” Kakashi pensou abrindo o frigobar do quarto do loiro. 

Suspirando ao constatar suas suspeitas, o mordomo desejava sair, mas o telefone do loirinho toca o acordando. 

-Kakashi? - Naruto pergunta confuso ao acordar. 

-Boa tarde, vossa alteza. Como está se sentindo? - O mordomo pergunta nervoso. “Eu devia ter esperado ele acordar para entrar no quarto. Espero que ele não crie confusão.” 

-Bem melhor. Você pode pegar para mim? - O menino fala se sentando e apontando para o celular que estava na bancada próxima ao mordomo. 

-Certo. - Ele falou pegando o aparelho e entregando ao loiro. 

-Obrigado. - O menino falou olhando de quem era a ligação perdida. “Hinata.” Ele pensou com um leve sorriso. 

Vendo que Naruto estava melhor, o mordomo sentiu segurança de falar com ele. 

-A partir de hoje eu vou ficar responsável por abastecer o seu frigobar. - Kakashi falou para o menino que ainda tinha um sorriso no rosto. - Houve um erro no abastecimento do palácio por isso ele não foi abastecido ontem. 

-Tudo bem. - Naruto respondeu gentil. 

-Posso abastecer agora? - Kakashi perguntou falando pela primeira vez com o menino sem medo. 

-Pode sim. - Naruto falou sorrindo. 

O mordomo caminhou em direção a porta quando a voz do dono dos olhos cor do mar o parou. 

-Kakashi. - Naruto o chamou e o mordomo olhou para ele. 

-Sim. 

-Obrigado por me ajudar hoje. - O menino falou se sentindo agradecido. 

-Não precisa agradecer, príncipe Naruto. - Kakashi falou sorrindo pela primeira vez para Naruto. “Talvez o pessoal esteja errado. O príncipe Naruto não parece ser o que falam.” 

 

Assim, Naruto viu Kakashi sair do seu quarto e resolveu ligar para a melhor amiga. 

 -Oi Hinata. - O menino falou feliz por conversar com a amiga. 

-Como você está? Por que não respondeu minhas mensagens? Você vai me matar do coração. - A menina falou preocupada e o amigo sorriu. 

-Eu passei mal por isso não te respondi. Desculpa, Hina. - O menino respondeu e viu o mordomo entrar novamente em seu quarto, agora acompanhado de um carrinho que continham alguns alimentos.  

-Você sabe que não pode virar a noite sem comer. - A menina fala e Naruto volta a atenção completamente a conversa. 

-Eu sei. Desculpa. É que eu tinha que enviar a inscrição da faculdade. Hoje é o último dia e tinha um monte de coisa pra fazer. - Ele respondeu voltando a se deitar na cama. 

-Meu Deus. Eu esqueci de te avisar. Eu não lembrei que você está em Konoha agora. - A menina falou se sentindo culpada. 

-Tá tudo bem, Hina. O importante é que deu certo, mas vai ser tudo ou nada. 

-Como assim? Você só se inscreveu na daqui? - Ela perguntou confusa. 

-Sim. Eu perdi o prazo das outras. - Ele falou e pressionou os lábios. “Como eu me esqueci de olhar isso?” 

-Putz. 

-Sim. 

-Vamos pensar positivo. Essa é a melhor e a que nós queremos. - A menina falou animada. 

-Você também quer essa? - Ele perguntou quando a felicidade voltou aos seus pensamentos. 

-Sim. Não quero deixar meu pai e a minha irmã sozinhos. 

-Entendo. 

-Você se inscreveu pra medicina?  

-Sim. Meu avô não vai gostar disso. - O menino respondeu e o mordomo não conseguiu evitar não olhar para ele. 

-Por que? - Hinata quis sabe e Naruto suspirou. 

-Ele queria que eu fizesse outro curso. Ele me passou uma lista de cursos, mas eu não me vi em nenhum. 

-Ele não pode interferir na sua escolha. - A menina falou indignada. 

-Sim, mas ele disse que era tradição. - Naruto repetiu as palavras do avô. 

-Isso é o chato do país do Fogo. 

-Eu ia conversar com ele antes de me inscrever, mas não deu. - Naruto riu um pouco desconsertado. “Isso parece errado.” 

-Você acha que ele vai brigar com você? 

-Eu não sei, provavelmente. - Ele confessa com pesar. 

-Se ele te expulsar de casa eu deixo você passar um tempo aqui. - Hinata brinca ao sentir que o amigo ficou triste. 

-Combinado. Se tudo der errado eu vou morar com você. - Naruto fala sorrindo entrado na brincadeira. “A Hina sempre consegue me animar.” Ele pensa sem perceber que Kakashi estava olhando para ele. 

-Só tenho que falar com o papai antes. 

-Eu não acho que vai ser para tanto Hina, mas na dúvida eu só vou falar se eu passar. 

-Até parece que você não vai passar. 

-Vamos ver. - Naruto fala e escuta a porta se fechar. “O Kakashi já deve ter organizado tudo e saído.” Ele pensou se lembrando que o mordomo estava ali antes.  

-Vamos ver nada. Nós vamos passar juntos. Você prometeu. 

-É o que eu mais quero. - Ele fala voltando a sorrir. 

-Naruto. - Hinata chama ficando um pouco séria. 

-Oi. 

-Você está bem mesmo? Se não tiver não precisa ir amanhã. - Ela fala ainda preocupada com o loirinho. 

-Eu to bem, Hina. Eu só estou com um pouco de dor de cabeça, mas eu vou sim amanhã. 

-Estou ansiosa. 

-Também. 

Assim eles conversaram um pouco mais e Naruto descansou até a hora do almoço. 

 

                                                    -----------

 

Quando o horário do almoço chegou, Naruto foi à sala em que a refeição estava sendo servida. Chegando lá o menino viu o avô e o primo conversando alegremente e suspirou. 

-Boa tarde. - Naruto falou e viu o sorriso do avô se fechar ao olhar para ele. 

-Boa tarde, Naruto. - O idoso falou sério. 

-Como você está? - Sasuke falou analisando o primo. 

-Estou bem. - O loirinho respondeu sorrindo. - Obrigado por me ajudar, primo. 

-Você não pode continuar com esse horário, Naruto. - Hagoromo falou sério tentando esconder sua preocupação. 

-Ontem foi o ultimo dia. Depois do recesso eu vou estudar em um novo horário, vovô. - O menino falou olhando para o prato. 

-É melhor assim. Não dá pra ficar passando mal. - O idoso respondeu e o moreno olhou estranhando o tom que ele usava naquela conversa. 

-Desculpa. - Naruto apenas falou enquanto via a comida ser servida. 

-Não precisa se desculpar. Você não quis passar mal. - Sasuke fala e o primo lhe lança um olhar agradecido. “O que dá no vovô para ele sempre falar assim com o Naruto? Nos jornais falaram que o vovô não queria o Naruto aqui, mas o papai me falou que isso não era verdade. Será que o papai está errado?” 

Dessa forma, o silêncio reinou enquanto eles almoçavam. À tarde, no quarto do moreno, Naruto e Sasuke conversaram sobre a convenção do dia seguinte e o moreno deu várias dicas de como chegar lá e entrar sem ser reconhecido.  

 

 



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