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História Direto do Céu - A segunda caída


Escrita por: missjei

Notas do Autor


Olá galerisss, muito obrigada a todos que favoritaram quando a fic tinha apenas um capítulo!! vcs são demaissss

Apenas deixando claro uma coisa: Meu narrador NÃO é um personagem!! Ele é onisciente 3º pessoa que as vezes assume a 1º pessoa e se intromete, mas não é um personagem ok?? espero que gostem desse cap!!!

Capítulo 2 - A segunda caída


Natsu andava pelas ruas do Japão preocupado. Pensava que não daria conta do recado: “Ô vida! Onde será que está essa garota?” seus olhos a procuravam em meio à multidão. Mas né? Não vou enganar ninguém. Ele estava mais interessado em andar por aí. Estava claramente encantado com tudo que via, se sentia maravilhado e extremamente aliviado por ter ouvido os deuses.

Como já deu pra perceber, Natsu não sabe voar muito bem. Ele apenas, digamos, “flutua” muito bem. Mas no momento em que caiu na Terra decidiu não abrir suas asas com o objetivo de voar por aí tão cedo novamente. Assim, assumiu sua forma humana, sem asas, sem aura, nada aparente. Apenas seus cabelos cor de rosa, que são naturalmente incomuns. Mas disso ele não abre mão.

O Japão era lindo: mais do que ele imaginou. Na verdade, ele não tinha muito repertório do que eram cidades, o que o fez ficar ainda mais abismado. Porém, seu objetivo inicial era, apenas, encontrar a humana. Não precisava permanecer do lado dela toda hora, apenas ficar de olho e protegê-la ou ajudá-la quando puder. E claro, fazer seu trabalho de guardião quando forças opostas tentarem corrompê-la. Apesar de que, de acordo com a ficha, a menina já tinha dezessete anos. “Deve conseguir se virar por cinco minutos”, pensava enquanto caminhava pelas ruas. Logo após longas voltas entrou em uma cafeteria, com esperança de encontra-la por lá.

— Humm — resmungou, sentando-se em uma cadeira próxima ao balcão — Meu sexto sentido dizia que ela estava por aqui... — coçava o queixo, inquieto.

— Disse algo, senhor? — respondeu o garçom

Natsu riu nervoso — O-Oi... N-Não, apenas pensei alto.

— Compreendo. — sorriu — Gostaria de algo? Aqui está nosso cardápio.

— M-Muito obrigada... — suspirou aliviado quando o garçom foi atender outras mesas — Nunca pensei que fosse tão difícil falar com humanos... Não estou acostumado. — tanto não estava que quase pulou da cadeira quando ouviu uma voz diferente ao seu lado.

— Mais um por favor. — disse sorrindo a moça que sentou ali. Ele olhou para o lado. Natsu não conseguia respirar.  

“Lucy” pensava. “O que eu faço se ela falar comigo? Droga, droga, droga...” o rosado suava frio. Jamais imaginara, nem nos seus piores pesadelos, que seu primeiro contato com a humana do qual é guardião seria como humano mesmo. Pensou que a veria e voltaria a ser invisível, e seguiria normalmente.

Por que diabos ele estava andando como humano?” você deve estar pensando. Bom, como já dito anteriormente, Natsu não é dos mais espertos. Ele é dos mais... curiosos. Acho.

A doce loira encarou por alguns segundos o rosado (que agora estava branco de nervoso) e concretizou seus piores pensamentos — Caraca, seu cabelo é lindo! — disse, animada — Nunca o vi por aqui. É novo na cidade?

— ... — não tinha ideia de como sair da situação.

— É-É... desculpe se o atrapalhei. — Lucy pegou seu café e voltou para a mesa aonde estavam suas amigas — Cara mal educado, eu hein?

Essa foi por pouco Senhor! — pensava, enfim soltando o ar e batendo a cabeça no balcão.

— Moço, está tudo bem? — exclamou o garçom

— Tenho que ir! — levantou-se rapidamente, deixou alguns trocados no balcão (eu também não sei onde ele arrumou isso) e foi embora.

O garçom recolheu as moedas enquanto o olhava partir — Mas ele nem pediu nada...

Bom, para a infelicidade do garoto, o garçom não era o único humano que o observava partir. De qualquer forma, num piscar de olhos ele não estava lá. Fez questão de sumir o mais rápido possível e tentar se redimir de seus erros. Subiu no telhado do estabelecimento, em sua forma não visível e passou a esperar o momento em que a loira sairia, para acompanhá-la.

Estava escuro e luz da lua fazia o favor de iluminar a face do rosado, que, de cima, (ainda) admirava a cidade. Era tarde o suficiente para que (agora sim) ele não deixasse a garota ir embora sozinha de jeito nenhum. Sentia que cuidar de pequenas coisas como essa era um de seus importantes papéis. A brisa batia nas costas do garoto e balançava seus cabelos. Assim que Lucy saiu, o vento passou a balançar os dela também. Natsu não pôde deixar de ficar corado. Ela era incrivelmente linda. O rapaz nunca vira ninguém tão angelical em todos os seus anos como anjo. Ele pensou até que seria mais angelical que ele mesmo. Mas não tem como né? Reafirmava para si. Eu sou angelical demais, muito mais que qualquer outro naquele palácio.

Bom, deve ser porque ele morreu muito cedo. Mas isso fica para outro dia.

Natsu evitava a todo custo andar ao seu lado na rua. Isso ia contra os protocolos: invadir privacidade e ficar investigando a vida do humano. Por isso, a acompanhava pulando de telhado em telhado. Como não possuía peso nenhum naquela forma, o máximo que fazia era assustar os gatos. Falando nisso, ele ainda não entende como bichinhos tão fofos conseguem enxergá-lo.

Assim que Lucy Heartfilia chegou em sua casa, Natsu ficou mais tranquilo e enfim pôde descansar.

Não entendo muito bem meu papel nisso tudo...” pensava seriamente nas regras. Solitário e confuso, acionou o seu anel.

— Ohayo, Natsu-san! — sorria Juvia no holograma

— Juvi! — sorriu — Tenho uma pergunta a lhe fazer... Bom, tudo indica que eu não devo ter contato direto com a minha humana, certo? Mas o que me impede de me passar por humano sempre e fazer contato com outros?

Juvia riu — Bom... acho que você encontrou uma brecha. Na verdade, muitos anjos faziam isso. Alguns fazem até hoje. Mas você não vai poder viver assim sempre, você sabe, esconder as asas é como esconder os braços: uma hora você não aguenta mais.

— Eu sei, eu sei — bufou — Mas, assim, eu poderia viver o dia como humano, fazer amizades e tudo mais, não? Enquanto a vigio de longe em alguns momentos.

— Humm... acho que é possível. Eu estou aproveitando a vista enquanto Gray-sama não precisa de mim, mas achei uma ótima ideia. Inclusive, semana que vem estou voltando com ele para o Japão! Podemos conversar melhor. — disse, alegre.

— Yo! Estarei esperando um contato. Até mais, Juvi

— Até!

Bom... então acho que devo arrumar uma casa para ficar, certo? Seria muito ruim um local próximo a Lucy?” indagava a si mesmo,  inquieto. De qualquer forma, tinha tomado sua decisão.

Descera do telhado até o chão, onde calmamente escondeu suas asas e aproveitou a falta de movimento para aparecer “do nada”. Encarou a casa da loira e achou conveniente demais que ao lado fosse um prédio. “Não tenho nada a perder mesmo” pensou antes de entrar no local.

— Olá, senh... — antes mesmo que o recepcionista pudesse completar sua frase, os olhos do rosado foram tomados por um brilho intenso. 

— Meu nome é Natsu. Eu tenho dezoito anos e moro sozinho à cinco anos no apartamento... — percebeu que não sabia muito sobre os quartos — Quais são os livres? — interrompeu-se.

O homem, em transe, responde — Trinta e cinco e trinta e sete, senhor.

— ...Trinta e sete! — continuou — Mas eu não saio muito. Anote o que precisar nessa ficha aí. — bem... como posso dizer? Natsu é um pouco apressado.

Após seus olhos voltarem ao normal, o rosado abriu um enorme sorriso ao ver o recepcionista — Boa noite!

— Boa noite, Natsu-san! — sorriu de volta — Aqui estão suas chaves.

— Muito obrigado! — seguiu o caminho para o seu quarto. “Eu sou realmente... incrível.” Sorria convencido, claro.

Chegando ao seu quarto, trancou todas as portas e janelas para que pudesse ficar a vontade com suas asas. E assim foi. Deitou-se e passou a imaginar o que Lucy estaria fazendo. Claro que ele não a espionaria... Ele não pode. Quer dizer, pode, mas não deve. Nem ele mesmo entende o porquê, mas estava cada vez mais interessado nessa vida e na garota, em especial. Talvez pela ligação de humano e guardião? É difícil dizer. Tudo que ele sabe é que precisava de mais.

Agora, para sanar a curiosidade do rosado, é simples: Lucy permanecia deitada e inquieta. Ela prendeu seus cabelos no rabo de cavalo mais apertado que podia e voltou a falar ao telefone com sua amiga. Contara sobre seu dia, sorrindo como sempre. Seu pai ligou de novo, perguntando como estava a nova casa. Hoje foi um saco na escola, aparentemente. E sua mãe brigou com ela para parar de levar gatos para a casa, pois seu pai já tinha muito gasto com todas as necessidades básicas dela própria, e agora tinha que ficar alimentando bichos. O que mais? Ah sim! Ela era incapaz de entender como alguém pode sumir do nada.

— Erza, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu vi ele sumindo! — teclava pela vigésima vez na mesma tecla.

Erza riu do outro lado da linha — Lucy, sinceramente... Cabelo rosa e sumindo do nada? Você deve estar imaginando coisas. Você disse isso à Mira? Ela estava na cafeteria com você, não?

— Humpf... Ela disse não ter visto nada. 

— Viu? Você está com sono. — riu — Vá descansar e esquece essa história. Não foi nada!

Lucy suspirou fundo — Bom... Talvez, apenas talvez, acho que você esteja certa. Até amanhã, Er!

— Até, querida. — e desligou.

Claro que isso não foi suficiente para enganar a menina. Mas talvez sim. Vejamos... apenas por alguns dias. Pois ela passaria a sonhar com o acontecimento todas as noites. No fundo, estava apavorada. E mais no fundo ainda, encantada. E curiosa. E inúmeras outras coisas que é trabalhoso demais de ficar citando.

Na casa do lado, também há um problema relacionado a isso. Natsu virava de um lado ao outro na cama de seu quarto alugado à força. Nada tirava da cabeça do garoto a curiosidade sobre a vida da loira e o que fazer para agradá-la, para ser um bom guardião. Como cuidaria dela quando ela rezasse, o que faria com qualquer outra situação, no momento, ele com certeza estava perdido. Mas na verdade, ele pensava mais sobre sanar suas dúvidas sobre os humanos e sobre si mesmo, sua vida antes do céu, do que sobre a garota. — Hum... Nada me impede de ser amigos de amigos dela para saber sobre ela certo? Afinal, não seria espionagem nem contato direto. Apenas coleta de dados. — sorriu sacana — É ISSO! Preciso descobrir onde fica o local de estudo dela... Assim descubro alguns de seus amigos. E assim posso descobrir muitas coisas, também... — afundado em pensamentos, balançava suas pernas como se estivesse esperando por uma Eureka. E... de repente, ela veio.

E então, Natsu toma uma decisão que lhe custaria caro.

— A partir de agora, eu viverei como humano!


Notas Finais


sei que ainda não tem muitas palavras por capítulo e explicações, mas elas vem com o tempo... pra essa história acontecer dúvidas o tempo todo serão necessárias o/
desculpem qualquer errinho...
espero que tenham gostado! por favor, favoritem e comentem! até o próximo <3


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