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História Disable - Obizuth.


Escrita por: littlediao

Notas do Autor


Boa noite, pessoas. Eu tive um pouco de dificuldade em achar uma atriz com o perfil semelhante ao que eu imagino da Rebecca, encontrei uma que se encaixa, mas não perfeitamente, mas é só um detalhe. Bom, de qualquer forma, a moça da foto é uma representação dela. Boa leitura o/

Capítulo 5 - Obizuth.


Fanfic / Fanfiction Disable - Obizuth.

Denver, Colorado.

Quase 20 horas de viagem, pouco comparado a outras caçadas que chegavam a durar por volta de três ou quatro dias. Pararam em um motel lá pelas 04:30 da madrugada, para descansar um pouco da viagem, quando chegaram ao quarto, Kristen notou que Richard parecia inquieto, o que ela não sabia era que ele tinha parentes em Denver, e eles não iam querer vê-lo nem pintado de ouro, e ele também não gostaria de vê-los também, o motivo disso é uma longa história para outro dia. Enquanto Kristen estava praticamente desmaiada em cima da cama, Richard desfazia as malas, seu terno de “trabalho” estava dobrado em perfeito estado, no canto da mala, pelos caprichos de Liz, ele sorriu ao ver o cuidado dela com suas coisas, assim que terminou, colocou o despertador para despertar às 08:00 da manhã, e se deitou também.

Dia seguinte, o despertador acordou os dois que estavam no décimo sono, Richard foi o primeiro a levantar, foi até o banheiro, e jogou a água gelada da torneira no rosto, Kristen levantou logo depois, ainda com sono. Eles se vestiram, e foram para o cadillac, antes de ligar o carro, Richard pegou um papel que Liz havia lhe dado, com os endereços das mães das vítimas e deu a Kristen, já os endereços dos hospitais onde os bebês estavam “engavetados” estavam no bloco de notas que ele carregava em seu bolso.

– Ok, eu vou pro hospital verificar os corpos, e você vai a casa dessas mães para o interrogatório. – Disse Richard, ajeitando a gravata de cor avermelhada. Kristen estava vestindo uma camisa azul marinho, um blazer preto, e uma calça social também preta, embora ela odiasse roupas sociais.

– E eu falo o que pra essas moças? “Oi, sou do FBI e estou investigando um caso de parada cardíaca.” – Disse ela, sarcástica, ligando o carro. – Isso não cola.

– Deve ter algum distintivo de algo relacionado a medicina aqui, é só procurar. – Richard abriu uma portinha que ficava embaixo do porta luvas, e todos os distintivos, cartões e identidades que eles tinham caíram no chão. Kristen começou a rir.

– Vai catar tudo. E rápido. – Disse ela, ele lançou um olhar do mal pra ela, os dois sinceramente pareciam duas crianças às vezes.

Kristen deixou Richard no hospital, antes de descer, ele pegou o distintivo do controle de doenças, que só tiveram que usar uma vez, num caso relacionado a pragas, ele saiu do carro, e foi andando até a porta de entrada do hospital. Kristen continuou dirigindo até a casa de Belle, a mãe do garotinho que morreu recém-nascido, por uma “parada cardíaca”, a moça não morava longe do hospital, Kristen pegou um distintivo, colocou no bolso do blazer, caso precisasse, e uma prancheta que não tinha nada escrito, era só para que a moça acreditasse que ela realmente trabalhava como “jornalista”, bateu a porta de Belle, ajeitando o cabelo despenteado que dava um certo charme a ela.

– Posso ajudar? – Uma moça de cabelos longos e negros, com os olhos tão azuis que pareciam dois faróis brilhantes abriu a porta. Kristen sorriu, e estendeu a mão para a moça.

– Ah, bom dia, Senhorita Belle, eu me chamo Robin Hanz, e trabalho para uma revista, estamos fazendo uma pesquisa sobre a mortalidade infantil.  – A moça a cumprimentou sem entender muito bem, Kristen não precisou mostrar distintivo, a moça abriu a porta por completo para que ela entrasse.

– É sobre o meu filho? – Perguntou a moça, que fechou a porta quando Kristen entrou.

– Sim, eu soube, sinto muito. – Disse Kristen, dando uma boa e rápida analisada na casa com apenas um olhar.

– Bom, em que posso ajudar? – Perguntou a moça, parecia levemente desconfiada de Kristen.

– Eu preciso fazer algumas perguntas a você, se não se importa. – Disse Kristen, a moça olhava para baixo como se estivesse se culpando pela morte do menino. – Sei que a hora não é boa, mas vou ser rápida.

– Está bem, sente-se. – Belle foi até a sala, e se sentou no sofá, Kristen sentou à sua frente, pegando a caneta que estava presa à prancheta.

– Bom, primeiro, sentiu algo fora do normal enquanto estava grávida? Como frio, vultos, talvez… – Kristen não se tocou que estava sendo inconveniente, a moça a olhou estranha. Seria mais fácil se Kristen usasse manipulação com Belle, o que ela facilmente podia fazer, mas ela evitava ao máximo, não era como se fosse algo que pudesse tirar vantagem, fazia ela se sentir um monstro, por motivos que também são história para outro dia.

– O que? Como assim? – Perguntou Belle, confusa, Kristen suspirou, e sorriu para parecer gentil, mesmo já estando sem paciência, típico.

– Desculpe, eu tenho que fazer esse tipo de pergunta, coisa da imprensa. – Disse ela, a moça se levantou do sofá.

– Eu vou preparar um chá. – Ela foi andando até a cozinha, Kristen acenou positivamente com a cabeça, e a seguiu. – Estava tudo correndo muito bem, o Doutor disse que a saúde de Harry era perfeita, eu não entendo porque…

– Deve ser difícil. – Kristen se sentou à mesa, enquanto Belle preparava um chá. – Você soube que mais 4 mulheres também perderam os bebês no último mês?

– Oh, sim. Se não fosse loucura eu diria que é um tipo de macumba. – Disse Belle, disfarçando a dor que sentia ao lembrar do filho, ela serviu o chá à Kristen.

– Obrigada. Por que acha isso? – Perguntou ela, bebendo o chá que Belle havia lhe servido.

– Eu não sei, é muito estranho. – Ela colocou o cabelo para trás da orelha, e colocou a mão abaixo do queixo como apoio. Kristen considerou a possibilidade.

Enquanto isso, no hospital, Richard havia conseguido entrar, mostrando seu distintivo do controle de doenças, depois de responder várias perguntas. Ele foi levado até o necrotério pelo próprio legista, que a propósito, era muito gentil. O senhor abriu uma das gavetas, onde estava o corpo do bebê, era realmente uma cena ruim de se ver.

– Aqui está. Pobrezinho. – O legista olhava para o corpo chateado. – Mal nasceu, e já teve que passar por isso.

– É trágico. – Richard também havia ficado sentido com a situação, ele puxou o lençol vagarosamente, e viu o corpo gélido e pálido do garotinho. – Bom, Doutor, fora a parada cardíaca, havia mais alguma errada com o bebê?

– Ele estava com os tímpanos estourados, os médicos não entenderam o porque, e sinceramente nem eu. Já é a quinta criança morta na cidade, não há explicação. – O legista observava enquanto Richard analisava o corpo, prestando atenção nas palavras do homem.

– Eu entendo. – Raciocínio: Se as Shtrigas se alimentam dos espíritos vitais das crianças, por que os tímpanos estourados?

– Se não se importa que eu pergunte, o que o controle de doenças acha que pode ser, senão uma mera coincidência? – Perguntou o legista, curioso. Richard olhou para ele, e precisou pensar em uma resposta rápida e lógica.

– Bom, nós estamos vendo tudo isso. E quanto às amostras de sangue das mães? – Perguntou ele, mudando de assunto. Que merda. O médico o olhou de cima a baixo e deu um sorriso sem graça.

– Já foram verificadas, mas posso pedir que as enfermeiras dêem uma olhada novamente nas amostras de sangue. – Sugeriu o Doutor, para sorte de Richard, ele não questionou mais nada.

– Ótimo, Doutor, obrigado. E onde estão os outros corpos? – Perguntou Richard, o legista foi até o outro lado da sala, ele o seguiu.

Resumindo a parte de todo o interrogatório, Kristen foi a casa das cinco moças, e Richard verificou todos os corpos, e foi à biblioteca pegar alguns livros para pesquisa. Quando voltaram para o motel, eram aproximadamente 13:00 da tarde, hora do almoço, Kristen havia comprado dois hambúrgueres com batata frita numa lanchonete aleatória.

– Tímpanos estourados? – Perguntou Kristen, eles estavam discutindo o caso enquanto comiam os hambúrgueres gordurosos.

– É, estranho. Será que a Liz errou? – Perguntou Richard, enquanto lia um livro aberto ao lado de seu hambúrguer.

– Vamos ligar pra confirmar. – Disse Kristen, pegando seu celular no bolso da calça. Ela ligou para Liz, seu telefone estava na discagem rápida.

“– Alô?

– Por que demorou pra atender?

– Estava ocupada. Novidades?

– É, sim, duas das vítimas tiveram os tímpanos estourados antes de morrer, e só uma das mães do clube do bebê permanece com a criança ainda dentro dela.

– Tímpanos estourados? Por essa eu não esperava. De quantos meses a mãe do pequeno sobrevivente está?

– Oito, por aí.

– Pode não ser uma Shtriga… Eu e a Sarah vamos pesquisar aqui, se tivermos algum resultado ligamos pra vocês.

– Beleza, e como é que tá indo a aula de vocês?

– Acho que bem, Sarah está empolgada.

– *Risos* Tá bem, qualquer coisa eu ligo.

– Até.”

– E aí? – Perguntou Richard, fechando o livro que estava lendo, e abrindo o notebook.

– Elas vão pesquisar. – Disse ela, guardando o celular no bolso, e suspirando, cansada. Kristen notou que Richard estava inquieto com alguma coisa. – Tá tudo bem?

– Hein? Claro. – Respondeu ele, disfarçando. Na verdade, não estava tudo bem, ele pensava no passado, quando ainda vivia ali com a sua família, mas é uma coisa que Kristen não precisava saber. Ela o olhou desconfiada, e pegou um livro que estava sobre uma pilha de vários outros livros antigos da biblioteca.

Enquanto isso, em Michigan, Liz estava tomando banho, enquanto Sarah decorava um exorcismo mentalmente, vocês não tem ideia do quanto isso é importante, não só para caçadores, pra qualquer pessoa. Sarah gostava de ler, e também gostava da companhia de Liz, mas lá no fundo ela sabia que queria estar caçando de verdade, bom, ela tinha que começar de algum lugar. Ela estava sentada no sofá com um livro nas mãos, focada, ela trocou de página, e olhou em volta de si, pensativa, lembranças lhe ocorreram quando olhou para a escada, que era semelhante a que ela estava quando presenciou a morte dos pais, a cena toda voltou a rodar em sua cabeça, era torturante lembrar de tudo, mas era inevitável. Não é o tipo de pesadelo que se esquece fácil assim.

Voltando ao motel, Richard e Kristen estavam pesquisando também, em sites, livros antigos, boatos, lendas, e depois de várias horas nisso, finalmente acharam alguma coisa que encaixava no perfil do assassino.

– Ei, escuta. – Disse ele, acabando com o silêncio que estava impregnado no quarto, sentado em sua cama com o notebook em seu colo, e alguns livros abertos sobre a cama, já Kristen estava parada em pé na porta com um cigarro na boca, dando uma a pausa na pesquisa. Ela virou-se de costas, e apagou o cigarro. – Eu achei uma coisa nesse livro, e mais alguns artigos sobre na internet.

– Ah, é? É o que a gente tá caçando? – Perguntou Kristen, fechando a porta, e levantando as mangas da camisa já meio amassada.

– Parece que sim, o nome é Obizuth, um tipo de demônio. Aqui diz o seguinte… – Richard colocou o notebook sobre o criado mudo ao lado da cama, e colocou o dedo indicador sobre um trecho do livro que se tratava de Obizuth. – “Ele possui muitas formas e nomes. Enforca recém-nascidos, e seu único trabalho é fazer com que crianças fiquem surdas, fazer o mal atuar em seus olhos, bagunçar suas mentes, sujar seus corpos.”

– Isso explica os tímpanos. Como é que mata? – Perguntou Kristen, de braços cruzados. O sol estava começando a se por, podia se notar pelo brilho de coloração laranja na janela.

– Aqui não diz, e nos artigos da internet também não. Mas tem uma coisa interessante, tem uma parte aqui que diz que Obizuth não pode chegar perto de grávidas com amuletos de bronze, com o nome “Arlaph” gravado no mesmo. – Disse Richard, ainda lendo o livro o qual havia achado sobre o demônio. Kristen sentou-se na beira da cama onde ele estava.

– Digamos que seja bronze, como fazemos para achar esse troço? – Perguntou ela, Richard olhou para o livro sem saber o que responder. O telefone dela tocou, a mesma se levantou e pegou o celular que estava vibrando sobre a mesa.

“– Liz?

– Kristen, acho que sei o que estão caçando, é um…

– Obizuth, já sabemos disso.

– Fizeram a lição de casa? Impressionante.

– Vai fazendo piadinha vai. A gente sabe que bronze mata, mas como achamos o infeliz?

– Bronze comum não, tem que ser bronze com “Arlaph” gravado. De acordo com o testamento de Salomão, Arlaph é descrito como arcanjo Raphael, o anjo o qual chicoteou Obizuth.

– Arcanjo?

– É, arcanjo, guarde sua falta de fé para outra ocasião. Okay, pelo que parece, ele é invisível aos olhos de humanos, porém, ele aparece à noite para matar a criança tocando a barriga da mãe, que adormece durante o processo.

– Então temos que ter uma isca?

– Não gosto desse termo. Mas sim, quase isso. E parece que Janete, a sortuda do clube do bebê, é a próxima vítima.

– Tá, saquei. Bronze, Arlaph, anotado.

– Tomem cuidado.

– Pode deixar.”

– O que ela disse? – Perguntou Richard, que estava ouvindo apenas grunhidos da conversa. Kristen desligou, e colocou o celular no bolso.

– Parece que o demônio só mostra a cara quando tá atacando, vamos precisar ir até a casa da Janete. – Disse Kristen, pegando o casaco no cabideiro. Richard levantou da cama intrigado.

– O que? Quer usar ela como isca? – Perguntou ele, Kristen suspirou.

– Não é isca, Richard. Vamos salvar ela dessa coisa de qualquer forma, e quanto mais demorarmos mais vantagem ela tem de atacar. – Disse ela, impaciente. Richard olhou para baixo com as sobrancelhas contraídas.

– E quanto ao “Arcanjo” que vocês mencionaram? – Perguntou ele, fechando o notebook sobre o criado mudo.

– Arlaph é um tal de arcanjo Raphael que deu umas porradas no Obizuth, só sei até aí. Tem adaga de bronze no porta malas? – Perguntou Kristen, terminando de vestir o casaco, ela costumava erguer as mangas sempre que vestia uma blusa de mangas compridas, em qualquer ocasião, mesmo que estivesse frio. Era uma mania.

– Acho que sim, mas espera, o que vamos dizer para Janete? “Oi, somos caçadores e vamos matar um demônio que vem te pegar.” – Disse ele, encenando uma explicação que com certeza não pegaria.

– A gente explica com jeitinho. Vamos logo, ainda temos que gravar o nome do cara na faca. – Retrucou ela, abrindo a porta da frente do quarto, Richard apenas pegou seu casaco e saiu logo atrás dela, sem questionar muito, afinal, toda pressa era pouca. Janete estava correndo perigo.

Ambos foram para o carro, a moça não morava longe, aproximadamente meia hora dali, durante o trajeto, enquanto Kristen dirigia, Richard estava gravando o nome do tal “arcanjo Raphael” na adaga de bronze, ele havia pego uma agulha um tanto grossa para o processo, queimou a ponta com um isqueiro até que ficasse quente o suficiente para “escrever” na adaga de bronze, Kristen tinha que andar a pelo menos 50 km por hora para ele conseguir escrever de forma decente. Crianças, não façam isso em casa. Ao chegarem a casa de Janete, Richard estava finalizando o trabalho na adaga, eles estacionaram em frente à casa, mas de forma que não fosse tão óbvio que eles estavam ali.

– E aí? A gente entra ou fica de olho até ele aparecer? – Perguntou Kristen, tirando a chave da ignição. Richard colocou a adaga no cinto, e olhou para a casa da moça, ela estava sentada no sofá vendo televisão, tranquila.

– Eu não sei, ele pode ataca-la enquanto não estamos vendo, acho melhor entrarmos. – Disse ele, abrindo a porta do carro, Kristen saiu logo atrás.

– O que vai ser? FBI? Jornal? Bombeiros safados? – Disse Kristen, tirando sarro. Ela se referia ao disfarce que teriam que usar para entrar na casa.

– Vamos dizer a verdade, pode ser que dê certo. – Enquanto Richard falava, Kristen olhou para a janela a qual podia-se ver o que Janete fazia, Belle estava lá.

– Ei, olha lá, é a mãe do garotinho Harry. – Disse ela, apontando para a janela, Richard olhou, ambas estavam com um pote de pipoca nas mãos. – Será que são amigas?

– Devem ser… Bom, vamos. – Disse Richard, andando até a porta de entrada, Kristen fechou o carro, e o seguiu. Os dois bateram na porta.

– Ah, oi? Posso ajudar? – Perguntou Janete, que abriu a porta para eles. Richard sorriu sem jeito, Kristen estava apenas observando tudo.

– Oi, você é Janete, não é? – Richard ajeitou o casaco, a moça sorriu.

– Sim, pois não? – Disse ela, se apoiando à porta que estava semi aberta, Belle apareceu atrás dela, e viu Kristen, claro que a reconheceu. Richard ia responder, mas Belle o interrompeu.

– Hanz? O que faz aqui? – Perguntou ela, confusa, Richard olhou para Kristen, e Janete olhou para Belle.

– Conhece eles? – Perguntou a grávida, calmamente. Belle continuou a encarar Kristen, ainda surpresa.

– É o seguinte, eu não sou jornalista. Eu e meu parceiro estamos aqui para ajudar você a não perder o seu bebê. – Dizer a verdade é sempre a pior opção nesse caso. Belle e Janete se afastaram da porta, um tanto assustadas.

– O que? O meu bebê? – Perguntou Janete colocando a mão sobre a barriga, confusa. Richard lançou um olhar mortal para Kristen, do tipo “Parabéns você fez merda!”

– Se nos deixar entrar explicamos tudo a vocês. Pode confiar. – Disse Richard, tentando manter a calma, Belle foi rapidamente até o telefone para chamar a polícia, Janete estava olhando para os dois sem entender. – Moça, espera, não vamos fazer mal a vocês.

– Escuta aqui, vocês sabem o que aconteceu aos bebês daquelas mulheres, aconteceu a você, Belle. – Explicou Kristen, Belle largou lentamente o telefone. – Você vai perder o seu bebê da mesma forma que ela se não confiar em nós.

– Ah… – Janete não disse nada, apenas murmurou, e abriu a porta para que entrassem. Não era fácil de acreditar naquilo, mas também não era impossível, não tinha explicação para aquela série de mortes. Richard e Kristen entraram, Janete estava de cabeça baixa, Belle ainda estava com o telefone na mão.

– Bom, vamos explicar o que está acontecendo, fiquem calmas está bem. – Disse Richard, ainda mantendo a calma das moças.

Pulando a parte em que ele explicou as duas que monstros são reais, elas concordaram em ajudar no “plano” que foi feito ali na hora mesmo. Janete ia dormir na sala, Belle ia ficar escondida no armário da cozinha enquanto Kristen e Richard pegavam o demônio desgraçado no ato. O esquema dele era esperar as vítimas dormirem, e aí então, matar seus bebês, Janete teria que dormir para que ele aparecesse. 21:46 PM, depois de muito custo, Janete conseguiu pegar no sono, mesmo sabendo que um demônio ia tentar matar seu bebê, para a sorte dos dois, as moças tinham a mente aberta para essas coisas. Belle estava no armário, Kristen atrás da estante na sala de estar, e Richard atrás da porta, alguns minutos após a grávida adormecer a janela se abriu sozinha, e a televisão desligou-se, também sozinha, ele estava lá.

Os dois puderam ver a face dele, por mais horrível que pareça, seu pescoço estava cortado, mas o sangue parecia ter coagulado a séculos, usava um terno todo sujo e esfarrapado, podia notar-se pelas costas do demônio que ele havia sido brutalmente chicoteado pelos rasgos e o sangue seco em seu blazer, os cabelos desgrenhados, e unhas afiadas, como garras. Ele se aproximou de Janete lentamente, e aproximou suas mãos sujas e surradas da moça, hora de entrar em ação, Kristen saiu de trás da estante, chamando a atenção do demônio, que ficou realmente muito irritado, ela atirou nele, mas é claro que não ia adiantar muita coisa, ao ouvir o barulho, Janete acordou, e gritou apavorada. Obizuth se aproximou de Kristen para mata-la, e tirou a arma de suas mãos, com apenas um soco extremamente forte em seu rosto, Richard também saiu de trás da porta e avançou nele com a adaga de bronze, mas não teve sucesso, o desgraçado o fez voar para o outro lado da sala, fazendo com que derrubasse a adaga, Kristen estava no chão, com o rosto já inchado, havia feito um corte feio também ao lado de seu olho esquerdo, o combinado era Belle ficar no armário, e Janete entrar lá e esperar a luta terminar, mas o desespero falou mais alto. Janete correu até o armário enquanto os dois apanhavam, e puxou Belle para fora.

– Vamos, Belle!! Corra!! – Disse Janete, desesperada. Belle tentou correr com ela, mas o demônio a puxou brutalmente, e passou as garras com força em seu rosto, cortando o mesmo, ela caiu no chão, Janete estava em pânico. Kristen estava tentando se levantar do golpe que havia levado, Richard já havia levantado com muito custo, ele avançou novamente no demônio, que largou Belle para ataca-lo.

– Tira elas daqui agora!! – Gritou Richard, Kristen conseguiu se levantar, ela foi até Belle que estava praticamente desmaiada no chão, e a pegou no colo, enquanto Richard tentava apunhalar o demônio.

Kristen correu para fora com a moça ferida em seus braços, Janete foi atrás enquanto chorava em desespero. Ela colocou a moça sentada na escada que tinha na entrada da casa, Janete segurou a amiga para que ela não caísse já que estava muito fraca, Kristen tirou o casaco e deu a Janete.

– Estanca o sangue com isso, e não importa o que aconteça, não saiam daqui! – Disse Kristen, com pressa, Janete concordou e colocou a blusa no rosto dela, repetindo que ia ficar tudo bem.

Ela voltou correndo para dentro, e se deparou com a sala destruída, e Obizuth enforcando Richard contra a parede, a adaga estava no chão, Kristen apanhou de pressa, e antes que o demônio se desse conta, ela o apunhalou nas costas, ele soltou o pescoço de Richard, que caiu no chão ofegante, o demônio estava morto. Quando tudo acabou, os rapazes levaram Janete e Belle ao hospital, combinaram de mentir que havia sido um ataque animal, ambos ofereceram carona mas Janete achou que já haviam feito muito por elas, e que daria conta dali, eles então voltaram ao motel, exaustos. Mas finalmente, acabou, menos um monstro no mundo.

Depois de uma “boa” noite de sono, os dois estavam prontos para voltar pra casa, mas precisavam verificar como as duas estavam, Richard deduziu que elas estariam na casa de Belle, e acertou. Eles bateram a porta, Kristen estava com o rosto machucado, Richard também.

– Oi. – Disse Belle, que parecia feliz em ver os dois, ela estava com um curativo no rosto. – Entrem...

– E aí, como é que vocês estão? – Perguntou Kristen, entrando, Richard entrou também, e foi em direção a Janete, que estava sentada no sofá com uma xícara nas mãos.

– Estamos bem, considerando tudo... E vocês? – Perguntou Belle, cruzando os braços, sorrindo. Kristen acenou positivamente com a cabeça.

– Já passamos por coisa pior, acredite. – Disse ela, Belle riu, enquanto isso, Richard e Janete estavam conversando também.

– Ah, Robin, eu tenho uma coisa pra você. – Disse ela, indo até a cozinha, Kristen a seguiu.

– Meu nome é Kristen, Kristen Forchammer. – Disse ela, desmentindo o nome falso. Belle a olhou surpresa.

– Entendo que tenham que usar nomes falsos com esse tipo de emprego… Kristen. – Disse Belle, olhando fixamente para ela, Kristen sorriu, será que pintou um clima aí? Belle pegou o casaco de Kristen que estava em cima da mesa, e entregou para a mesma. – Eu lavei e passei, acho que é a única coisa que posso fazer para agradecer o que fizeram por mim e pela Janete.

– Ah, que isso. – Kristen pegou o casaco, meio sem jeito, Belle sorriu, e colocou a mão em seu ombro.

– Obrigada, de verdade. – Disse ela. Uma das melhores partes de caçar, era receber a gratidão das pessoas que você salva, não tem coisa melhor.

– Ei, vamos? – Richard apareceu com Janete na porta da cozinha, quebrando um possível clima.

– Claro, vamos. – Kristen vestiu o casaco, Belle ficou feliz em ver que ela havia gostado do resultado.

Depois de uma despedida melosa e tudo mais, os dois pegaram a estrada de volta para Michigan.


Notas Finais


Obrigado por ler, e até o próximo capítulo <3


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