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História Discovery - The New Year


Escrita por: camren-in-love

Notas do Autor


Vou soltar o primeiro capítulo agora porque tenho que deixar a história gravada aqui. O que significa que, eu vou demorar um pouquinho para postar o segundo capítulo, mas, com esse primeiro, espero que fiquem animados com a história que virá a seguir.
Pra quem não sabe, tenho mais duas histórias finalizadas no perfil. Her (com duas temporadas) e The Green Eyes. Fiquem a vontade para ler, comentar, me chamar nas mensagens sempre que sentirem vontade e me sigam no twitter. Sempre comunico algo sobre as fanfics lá. @27_dragonfly
Sejam bem vindos novamente!!

Capítulo 1 - The New Year


Fanfic / Fanfiction Discovery - The New Year

A casa estava cheia de gente para todos os lados. Eu parada próxima a parede da sala enquanto tinha um copo ainda meio cheio nas mãos. O clima era frio lá fora, mas aqui dentro, eu poderia dizer que a temperatura ultrapassava os 25 graus. 

Havia uma música animada rolando ao fundo e as pessoas pareciam todas se divertirem. Elas deveriam estar em suas segundas rodadas de drinks ou seja lá o que mais estavam bebendo e eu nem ao menos sabia o nome de nenhum deles. Era tão ruim assim se sentir uma completa estranha em uma cidade que você acabou de chegar e ser convidada para uma festa de fim de ano na casa de um desconhecido que seria seu colega de trabalho? 

Me senti tonta pelo cheiro de cigarro vindo de uma das salas. Dei um gole na minha bebida que havia esquentado. Meu estômago pareceu revirar por alguns segundos. Tentei me distanciar da fumaça que invadia a sala de estar. 

- E aí?! Você é a novata, né? – Um cara se aproximou de mim enquanto eu caminhava em direção a cozinha e eu tive de parar para o observar. 

- Sim. – Lhe ofereci um sorriso e ele riu parecendo um bobo. 

- Eu sabia que tinha te visto em algum lugar antes. Deve ser do dia da sua entrevista. Sou James. Vem jogar com a gente. Quem acertar mais copos ganha um prêmio de ano novo. – Falou animado e tentou segurar meu braço. 

- Não, obrigada. Eu estou bem. – O ofereci um sorriso novamente. Ele cheirava a bebida forte e cigarro, mas seu cheiro não era a coisa mais chamativa nele e sim o par de meias totalmente divertida e colorida que não combinava nada com o resto da sua roupa. 

- Tudo bem, novata. Se mudar de ideia, estaremos jogando na sala de jantar. Boa diversão por aí. – Ergueu seu copo no ar e saiu gargalhando. Ele provavelmente já estava bêbado assim como todo o resto do pessoal.

Virei a bebida do meu copo goela a baixo e me arrependi literalmente segundos depois. A bebida não parecia tão atrativa como antes. Tudo parecia cheirar extremamente forte agora e eu me senti tonta por um momento até meu estômago revirar mais forte dessa vez. Eu precisava lavar o rosto. 

Tentei alcançar os banheiros no andar superior da casa. Haviam várias portas e tentei abrir as que me pareciam ser provavelmente um banheiro. Me arrependi de ter aberto a segunda porta do corredor quando tudo o que encontrei por trás da porta foi uma mulher de joelhos na frente de um cara com as calças baixas. Eles nem ao menos perceberem alguém na porta e esperei que realmente estivessem muito bêbados para lembrar disso mais tarde. 

Respirei fundo e agradeci por finalmente ter encontrado o banheiro que procurava depois de abrir a quarta porta. Felizmente a bagunça do andar inferior e o caos das pessoas enlouquecidas durante a festa ainda não havia alcançado esse banheiro. Ele estava limpo e cheirava bem, para a minha sorte. 

Me encarei no espelho por alguns segundos. Pensei em tudo o que estava prestes a acontecer na minha vida. Respire, Lauren. Continue respirando. Tudo vai ficar bem. 

Lembrei o motivo de eu ter comparecido a uma festa que eu não tinha vontade de vir. Taylor e papai acharam que seria bom se eu tentasse me enturmar com as pessoas do trabalho logo para não me sentir tão sozinha na cidade. Tentei conversar com duas mulheres quando cheguei a festa, mas elas só falavam besteira e eu adotei meu copo enquanto observava o resto das pessoas na festa sozinha. 

Tudo girou por um segundo. Eu quis chorar por querer ir embora sabendo que não me restava outro lugar a não ser meu pequeno apartamento do outro lado da cidade. Eu estaria melhor estando sozinha com meus pais e irmãos em uma chamada de vídeo enquanto nós nos desejávamos feliz ano novo, certo? Eu poderia voltar pra casa? Não havia tempo. Isso é a sua nova vida, Lauren. Seja a porcaria de um Jauregui e mantenha a cabeça para o alto. Foi por isso que esteve estudando duro nos últimos anos do ensino médio. 

- Está ocupado? – Alguém perguntou abrindo a porta e enfiando a cabeça para dentro. Ela sorriu e abriu a porta um pouco mais até passar para dentro do banheiro e voltar a fechar a porta novamente. – Eu preciso muito fazer xixi. Obrigada. 

Passou por mim sorrindo e nem ao menos se importou de eu estar ali a observando por breves segundos antes que abaixasse a calcinha para fazer xixi. Eu arregalei os olhos e virei de costas rapidamente enquanto engolia a saliva amarga pela bebida ainda na minha boca. 

- Nossa, isso é muito bom. Eu estava muito apertada e os banheiro lá embaixo estão imundos. Obrigada. – Ela respirou fundo e deixou o ar pesado sair. – Pode se virar. Eu já terminei. 

Virei vagarosamente em sua direção e ela me deu um sorriso divertido. Não era tão mais velha que eu, provavelmente. Tinha olhos chocolates e um cabelo castanho e longo. Os traços latinos em seu rosto não me foram escapados. Ela era linda. Sorri de volta e ela franziu o nariz com um sorriso. 

- As mãos. Não esqueça de lavar as mãos. – Disse à si mesma e balançou as mãos no ar vindo em minha direção. Eu dei dois passos para trás lhe dando espaço em frente a pia. Seus olhos focados nas mãos debaixo da torneira. 

Respirei fundo enquanto meus olhos vagavam pelas suas costas e me deixavam admirar seu corpo sobre um vestido justo preto. Ela usava saltos finos e também escuros. O cabelo caindo em cascata sobre as costas. Meus olhos tiveram de parar segundos a mais sobre sua enorme bunda um pouco antes de ela virar de frente pra mim. As mãos apoiadas na pia atrás dela. 

Subi o olhar para seu rosto e prendi a respiração. Ela gargalhou. Eu ri nervosa. Talvez fosse só o álcool no meu sangue gritando por um pouco de necessidade que ainda havia em mim. Não seja tão gay agora, Lauren. Deus, alguém abra uma janela. Isso parece cada vez mais quente. 

- Você viu o suco de abacaxi lá embaixo? Eu estava procurando em todo lugar, mas não encontrei. Você viu? – Perguntou rápido voltando a se encarar no espelho. Eu me sentindo tonta pelo som da sua voz e seu leve perfume misturado com álcool. 

- Eu não sabia que tinha suco de abacaxi. – Falei tentando não descer meu olhar para seu corpo novamente. 

- Eu também não, mas alguém me disse que tinha no balcão da cozinha. – Pareceu pensativa quando me olhou novamente, dessa vez pelo espelho. Fechou os olhos com força. Balançou a cabeça e respirou fundo. – Vamos ver se encontramos o suco lá embaixo. 

Ela se direcionou a porta do banheiro e quando puxou a maçaneta da porta, ela paralisou. Não pude mais ver seu corpo respirando. Ela moveu os calcanhares vagarosamente na minha direção e um sorriso amarelo em seu rosto me fez quase choramingar. 

- Ops... – Disse ainda sorrindo. A maçaneta da porta em sua mão. Eu posso chorar agora? – Acho que ficamos presas aqui. 

- Não! – Falei rapidamente e me aproximei dela puxando a maçaneta da sua mão e tentando a encaixar de volta a porta para abri-la. A ultima coisa que eu precisava para uma festa de ano novo estranha era ficar presa em um banheiro com uma desconhecida. 

Não tive sucesso algum em conseguir abrir a porta e nenhuma de nós conseguiu gritar alto o suficiente para que alguém viesse abrir a porta para nos salvar. Depois de minutos gritando por ajuda, acabamos desistindo sabendo que ninguém nos ouviria com a música alta. 

- Você parece nervosa. Tem algum problema com lugares fechados? – Ela me perguntou depois de algum tempo. Eu encostada na parede e ela apoiada com as mãos na pia do banheiro. Eu queria meu copo de bebida de volta. 

- Não. Tenho problema em ficar presa em um banheiro com uma desconhecida em uma festa que eu não queria ter vindo durante o último dia do ano. – Falei entre um suspiro cansado. Ela riu. 

- Desculpa pela porta. – A encarei nos olhos. Ela tinha um ar provocativo. Talvez fosse o álcool, pensei novamente. – Você é a nova aqui? 

- Sim. – Respirei fundo. Minhas mãos apertaram a lateral das minhas coxas rapidamente. O frio começou a se tornar presente. 

- Deu pra perceber. Acho que seremos colegas de trabalho então. – Riu outra vez. Seus olhos fixos em mim. Ela parecia um pouco casada. – Vamos lá, me diga suas promessas para o ano novo. 

- Como? – Franzi as sobrancelhas. Ela endireitou a postura como se acordasse um pouco mais agora. 

- Ninguém quis trocar as promessas para o ano novo comigo. Vamos, me diga as suas e eu digo as minhas. – Esperou que eu falasse algo, mas quando eu não o fiz, ela voltou a falar. – Vou falar as minhas primeiro então. Eu prometo não ir dormir tão tarde. Prometo não deixar minha vida seguir somente com o trabalho. Prometo sair mais com meus amigos e estar mais com eles. Prometo... Não comer muita pizza ou qualquer comida genérica em todas as refeições esse ano. Prometo não beber tanto café e... Prometo tentar visitar mais os meus pais. É isso, eu acho. Agora você. 

- Eu não sei o que dizer. – Sorri um pouco nervosa. Ela revirou os olhos enquanto ria. O sorriso dela era lindo. 

- Vamos lá, garota. Eu acabei de confiar em você que dissesse as promessas de ano novo comigo. Agora cumpra. – Falou agora séria. Minha vez de rir. 

- Não prometi nada. – Dei de ombros. Ela jogou a cabeça pra trás e gargalhou. - Okay, eu vou tentar. Eu prometo... Não me importar muito com o que as pessoas falam de mim. Prometo tentar viver esse ano como eu quero e me arriscar mais. Prometo fazer o melhor no meu trabalho e... Prometo me deixar fazer tudo o que eu quero quando eu quero. 

- Aqui vamos nós! – Ela disse alto me fazendo acompanhar seu riso. – Você tem um celular aí? Podemos tirar alguma foto nossa enquanto presas no banheiro antes da virada de ano. 

- Claro. – Sorri não dando importância e não realmente tentando tirar fotos nossas. Me veio a cabeça que poderíamos ter ligado para alguém vir nos tirar daqui, mas uma vez que eu não tinha o número de ninguém da festa, tudo voltou ao zero. 

Ela esperou que eu pegasse o celular, mas quando não o fiz, ela se aproximou rapidamente e levou os braços para trás do meu corpo como se estivesse prestes a me abraçar, mas suas mãos pararam sobre minha bunda. Seu rosto quase colado ao meu. Eu prendi a respiração. Ela alcançou o celular no bolso da minha calça. Gargalhou. Eu engolindo o seco. 

- Vamos tirar algumas fotos. Vem. – Me puxou pra perto e me entregou o celular depois de não o conseguir desbloquear. O deixei livre para ela fazer as fotos. – Chegue mais perto. 

Nós fizemos algumas fotos. Ela fazendo expressões divertidas enquanto eu me senti tímida no início, mas depois de três fotos, parecíamos amigas de longa data. 

Ela me beijou a bochecha entre uma foto e outra. Gargalhamos. Verificou as fotos minutos depois. Apagou as que não havia gostado. Eu encarando seu perfil enquanto ela ainda tinha o olhar fixo a tela do celular. 

Ouvimos alguns gritos. Ela gritou também e a olhei confusa, a contagem regressiva para o ano novo havia se iniciado. Senti meu corpo esquentar e meu ânimo cresceu a um nível desconhecido assistindo seu sorriso. 

10. “Será que fechei a torneira da pia da cozinha direito?” 

9. “Meus pais deveriam estar felizes agora.” 

8. “É só uma festa estranha.” 

7. “Por que diabos ela tem que ser tão bonita?” 

6. “Por que eu tenho que ser tão gay?” 

5. “É apenas o álcool, Lauren.” 

4. “Faça esse ano valer a pena.” 

3. “Eu deveria ter meu copo de volta.” 

2. “Eu vou vomitar.” 

1. “Feliz Ano Novo, Lauren!” 

Os fogos de artifício começaram sua chuva colorida pelo céu de Nova Iorque. Eu fechei os olhos e desejei a mim mesma um feliz ano novo. 

- Feliz ano novo!! – A mulher a minha frente disse e me puxou para um abraço caloroso e animado. 

- Feliz ano novo! – Falei de volta. Ela me se afastou e me segurou pelos ombros. Um sorriso em seus lábios. 

- Sabe o costume do ano novo de Nova Iorque, certo? – Perguntou animada. Eu sorri confusa com sua pergunta. 

- Não? – Sorri mais forte e ela franziu o nariz. 

- Damos um beijo na virada do ano para desejar felicidades. – Se aproximou mais uma vez. Eu vacilei e fiquei séria nervosa com suas palavras. – Vou te beijar agora. 

Então ela me beijou no meio de um banheiro na casa de um desconhecido durante uma festa de fim de ano. Uma desconhecida me beijou e eu me senti perdida e novamente embriagada pelo seu beijo. 

O barulho dos fogos do lado de fora desapareceram. As batidas do meu coração soando alto para os meus ouvidos. O gosto de drink de morango vindo de sua boca. Seus lábios me deixando anestesiada para o mundo a nossa volta. Sua língua me fazendo apagar. Por alguns segundos, ela foi tudo o que eu senti. Talvez não tenha sido uma festa ruim de ano novo. Taylor e papai estavam certos. Pela primeira vez na noite, eu quis estar onde estava. Eu a beijei de volta. Talvez esse fosse ser um bom ano. Senti certa esperança para novas descobertas em seu beijo.



Notas Finais


Não deixem de comentar. Eu quero os sentir presentes desde o primeiro capítulo. Me deixem saber suas expectativas para a histórias, dêem suas sugestões, me digam o que estão achando. Aceito críticas de todos os jeitos e corram para falar comigo no twitter também. Prometo os seguir de volta se vocês vierem me falar que estão vindo de qualquer uma das leituras das fanfics aqui. @27_dragonfly
Espero que estejam bem!
Se cuidem.
2bjos!!💋
Emma


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