História Distância Calorosa - Confusão Tortura.

Lucy

 Agora são sete e meia, eu Natsu e Cana estamos indo para casa, e o silencio tomou conta do ambiente. Natsu dormia, e segurava minha mão com força e Cana dirigia sem falar nada.

- Cana, o que vai acontecer comigo? – perguntei.

- Essa sexta, você vai remover o tumor – ela respondeu – Seu pai virá sábado, para acompanhar sua recuperação, entre outras coisas...

- Meu pai vem? – perguntei animada, estou com tanta saudade dele!

- Sim, ele vem! – ela falou.

- Vai demorar muito, sabe... para eu me recuperar? – perguntei.

- Não, não muito... você pode ficar com dores de cabeça, cólicas e ânsias de vômitos por uns 4 ou 5 dias. Mas depois, você irá voltar ao normal... – ela respondeu, suspirei aliviada.

- Será que eu vou poder viajar com a Levy? Sabe, sem ser esse sábado, o outro, meu pai estava pensando sobre deixar eu viajar com ela! – falei – Falando nela, tenho que conta para ela sobre isso...

- Sim... – ela falou – Tadinho do Natsu...

- Por que? – perguntei.

- Ele ficou desesperado ontem, eu nunca vi uma pessoa daquele jeito... – ela falou – Sabe, você ficou seis horas apagada lá no pronto-socorro, eu dormi quatro horas lá, mas ele não... ele não dormiu nenhum minuto – ela falou.

- Natsu... – pensei olhando para o mesmo que dormia tranquilamente.

- Me pergunto o quanto esse garoto gosta de você... – Cana falou, e eu sorri.

- Eu gosto muito dele... – falei rindo fraco.

Se passou uma hora, e chegamos em casa. Virgo estava lá, quando me viu chorou e me deu um abraço apertado. Ela havia feito uma grande mesa de café, e todos nós comemos, e quando era mais ou menos 13h, Virgo e Cana foram embora, e eu e o Natsu fomos ver TV.

- Natsu. – o chamei – Posso lhe perguntar uma coisa?

- Sim. – ele falou ainda olhando para a TV.

 Ele estava em um canto do sofá, e eu em outro, e nós dividíamos um cobertor.

- Quando você vai embora? – perguntei.

- Sábado, por que?

- Eu vou fazer a cirurgia sexta, então... – falei e ele deu um suspiro.

- Caramba Luce, que loucura... – ele falou dando um sorriso triste.

- Sim... mas, você se preocupou comigo? – perguntei.

- Como assim?

- Quando eu desmaiei, e tals...

- Eu fiquei sem chão na hora! Fiquei desesperado, foi loucura, sabe? – ele falou e eu assenti com a cabeça.

- A Cana falou uma coisa lá no carro, ela disse “Me pergunto o quanto esse garoto gosta de você” – falei, e Natsu ficou um pouco vermelho – O quando você gosta de mim? Afinal, por que ficou tão preocupado comigo?

- Bem, sei lá. Você é minha melhor amiga, você é especial pra mim... muito mesmo. – ele falou, cheguei perto dele e o abracei.

- Você também é especial pra mim. – falei sorrindo – Mas... O quanto você gosta de mim?

- Enrrr, como explicar? – ele falou fazendo uma careta e eu ri.

- Com palavras, com atos... – falei e ele riu.

- Se você disser o quanto me ama com palavras, eu faço o mesmo, sim? – ele falou.

- Certo! – falei me levantando do sofá, e quando eu ia falar ele me interrompeu.

- Espera, vamos fazer um jogo? – ele falou.

- Que tipo de jogo? – perguntei.

- Vai ser assim, cada um vai escolher uma palavra para descrever o amor pelo outro, e depois, explicar o porquê é essa palavra. – ele falou e eu fiz uma cara desentendida – Por exemplo, se eu definir meu amor por você com a palavra feijão, eu vou ter que explicar o porquê o meu amor por você é definido pela palavra feijão, entendeu?

- Ah entendi! – falei animada.

- Você começa! – ele falou e eu assenti.

- Posso adicionar algo no jogo? – perguntei e ele assentiu – Nós também temos que adicionar, uma música. Por exemplo, eu adiciono a música Macarena, então quer dizer que quando eu ouço a música Macarena, eu penso em você. E-Entendeu?

- Sim, gostei... – ele falou e eu sorri – Começa.

Peguei meu celular, o conectei na caixa de som, bem baixinho. Natsu desligou a TV, se sentou no sofá.

- A música que eu ouço pensando em você é essa... – falei colocando a música: Today – Willamette Stone. Natsu abriu um sorriso largo, e coçou sua nuca.

Ele parecia envergonhado.

- Today Lucy? Mas essa música é linda.... – ele falou e eu sorri.

- Eu só penso em você quando ouço ela. – falei e ele riu.

- Ok, começa. – ele falou e eu assenti.

- A palavra que define meu amor por você, é confusão. Eu escolho a palavra confusão, pois tudo o que fizemos juntos, é tão confuso pra mim... é diferente, sabe.... Nunca pensei que eu viraria a noite com um garoto de cabelos rosas, um lindo garoto de cabelos rosas – falei vendo o mesmo corar um pouquinho – Nunca pensei que eu tomaria café naquela padaria acompanhada, ou que alguém faria eu sentir coisas tão... sabe, confusas! Aquelas famosas borboletas no estomago quando você me elogia, aquele arrepio quando você fala que me ama, é tudo tão confuso, tão novo, tão gostoso! Puxa, ninguém nunca chorou por minha causa como você chorou. É confuso ser tão feliz com você, você foi comigo no meu evento favorito, você me acalmou em um momento constrangedor e assustador! – ele riu.

- Nem fala sobre aquela noite no armário! – ele falou e eu ri.

- Eu nunca me senti tão segura nos braços de alguém, eu nunca me senti livre, e você... você mudou minha vida, completamente, eu comecei a me amar por sua causa, eu lhe amo tanto que eu não posso expressar em palavras, só sei que é uma confusão! Meu coração enlouquece quando estou com você! Você sabe, eu te amo! Eu.... eu só quero ficar do seu lado, para sempre.... pra sempre mesmo... Até ficarmos velhinhos... – ri fraco – Talvez... talvez eu te ame mais do que eu mesma sei, se é que me entende – ele ficou surpreso, desviei o olhar – Eu não tenho mais medo, eu não tenho medo de te abraçar, ou de dizer que eu te amo, eu não tenho medo de lhe dar um beijo no rosto, eu não tenho medo de expressar meu amor por você, eu não tenho medo de me irritar com você, Natsu eu não tenho medo! Pela primeira vez, eu sinto que não sou um incomodo, sabe? – falei voltando o olhar – Talvez eu esteja apaixonada por você, quem sabe? Eu não sei, é confuso... sabe, confusão... – falei toda enrolada, falei besteira.... – Acho que eu não devia falar isso, mas...

- Não, tudo bem. – ele falou e eu olhei para o chão – Agora é a minha vez tá?

- Tá... – falei saindo do meio da sala, tirando o meu celular do som, e me sentei no sofá.

- Ok... isso foi... – ele falou dando uma risada – Foi muito, muito bom de se ouvir Lucy, eu amei...

- C-Certo... – falei sorrindo e o mesmo ainda sorria como um bobo, colocou a música dele.

- A música que eu ouço pensando em você é essa. Tear in my heart – Twenty One Pilots.

- Essa música é perfeita... – falei e ele riu.

- Assim como você. – ele falou deixando-me meio corada.

- Comece!

- A palavra que define meu amor por você é tortura. É tortura, por que eu fico com vontade de te beijar toda vez que eu olho para os seus lábios, eles parecem ter um gosto incrível. E também por que eu queria deixar várias marcas nessa sua pele pálida, que é um dos seus maiores charmes. Também tem o fato, de que a sua voz é tão gostosa de se ouvir que eu queria ouvi-la falar as maiores sacanagens do mundo, e também as coisas mais doces. Quando eu olho nos seus olhos eu sinto que meu coração derrete, e que todos meus problemas vão embora. Eu amo o fato de você ser uma garota tão boa, você cuida de todos tão bem, e além de tudo, você não guarda rancor de ninguém. Eu amo quando você me olha com o seu jeitinho fofo, quando me dá bronca, quando você sorri para mim. O seu sorriso é uma das coisas mais lindas que eu já vi. Além de que quando você fica com vergonha, eu tenho a maior vontade de falar coisas piores só para ver esse seu rosto vermelho. Eu amo quando você me dá a língua, ou quando faz biquinho. Quando faz isso eu quero te beijar loucamente. É tortura por que eu te quero de todas as formas e sentidos, mas eu não posso por que somos melhores amigos. Tenho medo de dizer como eu realmente me sinto, por que... por que eu não quero lhe perder. Você se tornou a coisa mais importante para mim em questão de segundos. Eu já te amava incondicionalmente quando nós éramos amigos apenas por distancia, e quando eu te vi. Lucy eu sabia que era você. Eu me apaixonei por você tão rápido... – ele deu um suspiro, e depois ficou completamente vermelho – Caramba, que vergonha...

- Natsu, eu...

...