História Distância Calorosa - Darling, I need your love.

Natsu

- Não gosta dessa música ou está de mal humor? – Laura disse e eu suspirei – Qual é, vamos beber!

- Laura, por favor. Saí do meu pé! – falei e ela estalou a língua – É sério, eu tenho namorada... você está começando a me irritar!

- Ela não está aqui, está? – ela falou chegando perto de mim, e eu me levantei do sofá que estávamos sentados.

- Se alguém perguntar, diga que eu fui embora – falei saindo, ela me chamou mais algumas vezes, mas eu ignorei. Olhei para o relógio vendo que já era uma e meia da manhã. Essa festa foi para parabenizar a vitória das meninas do vôlei. No começo a festa foi legal, mas depois ficou um saco, pois Laura ficou me arrastando para todos os lugares e eu não estava conseguindo dar um fora nela – estava com pena – mas no fim, acabei dando um baita de um fora. Eu não estava aguentando mais, o gosto do Ice na minha boca me lembrava de Luce. Lambi e mordi meus próprios lábios observando a foto dela de lingerie no meu celular, e depois bloqueei a tela e me sentei na calçada. Respirei fundo e pus as mãos no meu rosto tentando me acalmar. Eu to elétrico, eu quero ela, eu quero levar ela para a minha cama e fazê-la minha agora! Me deitei na calçada e dei um suspiro longo sentindo meu coração pular, e algo no meio das minhas pernas ganhar vida. Não aguentei, liguei para ela, queria ouvir a voz dela, não me importa se ela está dormindo ou algo do tipo. Vou ficar sem falar com ela a partir de amanhã por que ela viajará com a Levy.

Lucy: Oi? – ouvi a voz dela meio rouca.

Natsu: Luce. Te acordei?

Lucy: Na verdade sim, hehehe..., mas tudo bem, gostei de ouvir tua voz – ela disse fazendo meu coração delirar.

Natsu: Não consigo parar de pensar em você...

Lucy: Sério? Eu fico assim o dia inteiro.

Natsu: Lucy eu quero tanto lhe beijar, eu quero te morder toda... eu quero você...

Lucy: Natsu....

Natsu: Luce, eu bebi uma garrafa de ice... eu estou tão atiçado, te quero tanto...

Lucy: Atiçado é? Atiçado pelo que? – ela parecia nervosa, talvez fosse ciúmes.

Natsu: Pelo teu corpo... eu quero o seu, eu só tenho olhos para o seu....

Lucy: Meu corpo...?

Natsu: É. Seu corpo...

Lucy: Então... me faça sua da próxima vez – ela sussurrou deixando-me sem chão. A Lucy dizendo coisas do tipo? É hoje que eu morro de saudade!

Natsu: Se permitir, eu te faço minha no banheiro de um shopping... – ela deu risada.

Lucy: No banheiro de um shopping?

Natsu: Sei lá, imagina nós dois em um cinema...

Lucy: Continua.

Natsu: E se o filme começasse a passar umas besteiras... e eu ficasse com tanta vontade de ter você, que lhe levaria para o banheiro...

Lucy: Hum... você pensa em umas coisas meio loucas...

Natsu: Pois é.

Lucy: Mas eu até que gosto – ela deu uma risadinha – Também tenho tido esse tipo de saudade...

Natsu: Tem sentido, é? – falei mordendo meu lábio, eu estava adorando ouvir essas coisas dela.

Lucy: É, é um sentimento bom, mas ruim...

Natsu: Do que sente falta?

Lucy: Da sua boca – senti um arrepio – Do seu beijo, das suas mãos, do seu cheiro...

Natsu: Das minhas mãos...?

Lucy: Suas mãos. Você sabe usá-las, sabia?

Natsu: Ah, Lucy... você vai me enlouquecer....

Lucy: Espero que isso seja bom.

Natsu: Como você mesma disse, é bom, porém é ruim...

Lucy: Você ficaria menos atiçado se eu falasse mais...? – ela disse com uma voz rouca e muito sexy.

Natsu: Com certeza, me acalmaria bastante...

Lucy: Então... sabe quando eu cheguei em casa ontem e vi a carta e a camisa que deixou aqui?

Natsu: Hum?

Lucy: Tem uma coisa que eu não contei...

Natsu: O que?

Lucy: Ah, sei lá, quando eu senti o cheiro da sua camisa, fiquei com uma vontade louca de te beijar... te beijar no pescoço, por que você sempre suspira quando eu o faço, e quando você suspira, eu fico tão...

Natsu: Tão?

Lucy: Sei lá, não sei dizer, eu fico me sentindo especial, e fico com vontade de fazer mais e mais, para lhe ouvir suspirar mais... – quando ela terminou, já havia uma coisa muito saltitante no meio das minhas pernas.

Natsu: Luce você não me acalmou, você me atiçou muito mais...

Lucy: Ah... é mesmo? – ela disse, parecia debochada.

Natsu: Você não está me provocando, está? – ela riu.

Lucy: Eu não sei, eu gosto de falar esse tipo de coisa, mas apenas contigo...

Natsu: Eu gosto de ouvir esse tipo de coisa de você.

Lucy: Natsu...

Natsu: Sim?

Lucy: Eu te amo demais...

Natsu: Eu também! – praticamente gritei e ela começou a rir – Pensa em um garoto com um cabelo rosa bagunçado, jogado na calçada enquanto fala no celular? Sou eu!

Lucy: Hahaha, está em uma calçada?

Natsu: Sim...

Lucy: Eu estou na casa da Levy-chan, vamos viajar amanhã ás sete...

Natsu: Você quer voltar a dormir?

Lucy: Não, não... você me despertou, não vou conseguir voltar a dormir.

Natsu: Hoje faz uma semana que a gente não se vê...

Lucy: Parece que faz anos!

Natsu: Pois é, isso é deprimente...

Lucy: Toda música que eu escuto me lembro de você, é chato!

Natsu: Nossa, é chato pensar em mim então?

Lucy: Quando eu não posso te ver, é chato sim...

Natsu: Eu te entendo... eu to sempre pensando em ti, e em várias outras coisas...

Lucy: Quando acabar a escola moraremos juntos, não é? – ela disse, sorri com isso.

Natsu: É claro que sim... e teremos filhos!

Lucy: Quantos?

Natsu: Trinta e dois!

Lucy: Hahahaha, eu não aguento isso!

Natsu: Ok, então... dois!

Lucy: Aí sim... – ela riu.

Natsu: Vou fazer morango com doce todas as sextas para você.

Lucy: Eu vou cozinhar para você todas os dias...

Natsu: Nossa, eu vou te beijar o dia inteiro! – falei e depois comecei a ficar triste.

Lucy: Nós vamos ficar juntos para sempre, promete?

Natsu: Prometo... e você? Promete?

Lucy: Com certeza, prometo.

Natsu: E nós vamos nos casar!

Lucy: Você vai querer casar comigo?

Natsu: Sim, o mais rápido possível!

Lucy: Não sei o que eu fiz para merecer alguém tão incrível como você, Natsu...

Natsu: Essa fala é minha... você deu tanta cor a minha vida Lucy...

Lucy: Você é incrível...

Natsu: Não, você que é....

Lucy: Minha bochecha está doendo...

Natsu: Por que?

Lucy: Não to conseguindo parar de sorrir...

Natsu: Já são duas e meia...

Lucy: Você está na calçada a uma hora? Saia daí agora! Tem que ir para casa!

Natsu: Eu estou na calçada da minha casa, é que meu pai ta acordado, então prefiro ficar aqui...

Lucy: Podemos entrar no Skype?

Natsu: Me liga aí...

Lucy: Ok...

 Lucy desligou o telefone e me ligou no Skype, e de primeira a vi em um banheiro, de pijama. Só dava para ver da clavícula dela para cima, e seus olhos estavam inchados de sono e isso a deixava muito, muito bonita.

- Você está linda – falei sorrindo e ela riu envergonhada.

- Estou dentro do banheiro – ela disse rindo, e se sentou no chão – Lord está quente esses dias, eu estou suando aqui, daqui a pouco vou tomar um banho...

- Em Magnólia tá meio frio, mas semana que vem eu vou para um evento anual e tal, mas eu não to muito afim de ir... – falei desanimado – Mas e aí? E a viajem com a Levy?

- Os avós dela tem um tipo de acampamento, a Levy-chan me disse que é bem legal – ela disse animada – Eu quero muito ir! Mas três dias de viajem... três dias sem você...

- Nem fala se não eu vou chorar – falei e ela deu uma risadinha – Eu quero que você se divirta muito, está bem?

- Está bem – ela disse corada – Eu sou muito corajosa para deixar você me olhar quando estou horrível assim...

- Você está linda – falei, era verdade, Lucy estava linda, ela sempre está.

- Tá, vou fingir que acredito – ela disse e eu bufei – Você tá muito gato... – ela falou forçando os olhos – Nossa, você fica bem de preto... essa jaqueta é de couro? Ficou bonita em você...

- Sério? – falei me olhando – Ah, é de couro sim, o Jellal que me deu...

- Muitas meninas chegam em você? – ela disse e eu fiz uma cara emburrada.

- Lucy... – a repreendi.

- Tudo bem, não vou desconfiar de ti... – ela disse e eu suspirei.

- Sei lá, umas quinze por noite – falei coçando a nunca e ela riu pelo nariz – O que?

- É que você é lindo pra caramba – ela falou rindo – Gosto do fato de você ser todo meu...

- Pode ter certeza que sou – falei sorrindo e ela riu – Você também... é um pedaço de mal caminho, eu sou completamente apaixonado pelo seu rosto, dês de que eu te vi pela primeira vez... Lucy, você nunca perde a graça...

- Apaixonado pelo meu rosto? – ela disse com o rosto vermelho.

- Sim, seu rosto, seu cabelo – falei e ela riu envergonhada – Na verdade, sou completamente apaixonado por você.

- Eu também sou apaixonada por você – ela disse – Sabe, eu sempre senti alguma coisa por você, lembra quando me ligou e eu estava no banheiro? Da primeira vez, a primeira ligação....

- Aham...

- Sei lá, eu senti algo por você naquele dia, e a cada noite que conversávamos eu sentia mais e mais, mas eu sempre privava o sentimento – ela disse dando um sorriso triste – Eu sempre pensei que um garoto como você nunca iria querer ficar com uma garota como eu, eu era muito sem graça, sem cor e você sempre foi tão engraçado e tudo.... Quando saiu daquela caixa, eu tinha certeza que lhe amava, mas mesmo assim, meu coração dizia para eu esconder isso de você e de mim mesma, por que não iria rolar – dei um suspiro, ela pensava errado, muito errado – Quando você me elogiava, ou me dava uns carinhos, eu pensava que era normal entre amigos, então nunca pensei que você pudesse me amar daquele jeito, então nunca desconfiei de nada.

- Você é bem lerda – falei dando um sorriso e ela deu risada.

- E quando a gente jogou aquele jogo de confissão, eu senti que podia falar tudo e eu acabei descobrindo que eu estava mesmo apaixonada por você, e eu nem sabia! – ela disse rindo e eu senti minha boca tremer, eu sou tão feliz por ter alguém como ela... – E quando você contou que me amava, eu fiquei meio boba, e eu fiquei mais lerda que o normal – ela riu – Eu não sabia se era verdade, sei lá você disse que queria me beijar e deixar marcas pelo meu corpo e eu fiquei tão boba ouvindo aquelas coisas, e quando a gente se beijou no sofá, eu fiquei pensando que se eu soubesse que beijar você seria tão bom, teria o beijando antes!

- Seu primeiro beijo foi comigo, não? – falei e ela assentiu envergonhada e toda sorridente – Você beija bem demais para uma iniciante!

- Sério? – ela disse e eu assenti – Quando nós iremos nos ver de novo?

- Provavelmente em novembro... no meu aniversário – falei triste e ela suspirou.

- Poderíamos nos ver antes se você deixasse – ela disse e eu dei um suspiro.

- Eu tenho medo Luce – falei sério.

- Mas você não me quer? Não quer me tocar o quanto antes? – ela disse fazendo uma voz provocativa e eu senti algo pulsar – pela decima vez essa noite – lá em baixo – Ah, amor, deixa eu matar a nossa saudade...

- Luce não faça isso comigo – falei dando um suspiro.

- Se eu for sem sua permissão você me perdoa? – ela disse.

- Não... – falei e ela estalou a língua.

- Então eu vou te convencer – ela disse – Eu vou fazer com que você queira que eu vá...

- Eu já quero que você venha – falei – Eu só tenho medo Lucy, por favor, me entenda.

- Hum, então tá – ela disse e eu suspirei mordendo meu lábio – O que?

- Fiquei com vontade de transar com você agora – falei e ela me olhou com os olhos arregalados e eu senti minhas bochechas esquentarem – Desculpa... saiu sem querer.

- Não... é que... – ela falou dando uma risadinha – Eu também tenho tido vontade de transar com você – ela falou me impressionando.

- É sério?

- Aham – ela disse olhando para um canto – Nunca me senti assim, é horrível – ela disse e eu ri, é verdade. Querer transar com alguém que mora longe é um dos piores sentimentos do mundo.

- É uma merda – falei e ela riu – Tem pensando nessas coisas?

- Sim, é bem novo pra mim – ela falou com as bochechas vermelhas – Eu pensei muito, por que... sei lá, quando formos fazer eu quero fazer direito – ela disse e eu sorri, Lucy era incrível.

- Nós vamos – falei e ela sorriu.

- Natsu, entre! Vai dormir! – meu pai gritou de dentro de casa.

- Vai lá – Lucy disse e eu assenti com a cabeça.

- Boa noite, eu te amo – falei e ela riu.

- Também te amo.

(...)