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História Distinto - Confidência.


Escrita por: coldweather

Capítulo 4 - Confidência.


Apresentar trabalho sempre foi uma das coisas que eu mais gostava de fazer. Sentia que tinha certo controle estando na frente da sala, explicando tudo o que sabia com a maior calma e paciência possível. Talvez até tivesse dom para ser professor, entretanto estava mais do que satisfeito com o meu curso. Os alunos aplaudiram assim que terminei de explicar a minha parte do trabalho, enquanto Sehun soltou um suspiro aliviado por finalmente deixar de ser o centro das atenções. Ao voltarmos para os nossos lugares, ele meneou a cabeça, me olhando decepcionado.

— Apresentação é uma tortura. Eu não expliquei tudo o que queria explicar, esqueci boa parte também, mesmo tendo estudado muito. Todo mundo me olhando... Nossa, cara. Isso é terrível.

— Calma, acho que a professora não vai descontar muitos pontos do nosso trabalho.

— Mas é claro que não! – Ele deu um tapa fraco na mesa enquanto outra dupla estava se organizando para mais uma apresentação. — Como sempre você conseguiu salvar tudo, deveria até ser palestrante! Você de terninho e gravata... – colocou a mão na frente da boca para prender um riso exagerado.

— Qual é, ficaria irresistível...

— Vai nessa, iludido... Cara, hoje é sexta... Vamos fazer algo? – perguntou, passando as palmas das mãos na calça para se livrar do suor. — Preciso me distrair um pouco. 

— Sehun...

— Sem desculpas, cara. Você nem sai de casa mais, isso não está certo... Vive como se fosse um idoso já.

Ah, se ele soubesse da verdade...

— Realmente não vai dar, não estou com clima para sair...

— Qual é, Chanyeol! E desde quando é preciso estar “com clima” para virar algumas cervejas? Eu arrumei um emprego no bar da esquina de casa porque estava cansado de receber apenas mesadas, e aí eu tenho alguns privilégios no trabalho... Topa?

— Não, não vai rolar...

Sehun era muito persistente. Eu não fazia ideia se isso era um defeito ou uma qualidade, mas era extremamente irritante. Não bastava lhe dizer “não”, ele sempre tentaria me convencer de qualquer forma possível, e justamente por isso, segurou a minha mão – que ainda permanecia suada, o que me fez torcer o nariz – e olhou fixamente para os meus olhos como se apetecesse se comunicar com o meu interior. Não era a primeira vez que utilizava essa técnica ridícula, mas dessa vez, realmente não funcionara comigo, o que acabou lhe deixando frustrado.  

— Você é o líder dos péssimos amigos. - Me deu um cutucão no ombro, olhando para frente a fim de prestar atenção na apresentação do grupo.

Sehun não tinha interesse em ninguém da faculdade, o que tirava as minhas chances de lhe aconselhar a chamar alguém para sair. A meu ver, ele não tinha muita paciência para nutrir relacionamentos já que realmente é imprescindível uma boa dose de tranquilidade e compreensão, e ele não era a pessoa mais paciente do universo e também não fazia o tipo de que se apegava de verdade.

Sehun era alguém muito independente, costumava dizer que a liberdade interior era algo extraordinariamente precioso do qual não trocaria por absolutamente nada nesse mundo. Ele sabia que arrancava suspiros por aí já que chamava muita atenção devido as suas feições definidas, mas não era algo que lhe fazia se gabar e nem ao menos tirar proveito. Um dia qualquer, ele me revelou que se apaixonar era perda de tempo. Eu não concordava com isso.  

Se apaixonar sempre fora algo belo. Ao contrário de Sehun, eu tinha sim tranquilidade e compreensão para me relacionar. Sempre me pareceu uma boa ideia entregar-me e dedicar-me inteiramente para só uma pessoa. Eu não tinha um histórico enorme de relacionamentos, em toda a minha vida, namorei três garotas e nenhuma das vezes o relacionamento fluiu como eu gostaria que fluísse. Exatamente por isso, cheguei à conclusão de que estava fora de sintonia com o mundo ou com as pessoas. Após os términos, essa concepção me incomodava bastante, mas sempre acabava superando e ainda acreditava no amor.

No intervalo, Sehun ficou reclamando sobre os seus pais estarem passando por uma crise da qual ele denominava de “velharias”. No caso, seus pais se recordavam do que passaram e dos péssimos momentos e simplesmente discutiam por isso. Sehun confessou estar pensando em alugar um apartamento já que agora tinha começado a trabalhar, pois não aguentava mais dormir ao som de gritos e ofensas.

— Acho que chega numa fase do casamento onde você precisa arrumar alguma confusão só para o tédio não se acomodar, e isso é um saco. – Eu me sentei no banco e ele se jogou ao meu lado com as sobrancelhas juntas. — Sabe, cara... Você tem sorte. Pelo o que eu já vi, seus pais são demais.

— Eles são. Na verdade somos próximos. Algumas coisas me incomodam, mas acho que isso é normal, deve acontecer com qualquer filho.

— Tipo o quê? – indagou curioso.

— Quando julgam Baekhyun, por exemplo.

Era estranho dizer o nome de Baekhyun em voz alta, apesar de amar a sonoridade, era como se eu estivesse lhe expondo mais do que deveria. Sehun era meu amigo e tinha opiniões parecidas com as minhas, então não compreendia muito bem o motivo dessa sensação. Talvez porque, sentia que estávamos criando algo bonito juntos e eu não tinha permissão de revelar absolutamente nada. Era confuso, apenas.

Sehun assentiu, e partilhamos um silêncio duradouro, onde somente observávamos os alunos. Peguei-me pensando em como seria extraordinário se Baekhyun cursasse o mesmo curso que o meu, porém almejar que as coisas fossem diferentes não me faria de fato mudar a situação como gostaria. Eu apenas permaneceria sendo forte, sendo o apoio daquele garoto que simplesmente mexia comigo – e não era pouco. Ainda ansiava que nossos lábios se encontrassem como no sonho que tivera.

— Pensando nele? – Sehun me olhava ainda mais próximo, carregando certo ar de acusação no semblante.

— Eu? Ah, sim. Quer dizer, eu... Acho tão injusto.

— Sem sombra de dúvidas é algo terrivelmente injusto, mas você estava sorrindo, Chanyeol... Sorrir ao pensar em uma injustiça é bem estranho, não acha?

— Eu não estava sorrindo. – fingi estar entretido com qualquer coisa, inclusive, nunca me pareceu tão interessante analisar as linhas da palma da mão. Aproximei-a do meu rosto, olhando com atenção justamente a linha do meio quando muito repentinamente, Sehun deu-me um tapa no pulso, o que me fez bater com a mão no meio do rosto. Escutei sua risada escandalosa no segundo seguinte e então, me deu um cutucão no ombro.

— Claro que você estava sorrindo, e eu quero saber o que isso significa...

Pensar em Baekhyun parecia deixar-me inteiramente mais leve, como se estivesse livre das obrigações diárias, como se as coisas finalmente fizessem sentido, mesmo que ainda não soubesse decodificar os fatos. Meus olhos se fecharam por um segundo quando me encolhi no meu casaco, embora o sol permanecesse brilhando com timidez, o frio ainda se fazia presente. Recordei-me da ligação na noite anterior e não sorri com os lábios somente, mas com o interior também.

— Nem eu sei o que isso significa... – rebati.  

No entanto, talvez eu soubesse sim.

 

 

Baekhyun estava desatento quando me aproximei, nem ao menos escutou os meus passos e só percebeu que estava acompanhado quando me sentei ao seu lado. No momento exato, direcionou-me um sorriso de canto. Ele brincava com as pedrinhas, talvez na intenção de que o tempo passasse mais rápido. Eu estava com certo receio de estar lhe incomodando por simplesmente não conseguir mais ficar longe dele. Era como se meu dia ficasse absolutamente incompleto se não estivesse próximo de si, se não visse o quanto seus olhos flamejavam e pareciam dialogar com o meu âmago, já que sempre me sentia eufórico demais. Porém, fiquei mais aliviado quando seu semblante se abrandou, evidenciando que a minha presença era mais do que bem-vinda.

— Eu estava pensando em você. – Ele me confessou de modo repentino, fazendo o meu mundo desandar. — Estou sentindo um pouco de frio e seus abraços me aliviam.

Mais do que imediatamente, lhe abracei. Eu não escutei mais nada, apenas senti meu coração começar a palpitar de uma forma desenfreada. Um cheiro desigual estava impregnado em seus cabelos. Cigarro. O apertei mais firme, as laterais das nossas pernas se encostaram e um choque repentino atravessou o meu corpo por conta do contato, até que senti algo úmido em meu pescoço. Baekhyun começara a chorar. Comprimi meus lábios com força e juntei as sobrancelhas quando as lágrimas começaram a cair em minha pele. A cada lágrima derramada era como se estivesse me espetando, tamanha dor que o seu sofrimento causava em mim.

— Baekhyun... Não chore... – puxei todo o ar para os meus pulmões, sentindo um reboliço no meio do estômago. Cerrei as pálpebras e mordi o lábio com força. Era extremamente doloroso vê-lo dessa forma, nada parecia machucar-me mais do que ouvir seus soluços. — Você não está só. Quero que saiba que a sua dor, é a minha dor. Quando você sofre, eu também sofro. Me machuca. Me machuca muito, você nem faz ideia. 

— Eu não quero que você sinta dor, Chanyeol. Eu só ando precisando me aliviar um pouco, sabe? Cansei de ser forte, de fingir que isso não me humilha, fingir que nada me atinge... Eu também sou humano. – desenterrou a cabeça de meu peito, olhando para mim. Seus olhos banhados por desesperança. Ele estava desmoronando em minha frente mais uma vez e isso era horrível. — Olha só o que o último cliente fez comigo! - Baekhyun se afastou um pouco e subiu a manga de seu casaco.

Desejei não ter visto marcas terríveis em sua pele, alguém tinha encostado a ponta do cigarro em seus braços. Também havia arranhões pavorosos, feitos com intensa brutalidade. Desejei não ter visto a sua expressão perdida e desiludida. Mas eu vi. Porque o mundo era cruel, pessoas maltratavam as outras e não se importavam com as dores que poderiam causar. Baekhyun nunca me pareceu tão frágil, estilhaçado e magoado. Cuidadosamente, segurei a barra da manga de seu casaco e puxei para baixo, cobrindo aquela visão que me fez ter vontade de espancar o indivíduo abominável que fizera aquilo. Logo depois, firmei o seu rosto com as minhas mãos, tendo toda a sua atenção para mim.

Você acabou se tornando especial demais para mim, pequeno. – disse, olhando-o fixamente.

— Não me deixe não... Não me deixe nunca. – fora quase uma súplica.

— Não vou deixar. – confirmei.

Baekhyun havia tomado a iniciativa de me abraçar, e fez isso de uma maneira tão forte, tão intensa que era como se cobiçasse absorver todo o calor do meu corpo e adquirir para si a segurança que sentia em mim. Aquela rua solitária de repente havia se tornado pequena demais. Alguns sentimentos transbordavam em meu interior, era um aglomerado abstruso, onde acabava perdendo-me entre eles. Mais uma vez, ele olhou para mim ao findar aquele aperto e limpou o rosto. Visivelmente, Baekhyun odiava mostrar-se chorando, demonstrar que padecia não era algo que lhe deixava à vontade, mesmo estando comigo. Ele soltou um longo suspiro fitando o asfalto, esperando que a respiração se regularizasse. Eu fiquei ali, observando silenciosamente cada detalhe de si, e pensando em como tudo estava errado.

— Posso te pedir algo? – indaguei e ele assentiu. — Não quero que faça mais programas por hoje. Vamos sair daqui, esquecer de tudo isso por um tempo? Você já passou por muita coisa, precisa descansar...

Ele se levantou, limpando a parte de trás da roupa, olhando ao redor para averiguar se não havia ninguém por perto. Levantei logo em seguida, um pouco menos receoso. Sentia-me diferente, meu corpo pesava um pouco. Era como se tivesse conseguido compreender a fundo o que Baekhyun carregava consigo o tempo inteiro. Ele virou para mim, os olhos ainda revoltos como um mar após uma tempestade.

— Eu tenho medo de sair com você por aí, de andar ao seu lado na rua. Medo de que façam algo com você por estar perto de mim. – confessou muito baixo, como se estivesse com receio de revelar o que pensava.

— Chega uma hora que você precisa se arriscar. E a partir de hoje, farei isso, Baekhyun. Vou me arriscar por você.

Segurei a sua mão e nossos dedos se encaixaram quase que no mesmo momento, e assim, começamos a andar. Tinha a sensação de que tudo havia se tornado mais leve, inclusive, Baekhyun estava com um sorriso no rosto enquanto caminhávamos. Eu sabia que se sentia protegido perto de mim, pois nossas mãos unidas demonstravam claramente a afeição e segurança. E talvez, ele soubesse que quando eu estava perto de si, tornava-me imune a qualquer sentimento desagradável, porque também me permiti sorrir de verdade, com o coração.

Nós peregrinamos pelas ruas bem iluminadas sem trocarmos nenhuma palavra. Não sabia se andar completamente mudo fazia parte de suas manias, porém esse pequeno detalhe realmente me agradava. Era como se o silêncio fosse testemunha do que estava acontecendo entre nós dois. Muitas vezes, ele deixava os lábios entreabertos porque gostava de notar o vapor se esquivando rapidamente de seus lábios, e eu assistia tudo atentamente. Não demorou muito para que sentisse seus dedos se comprimirem nas costas da minha mão quando passamos por uma rua movimentada, e foi justamente nesse momento que comecei a perceber que para Baekhyun, era um desafio andar por aí, sabendo que a qualquer instante, algum grupo poderia lhe cercar e começar a lhe bater.

— Calma... – falei baixinho assim que subimos na calçada. — Nada vai lhe acontecer, eu estou aqui, lembra?

Ele assentiu minimamente com a cabeça, ainda pressionando os dedos em minha mão. Continuamos andando, apesar de perceber que ele continuava em estado de alerta, olhando para os lados quando achava necessário. Por mais que tentasse passar a imagem de alguém que não se abalava, lembrei-me perfeitamente quando o encontrei ainda machucado. Ele havia dito que não poderia parar a sua vida por conta das pessoas do nosso bairro, entretanto de qualquer forma, a sua mudança de comportamento era bem notável. Ele sentia tristeza e medo, como se fosse ser atacado a qualquer segundo. Sibilei outro “calma” e ele respirou fundo, fechando os olhos rapidamente e permaneceu dessa maneira até pararmos em frente a sua casa. 

— Chegamos... – Ele disse, encostando-se na porta de sua casa com um sorriso mais suavizado, nossas mãos ainda permaneciam unidas. Fiquei lhe encarando e só percebi que perdi a noção dos segundos quando ele sentiu a necessidade de olhar para baixo, mostrando-se acanhado por conta da minha ação. 

— Ei... – quebrei o silêncio e ele tornou a me fitar com as bochechas um tanto rubras. Achei isso amável demais, e sem refletir muito, avancei um passo para frente na intenção de ficarmos próximos. E bem, isso realmente aconteceu. Só não sabia que não conseguiria controlar o furacão de sentimentos aflorados em meu interior. — Você é tão bonito, Baekhyun.

Por conta da diferença de altura, Baekhyun me olhava com a cabeça inclinada para cima. Seus lábios se abriram automaticamente após assimilar o que eu havia lhe dito. O silêncio entre nós dois nasceu mais uma vez, era possível escutar somente os ruídos da agitação de uma noite que para muitos, poderia ser considerada trivial, no entanto era de intenso significado para mim. Dessa forma, levei a mão até o seu queixo, o que o fez soltar um suspiro assim que sentiu meus dedos tocarem a sua pele.

Baekhyun optou por não se mexer, ficou apenas me olhando longamente. Tive a verdadeira impressão de que ele arriscava-se a memorizar minhas feições porque seus orbes foram passeando livremente pelo meu rosto. Assim que descansou os olhos em meus lábios, percebi que seu pomo de adão se moveu. Meus dedos trilharam um caminho arrastado pelo seu maxilar, até empacarem quando localizei a sua nuca, descansando-os no local. Um frio correu pela minha espinha quando Baekhyun tornou a olhar no fundo dos meus olhos. Nem as mais belas palavras seriam capazes de lhe descrever com perfeição.

   — Feche os olhos, Chanyeol. Eu... Eu quero tentar algo. Mas... Feche bem... 

Mordi a parte interna da bochecha fracamente enquanto assentia, sentindo-me inexplicavelmente apreensivo. Fechei os olhos após poucos segundos do pedido, engolindo em seco. Meus dedos ainda permaneciam em sua nuca, o que me fez indagar mentalmente se eu deveria mantê-los ali, porém a minha pergunta fora respondida assim que senti o toque de Baekhyun em meu pescoço, fazendo com que os poros do meu corpo se arrepiassem.

Quis abrir os olhos ao sentir uma pontinha de curiosidade atiçando-me, contudo consegui me conter quando ele direcionou meu rosto um pouco mais para baixo, para que assim, as pontas dos nossos narizes se encostassem. A quentura de seu corpo era bem convidativa, os seus dedos enroscaram-se nos cabelos de minha nuca. Sentia tudo de uma maneira muito mais intensa, meu coração estava acelerado, meu estômago parecia se comprimir, e uma vontade insana crescia em mim por querer descobrir os lábios de Baekhyun de uma vez por todas.

Ele não demonstrava pressa nenhuma, embora eu tivesse a mesma sensação de estar esbraseando. A ponta de seu nariz foi resvalando suavemente em minha pele, até chegar ao meu maxilar. Seus dedos acariciaram minha nuca, enquanto o ar quente que escapava de seus lábios fora de encontro ao meu, permutando-se perfeitamente. Outro arrepio cortou a minha espinha, fazendo-me estremecer. Se fosse medir a ansiedade numa escala de zero a dez, alcançaria o número onze sem sombra de dúvidas. O frio já não me incomodava mais, o calor do momento havia me esquentado de forma imediata – não que isso fosse uma reclamação, jamais. Escutei um suspiro de Baekhyun e logo após, nossos lábios se tocaram.

Havia sido um toque acanhado, algo que durou aproximadamente cinco segundos, talvez um pouco menos, não faço ideia, justamente porque não fui capaz de raciocinar. Assimilar que nossos lábios haviam entrado em contato era demais para mim. Assemelhava-se a tomar um choque no corpo inteiro, com a capacidade de entorpecer. Nossos lábios se roçaram vagarosamente até que senti a sua respiração se afastar. Abri os olhos quando achei que era à hora adequada, encarando Baekhyun que ainda continuava fazendo uma carícia em meu queixo.

— Eu quero entender o que está acontecendo... – Foi o que havia dito após findar o contato e levar as mãos para trás de seu corpo.

Fiquei bastante surpreso com o que ele havia dito, fora algo que me deixou sem reação. Aquele pequenininho então sentia algo, embora não conseguisse compreender de forma completa. Existia confusão em seu semblante, os olhos curiosos, as bochechas levemente coradas. Ele entreabriu os lábios mais uma vez, observando a fumaça surgir logo à sua frente, enquanto eu também tentava desvendar o que estava acontecendo comigo, porque sim, eu também sentia algo. Baekhyun achou graça da minha expressão, abraçou-me rapidamente e se virou para abrir a porta. Continuei imóvel lhe admirando, um tanto atônito e deslumbrado.

— Tenha uma boa noite, Chanyeol. – Ele desejou.

— Boa noite, Baekhyun. – ele acenou e fechou a porta. Demorou um bocado de tempo até eu conseguir sair daquela rua, caminhando bem devagar, enquanto ia recordando a cena do quase beijo em minha mente incalculáveis vezes.

“Eu quero entender o que está acontecendo...”

Baekhyun havia conseguido me desordenar ainda mais. E eu gostava disso.


Notas Finais


Opa, opa, opa... ♥

Pessoal, muito obrigada pelo carinho e pelos comentários, viu? Sou muito grata, sempre!


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