Suran
Eu esperava qualquer reação do garoto aparentemente assustado a minha frente mas ele não disse nada apenas olhou para atrás de mim e começou a chorar. Sentia um pouco de pena, admito, porém precisava ser imparcial.
— Garoto calma...— Peço com paciência, me recordando muito bem de quando ele e um outro garoto foi até a casa dos Jung eu até agora não entendi o porquê.
— Me desculpa. — Fala com a voz falhando.
— Não tem problema não mas agora será que você poderia me falar oque aconteceu?
Ele novamente fica mudo e eu respiro fundo, já me estressando.
Qual a dificuldade de falar meu Deus do céu?
— Garoto? — Chamo de novo.
Ficamos bons minutos naquele silêncio torturante e nada dele falar até que olha pra mim e simplismente diz:
— Eu não estou bem pra falar disso por favor. — Ata agora ele não quer falar.
— Mas eu preciso que você fale senão eu não sei por onde começar a investigação - Falo óbvia.
— Por favor...
— Ma-
— Suran pare de insistir o menino está abalado que tal falar um outro dia hum? — Lisa aparece do nada me interrompendo, com um sorriso amarelo.
— Não sei se você percebeu mas eu preciso da informação dele Lalisa.
A tailandesa revira os olhos.
— Eu sei mas depois sim? Então vamos lá — Vai na frente.
Eu bufo — Tá, outro dia você me dá as informações que eu preciso mas tem que ser rápido. — Aviso e ele acena positivamente.
Me levanto e saio dali indo até os pais da vítima. A mulher estava visivelmente abalada enquanto o homem tinha a cara fechada.
— Não se preocupem nós vamos concluir isso e encontrar o responsável. — Falo e eles concordam comigo.
— Vamos? O pessoal já fez a perícia então podemos ir embora. — Thomas aparece.
Aceno e pego as minhas coisas não antes de orientar os outros policiais do que fazer e ir até a viatura mas eu acabo esbarrando em um garoto menor do que eu.
— Olha por onde anda — Falo meio irritada.
— Desculpa moça me desculpa mesmo. — Pede arrumando os óculos e depois vai correndo até o garoto branquelo.
Entro no carro.
Thomas o liga e vamos embora do local.
— E então eu estava pesando já que amanhã é o nosso dia de folga podíamos sair sei lá oque me diz? — Me olha, com certa esperança de dessa vez eu aceite.
Mas é claro que a minha resposta é direta e fria.
— Não posso tenho o caso desse menino, caso ele rssolva vim falar né.
— Ah qual é Su, por que está tão interessada? Só porque tem haver com aquele assassino? Sabe ficar nessa obsessão não é saudável.
— Não é obsessão é o meu trabalho.
— E vai adiantar prender ou mata-lo? Não vai trazer a Mia de volta.
— Cala essa boca! Você não sabe de nada! — Me exalto, tocar no assunto do assassinato de minha irmã mais nova me feria de forma profunda. E na minha mente ele estava fazendo pouco caso do ocorrido o que me irritava mais ainda.
— Gente calma...— Lisa pede no banco de trás.
— Eu sei o quanto a morte dela te fere mas não acha isso exagerado demais, ela morreu há quatro anos! - Exclama como se fosse uma boa justificativa.
— Eu vou acha-lo nem que leve anos! Ele vai pagar pelo que fez com ela!
— Parem! — Lisa grita, acabando de vez com a discussão.
O carro para.
— Pronto. — Fala curto e seco, estava sério e eu não me importava nem um pouco.
Eu saio do carro brava e bato a porta com força, pisando duro.
— Me espera! — Grita a ruiva saindo do carro e vindo ao meu alcance. — Ele parece gostar de você - Comenta do nada quando chegamos em frente a porta da nossa casa.
— Não ligo. — Procuro a chave pelos meus bolsos. Aquela maldita farda esquentava demais.
Lisa só resmunga. Não estendendo o assunto para o meu alívio.
Acho a chave e tento colocar na fechadura mas percebo a mesma já destrancada.
Franzo o cenho. Ué.
Quem entrou aqui?
— Tem alguém aqui. — Falo baixo pegando a minha arma e abrindo a porta devagar. Estava silencioso e meio escuro, mas é claro que isso era deveras suspeito.
Já entro com Lisa atrás também armada.
— Você procura lá em cima e eu aqui embaixo - Ela assente e sobe as escadas devagar e com cautela.
Quando ela some de vista e vou em direção a cozinha, porém meu coração quase saia pela boca com algo agarrando as minhas pernas.
— TITIA!
Um grito infantil me assusta e só consigo olha para baixo, reconhecendo aqueles olhinhos brilhantes.
— Little Jennie? — Pergunto não acreditando.
— Sim tia Susu. — Sorri grande ainda agarrada as minhas pernas.
Ainda sentindo meus batimentos frenéticos, a pego no colo, sendo abraçada com força e claro que eu retribui.
— Cadê a sua mãe?
— Procurando por mim? — Chaeyoung aparece saindo da cozinha, com um sorriso leve no rosto.
— Foi você que invadiu a minha casa sua pirralha?!
— Sim e não sou pirralha é assim que me recebe? — Pergunta indignada.
— Poderia ter me avisado.
— Foi mal ué - Ela dá de ombros.
Balanço a cabeça em repreensão.
— Suran eu não achei nada lá...em cima? — Lisa desce as escadas e para de falar assim que olha pra minha irmã.
Rosé também a olha e fica pálida.
Não entendo nada e até penso em perguntar mas porta é aberta bruscamente.
— Eu cheguei a irmã mais linda do mundo! — Entra a garota loira, bem vestida e cheia de malas?!
— Você?! — Chaeyoung pergunta incrédula.
— Sim eu Shin Wheein a irmã mais linda e gostosa do mundo!
— Você ter chegado aqui foi a pior coisa que aconteceu - Rosé retruca ácida e eu continuo sem falar uma única palavra.
— Eu vim morar aqui.
— Eu também com a minha filha.
Fala a rosada com raiva
Ah não vai começar de novo.
Era só oque me faltava pra completar o dia.
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