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História Divã - Um pouco sobre Haruno Sakura


Escrita por: UchihaSpears e Icunha

Notas do Autor


Ciao,

E ai tudo bem, nem demoramos.
Vamos saber um pouco da Sakura, hoje.

Capítulo 3 - Um pouco sobre Haruno Sakura


Por Sakura,

— Olha quem chegou. — ouvi a loira comentar com seu esposo — A melhor atiradora da equipe.

— Nossa. Hoje foi um dia cheio.

Todo mundo tem aquela paixão por determinada “coisa”, seja ela comida, roupa ou sapato. Comigo não é muito diferente, ou talvez seja, já que ter uma grande queda por armas de fogo não é tão comum, ao menos não para mulheres.

— Preparando-se para participar daquele campeonato mundial?

Assim como a simpatia pelos mais diversos tipos de “coisas” há, também, o desejo de conquistar algo, ser alguém na vida.

Na minha adolescência eu sonhava em ser chamada de “Doutora Haruno”, mas ver muito sangue nunca foi meu forte, então eu esqueci um pouco a medicina, até eu parar pra assistir uma reportagem sobre a mente humana, havia vários especialistas explicando seus pontos de vista sobre o assunto e eu gostei tanto daquilo que pensei: Eu quero psicóloga, quero ajudar as pessoas de alguma forma.

Felizmente eu consegui, mas esse ainda não é o x da questão.

Logo após decidir que profissão seguir, descobri que eu tinha um grande apreço por armas, ou seja, investi nesse interesse também. E por seguir naquilo que eu almejava cheguei à onde estou.

Uma psicóloga e psicanalista, que tem como passatempo a prática de Tiro Esportivo e almeja participar de, no mínimo, um campeonato mundial.

— Sim. — afirmei, enquanto sentava e tirava as pistolas da minha mochila — Hoje o instrutor foi bem rigoroso com o treino em equipe.

— Mas sabemos que é disso que você — apontou para mim —, gosta.

— Vocês me conhecem bem.

Minha vida não podia ser melhor, atender pacientes ajudando-os a enfrentar seus traumas ou problemas e, de quebra, finalizar a semana com outra atividade que se ama.

Tenho uma vida tranquila.

— Sakura, hoje o porteiro disse que ele apareceu por aqui e perguntou por você, mas o senhor Iruka não disse nada. — me enterro no sofá e coloco minha mão sobre a testa — Amiga, eu realmente quero saber o que você vai fazer em relação ao Sasori, porque isso já está ficando fora dos limites.

Talvez nem tudo em minha vida seja tão tranquilo.

— Não sei o que fazer. — digo, massageando minha testa — Você sabe melhor do que qualquer pessoa que eu praticamente mudei toda minha rotina por causa dele. Meus treinos, minhas sessões. Eu o bloqueei em tudo, e, mesmo assim, ele continua insistindo.

Meu antigo companheiro, Sasori, não aceitou muito o fim do nosso relacionamento e desde então vem me perseguindo, nada fora do normal, mas é sempre bom precaver-se.

— Você deveria denuncia-lo à polícia.

— Ino, ele não me machucou ou me ameaçou.

— Ainda.

Eu realmente não sei mais o que fazer em relação a isso. Ele era sim um grande perseguidor, até demais na verdade, mas não passou disso, por isso nunca envolvi terceiros. Acredito que a policia só se interessa por casos onde ocorrem agressões, Sasori pode ser de tudo, mas ele nunca levantou a mão para me agredir ou fazer ameaças.

— Então, mudando de assunto. — ela disse, ao ver a preocupação estampada em meu rosto — Sai conseguiu um buffet super importante, vai ser trabalho dobrado no próximo fim de semana. Ajudas?

— Sim, ajudo. Sua loira interesseira. – sorrio, relaxando um pouco mais.

***

É segunda feira e chego à clínica, sistematicamente, ás oito da manhã. Passo pela recepção encontrando minha secretária e, também, companheira de treinos.

— Bom dia, Tenten.

— Já passou no Starbucks. Você está viciada. — ela sorri, entregando-me a lista dos pacientes de hoje.

— Kurenai está marcada para hoje, ela é sempre pontual. Então é melhor eu ir logo. — digo, entrando em meu consultório.

Essa paciente tem apenas uma fobia específica, e bem simples: Medo excessivo de dirigir. Nomeamos isso de amaxofobia, o que é uma atividade fácil para alguns, é uma tarefa impossível para ela.

Mas há uma explicação para isso.

Foi há três meses, após mais um dia de trabalho ela voltava para casa dirigindo enquanto falava ao celular, um erro comum entre as pessoas que causou um acidente envolvendo um pedestre, felizmente ele não faleceu, mas Kurenai foi afetada psicologicamente e desenvolveu a fobia.

Ela chega assiduamente ás oito da manhã, parece tranquila, depois de cinco sessões sinto-a mais aberta e há progressos.

— Bom dia, Kurenai. Como você está?

— Bom dia, Doutora Haruno. — responde, sentando-se — Essa semana foi boa, quer dizer, regular. Eu consegui dirigir pela minha rua por uns dois minutos. Eu tive certo controle, mas depois comecei com a agitação, meu coração acelerou bastante. Meu marido estava ao meu lado, ele me acalmou por uns instantes sempre com palavras positivas. — assinto com um leve balançar de cabeça, e percebo que só de pensar na experiência ela começa a soar e chacoalhar as mãos exageradamente.

— Calma, parte por parte, tome o seu tempo.

Ela continua com sua explicação até terminarmos sua sessão, e posso dizer que hoje tivemos mais um pequeno avanço. Observo pela janela e vejo que o marido dela está esperando por ela no carro, e segundo ela é vergonhoso ter que pedir a ele para busca-la e leva-la ela em todos os lugares. Sorrio buscando o prontuário do próximo paciente.

Se eu tenho tudo que desejei? Bom, é o trabalho dos meus sonhos, tenho amigos que me apoiam e um ótimo hobby para passar o tempo. Tudo que eu sempre quis. Eu acho. Ino diz que eu deveria sair mais e me relacionar com pessoas, e entendendo subliminarmente a minha amiga.

Procure alguém, é o que ela diz.

Mas não, eu não preciso de ninguém em minha vida, muito menos depois do Sasori.

Ás doze e meia termino a última sessão da manhã, e sinto um pouco de dor de cabeça que, segundo Tenten era fome. Então resolvo sair e atravessar a rua atrás de mais um Starbucks Machiatto. Estou realmente estou viciada nisso, mas vale cada vale cada euro.

Sento-me na cadeira de sol em frente ao estabelecimento observando o movimento na rua. Está um belo dia por aqui, ensolarado e com brisas. Dou um gole no meu café, consultando meu relógio, eu ainda tinha uns trinta minutos até a minha próxima consulta, então ainda poderia descansar mais ou pouco.

Ou não.

Estava no segundo gole de café e quase coloco tudo pra fora quando vejo Sasori em minha frente e, sem pedir permissão, ele se senta na cadeira à minha frente.

— Boa tarde. Você está linda hoje. Aliás, sempre está. — ele retira o Ray-Ban preto que está usando — Como vai?

— Sasori, eu já te disse. — levanto-me da cadeira.

— Sakura, poderíamos ter uma conversa civilizada? Nós namoramos por quase cinco anos e você sabe que se tornou parte da minha vida. Eu simplesmente não posso te tirar do nada.

— Um ano e meio, os outros anos existem apenas na sua cabeça.

Sasori era daquele tipo que não desgrudava de mim, tudo o que eu fazia queria estar por perto, me buscava na faculdade e nos treinos, eu mal podia falar com os meus colegas de classe e ele já queria saber sobre o que era.

Era aquela desconfiança.

Eu vim perceber tarde demais que ele ultrapassava o limite saudável da relação, todos diziam que ele me amava e aquilo era natural, mas não, aquilo era tudo menos natural. Virou algo patológico, me tornei sua obsessão, seu endeusamento e sem falar do seu ciúme excessivo, aquele impulso de me agradar de qualquer forma, qualquer custo.

Quando você faz psicologia acha que, de algum modo, você vai ter resposta para tudo, e que situações como essa nunca irão acontecer, pois nos sentimos os entendedores da mente humana.

Mas, infelizmente, me enganei.

Diariamente no meu consultório ouço relatos sobre amores patológicos, converso com eles, explico como esse sentimento é formado e como ele pode ser destruidor quando se torna descontrolado. É fácil eu aconselhar outros o problema é que, eu falhei nesse quesito com minha própria vida.

E mais, Sasori não quer uma mudança de atitude.

— Você acha que tem sido fácil?  Antes de sermos namorados você era a minha melhor amiga. Eu queria conversar com alguém, tem tantas coisas que gostaria de te contar.

— Me desculpe, mas da última vez que tentei ser amigável você criou expectativas e logo confundiu tudo. — tento me afastar dele, mas sinto meu braço ser puxado.

— Eu preciso conversar com você, Sakura. — suas mãos grandes apertam firme em meu braço esquerdo.

— Me solta. — exijo, tentando me desvencilhar do seu toque — Me solte imediatamente. — encaro seus olhos que me desafiam — Agora!

— Ou... — ele responde, e eu semicerro meus dentes, Sasori permanece me encarando e de repente ele muda seu humor, sorri e me solta. — Que mau humor, Sakura. Quando namorávamos você não tinha essas atitudes. Há algo acontecendo de errado? Alguém te incomodando?

— Sim, você. — respondo, retomando o caminho para a clínica, ele não me segue, parece entender que aquele não era momento para cometer suas loucuras.

De volta à clínica encontro minha assistente que pergunta o que houve, mas eu desconverso. Eu não poderia deixar com que isso afetasse o tratamento de outras pessoas. Respiro fundo, sorrio e volto meu olhar para os prontuários que informam as duas consultas que já estão agendadas para amanhã pela manhã.

Yoshida Sasuke e Mitarashi Anko.

“Yoshida Sasuke.” — repito mentalmente para mim mesma, e massageio meu cenho. Eu não sei e nem entendo o que este homem quer. Toda sessão ele faz questão de transformar em um constrangimento, seu silêncio é estarrecedor e chego a me sentir incompetente por não conseguir nenhuma informação relevante.

Serão longos sessenta minutos.


Notas Finais


Sasori...
Sessenta minutos com Sasuke mafioso delícia, não é tão ruim.
Próximo cap, as coisas vão começar a desenrolar e alguém vai falar na sessão.
Então, até o próximo e comentários são sempre bem-vindos.

Beijos


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