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História Divididos pelas Cores - A floresta, os moradores.


Escrita por: SraOnyx

Notas do Autor


Amarelos - Estudantes
Vermelhas - Donas de casas
Azuis - Trabalhadores
Pratas - Donos de empresas
Dourados - Estudantes (porém filhos dos Pratas)
Entre outras demais cores.

Capítulo 8 - A floresta, os moradores.


Rebeca não queria ir com a gente, preferia ir para escola e continuar com seu sonho de ser uma Marrom. 
─ Rebeca? - perguntei.
Ela já havia ido. E me abandonado na porta da floresta. Shay viu as lágrimas escorregando minha bochecha abaixo, segurou meu braço e carregou-me floresta adentro. 
Ainda não acreditava que ela havia me largado que preferia uma Cor a mim. E isso era ruim. 
─ Não fica assim - disse Shay, mas eu ignorei-o – ela… pelo menos vai ser feliz.
─ Feliz? - explodi - você sabe o que está falando? Aquela é a Rebeca! Ela nos abandonou!
─ Eu sei, mas...
Passei na frente dele, eu não queria falar mais sobre isso.
O ar dá floresta me acalmaram rapidamente, as árvores causavam sombras enormes e frias, onde passávamos, a blusa amarela suja me protegia. Vi por cima do ombro, Shay, quieto e assustado. Uma última lágrima escorreu. O Sol sempre achava uma brecha para me cegar, mas conseguia enxergar bem o mapa. A floresta irá nos levar para o Sul de Veibor e teremos que seguir ao Norte até chegarmos ao rio e segui-lo. Ele nos levará para Womu, a cidade das fábricas, e lá entraremos em uma fabrica. A maior de todas. A Minérium. Pegaremos provas e escaparemos. Não parece ser um plano fácil, não é.
Já estava anoitecendo, decidimos fazer uma barraca de cobertores, coloquei a coberta mais grossa presa em um galho numa árvore e a mais fina na terra, enfiei minha mochila no canto dá barraca e meu travesseiro posicionado perfeitamente dentro da cabana. A fogueira feita de galhos secos exibia lindas chamas avermelhadas e altas.
─ Não fica com medo? - Perguntei a Shay que mexia na fogueira com um graveto.
─ Do fogo?
─ Não...
─ Das fábricas?
─ Não.
─ De que então?
─ Da floresta à noite. Um animal pode chegar e nos matar, um assassino também, um Preto a mesma coisa...
─ Tem medo? - ele perguntou balançando a cabeça.
Olho para o céu, vejo várias estrelas e árvores fazendo belos desenhos na grande tela azul e preta. Os pontinhos brancos fazem algumas obras de arte.
─ Na verdade não - sussurro para mim mesmo.
Passamos a tarde inteira andando pela floresta, não vamos demorar até achar um Preto e eu ser presa. É disso que estou com medo. Também tenho medo do que vamos ver lá para frente… e o porquê dá Rebeca ter nos largado.
Eu e Shay, no início damos noite, começamos a ouvir passos e vozes. Enfiamos tudo dentro dá nossa bolsa e andamos para frente com uma velocidade incrível, as estrelas nos guiavam com sua luz brilhante. 
Ele apontou para uma espécie de caverna coberta por vinhas que escondiam a entrada. Fomos devagar até lá, empurrei-o para que ele desse uma olhada na tal caverna. Não era funda, daria para ficar eu e Shay por ali. Preparamos mais uma vez nossas coisas, meu parceiro preparada uma tocha quando ouvimos vozes. Ele assoprou a tocha, agarrou minha cintura, levando-me para o canto dá "toca".
─ Disseram para mim que escaparam pela saída secreta dá prisão.
─ Tem certeza? Não há ninguém nesse fim de mundo.
Levantei um pouco minha cabeça e pude ver: dois homens com roupas de aço pretas. Um segura uma tocha numa mão e na outra uma lança, o outro segura uma arma. Shay abaixou minha cabeça.
─ Vamos ir lá para baixo - ouvimos passos depois destas palavras.
─ Foram embora - eu sussurrei para ele.
Eu deitei imediatamente na cama de casal improvisada, por que era o que cabia na nossa toca, enquanto meu amigo terminava a tocha e pendurava em algumas pedras. Adormeci antes de ver ele se deitar.
Acordei com Shay cutucando minhas costelas.
─ Que foi? - perguntei ainda dormindo.
─ É melhor acordar - ele sussurrou.
Abri os olhos lentamente, quando minha consciência estava completa, vi uma moça ruiva com aparentemente nossa idade, apontava uma faca enferrujada para nossa cara de um modo desagradável. Começamos a guardar nossas coisas enquanto ela nos observava em silêncio.
─ Quem são vocês? - perguntou ela.
─ Precisamos ir para Womu, por aqui é o caminho mais rápido. 
─ Vão para lá? Bom, venham comigo.
Joguei a mochila nas minhas costas, preparando-me para ir sabe-se lá onde. Ela começou a marchar guiando-nos pelas árvores. A moça usava uma calça leggin preta agarrada na coxa dela, um top vermelho alaranjado, seu cabelo ruivo estava preso em uma trança, sua faca, agora presa na cintura, estava torta. 
Eu e Shay a observamos ela desfilar.
─ Estou assustada - sussurrei.
A moça parou de andar e virou-se para a gente, remexeu a cabeça de forma cômica.
─ O que fazem aqui? - perguntou.
─ Nada, e você? - revidei.
─ Nada, meu nome é Debora.
─ Sou Shay e essa é a Giovanna.
Ela continuou a andar. Shay segurou em minha mão e seguimo-la em silencio. Às vezes ela fazia um comentário que nós ignorávamos.
O lugar era maravilhoso, alguns flocos de neve rodavam nossa cabeça, minhas dúvidas sempre caiam em Rebeca e em Shay. As dúvidas que não conseguia desvendar eram: ficar com Shay ou por que a Rebeca nos abandonou. Elas rondam minha mente.
Débora parou mais uma vez em frente a uma casinha de madeira com teto de palha, um ar rústico. Ela sorriu e nos convidou para entrar, a casa era mais bonita e rústica por dentro. 
─ Bem vindos - disse um homem velho que apoiava seu peso em uma bengala - posso saber por que vieram.
─ Ela nos trouxe - apontei para ela.
─ Pai, eles estavam em uma caverna próxima daqui.
─ E por que os trouxe?
─ Por que eles estariam aqui pai? - ela perguntou com um sorriso no rosto.
─ Preciso usar o banheiro - murmurei.
─ Sobe as escadas, segunda porta a esquerda. 
Segui as instruções dela, mas algo prendeu minha atenção, no andar de cima tinha três quartos e o banheiro, mas o quarto de porta cinza entreaberta tinha dois computadores, mapas com tarraxas vermelhas destacando lugares e um pequeno pen drive vermelho. Peguei aquele objeto, quando alguém me chamou lá embaixo, enfiei o pen drive no bolso dá blusa e abri a porta, preparei-me para descer as escadas, mas o barulho de uma porta abrindo me chamou a atenção. Virei o rosto bruscamente para o lado do barulho e vi: um menino, com aproximadamente a idade do príncipe, seus cabelos ruivos brilhavam, olhos azuis lindos e um sorriso branco me fez parar na escada e o observar chegar perto de mim.

─ Oi – ele disse dando uma risada quando viu que fiquei boquiaberta.

─ O-oi! Tudo bem? Sou a…

─ Giovanna! – gritou Shay lá de baixo.

Suspirei, não sabia se ficava feliz ou brava com ele. Descemos as escadas juntos, no final dela ele sussurrou “Josh”, considerei como o nome dele. Chegamos à sala, a expressão de todos me deixou constrangida.

─ Ela estava perdida lá em cima – ele disse sorrindo.

Meu único companheiro me chamou para um canto, provavelmente querendo falar sobre a pergunta que rondava a cabeça deles. O que fazíamos ali?

─ Falamos a verdade? – perguntei.

─ Acho que não… nem o conhecemos.

─ Verdade, bom, podemos falar que vamos para o rio Feivor.

─ E se eles perguntarem o porquê de irmos?

─ Queremos fugir da escola – comecei – queremos nos casar… e morar na cidade Veibor. O rio é onde queremos nos casar!
─ Você é uma gênia! – ele sussurrou alegre.

─ Eu sei.

Voltamos para o sofá, o Josh me olhava com um sorriso no rosto, e pela aparência de Debora e da dele, eles eram irmãos. O senhor remexia as mãos impaciente.

─ E então? Vão nos falar por que estão aqui?

Contamos a história falsa, eles acreditaram em uma facilidade, menos a Debora, ela parecia desconfiar de todos os nossos movimentos. Ela agarrou o braço deles e levou-os para o mesmo canto da decisão da história falsa. Eles ficaram lá por volta de três minutos. Eu e Shay sussurrávamos mais mentiras para falarmos caso perguntassem, nossas malas estavam jogadas no pé do sofá, eu batia o pé lá, para passar o tempo, enquanto Shay apertava os dedos.

─ Certo – ela disse – vamos fazer algumas perguntas – Correção, ela vai fazer um questionário para ver se estamos mentindo.

─ Quanto tempo estão juntos?

─ Um ano e dois meses – falamos em coro, eles olharam um para o outro, estava muito encenado.

─ Por que querem sair da escola?

─ Pois, - eu disse pulando para frente – além dos nossos pais serem um pé no saco…

─ Queremos trabalhar de outro modo… mas fácil – terminou Shay.

─ Como? – perguntou o velho.

Eu olhei para ele, ele para mim, e eu, por fim, concordei.

─ Promovimento – falamos juntos.

Eles novamente se olharam.

─ Certo, a gente leva vocês – disse Josh.

─ Tudo bem por você pai? – disse Debora.

─ Não, não precisam – eu falei.

─ Precisa, não contraria, por favor - implorou Josh.

Apertei a mão de Shay. Levantamos, eles pediram para nos prepararmos lá fora, enquanto pegavam cobertores, água e comida. Andamos até o final da casa, começamos a nos abraçar, ele dizia que ia ficar tudo bem, e eu chorava por causa da Rebeca.

Algumas moitas se mexeram, eu e Shay nos escondemos ao lado da casa.

─ Tem certeza que é por aqui? – perguntou uma voz familiar, Rebeca.

─ Tenho sim – outra voz familiar, príncipe Rafael


Notas Finais


Obrigada por lerem! Boa leitura <3


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