Megumi era um nerd pouco clichê, como seu pai — um homem de quarenta e dois anos extremamente bombado e com cara de mau, como raramente descrevem os pais de CDFs nos livros young adult — gostava de destacar: não era franzino demais, não usava óculos, não tinha muitas espinhas e não era, segundo os padrões sociais, considerado “feio” — para falar a verdade, tinha até muitas garotas e garotos atrás dele.
Fushiguro odiava clichês de coração, e também não gostava de como eles eram escritos. Nem no mundo da lua o capitão do time de futebol se apaixonaria pela nerd antissocial, dois anos mais nova. Por isso, Megumi sentiu-se desconcertado quando percebeu que estava vivendo outro tipo de clichê — tipo aquele em que o nerd começa a namorar o badboy da escola, gêmeo do já citado capitão time de futebol.
Isso parece meio vago, então eu vou explicar assim: Ryomen Sukuna dava em cima de Megumi Fushiguro desde a oitava série do Ensino Fundamental e agora, no segundo ano do Ensino Médio, nosso nerd favorito ficou com pena — ou, melhor dizendo, resolveu ouvir seu querido veterano, Yuta — e decidiu sair com ele.
Os rapazes foram ao cinema e não, não rolaram mãos bobas ou primeiros beijos. Foi um encontro normal, onde Fushiguro descobriu que Sukuna era mais interessante e gentil do que deixava transparecer com aquela pose de badboy cínico.
Se passaram alguns encontros e lá estavam eles, andando de mãos dadas nos corredores do colégio Jujutsu.
Megumi nunca gostou de clichês colegiais, mas estava vivendo um. E como Toji gosta sempre de enfatizar: um muito clichê.
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