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História D.N.A Advance: Nova Ordem do Século - Daemon


Escrita por: Sensei_Oji

Notas do Autor


Começou a nova saga. Será a menor de todas com 2 arcos, mas eles não são grandes como foi o último. Aproveitem e boa leitura.

Capítulo 64 - Daemon


Fanfic / Fanfiction D.N.A Advance: Nova Ordem do Século - Daemon

SAGA: LUZ VS TREVAS

Arco: Daemon

Personagens Digiescolhidos:

Paulo Victor e seu Parceiro Impmon;

Ruan Castillo e seu parceiro Hagurumon;

Mia White e seu parceiro Betamon;

Rosemary Archibald e sua parceira Palmon;

Jin Fukuda e seu parceiro Mushroomon;

Maria Lúcia e seu parceiro Lucemon;

Aiko Kyoto e seu parceiro Agumon

Personagens Secundários:

Ray Kyoto/Dynasmon;

Gennai;

Taichi Yagami e seu parceiro Agumon;

Sora Yagami e sua parceira Piyomon;

Mimi Tachikawa e sua parceira Palmon;

Hikari Yagami e sua parceira Tailmon;

T.K e seu parceiro Patamon;

Daisuke Motomiya e seu parceiro Veemon;

Joe Kido e seu parceiro Gomamon;

Yamato Ishida e seu parceiro Gabumon;

Nashi e seu parceiro Kotemon;

Koushiro e seu parceiro Tentomon;

Miyako e seu parceiro Hawkmon;

Ken Ichijouji e seu parceiro Wormmon;

Iori e seu parceiro Armadilomon;

Antagonistas:

Daemon (antes conhecido como Lord MagnaAngemon);

ChaosDukemon;

ChaosPiedmon;

BlackWargreymon.

 

CAPÍTULO 064

Kari chegou em Odaíba e levou o casal Ichijouji para o apartamento deles. A morena entrou também, porque queria muito conversar com Miyako sobre aquela conversa do Takeru sentir algo por ela, além da amizade. Ken, assim que chegou, foi para o seu quarto junto de Wormmon. A grávida e seu digimon ficaram na sala mesmo conversando com a Yagami.

— Mulher, não era para eu ter contado. Eu jurei pro T.K que não contaria nada pra você, mas como sempre eu tenho uma língua horrível — ela tirou Poromon do colo e se levantou — Quer alguma coisa?

— Só água mesmo. Mas não desvie do assunto, por favor — disse a garota muito ansiosa.

Miyako foi até a cozinha tentar pegar a água, mas ainda estava meio perdida porque passou quase um mês fora de casa. Kari aproveitou a ausência da amiga e fez uma pergunta a Poromon.

— Ei, Poromon, me responde uma coisa, o que você sabe sobre o que o T.K sente por mim? A Miyako falou no caminho, mas eu acho que ela vai omitir alguma coisa.

— Kari, eu acho que o T.K está gostando de ti, mas não como amigo ou irmão. Ele gosta como namorado, marido, noivo, esposo, concubino, amante e por aí vai. Ele te ama. Foi isso que ela disse.

— Não conte que eu já sei pra Miyako. Se o fizer, acho que ela não vai te desculpar.

— Humph, eu não sou tão idiota assim, né?

A garota saiu depressa do apartamento e foi embora. Miyako veio da cozinha com um copo com água e se surpreendeu ao perceber que Kari já não estava mais lá.

— Gente, cade a Kari? Evaporou?

— Ela disse que esqueceu de resolver um assunto. Depois ela fala contigo — disse Poromon.

Kari saiu bastante atordoada devido a notícia que recebeu. Ela quis saber disso da boca do Takeru. Todavia estava tarde e muito frio, então restou voltar para casa e ligar para o amigo.

Takeru estava em casa e acabava de sair do seu banho. O homem ainda morava com sua mãe, mas já a ajudava nas despesas. Ele tinha um emprego como professor estagiário de uma escola em Odaíba. Após se enxugar ele colocou o seu pijama e foi corrigir alguns trabalhos escolares. De repente ele abriu a gaveta da escrivaninha e pegou a foto dele com a Kari.

— Se você soubesse, meu amor.

O seu celular começou a tocar, era a Kari. O rapaz ficou receoso em atender, mas atendeu.

— K-Kari? Que surpresa em me ligar. Olha, eu peço desculpas por não ter ido contigo buscar o Ken e a Miyako, mas é que hoje não dava. Tenho muitos trabalhos pra corrigir...

— Oi, T.K. Só liguei mesmo pra saber como você estava.

— Estou muito bem, obrigado. Parece nervosa do outro lado da linha. O que houve?

— Takeru, nós precisamos conversar. Amanhã vai dar certo?

— Sim, podemos. Mas do que tanto se trata?

— Amanhã na torre, por favor. Eu gosto muito de olhar a cidade de lá. É uma visão, digamos, apaixonante — o apaixonante deu uma pista para o loiro matar a charada.

— Tudo bem, eu vou. Mas vamos combinar uma coisa, não levaremos nossos digimons. Na verdade eu tenho algo pra te dizer e o que eu tenho pra falar é pessoal. Só da certo se for a sós. Tudo bem se for às nove da manhã? — ele criou coragem pra falar isso.

— Tudo bem. Estarei te esperando na torre. Boa noite.

T.K desligou o celular e ficou pensativo. Sua vida poderia mudar a partir de amanhã. Agora ele vai reunir toda a sua coragem pra falar que a ama. Ele é o digiescolhido da esperança então ele tem esperança que sua declaração seja correspondida.

Yamato e Gabumon treinavam no estúdio da casa dele. O rapaz era um roqueiro nato e iria fazer um show em Tóquio amanhã. Após ensaiar, ele e seu parceiro foram tomar banho.

— Engraçado quando você tira esse casaco de pele. Sabe, toda vida que você o tira, eu me lembro daquele dia em que me cobriu com ele pela primeira vez na ilha Arquivo.

— Eu me lembro, Matt. Foram bons os tempos antigos. Eu até me lembro disso e das outras aventuras que tivemos naquele ano.

— É são boas as lembranças. Agora vamos deixar de papo furado e acabar logo com esse banho. Amanhã eu e a banda teremos um show e não podemos dormir muito tarde pra não ficarmos indispostos.

...

Gennai chegou diante de todos avisando que tem algo para dizer aos digiescolhidos. Antes, porém, tinha que ajudar os adultos a voltarem ao mundo humano antes que o mundo digital se distorcesse. A notícia deu uma tristeza aos pais, pois queriam que os filhos voltassem, mas ainda não podiam.

— O programa que eu instalei no aparelho permite criar alguns portais para o mundo humano em pontos específicos da terra. O primeiro ponto será a Espanha, depois o Havaí, em seguida Reino Unido e por fim o Brasil. Jin por favor dê-me o seu aparelho — Gennai mexeu no programa instalado e pelo tablet abriu o portal para Madri.

Era a vez dos pais de Ruan passarem. Eles tinham que ser rápidos, pois a cada minuto que se passava o digimundo se distorcia. Então os minutos eram preciosos.

— Ai, meu filho, volta logo pra casa. Já estou com muita saudade de ti. Por favor, querido.

— Sim, mamãe. Talvez em alguns poucos dias nós voltaremos e eu certamente voltarei. Não chore, mamãe — disse Ruan.

— Filho, eu sei que fui bobo o suficiente pra ser enganado por aquela mulher, mas me desculpa se te dei trabalho por se preocupar comigo.

— Tudo bem, papai. Eu te desculpo. Mas cuida da minha mãe. Vão, senão o portal se fecha.

— Vamos logo, Juanes. Quero chegar logo em casa, inutilidade pública de homem. Esse homem só serve em quatro paredes, mas pra fazer algo que preste é mais fraco do que caldo de bila.

— Também não queima meu filme, querida...

— Bora, porra — disse ela já indo pelo portal.

Assim ambos passaram pelo portal que dava direto ao PC de Ruan, na casa dele. Após a passagem deles era a vez de Emma.

— Se cuida, Mia. Ei, garoto, eu to de olho em ti. Se liga aí. cunhadinho — disse Emma sem papas na língua.

— Hehe por que será que você falou isso? — disse Paulo.

— Até mais, Betinho.

— Até mais, Emma — disse o parceiro de Mia.

— Ok irmã. Até mais — disse Mia.

Emma não era de ficar se despedindo. Despedida não era do feitio da campeã de surfe. Ela passou pelo portal que dava para sua casa pelo notebook de Mia.

Agora era a vez dos pais de Rose. A duquesa não queria deixar a filha sozinha mesmo com as explicações do Gennai avisando que ela teria que ficar com sua parceira. O duque não quis dizer nada, ficou apenas olhando a sua esposa tentando arrastar a filha junto.

— Mamãe pode me soltar, olha o vexame. Eu não vou.

— Não, minha filha, eu vou morrer de saudade de ti e da Palmona. Vamos, filhinha.

— Meu nome é Palmon, não Palmona!

— Não mamãe! Já pra casa agora! Vai — ordenou Rose.

A duquesa não podia fazer nada, teve que voltar com o rabinho entre as pernas. Mas antes ele deu sua última frase de despedida.

— Tchau, Conceiçon.

— Tchau, dona duquesa. Depois a gente combina aquela parada lá — piscou a empregada.

Assim os duques voltaram para a mansão pelo computador de Rose.

Agora seria a vez de Márcia e da sua empregada. A mãe de Paulo abraçou a sua filha, de repente ela começa a sentir enjoos estranhos e até tonturas repentinas. Todos ficaram preocupados com o estado da mulher, principalmente Ray.

— Mãe a senhora está bem?

— Sim, Paulinho foi só um enjoo repentino. Nada demais... — disse ela pondo a mão na boca.

— A mamãe está doente?

— Não, querida... é só enjoada mesmo. Nada demais. Tchau meus amores — ela abraçou os dois.

— E o meu abraço, mamãe?

— Impmon, como sempre, ciumento. Vem cá meu amor — ela o abraçou e depois a Lucemon.

Logo após ela se aproximou de Dynasmon. Ele se abaixou e ambos deram um abraço. Pra ela seria muito difícil ficar longe dele, pois eles moravam em lugares tão distantes e teria que mudar a sua vida para ficar com ele.

— Sabe, apesar de você virar um digimon eu ainda sinto o seu cheiro. O cheiro que gostei quando fizemos aquilo lá na cidade, se lembra?

— Eu sei. Eu também consigo sentir o seu cheiro que me encantou. Eu te amo, Márcia, e sempre vou te amar.

— Eu também. Pena que você não tá na forma humana pra eu poder te... beijar. A gente se vê em breve, meu amor — disse ela o beijando no rosto.

— Em breve. Até lá eu estarei esperando por ti, meu amor — disse ele.

Márcia começou a chorar, mas se conteve. Não queria pagar um mico na frente das crianças. Ela foi na direção do portal. Conceição foi sugada pela luz. Márcia também começou a ser sugada pela luz, mas antes ela olhou pra trás e deu um beijo para Ray. Enfim, elas voltaram ao mundo humano pelo computador de Paulo.

Chegando lá, era de manhã. As duas estavam bastante desorientadas. Não sabiam pra onde ir até que Márcia descobriu que foi parar no quarto de Paulo e Impmon. Abriu a porta e foi para a sala onde encontrou tudo exatamente como estava. Os móveis estavam empoeirados pela falta de limpeza. Conceição foi pra cozinha pegar um copo com água.

— Ainda bem que ninguém tá atrás de mim, Conceição. Os meus pais acham que estou de viagem com meus filhos, por isso eles não ligaram. Mas com certeza... ei, eu nem comprei os enfeites para a minha árvore.

— Dona Márcia hoje é dia vinte. Amanhã que o povo diz que o mundo vai se acabar, mas é porque nunca viram o digimundo. Ei o que aconteceu com a senhorita lá no digimundo? Aquele enjoo que teve?

— Ai, Ceiça, acho que um novo Kyoto vai vir ao mundo. Só pode ser isso.

— Eu não entendi.

— Digamos que brinquei de papai e mamãe lá no digimundo com o meu namorado. Aquele digimon que abracei. Ele é o meu namorado, entendeu?

— Vixe, e dá pra namorar digimons?

— Ele é humano, minha filha. Só que conseguiu virar digimon, saiba apenas disso. Eu vou tomar um banho, depois eu comprarei um teste lá na farmácia, pois minha menstruação atrasou. Eu já tive dois, sei exatamente como a cegonha vem. Agora eu tomarei um banho e passarei uma hora trancada naquele banheiro, pois minha situação tá crítica. Deveria fazer o mesmo, porque você cheira a peixe. Afinal, que raios de cheiro é esse, Conceição? Vai tomar um banho, mulher.

— É verdade. Eu também vou me lavar. Ah, dona Márcia, não se esqueça do meu salário.

— Claro que não, mulher. Eu vou te pagar três vezes o que é devido, calma. Se ligarem pra mim diga que não estou, aliás não estou pra ninguém — disse ela indo pro quarto.

No digimundo, os digiescolhidos escutavam Gennai, porque ele tinha algo muito importante pra falar.

— Eu pensava que o Ray também fosse ir, mas já como explicou que não tem problema em ficar aqui nessa forma — disse Paulo.

— Não precisam ficar preocupados. A presença dele não é motivo de preocupação. Existe outro motivo bem mais grave para ficar preocupado — falou Gennai.

— Do que se trata? — perguntou Jin.

— Andei pesquisando e descobri que aquela Torre Negra na verdade não uniria os dois mundos. A função real dela é para abrir um portal ao mundo das trevas.

— Fala sério! — bradou Paulo

— Mas o que é esse mundo da trevas que você falou? — perguntou Mia.

— É o mundo onde todos os digimaus que foram julgados e condenados vão. São aqueles que se rebelaram contra as leis do digimundo. Um lugar onde apenas o sentimento de ódio e rancor impera. Esses digimons não têm bondade no coração e nunca serão bons, porque foram corrompidos pelas trevas.

— Ai, gente, que coisa ruim. Nunca que eu queria visitar esse mundo das trevas — disse Rose.

— Se o problema é a torre então só podemos destruí-la...

— Não, Dynasmon. Por mais que você a ataque nunca poderá destruir esse objeto. Na verdade os verdadeiros inimigos estão guardando aquela torre.

— Os verdadeiros inimigos?! Eu pensava que os lordes eram os inimigos definitivos, mas ainda tem mais?

— Sim, digiescolhido da fé. Os lordes eram apenas os subprodutos do verdadeiro mal por trás disso. Eles ficaram nos bastidores por um bom tempo até agora — Gennai olhou desconfiado para a torre — Eles estão aqui nos vendo neste exato momento. Fiquem calmos e não façam nada insensato ou eles podem nos destruir.

— Hehehehehe você é esperto, Gennai. Estávamos ocultando a nossa presença todo o tempo, mas isso já não é mais necessário — falou ChaosPiedmon.

Assim ele apareceu diante de todos. As crianças e os digimons ficaram surpresos com a presença dele. Um palhaço das trevas com roupas preta com branco. Era o primeiro general das trevas a se apresentar.

— Ele é um digimon na forma extrema e feito de trevas — avisou Jin já com seu aparelho em mãos.

DIGIMON: CHAOSPIEDMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: EXTREMO

NPD: 530.000 PD

CHAOSPIEDMON. UM DIGIMON MALIGNO CUJA A FUNÇÃO É ESPALHAR TERROR E CAOS PRA ONDE PASSA. ELE É UM DIGIMON DE TREVAS QUE FAZ PARTE DO GRUPO DOS TRÊS GENERAIS. ATAQUES: TRUNFO DAS ESPADAS DOURADAS, MÁGICA DAS TREVAS E DANÇA DAS ESPADAS DOURADAS.

— Não só o ChaosPiedmon, mas eu também sou um general das trevas — apareceu BlackWargreymon.

— Olhem, outro digimon apareceu — disse Ruan.

DIGIMON: BLACKWARGREYMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: EXTREMO

NPD: 540.000 PD

BLACKWARGREYMON. UMA CONTRAPARTE DO WARGREYMON ORIGINAL QUE FOI INFECTADO POR UM VÍRUS E SE TORNOU DE TREVAS. É UM DIGIMON EXECUTOR E QUE NÃO MEDE ESFORÇOS PRA DESTRUIR SEU ALVO. SEUS ATAQUES SÃO: DESTRUIDOR DE DRAMON, ENERGIA DAS TREVAS.

— Até que enfim, digiescolhidos, estamos cara a cara. Que maravilhoso. Agora não tem o porquê de nos escondermos — disse o cavaleiro negro aparecendo.

— Gente, apareceu mais outro — disse Rose.

— Quantos ainda restam? — perguntou Palmon.

— Será que eles são os nossos verdadeiros inimigos? — perguntou Lucemon.

— Fiquem atentos — disse Gennai.

DIGIMON: CHAOSDUKEMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: EXTREMO

NPD: 600.000 PD

CHAOSDUKEMON. UM DIGIMON CORROMPIDO PELAS TREVAS. É O MAIS FORTE E MAIS INTELIGENTE DOS TRÊS GENERAIS. É O BRAÇO DIREITO DO IMPERADOR DAS TREVAS. SEUS PRINCIPAIS ATAQUES SÃO: LANÇA REAL NEGRA, ELÍSIO DO CAOS.

— Nossa, eles parecem fortes pessoal — disse Rose.

— Sim, somos muito fortes. Mas nem nos comparamos com a força do nosso imperador... — disse o ChaosDukemon.

Todos ficaram surpresos com a palavra imperador. Não faziam ideia de quem seja. Nem mesmo Ray sabia disso. Para ele o limite de digimon vilão poderoso era a Lilithmon, sequer imaginava que esses três demônios existiam, sobretudo um imperador.

"Huh eu nunca vi esses digimons antes por aqui. De onde eles vieram?" — pensou ele.

— Conheçam o nosso imperador. A mente brilhante por trás das maldades que existiu no digimundo — o Dukemon negro fez a apresentação e a torre começou a abrir um portal. Era o mundo das trevas.

Logo o anjo branco começou a passar junto de seu exército. MagnaAngemon saiu da bolha protetora e ficou exposto ao digimundo. A luz que ele emitia era intensa. O anjo parou no chão e ficou na frente dos digiescolhidos.

— Como um digimon feito ele pode ser o mestre de todos os digimaus? — definitivamente Paulo estava muito impressionado. Não só ele, mas todos.

— O mundo digital que eu governei nas épocas mitológicas. Escutem escolhidos, a minha ambição é conquistar o mundo dos humanos, mas antes eu tenho algo a dizer — disse o Lorde.

...

No mundo real, Márcia, após tomar um banho e se arrumar, foi comprar um teste de gravidez. Ela tinha quase certeza que estava grávida. Após voltar a mulher se trancou no banheiro e ficou minutos por lá. Logo depois saiu e disse a sua empregada.

— Positivo.

— Isso quer dizer que...

— Sim, com certeza estou grávida. Ai gente, eu to inconformada, mas ao mesmo tempo feliz. Inconformada, porque eu agi feito uma adolescente que não conhece prevenção. Mas feliz por ter um filho com o homem que amo.

— Pretende dizer pra ele?

— Mas é claro que sim.

— Ei, dona Márcia, porque não vai logo viajar pro Japão? Vai ficar perdendo tempo aqui.

— Mulher, eu não posso simplesmente jogar tudo que eu tenho aqui pro ar e ir feito louca paro o outro lado do mundo. Depois que eu resolver a minha vida aqui e ele a dele lá, aí eu passo a morar lá com os meus filhos. Tenho uma tia que mora lá também. Logo em breve o Ray saberá que é pai. Só quero ver como vai ficar a cara dele.

...

Ainda no digimundo...

— Eu sou um digimon antigo que viveu em épocas mitológicas bem diferentes desta. Fui um dos integrantes de um grupo chamado de Os Sete Grande Lordes Demônios e o único sobrevivente deles. Há alguns anos, mais exatos onze anos, eu fui para o mundo humano tentar pegar um objeto de muita cobiça para mim, a semente das trevas, mas não consegui. Então os digiescolhidos da época me jogaram nesse mundo das trevas. Como lá eu não conseguia sair livremente então o único jeito era armar um bom plano de escape.

— Onde eu entro nessa história? Foi você que me controlou esse tempo todo? — perguntou Dynasmon.

— Pra eu retornar ao digimundo teria que criar algo que pudesse me tirar daqui. Com meu poder eu criei os três generais, depois com o máximo de meus poderes eu criei uma semente, mais fraca do que a original, mas pelo menos concedia poderes ao seu portador. Aí eu encarreguei ao ChaosPiedmon que achasse um humano que servisse aos meus propósitos. Assim ele conseguiu que você fosse o meu, digamos, receptáculo. Mas pra isso precisávamos eliminar algumas pessoas que você amava, ou seja, seus pais. — Obviamente o MagnaAngemon escondeu o fato de que foi Shadowking Aranha o verdadeiro arquiteto por trás da morte dos pais de Ray, mas a informação sobre o ChaosPiedmon era verdadeira.

Aiko ficou sem palavras para falar. Ele ainda não entendia como os digimaus mataram seus pais e enganaram Ray por todo esse tempo.

— Foi ChaosPiedmon que eliminou seus pais do nosso caminho para assim ser mais fácil o controle sobre ti. Depois disso você conhece a sua história aqui no digimundo melhor do que ninguém. Agora a torre negra é um reservatório de energia negativa que serve pra eu poder completar o meu poder das trevas por completo.

— Desgraçado, como pode ter feito uma coisa dessa — disse Aiko chorando.

Dynasmon não se manifestava. Apenas continuava parado e de cabeça baixa.

— Mas você é um digimon anjo que nem eu. Como pode fazer coisas cruéis que nem essas? — perguntou Lucemon inconformado.

MagnaAngemon olhou para Lucemon com grande admiração. O digimau ficou assim por algum tempo até se pronunciar novamente.

— Ora ora meu irmão. Você já esteve do lado do mau nos tempos mitológicos, mas agora vejo que ficou do lado do bem. Realmente você mudou muito. Sempre o admirei por ser um ótimo líder, no entanto impaciente. Só posso dizer uma coisa pra ti, irmão. Não atrapalhe os meus planos!

— Lucemon, o que ele tá falando?

— Eu não faço ideia, Lúcia. Esse digimon é louco, pois eu nunca o vi antes — disse ele.

— Agora chegou o momento de eu me transformar — ele começou e levitar e estendeu as mãos na direção da torre negra. Esta começou a se transformar em dados e ir na direção dele.

— Maldito matou os nossos pais. Ray, o que houve? Por que continua aí parado como se não ocorresse nada? Responda!

Ele continuava calado e com a cabeça baixa.

— Irmão você não se importa com o que ele acabou de dizer? Ele matou os nossos pais. Escutou?

— Precisamos voltar para casa.

— O que disse? — Aiko ainda não acreditava que o seu irmão não se importou nem um pouco com a notícia.

— Impmon megadigivolve para...Beelzebumon!

— Hagurumon megadigivolve para... HiAndromon.

Os dois digimons foram na direção do imperador das trevas, mas foram surpreendidos por ChaosPiedmon.

— Insolentes, como se atrevem a atacar assim o nosso imperador. Dança das Espadas Douradas — ele fez uma ilusão e criou várias espadas douradas que iam de encontro com os dois digimons. Logo eles ficaram na forma criança.

O imperador começou a mudar de forma até virar completamente um digimon demônio e anjo caído. Ele vestia uma roupa vermelha e possuía asas. Era Daemon.

DIGIMON: DAEMON

ATRIBUTO: VÍRUS

NÍVEL: EXTREMO

NPD: 700.000 A 900.000 PD

DAEMON, UM PODEROSO DIGIMON DEMÔNIO. É O MESTRE DOS DIGIMAUS EXISTENTES NO DIGIMUNDO. ELE FOI UMA DAS MENTES POR TRÁS DAS MALDADES DO DIGIMUNDO PROMOVIDAS PELOS LORDES — A OUTRA ERA SHADOWKING. DOANDO A SEMENTE DAS TREVAS, OBRIGOU-O A FICAR NA FORMA DE PATAMON E VIABILIZOU O CONTROLE DE COMPORTAMENTO EM RAY KYOTO, FAZENDO DELE O PERIGOSO SHADOWLORD. NO PASSADO FOI UM DOS 7 GRANDES LORDES DEMÔNIOS, MAS FOI APRISIONADO FORA DO DIGIMUNDO POR ERAS ATÉ APARECER NO JAPÃO EM 2001. SEUS PODERES INFERNAIS SÃO IMENSURÁVEIS.

— Agora eu tenho todo o meu poder de volta. Não há mais nada pra fazer aqui, portanto... — ele começou a abrir um grande portal para o mundo humano. Dava pra ver vários pontos da cidade de Tóquio. Os digimaus começaram a passar todos. Depois o próprio Daemon e por fim os três generais. Antes de ir, ChaosPiedmon lançou um desafio.

— Dynasmon, eu estarei te esperando no mundo humano. Se quiser vingar a morte dos seus pais é só me encontrar lá — ele entrou e o portal se fechou.

Os digiescolhidos não sabiam o que fazer. Gennai logo os instruiu a voltar pelo portal que dava acesso a cidade de Tóquio. O único que poderia abrir esse portal era Jin, mas não pelo tablet. Eles teriam que encontrar um portal. Agora que Gennai permitiu a passagem de volta para o mundo dos humanos, será fácil achar um portal.

— Pessoal não vamos desanimar. Se unirmos nossas forças conseguiremos derrotá-los — disse Paulo num tom de encorajamento.

— É claro, eu acredito no Paulo. Se ficarmos juntos destruiremos todos. Já acabamos com os lordes, podemos acabar com Daemon também.

— Obrigado, Impmon. Agora que temos a ajuda do Dynasmon, poderemos vencê-los mais facilmente — disse Paulo.

— E quando foi que eu disse que vou ajudar vocês?

— O que disse?

— É o que eu disse, Paulo. Eu não vou ajudá-los nessa. Não esperem ajuda de mim,  porque não o farei — disse o Royal Knight bastante sério.

— Irmão...

— Eu não me aliarei a vocês nessa. Esqueçam isso, tirem essa ideia boba das suas cabeças.

— M-mas você não quer nos ajudar por quê? Você falou que se arrependeu de tudo o que fez, mas, com essa sua atitude, não está parecendo isso.

— Paulo, eu me arrependi e pode ter certeza que amo a sua mãe. Disse que acabaria com todo o mal que eu mesmo promovi e fiz isso por acabar de vez com Lilithmon. Mas em nenhum momento eu disse que entraria em um grupo, nem de vocês. Agora essa responsabilidade cabem à vocês, eu não tenho nada a ver com isso.

— Ray, irmão...

— Vamos embora, Aiko. Precisamos resolver a nossa vida. É nossa prioridade. Deixem que eles cuidem de tudo.

— Pessoal, eu preciso ir com meu irmão. A gente se encontra depois — disse Aiko.

Os dois foram embora deixando para trás o resto dos digiescolhidos. Paulo ainda não se conformava com a atitude de Dynasmon para com eles. Achava que ele fosse mais legal.

— Foi por esse cara que a minha mãe se apaixonou? Que cara mais egoísta. Pode ir se não quiser ajudar, também não precisamos de sua ajuda! — disse Paulo com raiva.

— Paulo, deixa ele. Vamos dar um crédito à ele. O cara nos ajudou bastante destruindo a Lilithmon e acabando de vez com os planos dela. Eu acho que ele vai resolver a vida dele com o irmão. Até porque a responsabilidade de acabar com os digimaus é nossa e não dele. — falou Mia.

Os dois caminhavam na direção oposta aos digiescolhidos...

— Ray, será que você não sentiu nada quando aquele digimon disse que matou os nossos pais? Não se importou?

— É claro que me importei. Sofri tanto quanto você por saber que eles foram mortos. Mas não podia fazer nada. Eram vários generais e ainda tinha um poderoso digimon na nossa frente. Você queria que eu fosse destruído ali?

— Não...

— Ei, vamos com calma. Eu farei justiça em memória aos nossos pais. Mas primeiro precisamos chegar em casa.

— Tudo bem.

— Vem vamos voando que é melhor — ele colocou o seu irmão nas costas e levantou voo para se locomover mais rápido. — Não fica com essa cara, irmão. Eles precisam amadurecer como digiescolhidos, precisam unir forças contra os inimigos. Eu falei aquilo não para desanimá-os, mas para fazê-los entender que só dependem deles mesmos.

Aiko entendeu a lógica do seu irmão. Passaram por muitos momentos difíceis desde que Lilithmon surgiu em suas vidas. Foi ele quem matou a megera e por isso precisava de um pouco de folga. Mas o adolescente percebeu que o seu irmão, transformado em Dynasmon, ficava muito mais sério do que antes.

...

No mundo dos humanos, especificamente em Odaíba, Taichi acorda depois de ter um pesadelo. O homem se levanta duma vez e acende o abajur do seu quarto, acordando sua esposa.

— Humph, Tai, o que houve? Já é tarde e você se levantou de repente? — perguntou Sora.

— Não é nada, amor. Eu vou beber um copo de leite, foi só um pesadelo que tive — Tai deixou Sora na cama e na verdade foi até a varanda de casa.

"Eu tenho um mau pressentimento. O que está acontecendo lá no digimundo?" — pensou.

Continua...


Notas Finais


Daemon, conhecido também como Demon, mas optei por utilizar o ae e assim escrever Daemon (se pronuncia Demon mesmo). E não, não é o programa Daemon Tools kkkk


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