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História Do sacrifício ao amor - Not Today


Escrita por: Namharu

Notas do Autor


Ola amiguinhos,
Essa é a minha nova fanfic, espero que gostem.
Obs: Nunca sei o que falar nas "Notas do Autor".
Kissus.
~Gabi.

Capítulo 1 - Not Today


Fanfic / Fanfiction Do sacrifício ao amor - Not Today

“I’m not that great of a person
            Don’t think too hard, no
          Don’t pretend to be nice
          We always had that kind of love, don’t say yeah”


-Erase - Hyorin x Jooyoung (feat. Iron)

Sabe aquele momento que você começa a pensar sobre tudo o que já fez na vida? Pois é, isso geralmente acontece quando você não tem nada pra fazer ou quando está à beira da morte. Você provavelmente está se perguntando qual das duas situações eu estou, infelizmente eu me encontro na segunda situação, eu provavelmente acabei de sacrificar a minha vida por um estranho (não que vá fazer muita diferença, já que eu não tenho família), tomara que ele não seja uma pessoa ruim e que ele tenha pra quem voltar, por que se não for o caso eu volto do além pra puxar o pé dele de noite.

Bom, vou aproveitar que estou dando uma voltinha de ambulância com o desconhecido que foi premiado com o meu sacrifício para contar um pouco da minha historia. Meu nome é Ishikawa Haruki, tenho 23 anos e estudo direito na Faculdade Internacional de Seul.Nasci no Japão, mas moro aqui desde os meus 10 anos, pois meus pais não morriam de amores por mim e tal, então me mandaram morar com a minha avó, já que na opinião deles eu também era muito problemática, no entanto eu e ela sabíamos que era só pra eles se livrarem de mim.

Há mais ou menos dois anos, a minha única família se foi, a minha avó faleceu de câncer e eu acabei ficando sozinha, ela me deixou tudo o que tinha, mas eu não queria viver somente às custas da herança dela, então resolvi ir trabalhar em uma cafeteria perto da minha faculdade, das 17:00 as 22:00, de segunda á sexta, o que me leva a estudar na parte da manhã.

Vocês também devem estar se perguntando (ou não) sobre como eu cheguei aqui, pois bem, meu coração de manteiga e meu teimoso senso de justiça me puseram nessa terrível situação. Eu estava indo pra casa depois de um “maravilhoso” dia de trabalho e acabei pegando um caminho alternativo um pouco perigoso, porém mais curto, quando vejo dois homens querendo arrumar briga com um rapaz que aparentava ter a minha idade, se eu poderia ter ignorado e seguido o meu caminho? Sim eu poderia, mas o menino me viu e os outros dois me olharam, vieram na minha direção e me atiraram contra a parede, me bateram e me deixaram lá, voltando a sua atenção para o desconhecido, ele por sua vez os ignorou e veio até onde eu estava, quando ele se abaixou para olhar os arranhões em meu rosto, um dos homens sacou uma arma, na hora em que ele puxou o gatilho, eu joguei o meu corpo na frente do cara e levei dois tiros por ele.

Desculpe mundo, mas eu sou uma taurina bem teimosa, a felicidade dos outros sempre vem acima da minha, mesmo que eu não os conheça. Depois do ocorrido, eu só lembro-me deles terem saído correndo e do rapaz chamando uma ambulância.

Nota metal: Se algum dia eu o encontrá-lo de novo, perguntar o motivo da briga.

Algum tempo depois, ficou difícil manter os olhos abertos, mas com toda essa confusão, eu pude perceber que esse menino é muito lindo, tipo lindo pra caralho, parece um deus grego... Concentra-seHaru, você esta morrendo... Depois disso tudo ficou escuro.

 

 

Desconhecido *on*

As vezes temos aquela sensação de que vai dar merda, ficamos desse jeito quando fazemos algo de errado ou simplesmente viramos uma espécie de mãe Diná temporária, posso lhe afirmar que eu nunca dei uma de mãe Diná na vida, ou seja, fiz merda.

Distraído, andava pelas frias ruas de Seul, completamente entediado quando lembrei que perto da onde eu estava havia uma cafeteria, e cá entre nós, não existe nada melhor do que uma xícara de café para terminar bem o dia. Estava a caminho da cafeteria quando vejo os meus “amigos” nada amigáveis vindo em minha direção, meu cu fechou de um jeito que não passava nem agulha, virei de costa e comecei andar mais rápido, rezando para todos os Deuses existentes no mundo que eles não tivessem me visto, mas como nem tudo é um mar de rosas,  a primeira coisa que eles fizeram quando eu me virei foi correr atrás de mim.

Por culpa do meu porte físico ”invejável” eles conseguiram me alcançar, se eu estava com medo de brigar? Não, eu estava com medo que eles fizessem algo pior.

-Olha só o que temos aqui, pensei que nunca mais nos veríamos de novo. – ele disse dando um sorrido de lado.

-Han? Ata, é né? Pois é, coisas da vida. – Tentei não demonstrar meu nervosismo, porém falhei miseravelmente.

-Pois é, KwonJiYong, viemos pegar o que é nosso, e como temos absoluta certeza de que você não pode nos dar o que queremos, viemos dar um fim essa historia. – Calebe olhou para o homem que estava do seu lado, que até então era desconhecido por mim.

O homem pôs a mão para traz e tirou de lá um revolver, nesse momento eu já estava desesperado, olhei pra entrada do beco e lá havia uma menina, muito bonita por sinal, ela tinha longos cabelos negros, pele branca e uma altura mediana, eu só não fazia idéia do que ela poderia estar fazendo nesse lugar a uma hora dessas.

-Ei tu ai, o que uma menina tão gostosinha está fazendo aqui? – ele disse querendo passar a mão pelo corpo dela.

-Me solta seu imbecil. – Ela disse revirando os olhos e desferindo um tapa na mão dele.

-Sua vadiazinha imunda, quem tu pensa que é? Hein cachorra?

Quando voltei a prestar atenção nela, ele já estava puxando-a para dentro do beco, a jogou contra a parede e seu corpo foi de encontro ao chão. Eu estava paralisado, seus chutes na barriga da garota pareciam fortes demais até para um homem. Ele a agarrou pelas roupas e parecia que iria agredi-la no rosto, então eu me levantei e corri em sua direção, ele a largou fazendo-a cair novamente, dei um soco em seu maxilar e me abaixei para ver como ela estava.

-Ei menina, você ta bem? – Ela me encarava, porém não respondia. –Ei me responde, por favor, Aish garota, por que você tinha que passar por aqui hein? – Ela sorriu minimamente e disse.

-Pura teimosia. – Assim que ela terminou de falar, arregalou os olhos e me empurrou e se jogou em cima de mim, foi quando ouvi o gatilho sendo puxado pela segunda vez.

Aquela garota teimosa, que eu nunca havia visto antes, que infelizmente estava no lugar errado, na hora errada, que não sabia nada sobre mim, acabou de levar dois tiros em meu lugar. Tirei o celular do bolso para ligar para a ambulância, informando onde estávamos, percebi que os dois homens já não se encontravam mais aqui, a atendente disse que mandaria os paramédicos o mais rápido possível, agradeci e desliguei.

-Ei... – Ela disse em um tom baixo, mas que milagrosamente eu consegui ouvir. – Eu vou morrer?

-Não, pelo menos não hoje.

Olhei para a menina e vi que felizmente ela ainda estava consciente, com cuidado, ajeitei-a em meus braços e a observei por um certo tempo e tirei a conclusão de que ela talvez fosse igual a mim,  pois não faz sentido uma pessoa fazer tal coisa por um desconhecido, alguém cujo ela não sabe nem o nome, se houver alguém que se preocupe com ela, até por que ninguém é tão bom a esse ponto.

Eu vou dar um jeito de cuidar dela até que melhore, eu realmente me identifiquei com ela. Acredito que aqueles dois não irão mais voltar, pois agora tem testemunha. Por ela ter feito o que fez, acredito que ela realmente seja igual a mim... Sozinha.

No Hospital...

Assim que chegamos, vi os médicos saírem correndo com ela na maca direto para sala de cirurgia, eu não sabia nada sobre ela, então não pude preencher a ficha do paciente, mas fiquei como seu responsável. Acabei por ir até a cafeteria do hospital enquanto esperava por notícias, já passava da meia noite e eu precisava ficar acordado até ela sair da cirurgia, pedi para a moça da recepção me avisar quando ela fosse para o quarto.

Era como se o tempo tivesse parado, o relógio estava de mal comigo, nunca pensei que ficaria aflito pela cirurgia de uma desconhecida. Se bem que, depois do que ela fez, eu não poderia mais considerá-la assim. Pensei tanto, mesmo não sendo a pessoa mais religiosa do mundo, rezei para todos os deuses existentes para que ela ficasse bem. Minhas pálpebras estavam pesando e logo adormeci.

Narradora *on*

Dois desconhecidos, unidos pelo traiçoeiro destino, uma tragédia que futuramente poderia unir dois corações. Eles eram tão diferentes que chegavam a ser iguais na essência, eram como Yin Yang, Sol e Lua, Dia e Noite, Quente e Frio, Preto e Branco. Eles eram o colorido um do outro, só não sabiam disso... Ainda.

JiYong estava dormindo de forma desajeita no banco da sala de espera do hospital, quando o médico chamou pelo responsável da menina desconhecida, como ninguém respondeu e haviam apenas 3 pessoas na sala além de JiYong, o médico o acordou para perguntar se era ele.

-Ei, você é o responsável pela garota baleada?

-Sim, ela ta bem? Aconteceu alguma coisa?

-Se acalme garoto, primeiro fale o seu nome.

-Meu nome é JiYong.

-Pois bem JiYong, felizmente as balas não danificaram nenhum órgão ou coisa parecida e foram retiradas com sucesso, a garota não corre risco, mas precisara ficar uns dois ou três dias aqui. Ela já se encontra no quarto, se você quiser ir pra lá é só me avisar.

-Eu quero, por favor, eu preciso vê-la.

-Então, siga-me. – O médico percebeu o quão preocupado o rapaz estava, chegando quase a um pré desespero, tanto que decidiu não prolongar a conversa.

3o Andar, Quarto 342.

-Cuide bem dela rapaz. – Deu dois leves tapas nas costas de JiYong e se foi.

“The story starts lying in the dark broken and bruised
            I count the scars left in my heart from losing you
              And I was wrong but let's be honest you were too
         I miss the part where I was falling hard for you”

-Dreaming Alone - Against The Current (feat. Taka)

Haruki *on*

Eu não fazia idéia de onde eu estava, era como se tudo o que aconteceu tivesse sido apenas um sonho ruim, um pesadelo que eu não iria lembrar no dia seguinte, mas era tudo verdade, eu salvei a vida de um estranho que pode nem estar aqui para agradecer pela minha loucura.

Sentei e observei cada canto do quarto, até o encontrar dormindo de forma desajeitada na poltrona do quarto, fiquei encarando-o até perceber que alguém estava batendo na porta.

-Pode entrar. – A porta se abriu e vi a enfermeira entrando.

-Bom dia Senhorita...? – disse sorrindo.

-Ishikawa Haruki. – Respondi da mesma forma. – Bom dia.

-Bom Srta. Haruki, eu preciso fazer algumas perguntas, se importa? – Neguei com a cabeça. – Pois bem, quantos anos você tem?

-23 anos.

-Nome dos pais?

-Sou órfã. – Dei um sorriso amarelo para a enfermeira, que logo pediu desculpa.

-Alguma doença pulmonar ou cardíaca?

-Eu acho que não.

-Tipo sanguíneo?

-O negativo.

-Bom, por hora eu só preciso disso... Aah, quem é o rapaz que esta como seu responsável?

-Bom... Eu não o conheço, eu apenas salvei a vida dele.

-Tudo bem então, mas não fique protegendo as pessoas de tiros com o seu corpo, você não é um colete a prova de balas, ok?

-Sim senhora, ta anotado. – Eu disse e ela sorriu. – Você pode chamá-lo para mim, por favor?

-Claro. – Ela sorriu e foi até ele, que acordou de forma assustada, quando me viu levantou rápido e veio até mim. – Cuide bem dela garoto, estou de olho em você.

-Bom... É... Qual é o seu nome? – Ele perguntou sorrindo, puta que pariu, e que sorriso hein? Moço você não merece Palmas e sim Tocantins inteiro.

-Ishikawa Haruki, mas pode me chamar de Haru e você? – tentei sorrir do mesmo jeito, porém meu rosto ainda estava meio dolorido.

-KwonJiYong. – Ele deu um riso curto. Ele tem um nome relativamente bonito.

-Quantos anos você tem?

-23 anos de pura teimosia. – Terminei de falar e pisquei pra ele.

-Bom, eu tenho 28. – Ele bagunçou o cabelo com uma das mãos e sorriu. – Agora a pergunta que não quer calar é... Por que você estava ali naquela hora e por que fez cosplay de escudo?

-Bom aquele era um atalho pra minha casa, eu estava saindo do trabalho e com preguiça de pegar o caminho mais longo e ainda bem que eu tava lá, senão, você já estaria fazendo a passagem daqui para o além. – Ele sorriu e murmurou um “Aish”. - Sobre o porquê de eu ter te protegido... Só me pareceu a coisa mais certa a se fazer, eu não tenho ninguém que vá sentir falta de mim, eu sou órfã e não tenho amigos na faculdade... Eu só pensei que talvez você fosse diferente de mim.

-Você precisa aprender a ler as pessoas melhor, eu também não tenho pais, mas tenho quatro amigos que ficariam bem tristes se eu morresse, até por que, o mundo não pode perder a perfeição que é KwonJiYong.

Eu ri, de um modo como nunca havia sorrido antes, ele me fazia bem, que modo estranho de fazer amigos, levar um tiro por um desconhecido.

-Bom Senhor perfeição, eu vou precisar de alguém pra me ajudar quando eu sair do hospital, você quer se disponibilizar?

-Bom, eu ia te oferecer ajuda, mas em troca eu quero ser seu amigo, quero ser uma família pra você, já que nós dois não temos ninguém, vamos ser mais que amigos um pro outro.

-Omo, que meloso, mas eu aceito, quando sairmos daqui, vamos á sua casa pegar suas coisas pra eu poder te escravizar. – Tentei dar uma risada maléfica, mas acabei me engasgando e ele começou a rir da minha cara. – Eiibaka, não se ri da cara de alguém que salvou sua vida. – fiz cara de emburrada, mas ele continuou rindo. – Aish, grosso.

-Desculpa... Aah, obrigado por salvar a minha vida, eu irei te retribuir em dobro. – Ele deu um beijo na minha testa, e eu só te digo uma coisa, eu corei, corei tanto que parecia um tomate ou sei lá, me enfiei debaixo do lençol e ele continuou a rir, sorri minimamente e me virei pro outro lado.

Ele me contava sobre os seus amigos e a cada minuto eu sentia mais vontade ainda de conhecê-los, eles pareciam legais, só paramos de conversar quando o médico entrou na sala para avisar que eu teria que ficar mais três dias no hospital. O dia passou relativamente rápido, nos conversamos sobre várias coisas e jogamos alguns joguinhos que as enfermeiras trouxeram, quando percebemos já era quase de madruga e fomos dormir.

Eu teria uma vida bem diferente com o Senhor perfeição ao meu lado, espero não ficar sozinha de novo...

“God, tell us the reason
             Youth is wasted on the young
             It's hunting season and the lambs are on the run
                 Searching for meaning
                 But are we all lost stars”

-Lost Stars – Adam Levine


Notas Finais


Obrigada por terem chegado até aqui. S2
Até o próximo cap abiguinhasa.
~Gabi.
Kissus.
Twitter: https://twitter.com/gabiicarrvalho


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