História Doce Casamento - Dando a Luz

Baek Hyun estava com uma barriga imensa de nove meses, pronto para dar a luz a qualquer momento que o bebê resolvesse que era hora de sair e conhecer o papai e seu “mamãe”. Ele e o marido não paravam de contar os minutinhos para que isso acontecesse e que pudessem ver o seu rostinho enquanto o segura em seus braços, imaginando ser a sensação mais gostosa do mundo.

E naquele inicio de tarde de uma quinta-feira, o menor se sentia inquieto em sua casa com o bebê se mexendo mais do que o normal, deixando-o extremamente manhoso e com saudades do marido. Chan Yeol já tinha saído pra trabalhar e para o pequeno parecia mais de um ano que não o via, mesmo que não passasse das duas da tarde. Sua aflição era tanta, que já por duas vezes, quase pegou o telefone pra chamar um táxi para leva-lo até a empresa, porém desistia com certo receio de acabar incomodando.

Mas foi indo pra cozinha beber um copo d'água, que percebeu uma pasta negra depositada em cima da mesa, onde tinham se sentado para almoçado mais sedo. Lembrando-se que seu marido tinha comentado sobre a mesma, que continha uma papelada importante pra ser entregue naquele dia.

— Só não esquece a cabeça, porque está grudada, viu. — Riu divertido ao comentar antes de caminhar com extrema dificuldade até a mesa e pegar a tal pasta esquecida, indo logo chamar um táxi para leva-lo ao trabalho do marido.

Chegando à empresa caminhou com o maior sossego até o elevador e apertou o botão do ultimo andar de onde ficava o escritório do presidente, esperou pacientemente que as portas metálicas se fechassem, mas antes que isso acontecesse, um loiro pouco mais alto que ele, entrou parecendo muito nervoso, entretanto resolveu ignorar, não queria se meter em assuntos pessoais de outras pessoas.

Quando chegou ao andar desejado, as portas se abriam para que as pessoas saíssem, mas quando deu um passo com essa intenção, quase foi ao chão com o susto que tomou pelo loiro de rosto delicado passar por ele que nem um vulcão pronto para entrar em erupção, como sua barriga pesava muito, foi andando um pouco mais devagar pelo corredor, até que chegasse à recepção onde encontrou o novo secretario de seu marido com uma expressão assustada tentando controlar o mesmo loirinho do elevador de fazer um escândalo ali no meio.

— É MELHOR VOCÊ DAR UM JEITO E ME CHAMAR O ORDINARIO DO SE HUN, SE NÃO... — Apontou o dedo indicador na cara do secretario. — EU QUEBRO TUDO NESSA PORRA!

— Mas eu não sei dele, não trabalho diretamente com o Senhor Se Hun. — Disse o rapaz tentando se explicar.

— NÃO ME INTERESSA...

— Lu Han, dá pra você parar de escarcéu? Isso aqui é um ambiente sério. — Falou Se Hun ao aparecer na recepção.

— Ah! Então resolveu aparecer, seu covarde. — Disse o mais baixo em um tom mais moderado do que o anterior. 

— O que você faz aqui? — Perguntou franzindo as sobrancelhas.

— O que eu faço aqui? Sério que é isso que tem pra me perguntar? Você some me largando em um quarto de hotel depois de falar coisas lindas pra mim e ainda tem essa cara de pau de me perguntar o que eu estou fazendo aqui? 

— Dá pra você parar de drama? — Falou tentando puxar o menor pra um canto que ninguém ficasse os olhando e escutando a conversa, mas Lu Han estava muito nervoso pra ligar para aquele detalhe, desferindo um belo de um tapa no rosto do maior.

— Caralho! Porque me bateu? — Se Hun ficou pasmo depois da bofetada que levou.

— Isso! Garotão, é pra você aprender a não me tratar como um qualquer, porque você... — Apontou. — Desgraçou a minha vida.  

— Lu Han, se acalma e vamos conversar em minha sala de forma mais civilizada. — Tentou convencê-lo.

 — Eu não acredito como me deixei levar por você. — Negou com a cabeça. — E agora estou aqui, esperando um filho de um babaca que nem você. — Disse esfregando o teste de gravidez na cara do maior.

— G-Gravido?

— Sim, grávido, imbecil. Se quiser eu faço outro exame e enfio nesse teu cu.

Baek Hyun que agora se encontrava em frente à sala do marido estando ao lado do mesmo, que com a gritaria tinha saído pra ver o que estava acontecendo, se encontravam pasmos com á noticia. Juntamente de Se Hun, que ao menos conseguia se mover do lugar, Lu Han por outro lado, continuou com os xingamentos contra o outro enquanto desferia tapas e socos, que para o menor era uma situação muito engraçada até que de repente...

— A-Amor. — Chamou pelo mais velho ao seu lado.

— Hm?

— Acho que... — Olhou para o meio de suas pernas e observou sua calça toda molhada. — Que não é xixi. — Arregalou os olhos ao perceber que sua bolsa tinha estourado e que o bebê estava provavelmente a caminho.

— V-Vai nascer? Agora? ­— Chan Yeol perguntou sem saber que atitude tomar primeiro, enquanto o menor se apoiava nele já sentindo as dores das contrações. — Ai! Meu Deus! O que eu faço?

— Ele esta entrando em trabalho de parto, anda logo e o pegue nos braços, precisamos correr para um hospital. — Disse Lu Han parando de brigar com Se Hun e indo ajudar Baek Hyun. — Olhe pra mim e só se concentre na minha voz, está bem? — Perguntou para o pequeno que confirmou com a cabeça enquanto era pego pelo marido que já saia às pressas rumo ao estacionamento. — Vou pedir pra que espire e inspire lentamente. — Falou enquanto corriam para o carro de Chan Yeol, onde o pequeno foi colocado no banco de trás junto de Lu Han, que o amparava e auxiliava nas respirações para aliviar as dores das contrações.

Enquanto isso Chan Yeol dirigia em alta velocidade, sem se importar com os vários sinais vermelhos que estava ultrapassando, estava preocupado com o esposo e com o bebê, mesmo tendo Se Hun ao seu lado o dizendo  para se acalmar e que estava tudo sobre controle, não conseguia de fato se sentir calmo. 

Ao chegarem ao hospital Baek Hyun logo foi encaminhado para a sala de parto, sumindo pelo corredor juntamente de Lu Han. Chan Yeol ficou desesperado para acompanha-los, mas Se Hun o impediu pedindo que esperasse mais um pouco, primeiro teriam que fazer o cadastro do paciente e só o maior tinha os dados completos.

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— Chan Yeol. — Lu Han chamou ao aparecer novamente na recepção, estando agora vestido de branco, pra confusão do mais velho. — Liguei para o medico que acompanha o pré-natal de seu esposo, mas ele não poderá comparecer, já que está em uma viajem de negócios. — Explicou enquanto pedia para que o mesmo o seguisse. — Então ele passou a responsabilidade para mim, algum problema para você? — Perguntou parando em frente a uma porta fechada. 

— Você é médico? Desculpe perguntar, mas hoje cedo...

— Não, eu que peço desculpas por aquilo, eu estava furioso com seu irmão. — Pediu se curvando em sinal de respeito. — Pode confiar seu filho e seu esposo a mim, posso parecer novo, porém sou muito competente no que faço. 

— Se meu irmão confia em você, eu também confio, ainda mais carregando um pequeno Park no ventre agora. — Respondeu ao menor mostrando um largo sorriso que fez o outro corar com suas palavras.

— Obrigado! Farei meu melhor, mas agora se vista. — Disse abrindo a porta e dando espaço para que o mais velho entrasse na sala, onde se trocaria e vestiria roupas especificas pra que acompanhasse o parto do filho ao lado do esposo.

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Baek Hyun estava com os olhos marejados e com um sorriso cansado, mas feliz nos lábios, segurava firmemente a mão do marido que estava em pé ao seu lado o observando intensamente, a anestesia tinha sido aplicada e Lu Han agora fazia todo o resto do procedimento da retirada do bebê deles. Não demorou muito pra ouvir o choro a plenos pulmões de seu menininho, que saiu todo rosadinho de seu ventre. 

Uma enfermeira parada ao lado do médico, já esperava com um lençol azul aberto pela entrega da criança, onde ela iria embrulhar e levar para o menor o observar de perto. Baek Hyun ainda não podia o pegar nos braços, mas só de olha-lo ali, tão pertinho, o fez se emocionar e Chan Yeol não estava muito diferente com seus olhos já transbordando lagrimas.

— Parabéns! Ele nasceu saudável, só iremos agora manda-lo para seu primeiro banho e pra incubadora. Chan Yeol, por favor, se despeça de seu esposo e siga a enfermeira que levara seu filho, iremos terminar de dar pontos no Baek Hyun e coloca-lo para descansar um pouco. — Chan Yeol confirmou com a cabeça e se virou para o seu pequeno.

 — Não se preocupe que agora é comigo. ­— Sorriu beijando a testa do menor. — Descanse um pouco, te amo. 

— Também te amo. — Respondeu abrindo um sorriso fraquinho, já sentindo o peso das pálpebras se fechando pelos efeitos do anestésico que o fizeram adormecer.

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Chan Yeol estava literalmente babando por seu filho que se encontrava todo fofinho de fraldinha e chupando seu polegar, ao mesmo tempo, em que se mexia todo espertinho dentro da incubadora. 

— A onde está meu sobrinho? — Se Hun perguntou ao se aproximar do maior, que estava com a cara colada ao vidro que isolava os bebês.

— Está logo ali. — Apontou mostrando o local.

— Não da pra ver direito. — Resmungou o mais velho formando um biquinho frustrado.

— Calma! Logo ira vê-lo e pegá-lo no colo.

— Espero que não demore.

— Enquanto ficamos aqui esperando, pode me explicar que aventura é essa com o Lu Han, que acabou rendendo em um frutinho?

— Ele foi um relacionamento que eu tive há alguns meses atrás, eu estava começando a sei lá, a me apaixonar por ele e acho que me assustei. Tive medo dele um dia se cansar e ir embora como minha ex-mulher fez.

— Quer um conselho de irmão? — Perguntou obtendo um “sim”, como resposta. — Se desprenda do seu passado, Irene não te amava de verdade e às vezes tudo isso que aconteceu era para que no final, você e Lu Han ficassem juntos.

— E como eu posso saber se ele é a pessoa certa para mim?

— Vish! Você me pegou nessa agora, mas sei lá, pelo sexo?! Quando eu transei com Baek Hyun pela primeira vez, senti que nunca mais poderia me enjoar ou querer outra pessoa, fiquei completamente viciado nele.

— E se eu disser que, eu acho que sei perfeitamente do que você está falando? — Chan Yeol arqueou uma sobrancelha em puro divertimento com o constrangimento do irmão. — E que talvez, só talvez, esse fosse um dos motivos de ter saído correndo no meio da madrugada.

— Mas ‘tu é frouxo, hein? — Riu ao tirar uma com a cara do outro. — Se você já sabe que ele é a pessoa certa, então está esperando o quê? Outro pra fazê-lo feliz?

— Não sei se ele vai me querer por perto sem estar morto, eu vacilei feio com ele.

— Quem ama perdoa, apenas seja sincero e resolva essa situação antes que a nossa mãe te faça passar vergonha.

— Falando na mamãe, será que ela vai gostar dele. 

— Maninho, o seu homem acabou de fazer o parto do Baek Hyun que é o xodozinho dela, acha mesmo que ela já não o idolatra? É bem provável de ela te deserdar e o adotar. — Gargalhou dando um aperto no ombro do outro, que se aproveitou do maior estar em um dia bom e o abraçou antes de sair correndo.

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Chan Yeol adentrou o quarto onde Baek Hyun estava acomodado confortavelmente enquanto segurava seu filho nos braços, sentindo o corpinho pequeno e delicado se aconchegar no seu. Andou até o berço e o depositando ali ao lado da cama de seu esposo, que ainda dormia serenamente que nem o bebê deles. Aproveitou esse momento de paz pra ir descansar um pouco também, se dirigindo a uma poltrona ao lado, onde se sentou e acabou por adormecer.

Continua...