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História Doce Diário - Cap33 .....................30.10.20..


Escrita por: MashiroHanabi

Notas do Autor


Aeee, pessoas lindas, tudo bom?
Aqui vai mais um capítulo escrito com muito amor!
Essa capa é do Shokugeki no Souma, não é de nenhum hentai, não. AHSHASHASHASHASH
Beijos e até as notas finais.

Capítulo 41 - Cap33 .....................30.10.20..


Fanfic / Fanfiction Doce Diário - Cap33 .....................30.10.20..

Olá, diário.

Hoje era pra ser um dia muito especial, mas acabou sendo muito estranho. Acordei bem cedo, para preparar algo. Aproveitei e mandei uma mensagem para Lysandre.

“Feliz um mês de namoro! Eu te amo *-*

                                                                                                            Veronica.”

Chegando à cozinha, não sabia ao certo o que fazer, então, resolvi fazer uma pâte à choux (**massa cozida na panela, batida na batedeira e depois assada. Aquela usada pra fazer carolinas e outras delicias. Sim, ela é francesa!**). Seria perfeito para usar a batedeira planetária que ganhei dos meus pais. Cozinhei os ingredientes, levei à batedeira e preparei o saco de confeitar. Bom, agora precisaria decidir o que fazer. Éclair(**quase como uma bomba que se compra em padarias no Brasil**), profiteroles (**carolinas, no Brasil**), funnel cake(**bolinho frito, rústico, cheio de gordices encima**) ou Paris brest (**sobremesa pouco conhecida fora da frança. Bolinho em forma de rosquinha, recheado com algum creme mais durinho, fofo, e coberto com açúcar. TUDO GORDICE GOSTOSA, TAMBÉM TO COM FOME ESCREVENDO ISSO, TÁ?**). Só me restava pensar qual deles seria mais engraçado ver Lysandre se lambuzando, e ainda tentando ter classe. Credo, Veronica, como você é malvada. Bom, decidi fazer Éclair. Meus pais acordaram, e vieram ver o que eu estava fazendo, enquanto colocava a massa no forno.

-Nossa, que cheiro bom é esse, logo de manhã? – Perguntou meu pai.

-Éclair. Vou levar pra escola.

-Mas vai sobrar pelo menos uma, não vai?

-Vou pensar no seu caso. – ri.

-O papai te dá uma carona. – Disse minha mãe, colocando água para ferver.

- Não. Se for pra dar carona, quero comer duas. – Rimos, e eu continuei. Fiz creme de confeiteiro, creme pâtissière (**tipo aquele creme branco que vai dentro do sonho de padaria**), mas estava achando muito sem graça. Meu namorado gosta de coisas com mais sabores, delicadamente perceptíveis. Resolvi dar sabor ao creme, usando caramelo e flor de sal. Mandei outra mensagem para Lys, avisando que não pegaria o ônibus hoje. Quando tudo estava pronto, coloquei numa caixa e segui para a escola, acompanhada de meu pai. Procurei pelo meu amado, encontrando o mesmo no clube de jardinagem.

-Bom dia! – Eu disse. Ele não havia me visto, e tomou um grande susto. O rapaz havia se assustado de maneira estranha, como se estivesse fugindo de algo. Porém, logo se recompôs e me olhou nos olhos.

-Bom dia! – sorriu. Aproximou-se um pouco mais e abraçou-me. – Feliz um mês de namoro. Desculpe não responder sua mensagem. Eu não estava mais em minha casa, quando a vi.

-O que tem isso? Lys, você está estranho. O que houve? – perguntei, séria.

-Olha, não é que eu não confie em você, mas não é uma boa hora para lhe dizer. – ele baixou os olhos.

-Lysandre, você está me deixando preocupada. O que houve? – eu toquei seu rosto.

-Não é nada sério. É apenas uma bobagem, que não me sinto a vontade de compartilhar agora. – Ele segurou a mão estava em sua face, se aproximando e me beijando. Logo, o beijo foi partido. – Hã...venha, eu quero lhe mostrar algo.

-...ok... – Realmente, havia alguma coisa errada. Ele me levou para dentro da escola, até o seu armário, abrindo-o em seguida, para procurar algo.

-Onde diabos eu deixei? – resmungou.

-O que? – O rapaz parou de revirar o próprio armário, e começou a tatear os bolsos, irritado.

-Odeio essa mania de perder tudo...Ah, está aqui! – Lys tirou do bolso da jaqueta uma pequena e decorada caixa. Dando-me em seguida. – Agora sim. Feliz um mês de namoro. –sorriu lindamente. Abri a caixa, descobrindo os pequenos chocolates que lá estavam. Todos de uma marca famosa, e muito gostosa aqui da França.

-Ah, meu Deus! Obrigada! – abracei-o, feliz como uma criança.

-Pois é, foi uma boa decisão, deixar de comprar flores. – ele sorriu, de olhos fechados, encostando seu nariz à minha bochecha, carinhosamente.

-Bobo!  - falei baixinho, sentindo seu delicado aroma e calor, tão perto de mim. – Ah, eu cozinhei algo pra você. Me deu bastante trabalho, mas meu pai disse que ficou muito gostoso.

-O que seria? – ele beijou minha bochecha e se distanciou um pouco, esperando eu mostrar o que tinha comigo. Peguei a caixa, dando-a em suas mãos. O mesmo a abriu, esboçando um sorriso adorável quando viu o que tinha dentro. – Éclairs! Estão lindas! Deve ter sido tão trabalhoso. Muito obrigado. – recebi um beijo delicado, sutil, cheio de carinho. – Posso comer agora?

-Claro! Eu tô curiosa pra saber o que você acha. – sorri, animada. Enquanto ele pegava o doce, com o maior cuidado para não desfazer a glaçagem, peguei um chocolate, dos que ele me deu, abri e comi, saboreando aquela maravilha. – Nossa, você acertou na escolha. Tá muito bom! – disse, de boca cheia, lambuzada pelo chocolate belga, meio amargo e com avelãs.

-Está mesmo? – ele me olhou, malicioso, segurando a éclair, ainda intacta. Aproximou-se, limpando o canto dos meus lábios com a língua. A sensação era boa. Foi inesperado, mas sorri, abrindo a boca em seguida, para que sua língua se encontrasse com a minha. Assim o fez. Trocamos um beijo rápido, mas profundo. – É, está gostoso mesmo. – Disse Lysandre, baixinho. – Vou provar sua obra prima. – O mesmo mordeu o doce, tentando não se sujar, em vão. Peguei a caixa de sua mão, para que o mesmo pudesse se ajeitar melhor. Lys limpava sua boca, colocando o creme para dentro, não parando de comer e gemer. – hummmm...Veronica...

-Oi? – eu ri da cena. Ele continuava comendo, mas tentando ser elegante, mesmo falando.

-Isso está quase tão bom quanto...

-Quanto...?

-Sexo! – ele disse baixinho, sorrindo, sem graça. Talvez não tivesse pensado bem antes de falar, saiu naturalmente.

-Está mesmo? – sorri maliciosamente, exatamente como ele fez comigo. O mesmo retribuiu o sorriso, levantando sua sobrancelha.

-Você quer ver?

-Uhum! – fiquei na ponta dos pés, beijando-o, exatamente como fizemos há pouco. – É...não sei se é a éclair que esta gostosa assim, se é o seu beijo, ou se são os dois juntos.

-Tire a prova! – ele levou o doce até a minha boca, para que eu mordesse. De fato, estava delicioso. Nossa, tenho me surpreendido cada vez mais com minhas habilidades na cozinha. Mastiguei, sorrindo, de olhos fechados. Quando os abri, Lysandre teve uma linda expressão de contentamento, se aproximando e me beijando novamente, com muito carinho. Minhas mãos estavam ocupadas, mas mesmo assim, apoiei os braços em seus ombros, enquanto ele segurava minha cintura com sua mão livre. Enquanto nos beijávamos, senti algo tocando a caixa que estava na minha mão, e logo, ouvimos uma voz, bem ao nosso lado.

-Vocês não têm vergonha de ficarem se pegando no meio do corredor, né? – Nos separamos e vimos Castiel, abocanhando uma éclair, que ele roubou.

-Ei, isso é meu! – protestou Lysandre, já querendo rir da cara de pau do amigo.

-Tem um monte aí, que eu bem vi, senhor fominha. Nossa...entendi porque você não quis dividir, isso aqui tá bom pra caralho. Pra cem caralhos! Porra, nanica, foi você que fez?

-Foi, sim. Queria fazer algo especial, porque hoje é aniversário de um mês de namoro, de nós dois.

-Huuuum. Nossa, parabéns. Tá muito bom. – ele esticou sua mão, apertando a minha, como um cumprimento.

-Sim, está sensacional. Está delicado, o caramelo salgado está suave e a glaçagem impecável, além da textura e sabor da massa, que contrasta super bem. – Lys pegou seu segundo doce. Fiquei verdadeiramente feliz de ver os dois realmente aproveitando o que eu cozinhei. Eu não sei o que é esse sentimento novo que começa a aparecer, cada vez que eu faço alguém feliz com a minha comida. Logo o sinal tocou, nos avisando que a hora da aula havia chego.

 

Instantes mais tarde, quando entrávamos na sala, tomando nossos lugares, o meu no meio e o dele e de Castiel ao fundo, puxei a manga de sua jaqueta, chamando-lhe a atenção.

 

-Vamos a algum lugar depois da aula? – sussurrei.

 

-Hoje? – ele me olhou, numa expressão pensativa, desconfortável. Eu assenti, ainda achando estranho. – Vamos lá pra casa, podemos ver um filme, ou algo assim.

 

-Se é pra ver um filme, a gente pode ir em casa.

 

-Não. Hoje vamos à minha casa, por favor. – ele me olhou nos olhos, como se me pedisse isso do fundo da alma. Ele parecia com medo.

 

-Tá...vamos na sua casa, então. – eu disse, meio preocupada.

 

-Obrigado. – Faraize chegou. Nos sentamos, cada um em seu lugar. Olhei para o lado, observando Kentin. Desde o meu aniversário, ele e Alexy estão muito estranhos. O moreno tinha seus olhos na mesa, tristemente. Nem notou que eu havia tomado meu lugar, ou que o professor estava presente.

 

-Bom dia. – eu disse, tirando-o de seus pensamentos.

 

-B-Bom dia, Veronica. – ele disse, sem graça – não vi que estava aí.

 

-Kentin...você está meio estranho, e já tem uns dias. Você não quer falar sobre isso? – indaguei, preocupada.

-Está tudo bem. Eu só... – ele tomou fôlego procurando palavras para se expressar, mas foi interrompido.

-Senhorita Veronica, eu gostaria de começar a minha aula. Você e o senhor Kentin poderiam flertar depois? – disse Faraize, para que todos ouvissem.

-P-Perdão, senhor. – eu disse, absurdamente constrangida.

-Não estamos flertando. – disse Kentin, sendo ignorado. A aula começou. Continuamos focados nela, mas vez ou outra, eu olhava para o moreno e para o acinzentado. Ninguém parece normal hoje. Olhei, de relance, para Alexy, usando meu espelho. Já faz um tempo que ele, o moreno e Iris mudaram seus lugares. A ruiva, que se sentava atrás de mim, passou a sentar-se atrás de Armin, que ficava à minha diagonal direita. Seu irmão, que se sentava na sua frente, e ao meu lado, agora senta-se atrás de mim, ao lado esquerdo do irmão, e à diagonal de Rosalya, que fica ao meu lado esquerdo. O lugar que era ocupado por Alexy antes, agora é de Kentin, que costumava-se sentar lá no começo do ano, mas quando voltou da escola militar sentava-se a direita do local atual. O azulado tinha seus olhos no moreno, tristemente. Acho que eles brigaram. Ele notou que eu o observava com o espelho, então, olhou para o mesmo e sorriu, disfarçando. Resolvi escrever um bilhete.

“Você parece triste.                                   ~Veronica”

Logo foi respondido.

“É impressão sua. ;)                                   ~Alexy”

“Alex, você e o Kentin brigaram, ou coisa assim?              ~Veronica”

“Acho que “coisa assim”. Mas é melhor você não saber. Não foi nada importante, só não estamos com vontade de conversar um com o outro.                   ~Alexy”

“Estou preocupada, os dois parecem tristes :(                  ~Veronica”

“Posso te garantir que ele não está triste. Talvez esteja apenas carente. Dê um abraço nele, garanto que vai se sentir melhor! Só de você falar comigo, meu dia já melhorou :) <3           ~Alexy”

Poxa, mas o que será que aconteceu? Talvez o melhor seja ficar na minha por enquanto. Vou apenas tentar fazer com que se sintam melhores. Não acredito que fiz aquilo, mas...peguei dois chocolates da caixinha que Lysandre me deu. Escrevi dois bilhetes, com o mesmo texto.

“Eu sei que você está triste, e que não pode me contar o que houve. Mas saiba que eu estou aqui, e que eu tenho um carinho muito grande por você. Espero que possa adoçar seu dia com isso :)<3        ~Veronica”

Coloquei um bilhete e um chocolate na carteira de Alexy. O azulado pegou rapidamente o bilhete e leu. Fiquei olhando-o do espelho, havia dado seu bilhete/chocolate primeiro. O mesmo abriu um sorriso enorme, seus olhos brilhavam, gentis. Ele esticou o braço, puxando minha mão, dando um beijo do dorso da mesma, carinhosamente.

-Obrigado! – ele sussurrou. Pude sentir sua sinceridade, seu amor. Fiquei com vontade de apertar aquelas bochechas, esmagar sua cara, de tanta fofura. Sorri para ele. Coloquei o chocolate e o bilhete na mesa de Kentin. O moreno ficou muito surpreso comigo colocando algo em sua carteira. Assustado, eu diria. Claro, ele nem estava prestando atenção na aula, quem dirá em mim?

O mesmo arregalou os olhos, enquanto lia o bilhete. Colocou a mão no rosto, tapando os olhos e sorrindo. Ele se virou para mim, com uma expressão feliz, brilho nos olhos e um sorriso gentil, esticando o braço e bagunçando meus cabelos. Faraize nos olhou, pelo canto dos olhos, como se dissesse “ah, não estavam flertando, né?”. Corei com aquele tom de reprovação. A impressão dele deveria ser de que eu estava disposta a arruinar a sua aula.

Quando o sinal tocou para a hora do almoço, meu vizinho de carteira se levantou, me dando um abraço. Pude ver que Alexy nos olhava de maneira estranha, mas ainda sim, sorriu, sutilmente, indo para fora com o irmão. Kentin se juntou a mim, Castiel e Lysandre, para almoçar. Nunca havíamos almoçado todos juntos. Estava divertido. Porém, Lysandre estava quieto, olhando para os lados, procurando algo.

-O que você está procurando? – perguntei.

-Nada...estou com uma sensação estranha, mas parece ser apenas a minha imaginação. – disse, sério. Ele ficou daquele jeito estranho o dia todo, estava me matando de preocupação.

-Cara, você perdeu. – dizia o ruivo ao moreno. – Ela fez éclair, hoje. Tava muito bom, cê não faz ideia.

-Que injusto, você nunca cozinhou pra mim, Veronica! – Reclamou.

-É verdade...agora que você falou, acho que só cozinhei pro Lysandre. Hahaha. – olhei meu namorado, ele continuava sério, sem prestar atenção em nada do que era dito.

-Você prometeu um bolo pra mim, pra Rosalya, Nathaniel e os gêmeos.

-Prometi? Quando?

-Quando a gente te ajudou a pegar...você sabe... – olhou meio constrangido para Castiel, provavelmente como se estivesse em dúvida, se deveria falar sobre ela, ou não. – Debrah – sussurrou, quase inaudível .

-Cara, não tem problema falar dela, são águas passadas. – o ruivo sorriu, fechando os olhos e dando de ombros.

-Você tem razão, eu prometi um bolo. Amanhã, na festa, eu vou ter que trazer alguma coisa, né? Vou fazer um bolo bem grande, então. – Nossa, diário, acho que esqueci de dizer. Amanhã é dia 31 de outubro, Halloween. A escola vai realizar uma festa, e os estudantes é que vão trazer doces e coisas do tipo. Também vai haver um concurso de fantasia. Eu estou preparando a minha fantasia e a de Lysandre (Foi muuuuuuito difícil convencer ele a me deixar fazer isso), Violette está me ajudando.

Bom, depois de toda aquela conversa, almoço e aula, chegou a hora de ir para casa. No caso, para a casa do namorado. Quando o sinal tocou, Lys já estava ao lado de minha mesa, esperando para irmos. Eu nem havia arrumado o material, o fiz às pressas, porque o acinzentado tinha muita. Estava com vontade de dar-lhe um tapa e dizer “Pare com isso, homem! Você está me irritando!” Ele me puxava pela mão com extrema desatenção, tentando ir o mais rápido que podia.

-Lysandre...devagar! – eu disse, puxando-o, quando já estávamos fora da escola.

-Oh, queira me perdoar. Isso foi rude da minha parte. – ele desacelerou, mas ainda continuou caminhando – Eu só estou...com pressa. – buscava palavras, com uma atitude estranha.

-Podemos parar numa loja de conveniências? Quero comprar pipoca e coisas assim. – fui olhada por um par de olhos de cores diferentes, absurdamente assustados. Depois de muito pensar, seu dono me deu uma resposta.

-Ok...não há nada de mau nisso, afinal. – eu parecia ver suor escorrendo por sua face, mesmo o clima estando frio. Chegamos a uma loja de conveniências, ali perto. Entrei, peguei algumas coisas, refrigerantes, doces e pipoca. Notei que Lys continuava com um comportamento estranho. Resolvi testá-lo. Aproveitei que ele se distraiu, e fui ao balcão, fazer meu pedido. – O que está fazendo?!

-Pedi um milk-shake pra gente dividir. – sorri. – Podemos sentar ali, enquanto isso. – apontei para o lado de fora da loja, onde tinham apenas duas mesas, quase que encostadas ao vidro da porta. Sua expressão foi de puro pânico.

-N-Não pode pedir pra viagem? – o rapaz perguntou.

-Sinto muito, senhor, não temos para viagem. – respondeu a atendente, atrás do balcão. O acinzentado passou a mão no rosto, parecendo suar frio, suspirando pesadamente.

-Lys, por que não me espera lá fora? – disse, pagando todas as coisas.

-Tudo bem... – o mesmo se dirigiu ao banco, sentando-se de maneira bem desconfortável. Poucos minutos depois, peguei o milk-shake de baunilha com cobertura de creme de avelã, e me dirigi onde ele estava, sentando-me bem ao seu lado, apontando-lhe um canudo da taça. - ...Desculpe...não sei se quero tomar isso agora. – disse, sem ao menos olhar para mim.

-Ok, Lysandre, você vai me contar o que está acontecendo, e vai contar agora! Se não fizer isso, vou me levantar, e vou embora agora mesmo. – Olhei-o, séria. O mesmo me olhou nos olhos, com a mesma seriedade, e com medo estampado nesses.

-Fale baixo, está bem? Eu vou contar. – sussurrou, me abraçando com um só braço, ainda de maneira estranha. – Você ainda tem aquele espelho de mão, na sua bolsa?

-Tenho, por quê?

-Pegue-o, discretamente. – assim o fiz, e entreguei o objeto em suas mãos. Lys abriu-o, posicionando-o discretamente, tentando mostrar-me algo. – De forma alguma manifeste alguma reação. Faça de conta que não está vendo nada, está bem? – assenti. – Olhe bem ali. Atrás daquele carro vermelho, que está há menos de dez metros. – Quando olhei para o local que ele me disse, meu coração parou. Sussurrei, não por vontade própria, mas porque minha voz parecia não querer sair, de tão incrédula que fiquei.

-Nina...? – A pequena garota loira tentava se esconder, mas claramente nos observava. –Por quê?

-Ela está me seguindo desde hoje de manhã. Não tenho medo, não por mim, mas com certeza, temo pelo que ela poderia fazer com você. Eu não queria lhe contar, tive medo da sua reação. Saiba que você não precisa temer, enquanto eu estiver aqui. – meu namorado me apertou mais contra si.

-Eu não estou com medo. – O mesmo virou totalmente a cabeça, me encarando, incrédulo. – Sabe, eu tenho todos os motivos pra acreditar que ela é apenas uma criança bastante perturbada. Mas eu sei que o que desencadeou esse espírito Yandere, stalker e estranho nela, foi a Debrah. Ela é só uma criança muito mal influenciada, que tem um ídolo, uma paixão platônica e impossível.

-Eu sei que ela é, mas ainda sim, eu tenho medo que ela te siga até a sua casa e faça algo com você. E algo me faz crer que esse é o motivo de ela estar atrás de mim desde hoje de manhã. Ela possivelmente quer saber onde você mora. – ele baixou os olhos, tristemente.

-Vamos tomar isso, e vamos pra sua casa, tá? – sorri, beijando sua bochecha. O mesmo assentiu. Tomamos tudo, e fomos ao apartamento. Chegando lá, tentei distrair Lysandre o máximo possível, pois o mesmo parecia absurdamente incomodado e chateado com o que acabara de acontecer, sentando-se ao meu lado no sofá, sem ao menos relaxar. Ao mesmo tempo, enviei uma mensagem a minha mãe, dizendo que em breve ela poderia me buscar. Eu não poderia ir embora tarde, tinha coisas para terminar em casa. – Então...você está ansioso pra festa de amanhã?

-Festa? – ele fez uma pausa, com uma cara de confusão. – Ah...sim, eu havia me esquecido completamente. Como vai a fantasia? – ele deu um sorriso sutil.

-Vai super bem! Pedi ajuda pro Armin, pra Violette e pra Rosa. – sorri, de orelha a orelha.

-Pro Armin? Mas ele sabe costurar?

-Na verdade, não. Mas ele tinha uma espada, e não ligou de emprestar.

-ESPADA? – Lys arregalou os olhos.

-Sim! Vai ficar super lindo! Eu não consegui encontrar a arma pra minha fantasia, mas achei a peruca! – continuei empolgada.

-Bom, pelo visto, não é algo que tenha o meu estilo.  – suspirou, receoso.

-De fato, não. Mas você é muito parecido com o personagem, e eu também. É bom variar, Lys. Sempre usamos essas roupas, e vamos colocar umas bem mais japonesas amanhã. – O mesmo começou a afrouxar seu lenço, que parecia estar lhe incomodando, apertando, sufocando.

-Bom, pelo menos, pode ser difícil me reconhecer, visto que todos esperam que eu vá todo vitoriano, como sempre. – Ele estava com uma dificuldade imensa de afrouxar o lenço, talvez por estrar distraído e de cabeça cheia, ainda. Sentei em seu colo, ajudando-o com isso, e o vendo aliviado. Não estava tentando provoca-lo, nem nada do tipo, mas ainda sim, a vontade que eu tinha era de roubar aquela boca.  – Obrigado.

-Por nada. – aproximei-me, beijando-o. Agora, meu caro diário, peço-lhe paciência, pois eu preciso explicar direitinho esse beijo, pois não dávamos um assim, há tempos.

Juntei nossas bocas, delicadamente, massageando, pressionando. Coloquei uma mão em seu rosto, e ele, uma em meus cabelos e outra sobre a minha coxa, com carinho. Abrimos nossas bocas quase que ao mesmo tempo, unindo nossas línguas. Íamos e voltávamos, dançando gentilmente, com aquela movimentação suave e lenta. Sabe aquele beijo demorado, que continua sempre no mesmo ritmo? Então, esse mesmo. Demorou bastante para resolvermos acelerar, e quando o fizemos, ainda sim, foi lento. Enquanto acelerávamos com paciência, Lysandre me moveu em seu colo, fazendo-me colocar uma perna de cada lado seu, sobre o sofá. Vez ou outra, devido à movimentação, acabávamos nos distanciando. Mas o rapaz não deixava, não senhor. Ele sempre me puxava de volta, unindo nossos corpos. Uma vez que nos cansamos de apenas massagear, trocamos os rostos de lado, e colocamos nossas línguas dentro da boca um do outro. Lys pressionou minha nuca, puxando-a mais para si. Fazendo nosso beijo ficar, aos poucos, mais quente. Passei meus dois braços sobre seus ombros, abraçando-o. Estava ficando quente.  Eu mordi seu lábio inferior, fortemente. Como resposta, ele soltou um som baixo, descendo, em seguida, a mão que estava na minha nuca, e chegando a minha camisa, cheia de babados, abrindo os botões, um a um. Lysandre fez uma trilha de mordidas até a lateral do meu pescoço, dando leves chupadas no local, sem a intenção de deixar marcas. Ele subiu com a língua, em contato com a minha pele, até perto do ouvido. Sussurrando algumas coisas.

-Eu estou louco para te ver contorcendo! Quero te dar muito, muito prazer. – aquela foz rouca me fazia molhar as partes baixas, puxar seus cabelos e arranhar sua nuca.  – Me deixa fazer o que eu quero, só dessa vez? – ele adentrou sua mão em minha calça e calcinha, tocando imediatamente a minha intimidade – Eu prometo que você não vai se arrepender. – Mordeu o lóbulo da minha orelha, no final de sua fala. Seus dedos se mexiam, pressionando e deslizando a área em volta do meu clitóris. Ele ficou um bom tempo ali, enquanto me beijava, me mordia, dizia coisas obscenas no meu ouvido e me levava à loucura.  Quando se cansou, tirou sua mão, segurando minhas penas em torno de si, levantando do sofá, me colocando sentada no mesmo, e ele, de joelhos, na minha frente, tirava sua jaqueta e camisa, às pressas. O mesmo começou a tirar minha calça jeans preta, juntamente com minha calcinha. Lysandre, adentrando seus dedos em minha intimidade e massageando meu clitóris com o polegar da mesma mão, escorregava, ao mesmo tempo, sua outra mão para o feixe do meu sutiã(que era na frente), abrindo-o com muita habilidade e apalpando um seio, enquanto chupava o outro.

-Aaaah... – a essa altura, é claro que eu estava gemendo bastante, e bem alto. Eu tentava alcança-lo, para apertá-lo, beijá-lo e tudo mais, mas mesmo não deixava. O máximo que eu podia fazer era arranhar suas costas e puxar seus cabelos. Logo, quando eu parecia estar sendo covardemente torturada, ele removeu os dedos, levantou sua cabeça e introduziu-os em minha boca. Foi bem inesperado, talvez até estranho, mas quem é que estava pensando naquela hora? Assim que tirou sua mão, ele me beijou, apaixonadamente, em seguida, ficando poucos centímetros de distância e sussurrado, novamente, com aquela linda voz rouca e sensual:

-Está gostando? – havia um sorriso malicioso, ali, me tirando ainda mais do meu estado de coerência mental. Respondi apenas com uma mordida bem dada, em seu lábio inferior. O rapaz soltou um riso baixinho, me dando outro beijo rápido e então descendo seu corpo. O acinzentado abriu minhas pernas, dando mordidas e lambidas em minhas coxas, fazendo uma trilha até minha intimidade, e chegando lá, abocanhando-a com vontade, ao mesmo tempo que introduzia seus dedos. Sua movimentação era incrível. Estava fazendo o que ele queria: estava me contorcendo.

-Ly...Ly... – eu tapava minha boca. Ele me olhou, levantou a cabeça e produziu o sorriso mais maldosamente lindo do mundo.

-Fale!

-N-Não!...hmm – ele não parava de mover a mão.

-Se você não falar, eu vou parar! – maldito, chantagista. Eu não gosto de ficar falando nessas horas. Balancei a cabeça, negativamente, em movimentos rápidos.  Ele começou a diminuir a velocidade, eu entrei em pânico! Parecia que eu ia morrer se ele parasse ali.

-N-Não...para,... Lysandre! – foi embaraçoso, mas saiu.

-Não parar com o que? – Maldito! Por mais que eu adorasse ver sua cara daquele jeito, era torturante. – Fale, Veronica, com o que eu não devo parar?

-D-De...me...me – ele aumentou a velocidade, fazendo minha fala ser mais difícil. – De me...dar prazer!...hmmm...mais...mais...por favor! – Eu estava no meu limite, ele precisava terminar. Senti minha coxa ser fortemente mordida, a ponto de eu quase gritar.

-Você me deixa louco! – Sua boca voltou para minha intimidade, chupando-a ainda melhor, e seus dedos, fazendo movimentos ainda mais rápidos. Logo, eu não aguentei. Aquele prazer todo subiu, subiu, subiu, enquanto meu corpo esquentava. Eu tive um orgasmo fortíssimo, maravilhoso.

-KYAAAAAAAAAAA! – Eu gostaria muito de acreditar que os vizinhos dele são surdos, pois se não forem, com certeza escutaram meu grito, forte e agudo. Assim que a onda passou, puxei-o para me beijar, vorazmente. Fui deitada no sofá, com ele sobre mim, me beijando a boca e pescoço, com bastante vontade. – Je te veux! (**Jê tê vú – Eu te quero!**)

-Pas autant que moi! (**Pa oton que mua – Não tanto quanto eu!**) – Toquei-o sobre a calça. Nunca havia o visto tão duro! Eu estava louca de vontade de por minhas mãos naquela belezinha, e mais louca ainda, de vontade de tê-la dentro de mim. Enquanto nos beijávamos, nos apertando , e gemendo...meu telefone começou a tocar. Caralho! Caralho, mãe! Desde o meu aniversário que a gente tá querendo se pegar assim, e você interrompe bem na hora! Claro, paramos o que estávamos fazendo, e eu tentei fazer uma foz normal e menos ofegante para atender o celular.  – ALO?

-Oi, filha. Estamos indo te buscar – disse a minha mãe.

-N-Não, espera mais um pouquinho! Por favor! – supliquei, enquanto Lysandre me abraçava, roçando o nariz e os lábios em meu pescoço.

-Não, filha. Estamos saindo do trabalho agora, super cansados, os dois, e se chegarmos em casa, não vamos mais sair. Se você quiser ficar, fique, mas se quiser vir embora, é agora.

-Espera, mãe! Só um minuto. – coloquei o telefone no peito, abafando o som. – Ela disse que se eu quiser que eles me busquem, tem que ser agora. – Disse ao Lys.

-Ela não pode esperar? –acenei, negativamente. O rapaz suspirou. – Então é melhor você ir. Depois, se ficar tarde, não saberemos quem vai estar lá fora.  – Disse, sério. – Amanhã a gente continua. Você dorme aqui. – me deu um selinho.

-Mas eu quero agora! – resmunguei.

-Prefere agora, rapidinho, ou amanhã, a noite toda? – ele sorriu, malicioso. Corei da cabeça aos pés.

-M-Mãe, pode vir, tá? – Acabou por aquilo mesmo. Vestimos nossas roupas, eu desci com dificuldade, e antes de entrar no carro, beijei meu namorado. – Até amanhã!

-Até! Apesar dos contratempos, nosso aniversário foi ótimo. Eu te amo!

-Eu também te amo! – demos um selinho.

-Hoje era aniversário de vocês, então? – perguntou minha mãe. Nem notamos que eles estavam ouvindo. Ficamos constrangidos. – Parabéns! – Ela sorriu. Após aquilo, fomos embora.

Tomei meu banho, jantei, terminei as roupas e estou lhe escrevendo. Amanhã é dia de fazer bolo, fazer festa e fazer sexo! Sério, estou ansiosa! Hahahahaha. As fantasias são se-gre-do! Mwahahaha!

Boa noite, Diário.

 


Notas Finais


E é isso, minhas coisinhas.
Tenho duas coisas para falar:
Primeiramente, eu gostaria de avisar que vou reescrever a sinopse da fic, e que pretendo reescrever os primeiros caítulos, porque eu me envergonho da minha pontuação no começo, e sei que não é nada atrativo para pessoas que caem aqui de paraquedas.
Segundamente(eu sei que essa palavra não existe), eu ando tendo MUUUUITA dificuldade de escrever capítulos mais curtos. Ando muito tagarela, e nada abaixo de 3500 palavras sai. O que eu quero saber é: é um problema para você ler um capítulo muito longo, com essa bagagem de 4000~6000 palavras?
Comentem aqui em baixo o que acham, eu quero muito saber.
P.S: João Pedro amou muito vocês, e até criou uma conta aqui no spirit só pra responder seus comentários! Hahaha.
É isso aí, COMENTEM, ADICIONEM AOS FAVORITOS E COMPARTILHEM COM OS AMIGOS, SE QUISEREM ME AJUDAR!
Beijos e até a próxima! <3


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