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História Doce Primavera - Capítulo .37.


Escrita por: SoFine

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 37 - Capítulo .37.


— Por um breve momento, bateu o desespero. — Suspirou, ofegante. — Achei que não aceitaria. 

Sakura soltou uma pequena risada, quase inaudível. 

— Fiquei... Surpresa. Nunca imaginaria a cena, inclusive, se alguém viesse do futuro e me contasse que Sasuke Uchiha me pediria em casamento de joelhos e entregando-me flores, nunca acreditaria. — Ambos sorriram, de forma sutil. — Mas por qual motivo acreditou que naquele momento que fiquei o encarando não aceitaria? Estava apenas... Processando a informação. — Mordeu os lábios. 

Os mais novos noivos estavam deitados e suados após uma noite recheada de emoções. 

Sakura encontrava-se com a cabeça apoiada sobre o peito desnudo de Sasuke, com a mão perto de seu rosto. Literalmente, parecia que estava sonhando acordada. 

Após Sarada nascer e conviver com Sasuke sob o mesmo teto, começou a sentir vontade de oficializar a relação com o namorado... Mas não sabia se esse assunto ainda o assustava, já que outrora, o pai dele praticamente estavam o obrigando a tomar tal decisão. 

E convenhamos... Casamento não é brincadeira. 

Por mais que as coisas hoje em dia não são levadas tão a sério como era na época de seus pais, no coração alimentado pela esperança de Sakura, sempre sonhou com aquela situação e por mais que Sasuke não fosse o homem e príncipe encantado e idealizado em seus sonhos, sempre tivera a certeza que seria ele. 

Por isso, ficou tão mal quando terminaram. 

Seus olhos estavam fixos no anel de noivado. Tão lindo... tão diferente. Ela tinha quase certeza que aquela joia havia pertencido a alguém da família dele, anteriormente. Algo cheio de histórias. Ela com toda certeza, gostaria ouvir sobre depois. 

— Devido aquela vez do papai ter dito a você que deveríamos nos casar.  

— Mas eram outras circunstâncias, estava praticamente sendo forçada a casar a força com alguém que não queria sequer olhar na cara... — Sasuke mordeu a bochecha com a revelação. 

— Mesmo assim... Vai que a opinião não havia mudado?  

Ela riu. 

— Bobo. — Sakura sorriu. — Eu adorei a noite de hoje, será uma memória especial para o resto da minha vida.  

Sasuke sorriu de ladinho.  

— Poderia ter sido melhor, já que aqueles idiotas apareceram... Eu vou matar Itachi, cara até minha mãe veio — Revirou os olhos. — O nível da fofoca. 

Sakura riu alto. 

— Achei engraçado. Não foi ruim, você tem uma família ótima Sasuke! Foi legal eles terem ido ver. 

— Hm. Foram tirar uma com a minha cara, por Kami, que vergonha! — Sasuke tampou metade da sua cara com a mão. — Já foi difícil para mim tomar a coragem e fazer o pedido, imagina como fiquei depois que se aquele bando de malucos se mostrou fazendo cena. Oh, queria sumir. 

Sakura encarou o anel, sem deixar seu sorriso escancarado de orelha a orelha. 

— Devo admitir que por um breve momento, desconfiei. Itachi soltou pérolas o dia todo. Agora entendi, principalmente do vermelho rubi. 

— Haja paciência com aquele animal, juro, vai ter volta. 

Sakura revirou os olhos, rindo do pequeno surto do Sasuke. 

— Sasuke... O anel, ele era de alguém da sua família?  

— Você reparou. — Sorriu. — Era de minha bisavó. Lembra do dia que eu fui na casa de Madara? — Ela assentiu. — Ele me deu aquele dia, dizendo que era para tomar vergonha na cara e fazê-la uma Uchiha.  

— Então você fez o pedido só porquê alguém pediu para fazê-lo? 

— Claro que não... — As mãos do garoto faziam carinho nas costas da noiva. 

— Poxa, achei que tivesse partido de seu próprio interesse. 

— Irritante... — Sasuke blefou, levando um tapa em seu peito. Riu. — Acha mesmo que faria só por que alguém sugeriu? Obviamente que não. 

Sakura riu de leve.  

— Estou só tirando uma com você. 

— Hm... 

— Então... Quando vamos oficializar? 

— Pensei após nossa formatura. O que acha? 

— Uma boa data. — Mordeu os lábios. — Poderíamos fazer em Konoha, já que nossos amigos final do ano estarão por lá, provavelmente. Podemos fazer uma pequena janta para comemorar. 

— Pode ser. — Sasuke sorriu. — Provavelmente minha mãe irá te encher o saco com os preparativos. Prepare-se. 

— Gosto muito da sua mãe, não será incômodo algum. 

— Ahhhh, mas para mim será. Até vejo ela me obrigando a usar roupa que ela quer, só para me contrariar. Já vou avisando, minha roupa será escura. — Fez bico. 

— Ah não Sasuke... Que tal cinza? 

— Cinza escuro. 

— Cinza claro. 

Sakura revirou os olhos. 

— Vai querer vestir a Sarada de preto, também? 

— Por mais que seja minha filha, não ouso sugerir nada para vestir, sei que serei a minoria tendo você e minha mãe como cúmplices. 

Sakura franziu o cenho, fingindo-se de ofendida. 

— Vou fingir que não escutei isso. — Sasuke riu alto com a declaração da amada.  

— Tudo bem... —  Sorriu malicioso. — Podemos voltar para a parte que estávamos antes de começarmos essa conversa. — Sakura franziu o cenho. — Aguenta outra? 

— Sasuke... — Corou. — Já está tarde, amanhã você tem trabalho e... 

— Foda-se. — Comentou de forma safada, em seu ouvido. — Nunca me cansarei de você... 

— Merda Sasuke... Por quê fala assim? 

— Por quê sei que não irá recusar. 

— Seu safad... Ai... Hm... 

Alguém iria acordar cansado amanhã... E quem disse que ele se importava? Aquela noite fora muito especial, nada iria impedir de amar quem ele mais ama. 

Nem mesmo, uma noite bem dormida.  

** 

Sasuke adentrou a cozinha inalando o magnífico cheiro de café da sua mãe. Ah... que falta que aquilo fazia. 

O garoto parou na bancada, silenciosamente, para não cortar o momento.  

A mais velha finalizando passar o café, enquanto segurava Sarada com um dos braços, não percebendo a presença do filho mais novo ali. 

Estava concentrada, colocando a água quente aos poucos, no coador de café. 

Como ela conseguia fazer duas coisas ao mesmo tempo?  

A avô conversava com a neta, em tom doce e infantil, direcionando o olhar ora para ela, ora para o café. 

— Minha netinha, você tinha que ver o seu pai pedindo a sua mãe em casamento. Foi tão lindo! Seu padrinho filmou, mesmo que não dá para escutar o que ele diz, pelo menos conseguimos ver o que ele fez. Sabe Sarada, nunca imaginei que ele faria algo assim algum dia. Seu pai não é nada romântico, acho que você mudou um pouco, deixou ele menos carrancudo. Você poderia fazer esse milagre no seu vô também, né minha pequena? Às vezes, tenho vontade de sumir com os surtos dele.   

Mikoto finalizou, colocando a chaleira quente sobre o fogão.  

— Provavelmente eles irão se casar após terminarem o ensino médio, bom, eu acho né. Você vai estar com uns... — Mikoto pôs-se pensativoa, calculando a idade da neta. — oito ou nove messes, estará engatinhando e mais firminha. Estou até pensando no seu looksinho! — Comentou animada. — Mas bem que seus pais deveriam esperá-la caminhar. Imagina, você e o Borutinho entregando as alianças seria a coisa mais petica do mundo. 

— Hm. 

— Ai!  — Mikoto deu um pequeno pulo, assustada. — Moleque! Estou com a sua pequena na mão, perdeu a noção? E se eu derrubasse com o susto que me deu agora?  

Sasuke riu.  

— Que história é essa de entregar aliança com o Boruto? Por que todo mundo enfia esse garoto no meio?  

— Ah qual é irmãozinho, mó fofinho os dois juntos. — Itachi chegou no cômodo, se intrometendo na conversa. 

Sasuke aproveitou para deferir um soco em seu braço.  

— Seu pau no cú! O que eu fiz? — Itachi comentou na maior inocência, aproximando-se da mãe, dando-lhe um beijo na bochecha.  

— Ridículo! Vai ter troco, nunca mais conto as coisas para você. 

— Pare de ser ingrato, maninho. — Cutucou a bochecha de Sarada. — Mandou bem ontem. 

— Poderia ter sido melhor. — Sasuke apontou o dedo indicador ao irmão. — Mas fez questão de se intrometer, Itachi. Isso terá volta. Não te conto absolutamente mais nada! — Fez bico. 

— Ah Sasuke, acha mesmo que iria perder a oportunidade? Nunca! E me contra outra, você não vive sem meus conselhos. — Piscou, vangloriando. Sasuke revirou os olhos. 

— E você mamãe? Não tem vergonha de ter vindo só por causa de fofoca? 

— Olha aqui garoto, não é por que você se tornou pai e irá casar que já pode dar uma de independente. Você me respeita, se não, cortarei as verbas da faculdade.  

— Ihu!  

Sasuke blefou. 

— E você Itachi, calado, temos muito que conversar. Acredita Sasuke, que tive que vir de ônibus? Eu tinha milhas, mas elas simplesmente sumiram! — A voz da mãe saia de forma debochada.  

— Sério mãe? Por que será? — Sasuke comentou irônico. Itachi travou a risada, recebendo um tapa da mãe. 

— Porra, todo mundo deu para me bater hoje? — Mikoto o encarou mortalmente. — Credo. Você tinha um monte de milhas, nem vem. 

— Sim eu tinha. Mas com passagens em cima da hora, elas simplesmente acabaram. Acredita? — Soou irônica. — Mas isso nem é o pior. Estou com raiva de você devido seu pai ter ficado igual um maluco lá em casa e quem teve que aguentar, fui eu.  

Sasuke riu alto. 

— E você, seu cretino, pare de rir!  

— Ah... Perdão por isso. — Itachi sorriu amarelo, pegando uma xícara. — Não queria que tivesse passado por essa situação. 

— Para de ser falso! Se não quisesse, não teria ido! Olha, estou vendo que esse final de semana irá render, Fugaku vindo para cá, mãe da Sakura. — Mikoto encarou a neta. — Ai, vamos sumir, pequena? — Riu pelo nariz. — Itachi, por favor, na conversa com seu pai apenas escute. Inclusive, eu irei sumir na hora da conversa, vocês dois que se entendam. 

— Tudo bem, mãe. — Itachi tomou o café em um gole, fazendo careta. — Nossa mãe, tá apaixonada? Pelo amor, esse café está só o açúcar. 

— Esqueceu que ela é toda melosa com o papai? 

Mikoto revirou os olhos. 

— É, mas pelo jeito ele não está dando conta dela, olha só o mau humor que a velha está hoje. 

— Culpa sua Itachi, ninguém mandou deixar o velho irritado, dá nisso viu. 

Mikoto observa os filhos indignada. 

— Oras... Seus... Pervertidos! Primeiramente, Itachi, velha é a sua avó!!! Vocês realmente perderam o respeito por mim, né? Céus, porquê comigo é diferente? Vocês veem seu pai, já se tremem todo, agora eu... 

— Oh mãezinha. — Itachi colocou seu braço sobre o ombro da mãe. — Sinto lhe informar, mas nem papai tem efeito sobre mim, só no cagão do Sasuke. 

— Ah cala a boca. Eu quero sentar aqui no sofá com uma pipoca e ver o xingão que vai levar do papai. Será divertido, afinal, só eu que recebo esporro do papai. 

— Ah tadinho, não apronta nada né filho? Quando não é você, é o Itachi. Você também me deve algumas, quando você disse que seria pai, Fugaku ficou um mês sem dormir, me deixando doida. Preciso de um descanso de maridos e filhos.  

— Hmmmmmmmmm.... — Itachi riu alto. — Ele ficou com inveja e queria dar mais um irmãozinho para nós? 

— Céus, eu nem tenho mais idade para isso. 

— Para ter nenéns ou fazê-los? — Sasuke questionou interessado.  

— Fazer é claro que ela tem disposição. Mó safadona.  

Mikoto deu um empurrão no filho mais velho. 

— Itachi, calado! — Mikoto massageou as têmporas. — Céus, vou deserdá-los, não é possível, eu ter que escutar isso da boca dos meus filhos! — bufou, irritada. — Vai estudar! Garanto que está com um monte de matéria atrasada por conta da viagem. — Apontou para Itachi. — E você, vai trabalhar. — Direcionou o dedo indicador ao mais novo. — Preciso focar na minha netinha, oras, e se querem saber, estou sim, muito apaixonada, mas por ela. Agora tratem de saírem daqui vocês estão me incomodando. 

— Credo, foi só nascer a neta que já largou a gente. Estou observando essa preferência aí, mãezinha. — Itachi resmungou. 

— Claro, ela não me incomoda, diferente de vocês dois. 

— Fica uma semana com ela, para ver se não incomoda. — Sasuke comentou. Mikoto revirou os olhos. 

— Vocês não tem o que fazer?? Vamos, vazem daqui!! 

Itachi saiu num pulo, dando mais um beijo estalado no rosto de sua genitora. Sasuke deu meia volta, porém, a voz dela o interrompeu. 

— Filho. — Os dois pararam de caminhar para encarar a mãe. — Sasuke. — Mikoto sorriu amarelo. Itachi resmungou “fala o nome, porra”, saindo dali. — Vou arrancar sua língua fora, Itachi! 

— Hmmm. — Sasuke chamou sua atenção, tirando a mãe do transe “xingão”. 

Mikoto colocou Sarada no carrinho, aproximando-se do filho mais novo.  

— Queria dizer que estou muito feliz filho, de verdade. — Depositou suas mãos sobre seu ombro. — E também muito orgulhosa de vê-lo como pai. Você está encarrando a situação com tanta maturidade que chega até me espantar, sabe? 

— Não esperava que seria assim?  

— Confesso que eu tinha sim, um pouco de receio. Inclusive, comentei isso com seu pai. Mas pelo que percebo, você tenta se fazer presente na vida de Sarada o máximo possível. Que bom filho, fico aliviada. Você e Sakura merecem ser feliz, independente do que fizeram ou deixaram de fazer.  

Sasuke sorriu para a mãe a puxando para um abraço. Ele simplesmente amava aquela mulher. 

— Obrigado, por tudo mãe. Eu te amo. 

Seus dedos faziam carinho nos cabelos da mãe. 

— Oh meu amor... Eu também, te amo. Muito. Imensamente.  

** 

Sakura acordou um pouco nervosa naquela manhã. Afinal, dentro de alguns minutos estaria cara a cara com a sua mãe. A pessoa que deveria mais a confortar no mundo, era o motivo de toda a sua ansiedade e angústia.  

Na noite anterior, conversara e marcara com Tsunade o reencontro entre mãe e filha. Sasuke iria levá-la a um restaurante próximo, para almoçarem juntas. 

Enquanto isso, Sasuke ficaria com Sarada nas redondezas, conforme o combinado. Como seu pai estava ali por Tokyo,  aproveitou para pegar o carro emprestado e dar umas voltas com a filha em segurança.  

Provavelmente, seu pai teria a conversa com Itachi e conhecendo bem os dois como eram, queria era manter a distância, apesar de imaginar o irmão mais velho levando esporro seria uma cena agradável pro seu ego. 

Por quê irmãos adorava ver o outro se lascar? 

O clima no apartamento com os dois se encarando não estavam dos melhores, imagina agora. Sasuke tinha pena de sua mãe que teria que aguentá-los... 

Sasuke dirigia tranquilamente, mas sua cabeça estava a mil. Esperava sinceramente que a sua tão querida sogra não ousasse dizer uma só palavra contra Sakura. Ele não se importaria de responder à altura, já que o carinho entre eles era recíproco. 

Sasuke estacionou o carro na frente do restaurante. Sasuke podia perceber de longe o quanto a sua noiva estava aflita e nervosa. Sakura deu uma última encarada em sua pequena que estava no banco de trás, na cadeirinha, vendo que a mesma havia vomitado um pouco.  

— Você a colocou para arrotar antes de sairmos? — Comentou limpando a boquinha da filha. 

— Claro que sim, logo depois que você a amamentou. — Encarou a cena. — Pode ser o balanço do veículo que a deixou enjoada, Sarada não está acostumada a andar de carro. 

— Pode ser. — Sakura mordeu os lábios. — Bom, qualquer coisa me liga. — Suspirou, nervosa, encarando-o. — Quando for a hora e se ela acontecer, eu entro em contato. — Sakura deu um selinho. — Cuide bem dela. 

— Eu sempre cuido. — Sasuke deu um sorriso presunçoso. — Vamos ao shopping, dar umas voltas por lá.  

— Ah, eu adoro Shopping. — Sakura fizera bico. 

— Podemos voltar, não tem problemas. — Respirou fundo. Sakura estava prestes a sair do veículo quando Sasuke tornou a falar. — Sakura...  

— Hmm? 

— Não deixe sua mãe montar em cima. E por favor... Diga tudo o que sente, não guarde nada para si. Ficar remoendo as coisas depois, é pior. Aproveite essa oportunidade. E se ela ofendê-la, ligue para mim que eu faço questão de vir até aqui e dizer umas verdades. 

Sakura riu pelo nariz. 

— Tudo bem, Sasuke, pode ficar tranquilo. Quero resolver logo essa minha situação com a minha mãe, não aguento mais as coisas da forma que estão. 

— Torço por você. Que aconteça o que for deixá-la melhor e mais aliviada.  

Sakura sorriu. 

— Obrigada pelo apoio Sasuke.  

Sakura descera do carro, despedindo-se das duas pessoas que ela mais amava em sua vida. Sorriu ao encarar Sarada com um pouco mais de um mês de vida, tão esperta pelo vidro do carro. 

Ela era tão linda. 

A passos curtos, ia se aproximando do estabelecimento.  

Sua cabeça pensava freneticamente o que iria dizer a sua mãe, mesmo sabendo que discurso ensaiado, de nada adiantaria.  

Nunca em toda a sua vida, sentiu-se tão ansiosa ou desesperada por algo. Ou por alguma situação. Nem quando contou a seus pais e a Sasuke que estava grávida, sentiu-se assim. 

O problema era que muita coisa havia acontecido desde então. A quase um ano atrás, Sakura era completamente diferente. Quando descobriu a gravidez, sentiu-se confusa, aflita e não imaginaria que passaria por tanta coisa difícil para ter sua pequena. 

Era boba, imatura e até mesmo infantil. 

A maternidade havia a transformado e a moldado de uma forma tão intensa, que diria que fosse impossível se não vivido na pele todos os processos que sofreu na pele.  

A rejeição dos pais. O sentimento de abandono de Sasuke. A pressão de Fugaku Uchiha. Comentários maldosos da sociedade. Complicações da gravidez. Seu corpo ganhando formas diferentes. Parto pré-maturo. Problemas com a maternidade. Baixo autoestima. 

Enfim... 

Um emaranhado de situações que deixaram em colapso. E aos poucos, ela ia se recuperando, mas sabia, que teria cicatrizes que nunca sairiam as marcas. 

E a situação com seus pais é uma delas. 

Adentrou ao restaurante encarando os fundos, não demorando muito para encontrá-la. Engoliu em seco, suando frio, apertando sua bolsa para si, tentando conter o nervosismo. 

E lá estava ela.  

Com semblante cansado, concentrada com o cardápio, revirando as páginas. Sakura segurou sua bolsa mais forte, tomando impulso para chamar sua atenção. 

Sakura sentiu sua garganta rasgar. Como deveria chamá-la, já que outrora dissera que não era mais sua filha? 

Aquilo a corroeu. 

— Mebuki. 

Aquela palavra saiu mais pesada que Sakura pensou que sairia. 

Os olhos aflitos da mãe pararam sobre os da filha. Por breve momento, procurou algo em seus braços, sorrindo ironicamente ao perceber a ausência da neta. 

“Não confia mais em mim”, pensou Mebuki. 

O olhar da mais velha percorreu dos pés à cabeça sobre o corpo da filha, percebendo cada mudança que havia adquirido após a maternidade. 

Sua pequena Sakura. 

Que não era mais tão pequena. 

Mebuki também se sentiu diferente, principalmente, por Sakura não a ter chamado de mãe. Aquilo doeu mais do que pensaria. 

E sem muito pensar, respondeu o chamado... 

— Filha... 


Notas Finais


Capítulo de transição. Achei necessário fazê-lo, para dar mais construção na obra, sei que estão esperando bastante por esse diálogo, inclusive, tbm estou.

Mas se eu colocasse todo num capítulo só, seria maçante.

O próximo, será todo sobre a conversa de Mebuki e Sakura.

E ai, qual a opinião de vocês? Sentirão a tensão do "Mebuki" para o "Filha"?


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