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História Doce tentação - A megera


Escrita por: ProibidaMills69

Notas do Autor


Quem será a megera?
Favoritem e comentem, por favor. 😘

Capítulo 10 - A megera


Fanfic / Fanfiction Doce tentação - A megera

A expressão de Regina foi sombria, toda a serenidade e segurança que ela tinha foi perdida diante daquela notícia.

 

Emma notou a cara de espanto de Killian e a expressão de pavor de Regina.

- Desculpa me intrometer mas... quem é essa tal de megera? – perguntou Emma.

- É alguém que eu não suporto... – disse Regina sem mudar a expressão.

- Quem? Alguma parente? – perguntou Emma tomando a expressão de pavor para si.

- Alguém que só serviu para me magoar... – disse Regina.

- A mãe dela... – disse Killian.

- Sua mãe? – perguntou Emma.

- O demônio encarnado. – disse Killian.

- Minha mãe, mas queria que não fosse... – disse Regina.

- Mando ela entrar? – perguntou Killian.

- E adianta eu dizer que não? – perguntou Regina.

- Eu vou deixá-las à sós. – disse Emma.

Emma foi em direção ao seu posto de trabalho e deu de cara com a megera que a olhou com desdém. Sentiu um arrepio e uma energia muito ruim naquela mulher, precisou somente vê-la para entender as expressões nos rostos de Regina e Killian.

- Quem é você? Não lembro de tê-la visto por aqui. – disse Ingrid Mills.

- Desculpe, sou Emma Swan diretora de arte da house agency da empresa. – disse Emma deixando as duas mãos para trás, pois não queria tocar naquela mulher e absorver tanta carga ruim.

Killian saiu de fininho sem que fosse visto pela mulher, desistindo de falar com ela.

- Cadê a minha filha? Creio que já fui anunciada, por que não veio me receber? – perguntou Ingrid.

- Eu não sei, senhora... – disse Emma.

- Ela está no escritório. – disse Fiona acompanhando-a.

- Obrigada, Fiona. – disse Ingrid.

- Regina, a senhora Mills está aqui. – disse Fiona abrindo a porta do escritório.

Regina nem sequer levantou o olhar, continuou com o seu trabalho.

- Obrigada, pode se retirar. – disse Regina ainda com o olhar fixo em seu projeto.

Ingrid caminhou em direção a Regina e ficou encarando-a.

- Não vai se sentar? – perguntou Regina ainda sem olhar nos olhos da mãe.

- É assim que você recebe a sua mãe? – perguntou Ingrid, com o semblante sério e a voz firme.

- Você queria o quê? Festa? Fogos de artifício? Nem ao menos avisou que viria. – disse Regina sendo irônica.

- Aprendeu a me responder? Não foi assim que eu a eduquei! – disse Ingrid.

- Educação ou ditadura? – perguntou Regina agora olhando para Ingrid, mas sem levantar-se.

- Você é muito má agradecida! Não me vê por um ano, nem ao menos se dá ao trabalho de olhar na minha cara quando entro? Não acha suficiente tudo que fiz por você? – perguntou Ingrid.

- Tudo o quê? Tudo de ruim? Tudo que me fez passar? – perguntou Regina.

- COMO OUSA A FALAR ASSIM COMIGO? EU SOU A SUA MÃE! – gritou Ingrid.

- A verdade! Apenas disse a verdade. – disse Regina.

Ingrid nunca havia sido enfrentada daquela maneira por Regina. Fez uma expressão surpresa, mas tinha certeza de que aquilo não ficaria barato.

- Se não fosse por mim, você não seria nem metade do que é hoje! Você teria sido criada na miséria se dependesse do seu pai! – disse Ingrid.

- NÃO TOQUE NO NOME DO MEU PAI! – gritou Regina.

- OU O QUÊ ? Você nem ao menos conheceu o seu pai! – disse Ingrid.

- Mas eu sei como ele era! – disse Regina.

- Sabe como? Por meio das coisas que lê sobre ele? Um dramaturgo que morreu trabalhando? Um boêmio que vivia de farra? – perguntou Ingrid.

Regina sempre foi criada por meio de uma educação rígida, onde não tinha direito de voz, não podia expressar-se, não podia dizer não à mãe, que recebia humilhações e sempre foi obrigada a ser quem não era. Limitou-se diante da presença da mulher mais velha e sempre fez as suas vontades.

- Você sabe que só é quem é hoje, graças a mim! Você é arquiteta porque eu disse para ser! – disse Ingrid.

- Você sabe que essa nunca foi a minha vontade. – disse Regina.

- Se você seguisse a sua vontade, Regina, seria uma fracassada! – disse Ingrid abaixando o olhar a altura de Regina.

- Por que você acha que as suas escolhas são sempre as certas? Eu poderia ser uma arquiteta de fracasso se não me dedicasse. – disse Regina.

- Mas não foi! – disse Ingrid.

- Estou cansada de ser o que você quer! Estou cansada de me anular e de fazer a sua vontade! – disse Regina aproximando-se de Ingrid.

- Você vai fazer o que eu quiser sim! Ou prefere que eu revele o seu segredinho sujo? Você sabe as consequências disso... – disse Ingrid.

- Chega de me manipular! – disse Regina.

- Querida, você não pode contra mim, você é inútil sem mim, não teria nada sem mim! Você não passa de uma criança birrenta, burra e sem ação! – disse Ingrid.

Todos os fantasmas do passado de Regina voltaram com mais força, aquelas palavras eram as que mais a feriam, que atormentavam e lhe davam insegurança, a transformando novamente em uma criança assustada. As lembranças do passado voltaram a atormentá-la e sentiu o peso da culpa.

- Não quero que toque mais neste assunto! – pediu Regina deixando uma lágrima escorrer

- Quem é você para me ordenar algo? – perguntou Ingrid.

- Me deixe em paz! – pediu Regina.

- Lembra da sua amada? Que te abandonou no pior momento de sua vida? – perguntou Ingrid.

- CHEGA! – gritou Regina.

- Lembre-se que a única pessoa que te apoiou fui eu! – disse Ingrid retirando-se.

Killian encarou Ingrid na saída da empresa.

- Você ainda trabalha aqui? Minha filha só se mistura com gentalha! – disse Ingrid ofendendo Killian.

- Cobra! – disse Killian ao ver Ingrid virar as costas.

Regina sentou-se no canto do escritório e começou a chorar. Lembrou-se de seu amor do passado, a única mulher por quem foi apaixonada e ocultou isso de todos, somente Ingrid sabia. Regina resolveu enterrar o seu coração e não se apaixonar mais, casou-se com David por ter que cumprir um acordo e esconder-se novamente. Sempre que parecia encontrar forças para enfrentar Ingrid, a mãe tinha uma carta na manga para deixá-la sob o seu controle.

Emma estava preocupada com a presença daquela mulher na empresa e na vida de Regina, pensou que talvez seja em relação a isso que ela teria que ajudá-la, mas não sabia nada de fato, apenas sentia.

- Emma? – chamou Zelena.

- O que foi? – perguntou Emma despertando de seus pensamentos.

- Preciso da sua arte, está pronta? – perguntou Zelena.

- Quase... – disse Emma.

- Você está muito distante hoje o que houve? – perguntou Zelena.

- Está pensando no amor. – disse August rindo.

Emma deu de ombros.

- Vou finalizar e te entrego. – disse Emma virando-se para a tela do computador e tomando um gole de café.

- Precisamos gravar o institucional, já temos o roteiro pronto. – disse Ruby pegando o roteiro das mãos de August.

- Precisamos gravar com Regina. – disse August.

- Eu posso falar com ela. – disse Zelena.

- Você falar com ela? Isso não é sempre a Emma ou a Ruby que faz? – perguntou Belle estranhando o que Zelena acabou de dizer.

- O que tem demais? – perguntou Zelena.

- Nada, só não é normal. – disse Belle enciumada.

- Deixa que eu vou. – disse Emma levantando-se.

- Você tem algo com Regina, Emma? – perguntou Zelena desconfiada.

Emma virou-se e olhou para a irmã sem entender a pergunta.

- O quê? Eu sou casada, Zelena! – disse Emma irritando-se.

August e Ruby entreolharam-se.

- E? – perguntou Zelena.

- E que eu não teria nada com ela. Não estou entendendo a sua pergunta e até onde eu sei, Regina também é casada. – disse Emma.

- Casada e não morta. – disse Zelena.

- Está com ciúmes? – perguntou Emma.

- Por que estaria? – perguntou Zelena.

Belle não estava gostando nada do que estava ouvindo.

- Não briguem! – disse Ruby.

- Eu não sei, me diga você. – disse Emma.

- Chega! Cadê a sua arte? – perguntou Zelena.

- Está ali, não viu? – perguntou Emma com tom arrogante.

- Se eu tivesse visto, não teria perguntado. – disse Zelena.

Emma revirou os olhos e saiu.

- Quer almoçar comigo hoje? – perguntou Zelena a Belle.

- Infelizmente eu não posso, Gold me chamou para almoçar. – disse Belle.

- O diretor financeiro? – perguntou Zelena.

- Ele mesmo... – disse Belle.

- Você está saindo com ele? – perguntou Zelena.

- É a primeira vez que eu aceito a um convite dele. – disse Belle.

- Oh, mas você gosta dele? – perguntou Zelena.

- Eu não sei, mas não custa nada tentar. – disse Belle.

- Achei que você... – disse Zelena.

- Que eu o quê? – perguntou Belle.

- Nada... – disse Zelena.

- Eu já aceitei, mas se tivesse me chamado antes, eu iria com você. – disse Belle.

- Então já vou deixar o convite feito para amanhã, pode ser? – perguntou Zelena.

Belle sorriu.

- Claro... – respondeu.

Killian estava saindo do escritório de Regina cabisbaixo.

- Emma, ela não quis me receber. – disse Killian.

- Por que? Algum problema? – perguntou Emma.

- Creio que a megera a deixou assim e ela sempre prefere ficar sozinha. – disse Killian.

- Mas ela não pode enfrentar tudo sozinha, eu vou tentar falar com ela. – disse Emma.

- Tente, mas acho que será inútil. – disse Killian.

Emma não deu ouvidos, foi em direção a porta e bateu.

- Regina? – chamou.

Ela não respondeu.

- Eu vou entrar. – avisou Emma.

Regina permaneceu calada.

Emma entrou e deparou-se com Regina encostada na parede, sentada no chão e com a cabeça sobre os joelhos.

O silêncio tomou conta do ambiente, Emma fechou a porta devagar e deu dez passos lentos em direção a Regina. Sentia seu coração apertado como se fosse ela a magoada, parecia que compartilhava da dor de Regina.

- O que faz aqui? – perguntou Regina levantando a cabeça.

- Eu não acho que essa tristeza toda combine com você. – disse Emma.

- Infelizmente não tenho escolha. – disse Regina.

Emma estendeu a mão para que Regina pudesse levantar-se. A morena pensou um pouco, segurou na mão de Emma e levantou-se. Emma não soltou a mão de Regina e a surpreendeu com um abraço.

Emma a apertou, deu um abraço tão profundo e sincero que fez o coração de Regina bater mais forte, encostou a cabeça no ombro da loira e deixou as lágrimas caírem.

Emma não quis perguntar nada, acariciou o cabelo de Regina e isso a fez sentir-se melhor. Ficaram ali por alguns minutos e Emma pode sentir os batimentos de Regina acalmando-se pouco a pouco.

- Está melhor? – perguntou Emma.

Regina desprendeu-se do abraço e Emma usou o dedo indicador para limpar levemente as lágrimas do rosto de Regina.

- Não era pra você me ver assim... – disse Regina desviando o olhar.

- Você não precisa guardar tantas coisas dentro de você, uma hora você poderá acabar enlouquecendo. – disse Emma.

- Como sabe que eu guardo coisas? – perguntou Regina.

- Eu sinto... – disse Emma acariciando o rosto de Regina.

- E por que se importa? – perguntou Regina.

- Eu não tenho a resposta para essa pergunta, eu apenas quero que saiba que não precisa se esconder atrás de um alter ego... – disse Emma.

- Um alter ego? – perguntou Regina.

- Sim, esse que você criou. A Regina que vive por seduzir, usar e jogar fora, que não quer sentir nada por ninguém. Essa não é você de verdade, eu sei. – disse Emma.

- Acho que me superestima demais. E se eu não for essa pessoa que você acha que eu sou? – perguntou Regina.

- Eu não posso estar enganada... eu enxergo a alma das pessoas e você não tem uma aura ruim. – disse Emma olhando nos olhos de Regina e segurando em suas mãos.

- E se um fato do meu passado confirmar a pessoa ruim que sou? Tenho certeza de que mudaria de ideia sobre mim. – disse Regina.

- Eu não acredito nisso. Estou segurando as suas mãos e consigo sentir as suas frustrações, angústias e medos. Você precisa enfrentá-los, e se tem algo que te atormenta, precisa tirar toda essa história a limpo. – disse Emma.

- Acho que ainda não estou pronta. – disse Regina.

- Eu já te disse que posso ajudá-la, não importa o que seja. – disse Emma.

- Não... Não, é algo terrível! Algo que queria enterrar, eu não gosto de lembrar. – disse Regina.

- O que mais te afetou? – perguntou Emma.

Regina olhou nos olhos de Emma e tentou responder.

- Alguém que eu amava virou as costas para mim e... eu cometi algo imperdoável. – disse Regina.

- Então você já se apaixonou? – perguntou Emma.

- Infelizmente sim... - disse Regina.

- O que aconteceu para fechar-se assim? – perguntou Emma.

Regina balançou a cabeça negativamente.

- Não quero falar sobre isso. – disse Regina.

- Tudo bem... mas você precisa se afastar de sua mãe, ela prejudica a sua energia vital. – disse Emma.

- Você por acaso é alguma médium? Espírita? – perguntou Regina.

- Nada disso, eu apenas tenho uma sensibilidade maior para essas coisas, é um dom, eu não sigo esse tipo de religião. Meus pais sempre foram evangélicos. - disse Emma.

- Obrigada. – disse Regina.

- Pelo quê? – perguntou Emma.

- Me fez sentir melhor... – disse Regina.

A tempos Regina não sentia-se assim, o abraço de Emma despertou nela um sentimento diferente, que não sentia a muito tempo. Nenhuma das mulheres que passaram em sua vida nos últimos anos, a fez sentir-se tão bem.

Neal havia deixado um documento importante em casa e precisava entregar no dia seguinte, procurou por todo canto da casa e não encontrou. Foi até o quarto e checou as gavetas do criado-mudo, não estava em nenhuma delas. A gaveta de Emma estava trancada, algo que nunca aconteceu antes. Neal procurou a chave e a encontrou escondida em uma caixa de Emma, em que guardava coisas importantes. Perguntou-se por qual motivo Emma trancaria aquela gaveta, a revirou, encontrou o documento que precisava e o diário da esposa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pegou o objeto nas mãos e abriu na última página escrita.


Notas Finais


Esse segredo da Regina parece ser bemmmmm terrível.
Neal achou o diário e agora?
Favoritem e comentem, por favor. 😘


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