- Gina, calma! Não vá bater nela. Você não sabe quem é! Vai que é uma parente, uma prima distante... – disse Killian.
Lily tocou na mão de Emma acariciando-a.
- E agora? – perguntou Regina referindo-se a atitude de Lily.
- Agora bate! – disse Killian jogando uma mecha do cabelo para trás.
Regina deu passos largos em direção a Emma e Lily.
- Então é por isso que não quer falar comigo? Já está acompanhada. – disse Regina encarando Emma e Lily.
Lily arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.
- Você fez isso só pra me provocar, não é? Nós sempre viemos a este lugar e sabia que me encontraria aqui! – disse Regina nervosa.
- Se eu estou acompanhada ou não é problema meu! Você foi a primeira a me trocar! – disse Emma.
- O que vocês tinham já acabou, só aceite! Emma merece alguém melhor. – disse Lily.
- E quem é você pra saber o que é melhor para Emma ou não? Você nem ao menos sabe o que aconteceu entre a gente! – disse Regina.
- Eu não quero ouvir você dizer que se sentiu atraída pela aquela francesa maldita e muito menos que transou com ela! – disse Emma.
- Ela não quer te ouvir. É melhor sair! – disse Lily.
- Escute aqui sua perua de quinta, eu estou falando com Emma e não com você! Não sabia que ela tinha contratado uma porta-voz. – disse Regina segurando-se para não bagunçar a cara de Lily.
- Ela só está falando porque estou permitindo! – disse Emma.
- Emma, por favor, vamos conversar sozinhas. – pediu Regina.
- Você não entende o que é um não? – perguntou Lily.
- Cala a boca! Ela ainda não respondeu! – disse Regina.
- Essa guria é ousada! Tá achando que sapatão é bagunça? – perguntou Killian.
- Eu até ouviria você, mas depois daquela ligação eu não quero nem ouvir falar de você. Não sei porque ainda estou aqui. – disse Emma marejando os olhos.
- Emma, as coisas não são como você está pensando. Eu não liguei para provocá-la e muito menos fiquei com Delphine. – disse Regina.
- Não fale no nome dessa vadia que eu fico com vontade de socar você! – disse Emma.
- Soca! É melhor do que não querer me ouvir. – disse Regina.
- Você não tem vergonha de mentir? Eu soube de toda a história! – disse Lily.
- A quanto tempo vocês se conhecem? É alguma parente sua? Confidente que eu não conheça? Está íntima demais.... – disse Regina irritada.
- A conversa não chegou no galinheiro! – disse Killian a Lily.
- Abusado! – disse Lily.
- Emma, querida, larga de ser bobinha e pare de deixar os outros darem opinião no seu relacionamento! Relacionamento são duas pessoas e não três e nem quatro! Acorda pra vida e para de ouvir essa... caminhoneira do Paraguai! – disse Killian.
- E se eu quiser sair com ela? Você não saiu com Delphine? – perguntou Emma parecendo não ouvir nada do que Killian disse.
- Pela deusa do couro, para com isso! Ouça a sua mulher e pare de dar ouvido aos outros! Eu sei que sou terceiro também, mas pelo menos estou dando um conselho sensato. – disse Killian.
- Parece que não foi só eu que vim acompanhada... – disse Emma avistando a francesa que aproximava-se.
- Quê? – perguntou Regina.
Emma sentiu mais raiva ainda.
- Regina, que coincidência! – disse Delphine.
“Droga! Ela tinha que aparecer logo agora...” – pensou Regina.
- Tá vendo, Emma? Ela trouxe a amante para andar com ela hoje. Você merece alguém que te valorize e não essa safada! – disse Lily tentando convencer Emma a não escutar Regina. Zelena havia contado toda história e Lily sentia-se ameaçada por Regina.
Regina não controlou-se e partiu para cima de Lily.
- Dá na cara dela, agora ela abusou. – disse Killian.
- Safada é a tua mãe! – disse Regina dando um soco em Lily.
Emma ficou estática.
Lily revidou o soco acertando a orelha de Regina que tentou desviar.
- Não se preocupe, eu cuidarei de Regina hoje com muito carinho e ainda mostrarei o que é ter uma mulher de verdade. – disse Delphine provocando.
Emma sentiu o sangue ferver e deu um empurrão em Delphine.
- Ai Meu Deus! Elas vão se matar! – disse Killian apavorado.
- Que isso, garota? Tá louca? Quem é você pra me empurrar dessa maneira? – perguntou Delphine empurrando Emma de volta.
- Parece adolescentes do ensino médio! – disse Killian.
- Vou te mostrar quem sou eu! – disse Emma puxando o cabelo de Delphine.
- Puxão de cabelo? Pensei que sapatão brigasse melhor! – disse Killian.
- Filha da puta! – disse Regina segurando as mãos de Lily que tentava jogá-la no chão.
- Me solta! – disse Lily.
- Não se preocupe. Se você quiser ver como eu faço com Regina, eu deixarei você participar! – disse Delphine.
- EU VOU TE MATAR! – gritou Emma dando um soco no nariz de Delphine.
- O segurança está vindo, parem! – disse Killian tentando separar a briga, mas acabou levando um chute de Lily no saco.
- Ai! – disse Killian caindo no chão.
Regina derrubou Lily e deu um tapa em sua cara.
- Fique longe dela! – disse Regina.
- Senhoras, se não pararem acionarei a polícia. – disse o segurança tirando Regina de cima de Lily.
- Só não te bato mais porque eu sou fina! – disse Regina ajeitando as roupas.
O segurança separou Emma e Delphine também.
- Vou pedir para que se retirem! – disse o segurança.
- Vou embora, essa selvagem estragou o meu nariz! – disse Delphine.
- Já vai tarde! – disse Emma.
- Emma! – disse Regina ao vê-la dar as costas.
- Não quero falar com você! – disse Emma.
Lily estava sentindo dor.
- Você está bem? – perguntou Emma levantando-a.
- Sim, não se preocupe. – disse Lily.
Emma a ajudou a levantar-se.
- Emma, você vai com ela mesmo depois de tudo que ela fez aqui? – perguntou Regina.
- Quem mais me machucou foi você... – disse Emma.
- Você está tirando conclusões precipitadas! – disse Regina.
- Regina, é melhor ir embora. – disse Emma.
- Você prefere escutá-la do que escutar a mim? Não acredito que confia nessa estranha mais do que eu que passei esse tempo todo junto à você. – disse Regina.
- Eu vou com ela, Regina... você já me magoou o suficiente para eu não querer vê-la mais, o nosso namoro acabou e você estragou tudo. – disse Emma com os olhos marejados.
Regina também sentiu os olhos marejarem, não conseguiu falar uma palavra sequer e viu Emma lhe dar as costas, caminhando com outra mulher. Nunca havia sentindo-se tão insegura quanto naquele momento. Killian a levou de volta para casa.
- Eu vou te ajudar, Emma está cega. Ela precisa saber que você não fez nada. – disse Killian.
Regina sentia as lágrimas escorreram em seus joelhos.
- Não Killian, se ela não confia em mim, como sustentaremos um relacionamento? Mal passou um dia e ela já estava saindo com outra... – disse Regina.
- Eu acho que elas só queriam provocar ciúmes em você, ninguém arruma outra pessoa tão rápido e muito menos esquece uma mulher como você! – disse Killian tentando animar a amiga.
- Eu não tenho tanta certeza, se Emma acha que eu a traí, ela deve estar querendo se vingar... – disse Regina cerrando os punhos.
- Meu amor, Emma te ama e creio que ela não faria isso tão rápido. – disse Killian.
- Eu não sei... minha cabeça está explodindo! – disse Regina.
- Quer um comprimido? – perguntou Killian.
- Comprimidos não curam infelicidade e muito menos um coração partido. – disse Regina.
- Regina... tudo vai se acertar, você vai ver. – disse Killian.
Regina deitou-se no colo de Killian.
- Vamos sair hoje, pelo menos pra você não ficar nessa solidão nesta casa. – disse Killian.
- Eu não quero sair... – disse Regina.
- Vamos, o álcool cura a dor. – disse Killian.
- Temporariamente. – disse Regina.
- Pelo menos pra você relaxar. – insistiu Killian.
- Eu não sei... – disse Regina.
Killian acariciou o cabelo de Regina.
- Vamos, eu compro uma garrafa de whisky pra gente. – disse Killian.
- Killian... – disse Regina.
- Vamos, vamos chorar, vamos comemorar os meus filhos e esquecer nossas dores. – disse Killian.
Regina respirou fundo.
- Tá bom... – disse Regina.
- Limpe essas lágrimas e melhore essa carinha. – disse Killian.
Emma passou por Zelena sem falar nada e trancou-se no quarto.
- O que houve? – perguntou Zelena a Lily.
- Ela encontrou com a ex e a amante da ex... e um viado bem chatinho. – disse Lily.
- O que foi isso no seu rosto? Está roxo. – disse Zelena.
- Aquela idiota, a ex dela... – disse Lily.
- Por que ela te bateu? - perguntou Zelena.
- Porque eu defendi Emma. – disse Lily.
- Regina é uma dissimulada mesmo, além de levar a amante para o parque, te bate por defender Emma? Ela vai ver! Não deixarei que minha irmã a veja mais! – disse Zelena.
- É uma vaca! – disse Lily.
- Emma não pode ficar assim por causa dela. Vou levá-la pra sair hoje e você vai junto. – disse Zelena.
- Onde vamos? – perguntou Lily.
- Pra um lugar bem legal e bem longe de Regina. – disse Zelena.
- Balada? Ela não vai querer... – disse Lily.
- Um bar bem legal e tranquilo. Aproveita e consola ela... – disse Zelena.
- Pode ter certeza de que vou consolá-la. – disse Lily.
Zelena bateu na porta do quarto de Emma, mas ela não quis atender.
- Emma, você não vai fugir de mim a vida inteira. Eu levarei Lily pra sair e você vem com a gente! – disse Zelena.
- Eu não quero! – disse Emma.
- Emma, abra a porta! – disse Zelena.
- Larga de ser chata e me deixa chorar em paz! – disse Emma.
- Você não vai chorar a vida inteira por Regina. A vida que segue! – disse Zelena.
- É o que eu quero fazer agora! – disse Emma.
- Eu vou deixá-la sozinha por agora, mas mais tarde eu não aceito um não como resposta! – disse Zelena.
Emma não respondeu.
Zelena deu o espaço que ela precisava por algumas horas, mas com muito custo, conseguiu convencê-la a sair.
Arrumaram-se e foram para o bar onde Zelena havia planejado.
Emma sentou-se e já pediu a primeira dose de tequila.
- Emma, isso é muito forte! – disse Zelena.
- Se eu aceitei sair com vocês, contra a minha vontade, eu vou beber o que eu quiser e quantidade que eu quiser! – disse Emma irritada.
- Você quem sabe, mas depois não reclame se passar vexame. – disse Zelena.
- Deixa ela, Zelena. Beber um pouco a mais, somente uma vez, não tem problema. – disse Lily.
- Escute a sua amiga! – disse Emma virando a dose.
- Quer mais? – perguntou Lily.
- Quero encher a cara. – disse Emma.
- Você não conhece essa criatura bêbada. – disse Zelena.
- Não tem problema, eu aguento. – disse Lily piscando para Emma.
- Quero uma dupla! – disse Emma.
- Não vai beber? – perguntou Zelena a Lily.
- Tequila não, não me dou bem com essa bebida. – disse Lily.
- Pede outra coisa. – disse Zelena.
Emma já estava sentindo-se levemente tonta.
- Emma, vamos curtir esta noite. Não precisa pensar em nada, deixa as coisas fluírem... – disse Lily.
- A única coisa que quero ver fluir é o álcool no meu sangue. – disse Emma.
- Isso também, mas você pode relaxar... Eu sei fazer uma massagem maravilhosa. – disse Lily.
- Aproveita Emma. Lily é profissional, é ótima com os dedos. – disse Zelena dando um sorriso malicioso.
- Hum... – disse Emma.
- Anime-se! A noite está tão linda, só quero arrancar um sorriso seu... Você já deu um e eu tenho certeza de que é lindo, quero vê-lo novamente. – disse Lily.
- Não tenho motivos pra sorrir, não hoje... – disse Emma virando outra dose.
- É uma pena, alegraria minha noite mais um pouco, além de ter a sua companhia que já é bastante prazerosa para mim... – disse Lily.
Zelena sorria com as investidas de Lily, estava louca para que a irmã cedesse.
- Obrigada pela gentileza. – disse Emma.
- Você namorou alguma outra mulher antes de Regina? – perguntou Lily.
Emma respirou fundo e foi direta.
- Não. Eu era casada com um homem... – disse Emma.
- Então Regina foi a primeira mulher de sua vida? – perguntou Lily.
Emma estava incomodada com aquele assunto.
- Sim...
- Agora entendo essa sua fixação por Regina... – disse Lily.
- Pare de falar dela, fale de você... – sussurrou Zelena.
Lily assentiu.
- Sabe, existem mulheres muito mais interessantes... – disse Lily.
- Hum... – respondeu Emma totalmente introspectiva.
Lily pegou outra dose de tequila para Emma.
- Bebe mais um pouco... – insistiu.
Emma virou outra dose e começou a soltar-se mais.
- Que calor... – disse.
- Dizem que tequila é bom pra... fazer amor. – disse Lily tocando na mão de Emma.
- Você é cara de pau... – disse Zelena.
- É bom mesmo, mas Regina não está aqui... – disse Emma deitando a cabeça sobre a mesa.
Lily tocou na coxa de Emma.
- Você não precisa dela... – disse Lily.
Emma levantou a cabeça e sentiu as mãos de Lily acariciando a sua coxa, sentindo um leve arrepio.
- Ela me traiu... – disse Emma.
- Sim, mas você pode seguir em frente e ficar com alguém legal como eu. – disse Lily.
- Eu não queria que fosse assim... – disse Emma marejando os olhos.
- Claro que não, ninguém quer essas coisas... Mas eu posso ajudá-la a esquecer! – disse Lily tocando no queixo de Emma para beijá-la.
- Uau! – disse Zelena.
- Me ajudar a esquecer? – perguntou Emma sentindo a respiração de Lily próximo a sua.
- Beija... – sussurrou Zelena.
- Sim... – disse Lily quase encostando os lábios nos de Emma.
Emma desviou.
- Quase... – disse Zelena.
Emma encostou a cabeça no ombro de Lily.
- Se ela beber mais um pouquinho, você consegue... – sussurrou Zelena.
- Não acho que seja uma boa ideia, ela acordará com a consciência pesada. – sussurrou Lily.
- Por quê? Ela está solteira... – disse Zelena.
- Ela ainda gosta muito da ex... – disse Lily.
Emma levantou-se para ir ao banheiro com a ajuda de Lily e Regina chegou com Killian no mesmo instante.
- Cuidado! – disse Zelena a Emma que estava com dificuldade de ficar em pé.
Emma notou a presença de Regina e a chamou.
- REGINA! – gritou.
Zelena e Lily olharam em direção a morena no mesmo instante.
- Não acredito que essa vadia está aqui! – disse Zelena.
Lily desmanchou o sorriso no mesmo instante e percebeu que os seus planos foram por água a baixo.
Regina ficou sem reação ao ver Emma naquele estado e sendo segurada por Lily.
- Hoje é dia! – disse Killian.
- O que está fazendo com ela? Embebedando-a? – perguntou Regina a Lily.
- E se for? - perguntou Lily encarando Regina.
- Emma, me deixa levá-la para casa. - pediu Regina.
Zelena levantou-se furiosa com a petulância de Regina.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.