História Doce vingança - O tempo resolve

Três anos depois 

 O relacionamento de Eren com o policial eram de amigos íntimos, as mensagens que trocavam eram repletas de qualquer tipo de assunto, e o castanho descobriu um novo mundo de informações e ideias, jamais pensou fazer amigos e sentir-se confortável o suficiente para conversar sobre tudo o que lhe afligia. 

Até mandar a seguinte mensagem ao bicolor.

Eren: Meu cio está chegando, tenho tomado supressores por anos mas a médica recomendou que eu parasse, não lembro mais como é.

Jean: Imagino que deva ser complicado…

Tem alguém para cuidar de você nesses três dias de modo sexual?

Eren: Não… 

Eren estava muito nervoso por compartilhar aquilo com o bicolor, mesmo que o tempo que passou com Jean na rotina louca que é ser policial, eles passavam bastante tempo juntos, era fato.

Naqueles momentos singelos que eles compartilhavam quando o bicolor ia dormir na casa de Eren, pois Jean odiava a solidão do próprio apartamento, então escapava da realidade por algumas noites, que passaram a ser dias na semana e quase todos os de folga do policial também, além de ter coisas de Jean em sua casa. Alguma coisa nascia ali, não começou de forma sexual mas a atração e química estavam presentes.

Mas enquanto para Eren era assustador, pois não achava estar pronto, para Jean era como pisar em ovos, com medo de como o castanho reagiria. E nenhum dos dois dava o passo a frente, até aquele momento.

Jean não sabia como responder, o cio de Eren era algo que sempre tinha receio de falar - mesmo que por alto, mesmo ambos sendo da mesma classe era algo delicado pois o bicolor entendia como Eren se sentia. Decidiu arriscar e colocar seus sentimentos em jogo enquanto digitava.

Jean: Eu posso te ajudar?

Se arrependeu assim que mandou a mensagem, ia apagar mas o castanho tinha visualizado. Só conseguia pensar na merda que tinha feito.

E o pior, a resposta não veio…

Tinha estragado tudo! Passou a mão pelos cabelos descoloridos, decidiu voltar ao trabalho, faltando quinze minutos para o fim do seu horário de almoço finalizar, voltou para o computador querendo esquecer aquela inquietação e medo rondando sua mente.

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E eles ficaram naquele clima estranho durante quase uma semana somente trocando mensagens amenas e cordiais baseadas no "bom dia/noite, como você está?"

Até que Jean largando no turno da noite de sábado já se arrumando de modo a paisana, amarrando os tênis de modo que sua perna estava apoiada no banco e seu tronco abaixado sentiu o celular vibrar no bolso traseiro.

Ajeitou a postura antes de escutar o toque personalizado e atender com pressa.

"Oi Eren! Precisa de algo?" tentando manter a voz normal mas sua postura tinha mudado assim como seu humor, Eren daria o veredicto e aquilo o deixava incrivelmente nervoso.

•°•°•

A fragrância amadeirada misturada com flores não incomodava seu olfato como antes. Afinal era o cheiro que Jean deixava em suas roupas, passou a gostar.

Mas era uma consequência de conviverem quase que regularmente, né?

Leu e releu aquela pergunta, se questionando se era um erro de digitação mas Jean não corrigiu, então o pânico o tomou.

Jean realmente queria passar aquele momento frágil e íntimo com ele de modo sexual…

Seu rosto esquentou e seu coração bateu mais rápido, o ômega de olhos verdes estava pensando em diversas formas de responder mas nenhuma delas era de forma negativa.

Ao menos para si mesmo podia admitir que desejava aquilo, mas além de tudo com Jean.

E Eren passou grande parte dos anos tentando entender como se deixou viver aquele inferno na terra, com um homem que não amava de verdade, e passou por tudo isso somente porque a sociedade espera que um ômega tenha um alfa, provedor e um ômega obediente e fértil. 

Ele merecia se dar uma chance de fazer diferente, de experimentar, viver novamente. Aquele passado seria super importante mas não podia se privar, não mais.

Como naturalmente via o oficial somente como um amigo quando se conheceram, mas não podia negar que sentia sim algo pelo ômega de cabelos tingidos, com péssimo senso de humor e "cara de cavalo" quando ficava estressado ou sério como na maioria das vezes, não podia negar que estava apaixonado por Jean.

Eren demorou para responder aquele questionamento, mas já imaginava o que faria, só precisava de tempo para organizar as ideias.

Por isso arrumou a casa para ocupar sua mente confusa após descansar o almoço naquele dia em que o assunto veio à tona, mesmo que deixasse o outro ômega nervoso e a relação deles meio estranha. 

Mas precisaria estar com tudo organizado se pretendia realmente aceitar aquela ajuda quando o momento chegasse.

Até que no fim da tarde de sábado, quase uma semana depois após tomar um banho para esfriar a temperatura corporal, sentiu as pequenas cólicas chegarem.

Antes que sua situação ficasse pior ligou para o ômega sem aviso prévio mas contando que tudo daria certo, se não sofreria com as cólicas e febre nos próximos três dias que não havia outra alternativa a não ser passar por aquilo.