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História Dois É Demais - Nova Cidade, Nova Vida


Escrita por: SexHun

Notas do Autor


não consegui me controlar e tive que pstar hahah
mas to passando aq rapidinho porq to indo viajar pra competir agora
então desculpa os erros porq não revisei
e o cap ta pequeno porq é uma introdução da vida nova do minnie

Capítulo 2 - Nova Cidade, Nova Vida


 

 

Uma das minhas atividades favoritas acabou de ser destruída. Eu sempre amei viajar e quando eu descobri que viajaria, metade de mim ficou feliz e a outra metade triste. 

Bom, triste por causa da razão da minha viagem repentina. E feliz porque eu adoro ir para novos lugares, conhecer pessoas novas e comidas diferente e principalmente o conforto de um avião. 

Infelizmente essa minha viagem não teria a última parte.  

Eu sempre tento ser uma pessoa positiva, procurando o lado bom de qualquer situação. Mas parece que o mau humor cresceu em mim da noite pro dia. Dês do momento que acordei não consegui ficar feliz. 

Eu acordei cinco horas da manhã. Eu nunca acordei tão cedo na minha vida. E pra melhorar minha mãe me acordou aos berros, mandando eu me arrumar e ir tomar café da manhã. 

O café da manhã não tava dos melhores, minha mãe realmente não sabe cozinha. Normalmente quem cozinha aqui em casa é meu pai porque minha mãe queima toda comida que toca. E não foi diferente com o omelete. Comi pra agrada-la, eu só conseguia sentir o gosto de queimado, mas assim que ela saiu da cozinha fiz uma panqueca de banana e ovo pra mim. Fácil e rápido de se fazer, e além de tudo é delicioso. 

Depois do café da manhã falho fui me arrumar. Fui surpreendido com uma água fria, não conseguindo controlar o grito que seguiu. Tomei o banho mais rápido que eu consegui. Praticamente um banho de gato.  Só as partes necessárias lavadas. 

Eu já tinha separado a roupa que usaria na viagem ontem, então não perdi tempo na hora de me trocar. 

-Vamos logo, Minhyuk – Minha mãe apresou-me – Ou você vai perder o ônibus. 

QUE? ÔNIBUS? Como assim ônibus? Por que não de avião? A gente sempre viaja de avião. Quer dizer eu moro onde Judas perdeu as meias porque as botas ele perdeu antes. E daqui até a capital é uma viajem bem LONGA. 

Desci as escadas o mais rápido que consegui segurando três malas enormes cheias de roupa. Eu iria tirar a limpo essa história de viagem de ônibus. 

-Mãe – Ela parou de arrumar a cozinha pra prestar atenção em mim – Como assim eu vou perder o ônibus? Você não quis dizer avião? 

-Claro que não. Você merece um ônibus e olha lá. 

Olhei indignada pra mulher a minha frente. Eu merece um avião e muito mais por ser um filho maravilhoso. 

-Que mal eu fiz pra merecer um ônibus? 

-Além de trazer desgraça pra nossa família sendo gay? – Ela jogou a pergunta retórica na minha cara como se jogasse cobertura de chocolate no bolo. Ela parecia estar se divertindo e muito com a situação. 

-Mas é uma viagem de uma hora de avião, imagina de ônibus? 

-Por isso que você acordou cedo querido. Você terá que aguentar quase quatro horas dentro de um ônibus. 

Eu quis morrer. 

Eu não aguento nem meia hora nunca ônibus imagina horas.  

Eu não to dando chilique de rico nem nada, mas é que ônibus mexe tanto que eu sempre bato a cabeça no teto. E sempre tem alguém que fica tentando puxar assunto comigo, mas eu nunca entendo do que se trata o assunto. E parece que todo mundo esquece que existe desodorante. 

-Agora entra no carro. 

 

 

 

 

 

 

Já na rodoviária me despedi da minha mãe com um abraço e ela me fez prometer que voltaria pra casa “normal”. Eu não prometi nada senão estaria mentindo na cara dura. Falei pra ela mandar um beijo por mim pro meu pai, já que não vi ele essa manhã. Mas minha mãe disse que não seria possível , já que eu morri pro meu pai depois da notícia de ontem. 

Eu não derramei nenhuma lágrima depois da nossa despedida. Mas não prometo nada de quando sentei no ônibus. Quando me encontrei na última poltrona olhando pela janela e ouvindo minhas músicas tristes, deixei-me chorar. 

Agradeci aos céus que a pessoa do meu lado estava dormindo enquanto eu chorava, pois não estava afim de dar explicações. 

A paisagem ia mudando conforme nos aproximávamos da capital. Eu sempre quis visitar Seul, mas nunca consegui, estava sempre estudando, até nas férias eu não podia parar de estudar. 

Minha tia sempre nos visitava na cidadezinha, ela dizia que era tranquila e relaxante em comparação a capital. Eu sempre gostei de agitação. Coisa que minha cidade não tem. 

Eu tiraria proveito dessa situação. Visitaria shopping, baladas, bares, museus e tudo que eu tenho direito. 

Minha tia já deve estar sabendo da situação, e eu não faço ideia de qual foi a reação dela ao saber que seu sobrinho gosta de garotos. Meu tio parece ser mais liberal, mas não tenho certeza já que não vejo muito ele porque está sempre viajando por causa do trabalho. 

Meu primo então... Esse dai é um mistério, eu não vejo a criatura faz uns 4 anos. E da última vez que o vi ele usava vestido dizendo ser Ru Paul*. Então talvez eu tenha o apoio desse. 

Eu cochilei varias vezes durante a viagem e parecia que eu estava dias nesse ônibus. E a cada minuto que se passava o cheiro de suor piorava. Sério, ninguém que anda de ônibus usa desodorante? 

Fiquei jogando Candy Crush no celular até cair no sono novamente. 

 

 

 

 

 

Acordei com um barulho horroroso. Parecia perfurar meu tímpano de tão alto. Abri os olhos e vi vários carros pela janela. O barulho horroroso vinha de todas aqueles carros. As terríveis buzinas. 

Agora deu saudade do silêncio da minha cidadezinha.  

A paisagem era muito diferente da minha cidade. Aqui tinha prédios altos e de vidro, arquitetura moderna, várias lojas e em vez de casas haviam muitos apartamentos. Na minha cidade já era tudo ao contrário, haviam casas em todo canto com arquitetura antiga, elas eram maravilhosas. As únicas lojas que tinham eram as de comida, mercadinhos em cada esquina. 

Eu amei esse contraste entre meus dois lares. 

Eu observava os prédios, as lojas e as pessoas nas ruas. Elas pareciam tão ocupadas e importantes, que fiquei com vontade de me sentir assim. Importante. Eu nunca fiz nada de importante e marcante na minha vida. Além de tecnicamente trazer desgraça pra minha família. 

O ônibus parou e esperei todo mundo descer pra depois eu fazer o mesmo. Quando me encontrei fora do veículo fiquei meio perdido, a rodoviária era enorme e tinha uns três andares. Sai perguntando pra todo mundo onde era a saída e cada um me dava uma resposta diferente. 

Demorei uma meia hora pra achar a saída. Quando me vi do lado de fora, surtei. Milhares de pessoas andavam por lá, entrando e saindo do local, além dos taxis que esperavam seu passageiro. 

Só queria saber como raios encontraria minha tia aqui. 

-MINHYUK! – Escutei uma voz me chamando mas não conseguia localizar da onde vinha. 

Fiquei dando círculos em volta de mim mesmo tentando achar uma mulher baixinha e de cabelos longos e preto, ou seja, minha tia. O que não adiantou em nada.  

Até que senti alguém segurando no meu ombro. 

Ótimo, nem cheguei direito em Seul e já vou morrer com 17 anos nas costas. Nem fiz metade das coisas que eu queria. Eu deveria ter aceitado fazer as aulas de artes marciais quanto tive a chance, assim poderia nocautear o ladrão e viver me esconde pra ele nunca mais me achar. 

Mas quando me virei percebi que era só a minha tia. Obrigada G Deus. Ainda tenho alguns anos de vida. 

-Tia! -  Me joguei em cima dela não ligando se eu estava muito pesado pra minha tia. Só queria matar a saudade. 

-Também senti saudades Minnie – E lá vem ela com o apelido vergonhoso – Agora vamos pra casa que você deve estar cansado. 

Ela me levou até o carro e colocamos as malas no banco de trás já que não caberiam todas na mala do carro. 

O caminho foi bem rápido até a casa da minha tia, ou melhor, apartamento. E que apartamento, o prédio devia ter uns vinte andares, a garagem era enorme e tinha mais de um andar pra guardar os carros. Que luxo meu amor. 

Eu estava tirando as malas do carro quando minha tia apareceu com um carrinho, estilo de supermercado, na minha frente. Colocamos as malas nele e seguimos pro elevador. Tão prático esse carrinho que vou adotar pra minha vida. 

 Minha tia morava no decimo terceiro andar. Ai G Deus pra que tão alto. E no andar só tinha a moradia da minha tia e um vizinho. 

Eu não sabia que minha tia era rica desse jeito. Amei. 

Tudo bem que eles vivem viajando de país pra país por causa da profissão do meu tio, mas pra mim a empresa que financiava, não eles mesmo.  

Quando entrei no apartamento me surpreendi com o tamanho, o negócio era enorme. Quando se abria a porta dava de cara com a sala que tinha uma janela enorme que dava pra ver a cidade inteira. Amei. 

E ainda tinha uma escada que levava pra um segundo andar. Apartamento com dois andares é pra poucos meu amor. Beijinho no ombro.  

Os moveis da sala eram lindos, um sofá de couro preto. Um não, dois meu amor. E eles eram enormes, se eu dormisse neles ia amar.  

De frente pros sofás tinha uma televisão que cobria quase que toda a parede. Parecia um cinema.  

Atrás dos sofás tinha uma mesa de jantar enorme, vinte pessoas podiam sentar pra comer lá de boa que ainda ia ter cadeira pra mais gente. Amei. 

A cozinha era no estilo americana, uma bancada a separava da sala e mesa de jantar. A única coisa que me incomodou da cozinha era que ela era inteira de inox. Mas eu é que não to reclamando de todo esse luxo.  

Minha tia fez um tour comigo pela casa e quase que eu me perco nesse lugar.  

No segundo andar tinha um escritório do meu tio e uma mesa de sinuca, uns video games e várias estantes cheias de livros. O segundo andar pegava só metade da sala, sendo quase uma varanda dentro de casa. Tendo uma grade em volta dela onde eu conseguia ver metade dos sofás e a TV. Além da visão maravilhosa da cidade de Seul. 

No primeiro andar, além da sala e cozinha, tinha um corredor enorme cheio de portas. A primeira sendo uma academia, não sei porque ter uma academia em casa sendo que eu sei que ninguém iria malhar. 

A segunda porta era um banheiro que minha tia descreveu como simples, só que ele era tudo menos simples. Uma pia enorme, com uma bancada que cabia uma pessoa deitada de boas, um vaso sanitário até que normal, uma banheira que mais parecia uma piscina e um box maior que meu quarto. Totalmente simples. Amei. 

A terceira porta era o quarto dos meus tios. Ela nem abriu pra eu ver, mas também não insisti. Devia ser maior do que qualquer cômoda nessa casa. A porta na frente do quarto dos meus tios era o quarto do meu primo. Essa eu descobri sozinho por causa dos adesivos na porta. 

“Quarto do Changkyun” 

“I.M” 

“Sai fora” 

“Não entra” 

“Privado” 

“Peitos” 

Eu fiquei chocado com esse último adesivo, eu pensei que pelo menos meu primo jogaria no mesmo time que eu, mas pelo jeito me enganei. 

Minha tia também não me mostrou o interior desse quarto, mas não pra manter a privacidade e sim, porque meu primo tranca o quarto e leva a chave embora com ele.  

Eu fiquei com medo do que tinha lá dentro. Já imaginei várias bonecas infláveis, talvez um quarto com tema sadomasoquista, pôsteres  de mulheres peladas. Ou quem sabe ele não faz um culto a Satanás, fazendo macumbas e chamando espíritos. Eu iria manter distância desse quarto a todo custo. 

E finalmente chegamos no meu quarto, do lado do Changkyun. Eu realmente não queria aquele quarto, vai que começo a ouvir coisas estranhas a noite. Eca. Não estou nem um pouco afim de dar de cara com Satanás. Minha vida já é um inferno sem ele, imagina com. 

E foi quando ela abriu a porta do meu quarto que me toquei de uma coisa. Estávamos só os dois em casa. 

-Tia, onde está o tio e o Changkyun? 

-Seu tio está viajando e pedi pro seu primo dormir na casa de um amigo hoje – Ela ditou séria demais. 

O quarto era bem bonito. A cama enorme ficava no meio do quarto do lado de uma janela enorme. Serio, é tudo enorme nessa casa. Do outro lado da cama tinha uma cômoda de vidro, que já to vendo eu quebrando. Em uma parede tava o guarda-roupa, que era acoplado à parede. E do lado desse tinha uma outra porta que provavelmente me levaria a outro banheiro “simples”. A única coisa que não gostei foi as cores das paredes. Branco. Eu amo cor e não branco. 

- Você pode pintar as paredes depois se não gostar de branco – Comentou minha tia, ela deve ter lido minha mente. Só pode – Arrume suas roupas e venha pra sala. Temos que conversar. 

Ela fechou a porta antes de sair me deixando sozinho naquele quarto. Ela falou comigo tão serio que fiquei com medo até de respirar. Comecei a tirar minhas coisas da minha mala colocando no armário. Mas como era muita coisa só arrumei a primeira mala, deixaria o resto pra amanhã. 

Olhei pra cama enorme e me joguei nela, e eu chorei de emoção sentindo a maciez  do colchão. Passei anos da minha vida dormindo em um colchão duro pra caramba e hoje encontrei o paraíso nesse colchão. 

Fiquei mais algumas minutos me deliciando com essa cama antes de ir encontrar minha tia na sala. Ela estava tomando um chá e me chamou pra sentar do lado dela quando notou minha presença. 

-Sobre o que você quer conversar tia? – Eu já tinha uma noção do assunto dessa conversa, e não vou mentir que estava quase borrando as calças. 

-Acho que você sabe sobre o que eu quero conversar Lee Minhyuk – Engoli em seco, quando ela me chamava pelo nome completo eu estava fodido – Minha irmã me contou tudo e eu não acreditei no começo. Então quer dizer que eu tenho um sobrinho gay?  

Eu não respondi, pensando que era uma pergunta retórica. Ledo engano meu. Ela gritou comigo pra responde-la e morrendo de medo apenas afirmei com a cabeça. 

-Eu quero ouvir da sua voz Minhyuk. Porque eu ainda não consegui acreditar nisso. 

-Sim – Respondi baixinho e olhando pros meus dedos que amassavam a barra da minha blusa. 

-Eu não quero parecer preconceituosa nem nada, mas eu nunca pensei que teríamos um negócio desses na minha família – Ainda bem que ela não queria parecer preconceituosa, imagina se quisesse – E ainda bem que ela te trouxe aqui, pois meu filho é a pessoa mais heterossexual que você irá conhecer. Você vai ficar com ele e aprender com ele. E com você sendo... Assim, pode fazer com que você cometa ações que você irá se arrepender no futuro. Como beijar um garoto, não queremos que isso aconteça. Ou que as pessoas se afastem de você por causa da sua condição. Afinal, queremos que você volte ao normal Minhyuk. 

Esse discurso dela estava me dando vontade de vomitar verdades na cara dela. Eu sou normal poxa. Só porque eu quero dar uns amassos em garotos não quer dizer que eu seja pior que ninguém. Sexualidade não define caráter. 

E foda-se se as pessoas não quiserem mais a minha amizade. Quem for mesmo meu amigo não me julgará por causa da minha sexualidade. Ela nem imagina que eu namorava na minha -agora- antiga cidade. Que eu beijava um garoto todo dia e que as vezes eu mesmo o masturbava. 

Que dó da minha tia. 

Ela continuou com o discurso preconceituoso, mas dizendo que não era. Ela me deu várias dicas de como conquistar uma garota, de como ser uma macho, de como beijar uma garota e muitas outras dicas inúteis que ignorei. Ela me disse que ainda não tinha falado da minha “condição” pro meu primo e que eu mesmo teria que falar e conseguir que ele fosse meu treinador pra alcançar o sucesso no mundo heterossexual. Palavras dela. 

Eu ainda tive que ouvir muitos elogios pro meu primo saindo da boca dela. De como ele está sempre trazendo uma garota pra casa e ela escuta barulhos vindo do quarto, e como ele aparece com chupões e não tá nem ai. Orgulhosa de que ele usa a academia de casa, ganhando músculos pra conquistar as garotas. E mais um monte de coisa que heteros fazem e que a deixam orgulhosa. Eu ignorei oitenta porcento das coisas que ela falou, só não digo que foi cem por cento porque tive que responder algumas perguntas desnecessárias e desagradáveis.  

Depois dessa conversa desagradável ela me levou pra comprar meu uniforme da escola. Afinal começaria a frequentar a escola, junto ao meu primo, daqui dois dias. Eu odeio primeiro dia de aula, tendo que se apresenta na frente de várias pessoas que desconheço e que ficam me julgando sem me conhecerem. 

O uniforme era bem bonito. Uma calça azul marinho, uma blusa branca com o símbolo da escola no peito direito e um blazer também azul marinho. A opção de gravata estava a escolha do aluno. 

Depois de comprar os materiais e uma mochila voltamos pra casa na hora do jantar. Estávamos ignorando a conversa de mais cedo. Pelo menos eu estava, não queria criar um clima estranho com minha tia, que sempre adorei. 

Jantamos comida italiana que foi pedida pelo telefone por minha tia. Eu comi o máximo que aguentei e fui pro meu quarto. Procurei pelo meu pijama na mala e me dirigi ao banheiro. Mesmo que eu tenha tomado um mais cedo, não aguentaria dormir com cheiro de ônibus no meu corpo. Eu estava tão cansado que nem tive animo de encarar a banheira que tinha lá, tomei no box mesmo. 

Coloquei o pijama e assim que me deitei na cama do paraíso dormi como um anjo. 

 

 

 

 

 

 

Acordei me senti uma princesa. Essa tinha sido a melhor noite da minha vida. Alcancei meu celular que coloquei embaixo do meu travesseiro. Eu demoraria a usar a cômoda de vidro, não queria quebrar ela tão cedo. Quando desbloqueei o aparelho quase cai da cama de susto. Era meio-dia. Ainda bem que era domingo e não dia de escola, senão estaria muito ferrado.  

Infelizmente tive que sair da minha cama do paraíso pra procurar alguma comida na cozinha, minha barriga não parava de reclamar. 

Sai do quarto e estava tanto silêncio que me senti desconfortável. Mas lembrei que minha tia tava trabalhando até tarde e meu primo tava na casa de um amigo. Sem contar o meu tio que estava em outro país. 

Cheguei na cozinha e encontrei a máquina de café ligada. Pena que eu odeio café. Abri a geladeira e peguei o leite e uns ovos. Fiz meus ovos mexidos e café com leite todo feliz.  

Eu estava colocando tudo na bandeja pra tomar café vendo televisão quando escuto uma risadinha. Congelei no lugar, só falta um ladrão estar aqui e eu morrer sem nem ter perdido a virgindade. Sacanagem. 

Virei e dei de cara com o meu primo rindo do meu pijama de patinhos. Esse era o melhor pijama ever e não algo pra se rir. Olhei pra ele o matando com os olhos, o que funcionou já que ele parou de rir de mim. 

-Eu chego da casa do meu amigo e sou recebido pelo meu primo num pijama ridículo – Ele riu mais ainda e eu o matei de novo com os olhos – Esse dia não podia ser melhor. 

Depois que ele parou de rir parei pra analisa lo. O cabelo castanho em um corte curto, bem diferente do comprido de antes. A pele mais bronzeada, o que na minha opinião dava um charme a mais no meu primo. Eu tentei achar os músculos que minha tia tanta falou sobre ontem. Mas a única coisa que eu achei foi magreza. 

E foi analisando o meu primo que me fez lembrar da conversa da minha tia que me fez lembrar da ajuda que ele teria que me dar. 

-Changkyun – Chamei sua atenção pra mim já que ele estava mais interessado no celular – Eu preciso conversar com você. 

-Conversa ué – Me respondeu sem tirar o olhar do celular – Já to aqui mesmo. 

Respirei fundo mil vezes. Pedi ajuda a G Deus mais mil vezes. Criei coragem mais umas mil vezes. Contei até dez e resolvi soltar a bomba. 

-Eu sou gay – Falei bem rápido fechando meus olhos e me preparando pros xingamentos. Mas não veio nada disso. 

-E eu com isso? – Ele me perguntou indiferente. É isso mesmo? Indiferente? Amei. Eu acho. Não sei. 

-Eu vim morar com vocês por causa disso. Querem que eu seja hétero igual a você. 

Ele começou a rir como um louco depois do meu comentário. Poxa eu estava falando serio, mesmo essa ideia sendo ridícula e hilária eu estava falando serio. 

-Se eles realmente acreditam nisso eu posso te ajudar -Ótimo, eu iria ter ajuda pra algo que nunca aconteceria -Mas eu vou te ajudar amanhã na escola, to cansado hoje. 

Ele deu meia volta e saiu da cozinha indo dem direção ao corredor. Observei ele se distanciando e acabei percebendo uma mancha no pescoço dele. Estranho. Olhei melhor e percebi ser um chupão.  

Credo. 

Pelo jeito ele foi na casa de uma amiga e não amigo. Se ele for me ensinar a ser um hétero cafajeste e pegador como ele fodeu. E eu iria me foder sem lubrificante.

 


Notas Finais


* RU RAUL É UMA DRAG QUEEN MARAVILHOSA
no proximo irá aparecer mais membros do monsta x e uma pessoa surpresa muahahahahha
tá parei
e ai? gostaram?
XO te vejo no proximo cap


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