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História Dois Papais e Uma Missão - Apaixonado


Escrita por: Jonginyeol

Notas do Autor


K
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Boa noite

Capítulo 3 - Apaixonado


Sehun estava no trabalho quando ouviu o telefone tocar, seu susto foi grande ao atender a ligação, a escola de Yeol nunca ligava para si.

— Boa tarde, senhor Oh? 

— Senhorita Kim? O que aconteceu? 

— Chanyeol se envolveu em uma briga, pode vir até aqui? Precisamos conversar. 

Sehun entrou em pânico. Seu garotinho? Seu Yeol aprontando? Justamente na escola? Algo estava muito errado. 

Foi às pressas para a escola do filho, e quando chegou lá, ao menos se deu o trabalho de dar bom tarde para as pessoas, ele cuidaria disso depois. 

— Cadê o Chanyeol? — abriu a porta da sala da diretoria e se surpreendeu ao ver Baekhyun ali com Kyungsoo em seu colo. — B-Baek? 

— Boa tarde, senhor Oh. — a diretora  cumprimentou. 

Sehun varreu os olhos por toda a sala, até encontrar um Chanyeol bem encolhido e choroso em um canto da sala, seu peito doeu. 

— Chan. — correu até ele e imediatamente o analisou, seu rostinho estava ferido e os joelhos ralados. — Meu amor, fala pro papai o que houve. 

Chanyeol estendeu os braços e Sehun o pegou no colo. 

— Desculpa, papai. — ele sussurrou. 

— Senhor Oh? Sente-se por favor. — Sehun obedeceu. — Bem, que bom que chegou. Sinto muito pelo o que aconteceu. Mas Chanyeol e Kyungsoo, foram encontrados em uma briga junto com um garoto da sala. — Sehun franziu o cenho. — Mas nenhum dos dois quer me contar o que houve. O terceiro garotinho em questão, saiu mais cedo, sua mãe optou por uma conversa a sós. 

Baekhyun suspirou e acariciou o cabelo de Kyungsoo. 

— Kyung? Quer contar pro papai o que aconteceu? — ele negou. 

— Eu conto. — Chanyeol disse. 

— Comece, sim? — Sehun pediu. 

— Eu e o Soo, estávamos na sala de aula. A gente decidiu que ia comer lá hoje. Mas então o Jong apareceu. 

— E o que o Jong fez, amor? — acariciou os fios macios. 

— Ele veio perturbar o Soo, papai. Ele disse que o Kyungsoo é um nerd esquisito e que eu só sou amigo dele porque ele tem brinquedos legais. Mas papai, isso não é verdade. Eu amo o Soo. — Suspirou. — Então ele disse que o Kyungsoo nunca teria amigos porque ele é feio, então eu empurrei ele. Ele caiu no chão. — abaixou a cabeça envergonhado. — Eu não queria, mas o Kyungsoo ia chorar, papai. 

— E o que aconteceu depois disso? 

— Ele levantou e me empurrou de volta. Ralei os joelhos no chão da sala por isso. — o pequeno fez beicinho. — O Soo me defendeu, papai. Ele deu um soco no Jong. Bem na barriga. E quando o Jong ia bater de volta, eu entrei na frente e ele bateu no meu rosto. — fungou. — Ele disse que a mamãe não gosta de mim e por isso ela saiu de casa com o papai Jun, e que ela prefere a nova família do que eu. É mentira, né papai? — encarou Sehun com seus olhinhos brilhosos. 

— Chanyeol, você ainda tem dúvidas de que isso é mentira? Yeol, você não tem ideia do quanto sua mãe te ama. E ela não tem uma família preferida. Ela jamais sairia de casa por sua causa, nós já conversamos sobre isso, certo? 

Ele assentiu. 

— Kyungsoo? Quer falar algo? — a diretora perguntou. 

O pequeno apenas balançou a cabeça. 

— Por favor, papais. Eu acho melhor que os garotos passem o finalzinho desta semana em casa. O acontecimento não é do feitio de nenhum dos dois e eu acho justo que eles pensem sobre isso.

— Tudo bem. — Baekhyun respirou fundo. 

— Podemos ir? 

— Claro. 


Ao sair da sala, os quatro ficaram frente a frente. Kyungsoo ainda estava calado e Chanyeol continuava com a expressão chorosa. 

— Olá, Sehun. Eu não esperava te ver nessa situação. 

— Eu digo o mesmo. 

— Vou levar esse garotinho para casa, quero ter uma conversa com ele. Kyungsoo, se despeça. 

O pequeno suspirou. 

— Yeol, eu gosto muito de você, mas, isso não pode continuar desse jeito.  Eu não posso mais ser seu amigo, você só se machucou por minha causa. Não quero isso. O tio Hunnie deve me odiar agora, não era pra ser assim. — ele estava bem sensível. — Foi muito bom ser seu amigo, Yeol. Obrigado por tudo. Me desculpe.

— Soo, por favor, não. — ele murmurou choroso. 

— Desculpa, Yeol. — Chanyeol respirou fundo e tentou engolir o choro. Kyungsoo estendeu a mão para Chanyeol e ele a apertou, eles ao menos estavam se olhando. 

— Desculpe, senhor Oh. — o pequeno o reverenciou. — Vamos, papai?  — disse sem ao menos dar espaço para que os pais dessem início a um pequeno diálogo. 

Baekhyun encarou Sehun e o mesmo não parecia entender nada. A feição preocupada de Byun não passou despercebida por Oh. Nenhum dos dois conseguia entender como dois garotinhos eram tão responsáveis assim. De todo a forma, não era para estar acontecendo. 

— Kyungsoo isso não é verdade. Eu jamais odiaria você, está me entendendo? 

— Mesmo, tio Hunnie? 

— Sim e isso não é motivo para você não falar mais com o Yeol. Vocês se gostam tanto. 

— O Yeol é meu melhor amigo, tio Hunnie, e se for para ele se machucar, eu acho melhor que ele não ande mais comigo. O Yeol tem que ficar bem. 

— Mas Soo, por favor… — Chanyeol estava mais choroso do que nunca. 

O pequeno Byun deu um abraço apertado no amiguinho e sussurrou um pedido de desculpas. 

— Vamos? — Kyungsoo puxou a mão do pai, levemente. 

— Claro. — assentiu sem saber o que dizer. Kyungsoo não era assim. 

— Tchau, senhor Baek. 

— Tchau, Chan.










No carro, Chanyeol estava mais calado do que nunca. Ele sequer pediu a ajuda do pai para colocar o cinto de segurança. 

Sehun decidiu não conversar durante o trajeto, porém quando chegou em casa não adiou mais aquela conversa. 

— Eu sei que suas intenções foram boas, Yeol. Mas o que eu disse sobre brigas? Você está todo machucado e eu não gosto disso. 

— Eu sei, papai. 

— E o que tem a dizer sobre isso? 

— Me desculpa.

Sehun suspirou e trouxe o garotinho para um abraço apertado. 

— Papai te ama tanto, não sabe o quanto eu fico preocupado? 

— Sei sim, papai. 

— Então me promete que não vai fazer isso nunca mais? 

— Eu prometo. Papai? O senhor tá bravo comigo? 

— Não. Eu só estou chateado. Você poderia ter se machucado feio hoje. 

Chanyeol respirou fundo e afastou-se do pai.

— Você precisa de um banho, certo? Vamos limpar esses machucados. 

— Você pode me dar banho hoje, papai? 

Sehun se surpreendeu. Desde que Chanyeol decidiu que era um garoto crescido, ele nunca mais deixou Sehun entrar no banheiro. Ele queria que seu papai se sentisse orgulhoso. 

— Mesmo? 

O pequeno assentiu. 





— Papai? Você acha que o Kyung vai voltar a ser meu amigo? 

— Eu tenho certeza que sim. 

— Eu acho que não. — murmurou. 

Sehun suspirou. 

— Olha, Yeol. Você e o Kyungsoo não vão parar de se falar por isso. Eu te garanto. 

Chanyeol soltou um muxoxo. Agora estava limpinho e com curativos feitos. Sehun optou por ficar em casa com seu filho naquela tardezinha. 

— Eu to de castigo, papai? 

— Vou conversar com sua mãe e iremos decidir. Ok? — ele assentiu. — Vem, vamos comer alguma coisa. 

— Eu não to com fome, papai. 

— Mas sua briga aconteceu durante a hora do almoço, imagino que você não tenha conseguido comer, Yeol. 

— Eu não quero comer. 

— Nem um suco? Tem frutas aí, posso fazer algo. 

— Obrigado, papai. Eu não quero nada. 

— Mesmo, amor? Quer assistir um filme com o papai? — acariciou os cabelinhos úmidos. 

— Quero papai. — sorriu ainda meio tristinho. 



Chanyeol estava estranhamente quieto. Ele estava abraçado com pai, os dois estavam na sala enquanto assistiam um dos filmes do toy story. Sehun sabia que Chanyeol deveria estar de castigo agora mesmo, mas o garotinho estava tão tristinho que ele simplesmente não teve coragem de lhe castigar. 

— Amor? 

— Hm? 

— Tá tudo bem? 

— Ta. — murmurou.

— Não mente pro papai, Yeol.

— Não to mentindo. — se aconchegou mais nos braços do pai, para assim deitar sua cabeça no peito dele. — Eu posso dormir um pouquinho, papai? 

Chanyeol? Dormir? Sem Sehun mandar ou algo do tipo? Ok, definitivamente estranho.

— Sem comer nada, Yeol? 

— Eu como depois. 

— Tudo bem, eu te acordo mais tarde para irmos buscar o seu irmão. 

— Você já falou com a mamãe? Meu castigo vai ser muito grande? 

— Ainda não consegui falar com ela, mas acredito que seu castigo não será tão severo, ok?

— Acho que meu pior castigo foi não ser mais amigo do Soo. — ele sussurrou. 

— O Kyungsoo ainda será seu amigo, Yeol. Eu sei disso. 

E o mais novo não respondeu. Apenas fechou os olhos e tentou dormir nos braços do pai. Estava muito tristinho para conversar sobre qualquer coisa. 









— Soo, fala comigo. — Baekhyun pediu. — Que história é essa de não ser mais amigo do Chan, amor? Eu nunca te vi tão feliz igual quando ele começou a falar com você. Por que fez isso? 

— Porque o Chan não merece ser meu amigo. Ele merece um amigo melhor do que eu. — murmurou. — Eu não quero que ele se machuque, papai. Porque eu amo muito ele e quando ele se machuca, eu fico triste. Se ele não fosse meu amigo, ele não ia ter se machucado. Então fim de história. 

— Soo? Você não quer ver o Chanyeol triste e machucado, mas mesmo assim fez isso com ele? Chanyeol está muito chateado em casa. 

— Mas ele está seguro agora. Eu vi em um filme, que um homem de verdade tem sempre que proteger a família. — disse com convicção. — Eu estou protegendo o Chan, papai. 

Baekhyun deu uma risada alta. 

— Mas um homem de verdade sempre está do lado da família. Concorda? 

— Mas e se esse homem for perigoso? 

— Eu não acho que um "homem" de meio metro de altura, com bochechas tão grandes e fofas seja alguém perigoso. — apertou as bochechas coradas do filho e beijou cada uma delas. 

— Papai… — murmurou. 

— Pense com carinho. Vocês dois se gostam muito. Não vale a pena ficar desse jeito. 

— Mas e se o Chan se machucar? 

— Se ele se machucar… — Byun pensou um pouco. — Você o ajuda. Levante ele, e cuide dos seus machucados. Como a família faz. E o Chanyeol é sua família agora, certo? 

— Sim, papai. Somos irmãos.. 

— Então promete que quando ir a escola, você vai falar com ele? 

— Prometo, papai. Eu não quero ficar longe do Channie. 

— Tá vendo só? Agora vem, Soo. Vamos comer alguma coisinha e depois arrumar a bagunça que você fez no seu quarto ontem. 

— Em minha defesa, eu não estava achando meu brinquedo. 

— Certo, rapazinho. Agora vamos. 











Jongin estava brincando com Jongdae enquanto esperava tia Seulgi chegar. Normalmente era a moça quem o buscava, já que Sehun ia lhe buscar apenas em dias de folga ou quando conseguia sair no horário. Ultimamente o rapaz estava atolado de serviço, quase nunca chegava a tempo de buscar Jongin. A Kang era realmente um anjo e sempre lhe salvava em dias como esse. 

Visto que o pequeno Oh não esperava seu pai ali, ao ver ele se aproximando, o pequeno não conteve o sorriso adorável, assim correndo para abraçar o pai. 

— Papai! Você veio. 

— Sim, meu amor. — deixou um beijo carinhoso na bochecha macia. 

— Channie, você veio também! 

— Oi, Nini. — abraçou o irmão mais novo. 

— Mas e a escola, Channie? 

— Channie saiu mais cedo hoje, amor. — Sehun contou. 

— Tudo bem. — sorriu, seu sorriso era tão doce. — A gente pode tomar sorvete, papai? Tá tão calor. 

— É uma ótima ideia. — Sehun concordou. 

— Eu posso tomar sorvete, papai? — Chanyeol perguntou. 

— Por que não poderia? 

— Porque eu fui um garotinho mau, hoje. Não mereço sorvete. 

O mais alto suspirou. 

— Meu amor, você é um garotinho muito bondoso. Você merece todo o sorvete do mundo, está me ouvindo? Não repita essas palavras. 

— Desculpa, papai. Eu prometo. 

Jongin estava um tantinho perdido no assunto, mas não se importou, apenas sorriu largo quando seu pai lhe disse que iriam para a sorveteria favorita de Jongin. Com certeza o caçula era muito mimado. 








— Papai? Por que o Channie tá tão triste? — Jongin perguntou. 

— Ele teve um dia difícil na escola hoje, amor. 

— Mesmo, papai? E o que eu posso fazer? 

— Dá um beijinho nele, aposto que ele vai ficar mais feliz. 

Jongin com uma certa dificuldade, saiu da cadeira alta da cozinha e foi até a sala, Chanyeol estava olhando para TV, um tantinho desinteressado, mas sorriu ao ver o irmãozinho se aproximando. 

— Channie? Quando é que você vai parar de ficar triste? — abraçou o irmão. — Nini não gosta de te ver assim. E nem o papai. 

— Eu to bem, Nini. — bagunçou os fios lisinhos. 

— Não tá não, Yeol. — fez bico. 

— Estou sim. 

— Então brinca comigo? 

— Pode ser depois? 

— Tá vendo, Yeol. Você nem quer brincar mais comigo. Você tá muuuito triste. — deu um beijinho no rosto de Chanyeol. — Fica melhor pra gente brincar, Yeol. — sorriu largo. 



Oh, quem dera se essa relação tão amorosa durasse até na adolescência.









Segunda-feira chegou, estava ensolarado e para melhorar, Sehun conseguiu uma folga. Seus garotos estavam sentindo falta de uns biscoitos doces, então lá estava Oh, em um mercadinho no bairro. Com uma cesta em mãos, cheia de doces para suas crianças, o rapaz aproximou-se da fila e sua surpresa foi encontrar Baekhyun ali. 

— Bom dia, Baekhyun. 

— Bom dia, Sehun. — Sorriu. — Como vai? 

— Bem na medida do possível. E você? 

— Igualmente. Como está o Chanyeol? 

— A última vez que eu o vi tão tristinho assim foi quando a minha ex sogra foi morar na Tailândia, um ano atrás. 

Byun respirou fundo. 

— E Kyungsoo? 

— Tive uma conversa com ele esses dias, hoje enquanto o arrumava para sair também. Chanyeol está na escola? 

— Tentou faltar a todo custo, mas eu não deixei. 

— Kyungsoo também está assim, espero que eles se resolvam. 

— A mãe do Yeol o deixou de castigo por brigar na escola. Eu sou muito bobo, não tive coragem de castigá-lo.

— Oh, eu também. Sua ex esposa deve ser bem durona mesmo. 

— Ela é sim. — sorriu. 

— Eu pensei que vocês ainda eram casados. Uma vez estava no parque com o Kyungsoo e vi vocês quatro. Não tem muito tempo. 

— Nos separamos tem dois anos, mas nunca nos afastamos de verdade. a Joohyun é definitivamente a mulher mais incrível que eu  conheci e eu fico muito contente em ela ser mãe dos meus filhos. 

— Você não queria se separar? 

— Não é bem isso. Hm, não estávamos na mesma sintonia, entende? O romance que agora ela vive com o novo marido não chega nem perto do que nosso relacionamento foi. Vivemos em harmonia durante muito tempo, ela foi minha primeira namorada na adolescência e eu realmente sou muito grato por ela. Só que conforme o tempo foi passando e eu não a via como uma esposa e sim como uma amiga, então decidimos nos divorciar. Obviamente eu estava muito receoso com essa história de divórcio já que nossos meninos eram bem pequenos. Fiquei bastante tempo tomando coragem para conseguir dizer algo do tipo para ela mas na verdade quem abordou o assunto foi a própria Joohyun. 

Baekhyun nem percebeu que sorria ao ouvir. 


— Decidimos que eu ficaria com a guarda dos garotos porque ela decidiu queria juntar dinheiro para comprar uma casa ou alugar, e mesmo com a minha ajuda as coisas ainda estava um pouco complicadas já que ela tinha acabado de sair do emprego. Então Bae decidiu se reajustar para que logo ela conseguisse mais proximidade com os meninos. Chegamos até a conversar sobre ela ficar com eles mas eu não tive tanta coragem assim mesmo que Joohyun more perto. Não consigo me desapegar dos meus filhos. — sorriu bobo. — Como o passar do tempo, Joohyun ligou para mim e me disse que estava se envolvendo com um rapaz e sinceramente você não faz ideia do meu desespero. Fiquei com medo de que aquele homem não aceitasse nossos filhos e nem a nossa relação próxima, mas no final acabou que ele era um rapaz muito gentil e os dois viraram meus melhores amigos. 

— Sua história é bonita, eu fico feliz por saber que você mantém uma relação amigável com sua esposa, é meio difícil hoje em dia. E ainda mais com o atual dela, isso é incrível, Sehun. 

— Junmyeon é um padrasto maravilhoso, ele gosta tanto dos nossos meninos, e os meninos são muito apegados a ele. Junmyeon tem um filho de dez anos, o Minseok, nossa, Baekhyun, aquele garotinho é incrível. Gosto muito dele. Minha vida está feita. Agora a dificuldade vai ser aguentar mais um garotinho ou garotinha. Mas a Bae vai superar. 

— Como? 

— Joohyun está grávida. 

— Mulher corajosa eu diria. Tecnicamente 4 filhos. 

— Chanyeol vale por todos os eles, Minseok e Jongin são calmos, Minseok até mesmo faz tarefas em casa, e não mora com eles. Ele mora com a mãe. Estamos todos torcendo por uma garotinha. Acho que vai ser um aprendizado e tanto para o Jongin e o Chanyeol, sabe? Ter uma irmãzinha para ajudar a "proteger" assim como o Yeol disse. 

— Eu queria que o Kyungsoo tivesse irmãos. Mas eu não tenho tanto tempo assim. Cresci em família grande, é triste vê-lo tão sozinho. 

— Muitos irmãos? 

— Somos em cinco. 

— Eu mal aguento meu único irmão mais velho. — riu. 

— Privilegiado ainda por cima. — sorriu. 

— Sem dúvida. 

— Até eu me sinto sozinho, sabe? Só eu e o Soo. 

— Não pensa em namorar? — perguntou corado como quem não quer nada. 

— Pensar eu até penso. Mas meu último namorado era um chinês bem bonito até, que teve que voltar para a China, me deixou aqui sozinho. Desde então nem procurei outra pessoa. 

— Oh, estou na mesma. Minha única namorada foi a Joohyun, desde o ensino médio. — riu. 

— Pelo menos vai ser uma história bonitinha para contar aos meninos. Primeiro beijo, primeiro amor, primeiro namoro. Tudo com a mãe deles. 

— Tenho que discordar. Meu primeiro beijo não foi com ela. Como acha que eu descobri sobre minha bissexualidade? — brincou. 

— Oh Sehun sempre bem espertinho, uh? 

— Meu pai achou um absurdo quando eu disse que gostava de homens e mulheres. Mas ele ficou imensamente aliviado ao ver que eu estava com Joohyun. — rolou os olhos. — Mas não posso reclamar, eu sinto tanta falta dele. 

— Ele faleceu? — perguntou com cautela. 

— Sim. Ele descobriu um tumor e estava em uma fase tão avançada que ele não teria muito mais dias de vida. Meu casamento estava próximo… me disseram que ele não iria sobreviver. — seus olhos encheram de lágrima só de lembrar. — Mas ele conseguiu estar lá. Ele presenciou tudo aquilo. Faleceu dois dias depois, então infelizmente não conheceu os garotos.

— Quando contei aos meus pais sobre minha sexualidade, minha mãe ficou apavorada. Triste da vida porque queria netos. Agora meu pai? Ele me abraçou, sorriu e me disse que eu lhe daria muito trabalho por ser tão bonito. — brincou. — O irmão mais novo do meu pai é gay assumido, então meu pai me aceitou rapidamente. Minha mãe demorou um pouquinho pra aceitar, nunca me tratou mal, mas sempre acreditou que seria apenas uma fase. 

— Eu sei como funciona. Minha mãe pensava o mesmo. — riu. 

— Minha mãe virou outra pessoa quando eu adotei o Kyungsoo. Acho que nunca, em toda a minha vida, ela esteve tão legal e tão próxima. Só de dizer que eu adotaria, ela já se mostrou entusiasmada. 

— Foi fácil o processo de adoção? 

— Fiquei mais ou menos um ano para conseguir a guarda. Foi sofrido, mas consegui. 

— Demorou tanto assim? 

— Sim. Kyungsoo foi para minha casa com dois aninhos e meio. 

— Próximo, por favor. — o caixa disse interrompendo Sehun. 

Baekhyun foi passando suas coisas e logo sorriu ao ver a diferença dos produtos que havia comprado se comparados aos de Sehun. 

— Temos dois tipos de pais, aqui. Um que compra coisas saudáveis, e você, Sehun. — sorriu. 

— O que um Jongin e um Chanyeol não pedem sorrindo que eu não faço chorando? Jongin veio cheio de manha dizendo que se não comesse um docinho sequer, ficaria doente de tanta vontade. O que eu iria dizer pra essa criança? 

— Kyungsoo estava assistindo televisão e cismou que suas bochechas estão enormes após ver um comercial dizendo sobre a obesidade infantil. Chegou afobado dizendo que precisava fazer uma dieta, dizendo que não queria ter problemas de saúde. Disse para ele que ele estava perfeito, mas concordei em cortar pequenas coisas gordurosas, o médico do Kyung disse que seria saudável, então aqui estou. E sem contar que é um alívio saber que ele desde pequenino quer comer coisas boas. 


Sehun aguardou sua vez no caixa e logo então, ao terminar, foi até seu carro com a companhia de Baekhyun. 

— Gostei de conversar com você, Sehun. Mas preciso urgentemente voltar para casa. 

— Eu te entendo. Também tenho que resolver algumas coisas. 

— Bem… Tem planos para sexta-feira à noite? 

Oh arregalou os olhos.

— N-não. 

— Quer sair comigo? Adoraria continuar a conversa. — piscou para o outro. 

— Mesmo? 

— Sim. E então? Quer sair comigo? 

— Em um encontro? 

— A aprovação dos nossos filhos já temos. — disse com ironia. — Mas na verdade, eu queria te conhecer melhor. 

Com as bochechas mais rosadas do que o normal, Sehun assentiu. 

— Eu adoraria. 

Com um sorriso bonito, Baekhyun se aproximou e deu um selar leve na bochecha alheia. 

— Que horas te busco? 

— Oito. Pode ser? 

— Pode sim. — sorriu. — Volte com segurança, ok? 

— Você também, Baek. 

— Gosto quando me chama assim. — comentou. 

— De Baek? 

— Exatamente. É fofo quando sai dos seus lábios. 

— Eu estou ficando com vergonha. — murmurou. 

— Fofo demais. — se afastou levemente. — Nos vemos na sexta, ok? 

— Ok, Baek. 


Não foi proposital, mas ver o sorriso bonito de Baekhyun, causou uma agitação enorme no coração de Sehun. Estava se apaixonando e nem conseguia negar. 








Notas Finais


dsclp a demora ai
erros de pontuação e escrita? Sempre neh


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