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História Domain - Fim


Escrita por: monecasssa

Notas do Autor


Chegamos ao último capítulo! Boa leitura! <3

Capítulo 39 - Fim


Aaron

   Eu teria congelado momentaneamente se não fosse pela gritaria que se seguiu. Caroline iria pagar bem caro pela desobediência, eu poderia jurar que sim, mas agora não era essa a minha maior preocupação. Jasmine estava sendo levada para dentro da ambulância, me fazendo acompanhá-la para que Jonh fosse com sua esposa noutra ambulância.

   Ryan também tinha sido encaminhado para o hospital, enquanto bombeiros ainda retiravam o que restava dos bandidos que estavam no casebre.

   Suspirei. Os socorristas terminaram de tratar do meu joelho e logo se ouviram as sirenes cortando com velocidade as ruas de Amsterdam.

   *

   -- Mantenham-na presa aí. Essa piranha vai ter uma conversa muito séria comigo, Rafa.

   -- Nós já desconfiávamos. Pode deixar que a nervosinha está sedada e sonhando com unicórnios, esperando a sua chegada. -- vendo o meu silêncio, Rafael continuou. -- Cara, você vai... Err... Matá-la?

   Respirei fundo, olhando para o relógio e verificando que o médico de Jasmine estava demorando mais do que previsto para dar notícias.

   -- Não. Não pretendo matar Caroline. Ela, melhor que ninguém, sabe que eu não aceito desobediência então irei apenas dar-lhe um castigo que a própria jamais esquecerá.

   Eu ia acrescentar mais alguma coisa mas o doutor surgiu, se aproximou dos pais de Jasmine ao mesmo tempo que eu me aproximava deles, após ter finalizado a ligação.

   -- Bom, senhores Allen-Evans e Volker, as notícias que tenho para dar não são das melhores, contudo, conforme o concelho de médicos concluiu, induzidos a senhorita Jasmine Allen a um coma barbitúrico. -- vi a mãe dela agarrando o marido, aflita.

   -- Foi mesmo necessário induzi-la em coma, doutor? -- inquiri.

   -- Se quisermos novamente a menina alegre e despojada, sim. O acidente foi mais grave do que esperávamos. Jasmine sofreu queimaduras de segundo grau nos braços, o rosto foi muito machucado mas isso não é o mais importante e sim a queda que ela teve. -- o doutor continuou. -- A pancada na cabeça foi forte o suficiente para que se originasse um traumatismo crânioencefálico. Infelizmente, a jovem caiu sobre uma pedra e bateu a lateral do rosto, isso causou um ferimento traumático no cerébro e, com a indução do coma controlada por drogas barbitúricas, a taxa de metabolismo do tecido cerebral diminui e, portanto, os vasos sanguíneos do cérebro irão se estreitar, diminuindo o volume ocupado pelo cérebro. Com o inchaço mais controlado, a pressão craniana diminui e alguma ou toda lesão cerebral será evitada. - explicou.

   Jonh olhou para mim como se não soubesse o que fazer, pelo que eu só assenti.

   - Os riscos são elevados? Há algum tempo previsto para que ela fique nesse estado?

   O médico suspirou e ajeitou o clichê estetoscópio à volta do pescoço.

   - Esperemos que em duas semanas o estado dela melhore, caso contrário teremos de dar continuidade ao coma.

   - Você pareceu levar a notícia com muita calma... - a morena comentou, pegando o controle da televisão e diminuindo o volume. - Pensei que gostasse um pouco mais de mim para ao menos... O que foi? - ela quis saber ao ver-me a encarando com uma pequena careta.

   - Vai me deixar ao menos acabar? - recebi seu aceno de cabeça. - Bom, então... Depois de saber que você ficaria 15 dias ali sem nem ao menos algum comprovativo de que sairia viva, eu resolvi tratar das coisas o mais rápido possível. Peguei o celular e liguei para Rafael, novamente.

   - Então? Já tem novidades?

   - Ela vai ficar em coma induzido por duas semanas e mais do que nunca eu estou com vontade de desfigurar alguém.

   - Sou todo ouvidos, chefinho.

   - Prepara o pessoal. Temos um corpo para roubar desse hospital. - ouvi o entusiasmo do pessoal pelo outro lado do celular. - Ouve bem, temos 10 minutos para tirar Ryan daqui. Segue o plano...

   À medida que falava, Rafael ia passando as tarefas aos outros. Quando todo o plano tinha sido minimamente detalhado, desliguei a ligação e me sentei num dos bancos da sala de espera, esperando os meus meninos chegarem e carregarem o lixo de Ryan Smith para o armazém.

   Não demorou mais que uma hora quando vi Ren passando dentro de um jaleco branco. Ele me viu mas sabiamente fez de conta como se não me conhecesse. Logo após isso, algumas enfermeiras seguiram pelo caminho que ele foi e eu deixei escapar um pequeno sorriso.

   Está tudo indo como o planeado, pensei.

   Foi então que poucos minutos depois as luzes se apagaram por três segundos. A agitação no hospital foi sentida por qualquer um: algumas crianças chorando assustadas, pessoas aflitas exigindo informações sobre seus parentes que dependiam de máquinas para viver, seguranças fazendo rondas, doutores preocupados com os pacientes nos elevadores e tantas outras coisas que eu só assistia.

   Só esperava que tivessem feito como ordenei, apenas apagar o quadro das luzes e não o da energia do hospital.

   Me levantei e perguntei como estariam os pacientes à uma funcionária que passava, e a resposta que tive me fez sorrir aliviado. Mais uma vez, Rafa, Ren e Liam tinham me obedecido na perfeição. Agora era só esperar um pouquinho para sair e acabar finalmente com aquele filho da puta.

   - Você... Fez mesmo isso a um hospital inteiro? - elevei uma sombrancelha. - Eu não posso crer!

   - Não sei porquê ficou impressionada... Não custou nada fazer isso.

   Ela revirou os olhos. - Continua.

   - Bom, Ren entrou no quarto de Ryan e simplesmente puxou as agulhas com o soro, levando a cama pelos corredores, alegando fazer uma mudança de quarto do paciente. Adam tinha se inflitrado na recepção, colocando no cadastro de Ryan que este já estava de alta, enquanto isso, Rafael já esperava os três no carro, prontos para partirem. Eu fiquei mais um tempo no hospital então procurei pelo seu pai para avisar que eu precisava ir para casa; Jonh me deu um pequeno abraço e então eu saí de lá, indo diretamente para onde Smith me aguardava com a morte dele.

   Estacionei o carro no armazém e fui até o escritório, vendo os rapazes estirados no sofá assistindo um jogo de futebol.

   - Vocês fizeram um bom trabalho. - roubei uma lata de cerveja que estava sobre a mesa.

   - Eu vi a sua namoradinha. - falou Ren e eu bebi um longo gole da bebida fresca. - Acho que aquelas coisas em cima da estante podem ser úteis para você. - olhei para onde Ren mostrou e vi um par de facas, um cabo de vassoura, isqueiro e duas algemas - Talvez eu usaria menos que isso mas... Não creio que você esteja com compaixão.

   Suspirei.

   - Onde ele está?

   - Lá embaixo. - terminei o conteúdo da lata e dei de costas, pegando em tudo que estava na estante. - Mas depois faz o favor de limpar, chefinho. - exigiu Rafael. - Me recuso catar pedacinho de Ryan Smith.

   Sorri nasalado e saí.

   Ele estava amarrado na cadeira, seu olhar perdido logo me encontrou quando abri e fechei a porta. Um sorriso surgiu na cara dos dois, mas fui eu que me pronunciei primeiro.

   - Parece que seu fim se aproxima.

   - É, parece que perdi... Mas que fiz um estrago na sua vida eu fiz.

   - Sim, você fez. - me aproximei até muito perto, segurando uma das facas de Ren. - E está pronto para pagar... - me curvei, mantendo seus olhos hipnotizados pelos meus. Minha voz automaticamente tomou outra tonalidade. - Pagar por cada incômodo que causou na minha vida.

   Dizendo isso, finquei a faca na coxa do homem. A lâmina de trinta centímetros atravessou de uma ponta a outra, trazendo consigo um jato de sangue e um grito agoniado de Smith.

   - Isso foi por ter simplesmente aparecido na terra.

   Imitei o mesmo com a outra perna, deixando-o coxo. Bom, mas não irá precisar das pernas novamente...!

   Me ergui e fui para as costas do homem, suas mãos amarradas me deram uma ideia, pelo que me aproximei das mesmas encarando aquilo que de uma maneira suja tocou em Jasmine.

   - Estou me lembrando de quando você tocou na minha mulher, sendo ela unicamente minha. - passeei com a parte afiada da faca nos dedos até parar na ponta do indicador e encaixar a pontinha da faca por debaixo da unha dele, de seguida, o pequeno ruído da unha se soltando completamente foi acompanhado pelo bramido dele. Eu fiz isso com todos os dedos dessa mão, gastando o máximo de tempo para que a dor fosse maior. - Sinceramente, eu não achei graça nenhuma aqueles vídeos que você mandou quando Jasmine estava em cativeiro, portanto...

   Elevei a faca o suficiente e decepei o pulso esquerdo.

   - Ahh! Filho da puta! - ele urrou. A mão morta caiu aos meus pés enquanto que do buraco que restara, uma torrente de sangue pingava no chão.

   - Era essa a mão que você usava para se masturbar? Oh, me desculpe... - fingi preocupação. - Mas sabe, acho que você não vai precisar nem dessa nem da outra. Afinal, seus últimos momentos são comigo...

   A faca de Ren nunca foi tão utilizada como quando usei para decepar a outra mão, quando arranquei o nariz pontiagudo, quando cortei alguns dedos dos pés masculinos ou até quando aprofundei a lâmina na sua virilha, perfurando o pau e o saco ao mesmo tempo. Os gritos, gemidos e murmúrios dele soaram como uma canção tranquilizante ao meu ouvido, mas foi quando o vi mais morto do que vivo que joguei a faca no chão.

   Desamarrei as cordas grossas que prendiam os cotovelos ao encosto da cadeira e o empurrei para o chão. Ryan não pôde se mexer pelo que o chutei até estar de barriga para baixo. Um sorriso saltou dos meus lábios quando encontrei o cabo da vassoura.

   - Bom... Eu nunca fiz isso antes... Será muito dolorido?

   As roupas ensanguentadas dele foram rasgadas facilmente com a outra faca ainda inutilizada, com a ponta da madeira eu encostei em seu traseiro, sentindo logo o que restava das forças de Ryan Smith fazê-lo se remexer.

   - Por favor, Aaron... Me mata logo mas... Isso não... - sua voz custava imensamente sair, mas eu não liguei.

   - Agora pede por favor? Oh, Ryan... Você me desilude cada vez mais.

   Segurando o cabo da vassoura em meus punhos, rapidamente consegui o que pretendia, vendo que aos poucos a ponta ia sumindo dentro dele. Seus gemidos se intensificaram e o sorriso se alastrou em meus lábios.

   - Bom, você pode dizer que pelo menos não morreu com o cu virgem. - gargalhei e empurrei com mais força o cabo de pouco mais de um metro para dentro dele.

   Eu nunca tinha empalado alguém e sinceramente fazer isso com o merda na minha frente estava bem divertido.

   A tortura continuava enquanto eu forçava cada vez mais, até que mais de meio metro estava dentro dele. Seus gemidos se intensificaram em gritos a cada vez que o torturava mais, no entanto pouco efeito fez em mim.

   - Você realmente está num estado lastimável. - falei. Apesar de estar completamente irreconhecível, eu reconheceria-o até no inferno. - Agora vou esperar você morrer.

   Lavei minhas mãos com água, sabão, álcool e água de novo. Peguei meu smartphone e liguei para Louis, perguntando se havia novidades. Tudo estava na mesma com a minha morena mas ao menos ela permanecia viva.

   Ao desligar a ligação, pude ver que Smith ainda respirava, pelo que, sem paciência, peguei no isqueiro de Ren, na garrafa de álcool com que usei para lavar as mãos e despejei nele, juntamente com o isqueiro ligado que deixei cair.

   A chama subiu e em menos meia hora eu era incapaz de dizer que aquele cadáver algum dia foi Ryan Smith, a maior pedra que o meu sapato já teve.

   - E então eu juntei os restos e as cinzas e voltei a queimar. Rafael verificou que não sobrou nada dele, nem mesmo as cinzas.

   Ela me olhou com grandes olhos marejados e o corpo tremendo. Droga. Isso realmente é muito pesado para quem acabou de sair de um coma.

   - Você... Está bem, Jas? - perguntei carinhoso, acariciando ainda suas pernas.

   - E-Eu estou. - ela limpou o nariz na barra da blusa e então me olhou. - Você é um assassino... Um assassino frio e... - as lágrimas não a deixaram acabar.

   - Se eu soubesse que ficaria assim não te contaria. - suspirei. A seguir peguei-a no colo e nos conduzi ao seu quarto. - Mas você tem razão: eu sou um assassino e o meu primeiro assassinato foi tão horrendo quanto tudo o que já fiz na minha vida de crime, só que... - a deitei na cama. - Se estiver com medo de mim, eu aconselho continuar a ter. - sussurrei, cheirando o perfume delicioso do pescoço fino.

   Um arrepio atravessou o corpo da morena mas eu não dei tempo que ela falasse porque investi em seus lábios inchados. Jasmine demorou alguns segundos mas correspondeu tão fogosa como eu me lembrava. E foi somente por falta de ar o suficiente que nos afastamos.

   - Sabe... Sua historinha me assustou mas eu tenho a certeza que o senhor irá arrumar alguma maneira de me fazer esquecer, pelo menos por agora, a sua aventura de serial killer. Estou certa?

   Minha mão encontrou seus seios já endurecidos. Ela arfou necessitada e eu sorri com isso, descendo pela barriga da mesma enquanto meu outro braço apoiava meu peso no cotovelo.

   - Para quem saiu de um coma estou te achando muito impaciente...

   - E eu estou, Volker. - suas mãos agarraram meu rosto, me fazendo olhar fixamente para seus olhos brilhantes. Por um minuto eu parei o que estava fazendo, me focando apenas nas íris hipnotizantes. - Obrigada. Obrigada por me ter tirado desse pesadelo. Obrigada por me dar a maior adrenalina que alguém poderia me ter dado na vida.

   Elevei uma sombrancelha, divertido.

   - Pensei que me odiasse por ter te metido nos meus problemas...

   - E te odeio, mas já superei isso. - Allen mostrou um lindo sorriso cativante, tirando todas as minhas dúvidas sobre o que eu planejava fazer.

   - Espere aqui.

   Me levantei da cama e corri até onde estavam as minhas coisas, abri o bolso do casaco e retirei de lá a caixinha aveludada preta. Ao voltar para o quarto, a mulher estava sentada na cama, encostada na cabeceira da cama, me olhando com espectativa e desconfiança ao mesmo tempo.

   - O que o senhor pretende fazer, Aaron Volker? - me sentei na frente dela na cama, mostrando a caixinha. - Oh, meu Deus! Aaron nem sonhe em...

   - Se você me deixar falar eu agradeço...

   - Mas é muito cedo para...

   - Shhiu. - interrompi. - Só continua me ouvindo. - ela assentiu, ainda negando com a cabeça, então comecei. - Isso é um pedido de desculpas por tudo o que já te fiz passar por minha causa e ao mesmo tempo um agradecimento por cada momento que passei  com você, senhorita Jasmine Allen. Eu quero que aceite e que... - pensei por um segundo. - Na verdade só quero que aceite mesmo.

   Abri o objeto e o ofereci à empresária que abriu a boca num perfeito «o» antes de sorrir tão fodidamente perfeita.

   - É linda, Aaron!

   Jasmine retirou a pulseira da caixinha, virando o pulso para que eu prendesse a jóia ali. Assim que estava presa em seu pulso, a morena balançou-o, fazendo barulho pelos pingentes que se sustentavam no ouro branco.

   - Foi você que escolheu?

   - A pulseira eu comprei qualquer uma mas os pingentes sim, foram escolhidos a dedo. - esclareci.

   - Tem um avião da nossa viagem ao Canadá, um revólver simbolizando o que nos aconteceu, um coração escrito «minha» porque você é um convencido possessivo do caralho e... Uma bailarina e um sorvete? Porquê a bailarina e o sorvete?

   - O sorvete porque você vai ter que perder peso, porque Deus me guarde! Depois desse coma a senhorita engordou quase dez quilos!

   - Ah! Idiota! - a almofada que pousava delicadamente na cama foi jogada com fúria para a minha cara, mas não acertou pelo meu rápido desvio. - Tá, mas e a bailarina?

   -  A bailarina é para a inesquecível dança e streaptease que você vai fazer agora.

   Suas sombrancelhas se uniram e logo nossas gargalhadas se ouviram. Eu não podia negar, não havia final melhor para todo esse pesadelo que finalmente começou a virar um sonho real.

   Jasmine se curvou para a frente e capturou meus lábios com desejo. Quando se afastou, ela piscou um olho, balançando a pulseira nova; eu lancei-lhe o meu melhor olhar dominador, despertando toda aquela aura sexual que só nós tínhamos. Ela percebeu e falou, com a voz transbordando sensualidade:

   - Então você quer um streaptease, Mestre?

   - Eu não quero. Eu ordeno, Domme


Notas Finais


Então é isso, meus floquinho!
Espero que tenham gostado. Mil beijinhos a todos vocês e muito obrigada por cada favorito, comentário e observação que conseguimos juntos com Domain. <3 Estou intimamente grata a vocês!
Bye. <3


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