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História Domestique ou Seja Domado - Capítulo 35


Escrita por: DuquesaDoMal

Capítulo 35 - Capítulo 35


Eu cheguei na base logo pela manhã, e já fui abordado por toda minha equipe — quase, na verdade — já que Kisame estava comigo.

— Até parece, que se realmente eu tivesse matado esse monte de lixo, eu o teria jogado aqui. 

Respondi com rispidez, minha própria prima desconfiando de mim? Eu neguei com a cabeça enquanto olhava para cara dela e de Kakashi. 

— Foi mal priminho, mas você queria muito ver ele morto, então eu pensei.

— Pensou errado! — Elevei meu tom de voz a fazendo me olhar assustada. — Eu sinto muito, mas isso foi bem mais que merecido. Porém, um corte na garganta significa que ele é um traíra, falou demais e o mataram.

Kakashi coçou o supercílio e olhou para Izumi.

 — Isso é verdade, sem contar que a blusa dele estava com perfurações de bala. 

— Quantas? — Perguntei.

— Três, duas no peito, e uma nas costas, e tem mais, ele tem um buraco enorme na cabeça, que fez com que o olho esquerdo dele pulasse para fora. 

Eu vi Izumi fazer uma careta de dor.

— Ele deve ter sofrido muito. 

— Eu não sei, mas temos que investigar isso. Ele já foi levado ao IML, eu vou ir até lá com o Kisame e o Deidara. 

— Ok, enquanto isso eu vou ver por onde a irmã dele passou a noite passada. — Izumi se levantou pegando sua arma e eu saí da sala indo atrás dos dois.

Andei até o saguão, e os encontrei lá conversando.

— Ei, Deidara e Kisame, vocês vem comigo. — Eles me olharam e vieram em minha direção. 

Eu preciso descobrir o que foi que houve com Toneri, a pessoa que o fez isso é da barra pesada, e provavelmente é um dos traficantes que estamos procurando. 

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Eu olhei bem para o prédio a frente, eu não acredito que encaminharam o corpo daquele cara pra cá! Kisame passou por mim e parou na minha frente e me olhou por cima do ombro.

— Tudo bem aí parça? — Passei a mão no meu queixo e dei de ombros. 

Deidara vinha atrás de nós dois calado, ele parecia pensativo. Entramos na recepção e paramos no balcão onde havia uma mulher mexendo no computador.

— Bom dia! Somos do FBI. — Peguei meu distintivo e mostrei para ela. — Viemos para ver um corpo.

— Qual o nome, por favor senhor.

— Toneri Otsutsuki. 

Ela acenou e começou a digitar o nome dele. 

— Vocês podem seguir esse corredor até o final, lá vocês entram à esquerda e só no final vocês encontraram o IML.

Nós três agradecemos e caminhamos calmamente até o quarto. Passamos por alguns quartos onde vimos idosos sendo cuidados e tratados. Assim como ela indicou, entramos na porta. 

Haviam vários corpos, Kisame olhou curioso para todos que estavam cobertos por lençóis brancos, mas Deidara foi além, ele levantou o quinto e último lençol dando de cara com Toneri. 

— Meu Deus, ele está roxo.

— Não, ele só se pintou de princesa caroço. — Kisame o empurrou para o lado e cobriu o rosto do morto. 

— Oh! — Nos viramos juntos e vemos uma loira entrar acompanhada, não consegui ver as duas últimas pessoas porque elas não entraram. — Fui informada de que o FBI estava em meu hospital.

— Então você é Tsunade Senju. — Pergunto.

— Sim, eu vim averiguar pessoalmente isso e... — Ela virou para trás não vendo quem procurava. — Só um minuto.

Ela saiu pra fora novamente. Depois de alguns segundos ela entrou com mais duas mulheres, ampliei meus olhos vendo Sakura e... Hinata. Ela ficou surpresa ao me ver, mas seus olhos brilharam e ela sorriu pra mim.

— Itachi, não imaginava que seria você. — Sakura disse vindo até mim e apertando minha mão e assim com Kisame e Deidara. 

— Vocês se conhecem? — Perguntou a loira.

— Sim, ele é meu cunhado, irmão do meu noivo. Ah, e é namorado de Hinata. 

A Hyuuga olhou de Tsunade para Sakura com as bochechas vermelhas, eu adoro vê-la desse jeito. 

— Oi. — Ela murmurou e abaixou os olhos.

— Bem, poderemos ir direto ao assunto? — Disse, eu não podia tomar mais tempo, preciso resolver isso logo.

— Sim. — Tsunade caminhou até a maca onde o corpo estava e levantou o lençol, escutamos um murmúrio e nos viramos para ver Hinata encostada na porta de boca aberta. 

— Hina, fica calma. — Sakura tentava ajudá-la vendo que Hinata parecia pálida. 

Tirei minhas mãos do bolso e fui até ela.

— Olhe pra mim. — Eu disse em voz baixa, meu coração se apertou ao ver os olhos dela cheios de lágrimas. — Preciso de você aqui, você me entende?

Ela engoliu em seco e assentiu fungando e secando uma lágrima. Eu sorri depositando um beijo na testa dela e fomos até a maca. Provavelmente ela ainda não sabia de Toneri, deduzindo que hoje é o primeiro dia dela aqui, a Senju optou por trazê-la junto também sem imaginar que Hinata o conhecia.

— Está tudo bem com você Hinata? — Ela perguntou colocando a mão nas costas dela.

— Sim, senhora diretora.

— Ótimo, podemos continuar. — Ela ficou do lado direito e descobriu o corpo até a cintura. — Como podem ver, ele foi claramente espancado. 

— Que selvageria, quem faria isso.

Percebi Hinata me olhando de canto de olho, virei minha cabeça para encará-la e ergui minhas sobrancelhas, não acredito que ela também está desconfiada de mim.

— O que causou a morte. — Pergunto não tirando meus olhos dos dela. 

— Eu não sei ao certo. — Olhei para a loira e para o corpo.

Hinata se aproximou de mim ficando ao meu lado, ela olhou para Tsunade que fez um aceno indicando que ela poderia continuar olhando o corpo.

— Bem — Ela fez uma leve careta ao olhar para trás da cabeça de Toneri. Hinata pegou um par de luvas e colocou-as. — Está vendo isso aqui? Olha o tamanho desse buraco, ele morreu de traumatismo craniano. 

Ela concluiu olhando para mim. Rápida. 

— Mas como poderia ter acontecido isso? — Ela olhou para Deidara e voltou a examinar o corpo.

Ela olhou as unhas dele, e franziu os olhos pegando a mão direita e vendo um fio de cabelo.

— Marcaram uma emboscada para ele, e o mesmo conhecia essa pessoa, ela tem cabelos brancos ou loiros, algo parecido. — Ela pegou uma pinça grande e retirou da unha dele colocando o fio dentro de um saquinho.

— Uau, parabéns Hinata, você é muito boa.

Tsunade diz sorrindo e voltando a cobrir o corpo dele.

— Poderia trabalhar na polícia também. — Deidara supôs e meu olhar frio caiu sobre ele. — Que?

Ele me olhou fingindo demência. Ele não dá uma dentro.

— Obrigado, mas não, prefiro o hospital mesmo. 

— Bem, se for só isso, eu preciso ir, deixo minhas meninas com vocês. Será um prazer atender vocês pra qualquer outra dúvida. Com licença.

— Todinho. — Kisame respondeu depois que ela saiu. 

— Nós precisamos ir. Obrigado! — Eu disse olhando para Hinata. Ela parecia um pouco desestabilizada, não é para menos. Suspiro e a puxo a levando para um canto. — Você tem certeza de que está bem?

Ela tirou as luvas e jogou dentro de uma lata de lixo perto da porta, ela me fitou passando as mãos no cabelo.

— Toma cuidado, ultimamente ando sentindo que. — Franzi o cenho, ela parecia hesitar em falar. — Só toma cuidado tá. 

— Tsc, eu sei me cuidar. — Disse tocando o rosto dela carinhosamente. 

— Ei, vamos? — Eu olhei para trás dela e Kisame com Deidara já estavam saindo. 

Me inclinei dando um selinho nela e sai me despedindo de Sakura. 

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— Que bom que chegaram! — Eu olhei para Izumi que estava sentada na cadeira no meio do salão de treinamento. 

— O que faz aqui? Pensei que estaria investigando Yuki. 

Eu disse pegando um saco para poder treinar um pouco, hoje eu tenho uma surpresa para Hinata. Izumi mexia no celular agora enquanto eu dava socos no saco de pancadas.

— Eu fui lá, e a mesma parecia estranha. Ela disse que não via o irmão a dois dias. — Eu parei de socar e a olhei.

— Então ela não esteve com ele? — Franzi o cenho. 

Izumi me olhou coquete e se levantou vindo até mim. 

— Você precisa ficar calmo, vamos pegar quem fez isso. 

Ela me deu um beijo no rosto e saiu me deixando sozinho. 

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— Caramba, Hina, você viu como ele te olhava? Ele está caidinho por você. — Sakura falava sem parar enquanto saímos do hospital para almoçar no restaurante em frente. 

— Para, assim você vai me deixar ainda mais sem graça. — Disse colocando uma mexa da minha franja atrás da minha orelha. — Ah, eu falei com a Hana, ela me disse que vai sair daquele colégio interno, e vai vim pro seu casamento.

— É mesmo, esse mês vamos ter o ensaio dos padrinhos. — Sakura me abraçou animada. 

Nós duas saímos para fora quando ela olhou para um ponto e me deu uma leve cutucada, eu olhei para frente e me senti mole. Itachi estava ali, parado em frente ao seu carro e me olhava de uma forma que me aqueceu por inteiro. 

Eu arrumei o meu jaleco e o meu cabelo. Eu me sentia nervosa.

— Ei, cunhado, você por aqui? Não saiu do hospital, não tem o que — Ela fingiu pensar e encarou Itachi sorridente. — ... umas duas horas.

Ele passou a mão nos cabelos, ele é tão lindo.

— Vim buscar Hinata! — Respondeu me encarando.

Sakura entortou os lábios e ergueu as sobrancelhas.

— Pois não, ela é toda sua. — Sakura me empurra para mais perto dele e ergueu a mão dando um tchauzinho. 

Assim que ela saiu, eu me viro para ele o encarando sorrindo.

— E então, o que vamos fazer agora? Não posso demorar muito, ainda tenho que voltar para o hospital.

— Eu sei. — Ele pegou na minha mão e me guiou para o outro lado da porta. — Vamos passear um pouco. 

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Eu amei tudo, Itachi realmente se superou. Ele tem me demonstrado tanto carinho, tanto amor. E por fim, ele me confessou, eu estou radiante. Porra! Ele me ama, me ama.

Suspiro olhando para o lado de fora da janela, eu fico me perguntando, como ele descobriu que eu amo girassóis?

Inclino minha cabeça para o lado e o encaro.

— Como sabe que gosto de girassol?

— Neji.

— Ah!

Olhei para o outro lado novamente. Neji está me devendo uma explicação, e eu ainda o pego. Ele estava ficando na casa do meu pai, eu sinceramente queria poder me reaproximar, mas meu pai parecia não querer me ver. Então, não farei nada a força.

Itachi parou o carro na frente do hospital e me olhou. E de novo, aquele olhar estranho, eu me sinto acanhada e estranha ao mesmo tempo.

— O que? — Como esperado, ele apenas negou. — Bem, eu preciso ir. Saiba que eu amei cada momento naquela cabana, e principalmente o que você me disse.

— Eu fico muito feliz por isso, Hime.

Eu sorri e ele se aproxima de mim selando nossos lábios. Eu me separei dele a contragosto, eu já estava quase atrasada.

Sai do carro às pressas antes que levasse uma bronca no meu primeiro dia.

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— Anne, Anne. — O homem falava em tom de ameaça enquanto rodeava a morena. Ele a abraçou por trás apertando o seu pescoço e a mesma começou a chorar. — Você vai sair com o Hyuuga, e eu preciso que você fique mais íntima dele. Se é que você me entende.

— Por favor, não posso.

Ela sussurrou sentindo falta de ar, o platinado mordeu os lábios com raiva e a empurrou para longe. Anne se virou com as mãos no pescoço olhando atordoada para ele. O homem fez um gesto com o dedo indicador para um outro homem encostado no canto da parede.

O rapaz moreno se aproxima e entrega um envelope para o homem e sai logo em seguida. O platinado sorriu enquanto retirava uma foto de dentro do mesmo e mostrava para a morena que arregalou os olhos.

— Sua filha é linda, quantos anos ela tem? Uns 3?! — Ele sorriu sombriamente.

— Você não é louco! — Anne avançou pra cima dele o dando vários tapas. Ele era maior que ela, conseguiu segurá-la.

— Então testa. Testa a minha sanidade. E você verá que eu não brinco em serviço. Eu quero que você durma com o Hyuuga, e descubra tudo sobre a família dele, tudo sobre ele, tudo sobre o Uchiha. Esse será o meu último aviso.

Ele a empurrou e Anne precisou de forças para sair dali sem meter uma bala na testa daquele homem.

Desde que ele entrou na vida dela, tudo virou de ponta cabeça. Infelizmente, ela terá que ceder às chantagens, ela não queria fazer mal a ninguém. Anne sempre foi um doce de mulher, e quando ela se aproximou das meninas, ela realmente gostou da amizade delas, e quando ela viu Neji pela primeira vez, algo dentro dela mudou. Ela queria poder fazer alguma coisa, e se ela o contasse tudo? Será que ele acreditaria nela? Poderia começar do zero?

Não, ela sabia que Neji era bem cabeça dura, talvez quando soubesse de tudo, jamais a olharia na cara. Então, o jeito seria prosseguir com os planos, até lá, se ela perceber que está tudo indo de mal a pior ela tentará resolver do seu modo.



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