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História Dominatrix - Min Yoongi - Black Bunny.


Escrita por: Maaru

Notas do Autor


⚠️ : Fanfic sendo reeditada!

Capa por: @yuuji-


kkkkkkkkk esse foi o auge da minha imaginação até agora, primeira vez escrevendo algo do tipo, então espero muito que gostem.
Resolvi colocar o Yoongi pois achei que ele se encaixava perfeitamente para essa fanfic kkkkkk.

Enfim, boa leituraaa! ♥️

Capítulo 1 - Black Bunny.


 

Han Chaerin.

 

Inicialmente… por onde eu deveria começar? 

 

Eu detesto as segundas-feiras, não especificamente o dia da semana, mas o clima pesado e "de volta a rotina" que o mesmo transpassa, o que na minha opinião é um saco. Era como viver em um ciclo repetitivo e monótono, já sentia-me até mesmo em estado de piloto automático, acordar, tomar café, ir a faculdade, voltar para casa e tudo torna a se repetir…

 

Sou estudante de psicologia em uma das faculdades mais populares da região, e sendo popular, significa que a mensalidade não é das mais acessíveis, o que me frustra profundamente, porém, não havia outra opção, as outras instituições são bem mais caras e não me ofereceram um desconto tão bom quanto essa, apesar de não ser muito, ao menos já sobra para completar o aluguel do meu apartamento, afinal, morar sozinha não é nem um pouco fácil, desde que saí da casa dos meus pais por causa de um desentendimento.

 

No início fora bem complicado, mas aos poucos eu consegui dar um jeito, pelo menos agora tenho o que comer e uma cama quentinha.

 

E não, eu não preciso fazer bicos, trabalhar em cafeterias, fazer horas extras em posto de gasolina ou ser alguma consultora de cosméticos de beleza, na verdade… é um pouco mais intenso do que isso.

 

Eu tenho de me sustentar de alguma maneira, certo? E minha nossa, a quantia é absurda, digna de um trabalho peculiar como este.

 

Trabalho como Dominatrix, que é como se fosse uma garota de programa, mas não exatamente uma, na verdade, diferente delas que podem ser usadas e abusadas do modo que os clientes desejam - ao menos as que eu conheço - as Dominadoras não, pelo simples motivo de serem elas quem mandam, realizando dos mais comuns aos mais inimagináveis fetiches, contudo, sob o seu controle.

 

Mesmo soando um tanto esquisito, é muito divertido, pois não somente se baseia em sexo comum, mas sim as várias formas de se sentir prazer, e pelo amor de Deus, são tantas que eu jamais imaginaria que era possível se não tivesse entrado nesse ramo. 

 

Porém, eu sou um pouco diferente das outras Dominatrix que trabalham comigo no site, afinal, elas fazem qualquer tipo de coisa - qualquer mesmo - realizando os fetiches mais bizarros de cada cliente, e quando soube disso, definitivamente não estou e acho que nunca vou estar apta para mijar no rosto de alguém ou pingar cera quente em sua virilha.

 

E sendo assim, optei por trabalhar apenas com a dominação, ou seja, eu sou a que realiza o fetiche do cliente de ser amarrado, chicoteado, ser xingado, usar aqueles típicos brinquedos, "o básico", o famoso "cinquenta tons de cinza".

 

Me sinto bem melhor fazendo apenas esse tipo de coisa, e prezando pelo mínimo de dignidade. Sou conhecida como "Black Bunny" - coelho negro em inglês - no site do qual participo, basicamente, o cliente entra nesse site e vai aparecer uma lista de Dominatrix's para ele escolher, com seus devidos estilos e o que elas estão dispostas a fazer, e se por acaso o usuário se agrade em alguma, ele a seleciona e inicia um chat com a escolhida, solicitando seu serviço, sendo a domicílio ou como ele quiser.

 

E se eu me sinto tranquila e liberal com esse tipo de "emprego"? Óbvio que não, se minha mãe e pai descobrirem algum dia que faço esse tipo de coisa, estou - literalmente - morta!

 

Este é um segredo que devo e mantenho não a sete, mas sim dez chaves, pois poderia até mesmo prejudicar toda a minha reputação de "aluna exemplar" na classe, sem contar que sou a líder da turma, já imaginou? Deus tenha piedade e afaste esta vergonha de mim. Mas até o momento tudo ocorre muito bem, ninguém desconfia que faço esse tipo de coisa a partir das 21:00 da noite, prezo muito pela minha identidade dupla, e uso até máscara para não correr o risco de ser reconhecida, afinal, por incrível que pareça, tenho clientes até mesmo desta faculdade, desta classe.

 

Não que eu me importe com isso, o chato mesmo é ter de realizar fetiches até de quem eu menos gosto aqui dentro, mas desde que eu não seja descoberta e ganhe dinheiro para pagar minhas despesas, foda-se.

 

Estava entretida com minha caneta, brincando com o objeto por entre meus dedos, enquanto a voz monótona do professor soava no auditório.

 

A aula abordava a respeito de pessoas com transtorno de personalidade, como deveríamos lidar e saber quando eram uma. Esse professor tinha o costume de fugir do verdadeiro assunto, por isso eu não costumava prestar tanta atenção nele.

 

— E então, alguém tem alguma opinião a declarar em relação a aula? — Perguntou o Sr. Lee, observando ao redor.

 

Esbocei uma careta, disfarçando para que ele não me usasse como voluntária.

 

Foi então, que uma mão se ergueu.

 

O professor gesticulou para que prosseguisse.

 

— Isso significa que todas as pessoas diagnosticadas com esse transtorno são psicopatas? — Perguntou Park Chun-Ja, a típica loira dos peitões que todos querem transar mas não assumir por medo de ela ser uma interesseira.

 

— Possivelmente, mas podem ser controladas por medicamentos e tratamento.

 

— Mas como saberíamos que são um se podem agir como pessoas normais e até fingir sentimentos? — Rebateu um outro aluno.

 

O professor abriu a boca para se pronunciar, mas foi interrompido.

 

— Não é óbvio? Você iria estudar o comportamento dele para saber, é para isso que está estudando psicologia, bobão. — Min Yoongi respondeu, curto e arrogante como sempre.

 

Ah, Min Yoongi, ou como gosto de chamá-lo, Yoongimônio, se tem uma coisa que eu não entendo, é o motive de alguém como ele estar cursando psicologia, já que é uma profissão que exige paciência e cautela, além de boa conversação com o paciente, e no caso dele, tenho certeza de que não teria paciência nem para ouvir o nome do seu paciente, não fazia sentido. Eu não o odeio, não faz parte da minha personalidade perder tempo odiando as pessoas, mas confesso não suportar o modo como ele age, seu jeito prepotente e impulsivo, sempre falando o que pensa sem se preocupar se vai magoar as pessoas ou não, além de ser completamente debochado.

 

E sabe o que é pior? Ainda que ele possua essa personalidade repugnante, foi agraciado com uma beleza e porte físico surreal, ou seja, eu com certeza daria para ele, mas colocaria uma fita isolante em sua boca antes.

 

— Haha, não me diga. — O aluno cujo Yoongi alfinetou respondeu.

 

— Rapazes sem discussão, por favor. — Pediu o professor.

 

Acho que até uma discussão entre Yoongi e este aluno seria mais emocionante que essa aula.

 

— Professor, eu gostaria de citar o caso do Ted Bundy como exemplo em relação a aula, ele era de fato um psicopata? — Carl Jackson, um estudante americano transferido retruca.

 

— Bom, sim… — Sr. Lee responde.

 

— Mas então, dentre todas as mulheres que ele matou, por que não matou sua esposa também? — Continuou.

 

— Bom, ele… — O professor tentou falar.

 

— Talvez porque ele realmente a amava, deve ter sido a única pessoa que ele conseguiu criar laços emocionais. — Yoongimônio interrompe novamente.

 

Naquele momento, minha atenção foi finalmente atraída, pois eu conhecia a história desse serial killer, hesitei por alguns segundos…

 

— Então ele não a matou por isso? — Jackson se dirige a Yoongi.

 

— Não exatamente… — Soltei, sem fazer contato visual com ninguém.

 

— Senhorita Han, é raro ouvi-la se pronunciar. — Diz o professor, parecendo surpreso.

 

É claro que não costumo falar, isso é tão entediante, entretanto, acho que há um equívoco aqui e não poderei deixar passar.

 

— A questão é, Ted Bundy era um psicopata assassino. — Continuei. — Isso significa que, mesmo que ele gostasse de Liz, não hesitaria em matá-la se quisesse, como em vários casos, por exemplo, ele tentou a matar asfixiada com a fumaça da lareira e era abusivo com ela.

 

Naquele momento, eu tinha todos os olhares concentrados em mim, inclusive Min Yoongi, com aquela expressão de deboche que sempre tinha.

 

— Então por que ela continuou com ele? — Ele rebate, estalando a língua.

 

— Porque ela sim o amava, mesmo passando por tal situação. — Respondi.

 

— Mesmo sabendo que ele era um assassino? — Yoongimônio ergueu seu cenho.

 

— Você deve saber que foi ela quem o denunciou, certo? Então ela além de saber, foi justa, o amor não pode suprir assassinatos. — Sorri de canto para ele.

 

Ele riu convencido.

 

— É claro que supre, era só ela ficar calada, poderia até ter o ajudado a encobrir tudo se quisesse. — Deu de ombros.

 

Ele só podia estar de brincadeira.

 

— Essa não é a questão aqui! — Me ergui do acento, o encarando de pé, o mesmo fez uma expressão de surpresa na hora. — Mulher nenhuma deve aturar um relacionamento assim, aquele homem era um monstro que tirou vidas de jovens, e tiraria até mesmo a dela se não agisse, ela salvou a vida de outras que poderiam vir a morrer, pois ele não iria parar se não fosse detido, já pensou? Poderia até mesmo ser a sua mãe, assim você nunca teria nascido! — Bufei, irritada.

 

Todos estavam em completo silêncio, outros até mesmo boquiabertos, e só então me dei conta de que havia perdido um pouquinho do controle.

 

Ele destacou um sorriso, seguido de um olhar desafiador para mim, era óbvio que estava claramente tentando me irritar.

 

— Essa doeu, Chaerinnie… — Disse em tom melancólico.

 

Chaerinnie, era o apelido que as meninas da classe me intitulam, eu não me incomodava em ser chamada assim por elas, mas ele? 

 

— A intenção era essa, Yoongimônio… — Resmunguei.

 

Ele se virou novamente, com uma expressão confusa e fuzilante.

 

— Do que você me chamou?! — Exclamou ríspido.

 

— Certo, certo, já deu por hoje, obrigado pela opinião e questionamento de todos. — Cortou o professor, sentindo o clima começar a ficar tenso.

 

Sentei-me novamente, desviando a atenção daquele arrogante e olhando para o professor.

 

Ele adora provocar as pessoas, é sempre assim, juro que se fosse um dos meus clientes eu o chicotearia com vontade.

 

A aula finalmente se encerrou, peguei as minhas coisas e saí da sala a passos consideravelmente rápidos, tinha coisas para resolver.

 

— Chaerin, me espera! — Chun-Ja, a loira com peitos de airbags tentava me alcançar.

 

Não éramos amigas, mas eu deixava ela pensar que éramos.

 

— Estou com pressa, o que foi? — Falei, arrumando o cabelo enquanto andava até a saída.

 

— Como teve coragem de fazer aquilo? Todos estavam olhando para você, puxa vida. — Riu. — O Yoongi não deveria estar esperando por essa.

 

É claro que não, aquele badboy engomadinho está acostumado a falar e todos ficarem calados, precisa ser refutado às vezes para se pôr no lugar.

 

— Eu não tenho medo dele, e falaria coisas piores se não estivéssemos em sala de aula.

 

— Nossa, como você é bruta.

 

Sim, eu sou bruta quando devo ser, em ambos os sentidos.

 

— Preciso ir, nos falamos depois. — Lhe dei um rápido abraço e fui em direção ao meu carro.

 

Adentrei no veículo e dei partida no mesmo.

 

Tinha alguns contratempos para resolver depois do meio dia, como por exemplo, pagar contas atrasadas que venciam hoje, além de comprar uma pomada para assadura, por ser uma Dominatrix, eu sou "obrigada" a usar aquelas roupas sexys de couro apertadas, o que acaba prejudicando um pouco minha virilha e algumas outras partes, mas não é lá essas coisas, uso mais para prevenir.

 

                                     [...]

 

A noite chegou bem rápido, me encontrava nesse momento saindo do banho, secando meu cabelo com a toalha.

 

Caminhei para o meu quarto devagar para não correr o risco de escorregar, pois estava descalça e os meus pés ainda um pouco úmidos, passei pela minha mesa de cabeceira e ouvi meu celular vibrar.

 

Olhei de soslaio para o aparelho e reparei em uma notificação peculiar.

 

Era do aplicativo do site.

 

"Você tem um novo chat disponível." Dizia o título da notificação.

 

Eram 21:45 da noite, um cliente a essa hora, fala sério… plena segunda-feira.

 

Peguei meu celular e desbloqueei a tela, abrindo o meu chat privado.

 

Unknown: Ei!

 

Suspirei, logo começando a digitar.

 

BlackBunny: Oi Gracinha, e então, como vai ser?

 

Nada de formalidade, gosto de ser direta, porém o fato de ser alguém desconhecido me incomodou um pouco, normalmente os usuários colocam algum nome ou uma foto, já que é por meio de cadastro, e esse não tinha nada, pela primeira vez eu me senti um pouco receosa.

 

Unknown: Você atende a domicílio? Pessoalmente?

 

BlackBunny: Claro, pode me passar a sua localização?

 

Ele me enviou sua localização.

 

BlackBunny: Maravilha, estou a caminho. 

 

Deixei o chat, bloqueando a tela do celular e fui me arrumar.

 

Isso era desconfortante, por que esse cara ou seja lá o gênero que for não colocou uma foto ou nome? Isso me deixava desconfiada, porém o dinheiro sempre fala mais alto, malditos boletos que precisam ser pagos.

 

Levei mais ou menos meia hora para ficar pronta, vestir aquela roupa era um verdadeiro desafio, mas eu ficava tão gostosa nela que até parecia valer a pena, no entanto me deixava um pouco sufocada.

 

Peguei a minha mala preta com todos os meus "utensílios", minha máscara, meu celular e chaves do carro.

 

Agora era descer até o estacionamento e rezar para não ser vista, é meio constrangedor, admito, ser vista assim, como se já não bastasse os assobios do porteiro.

 

Fui a passos rápidos até meu carro quando cheguei no térreo, tomando cuidado para não tropeçar com os saltos, coloquei minha mala no banco de trás e entrei no veículo.

 

Conectei o endereço daquele desconhecido no GPS,  e na mesma hora arregalei os olhos, impressionada.

 

— Uau, área nobre? — Falei comigo mesma.

 

Dei partida no veículo rumo ao endereço.

 

Quanto mais me aproximava, mais boquiaberta ficava, esse indivíduo deve ser muito rico, um Suggar Daddy talvez? Puxa vida, quais serão os fetiches dele? Espero que não me peça para cantar música infantil como o último, é sério, tem gosto para tudo.

 

As ruas eram cheias de prédios e estabelecimentos cinco estrelas, eu ainda não tinha vindo até essa parte da região. 

 

Finalmente cheguei ao destino, estacionando o carro frente a entrada da exuberante mansão, fiquei uns cinco minutos verificando o GPS só para ter certeza que era ali mesmo, aquele lugar era enorme e até a brisa do local cheirava a riqueza.

 

Desci do carro e peguei minha mala, coloquei minha máscara e andei em direção ao enorme portão gradeado da entrada.

 

Apertei o botão do interfone…

 

— Quem é?

 

Uma voz masculina soou pelo aparelho, e por um instante, achei aquela voz um pouco familiar.

 

Deve ser só coincidência, pensei.

 

— Black Bunny… — Falei apenas.

 

No mesmo instante, o portão gradeado se abriu, me dando passagem, e então passei por ele, caminhando calmamente até a entrada da casa, me aproximando da grande porta sofisticada de entrada da residência.

 

Respirei fundo, lá vamos nós de novo…

 

Ouvi o barulho da maçaneta sendo remexida, e então a porta se abriu.

 

Eu estava de cabeça baixa, assim que notei a silhueta comecei a erguê-la devagar…

 

Sorri de canto.

 

— Boa no… PUTA MERDA! — Exclamei.

 

Não, não pode ser! Deus…





 


Notas Finais


Até o próximo, e perdão por qualquer erro ortográfico.
Beijinhos 😗✌🏻


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