História Domingão do Madokão - Traição?

- Somos em cinco pessoas então, é isso mesmo? – Faustão indagou, enquanto a limusine tremia por eles estarem andando em uma das ruas cheias de buracos que existia no país.

- Eu não tenho certeza – Lula informou, tentando contar o número de pessoas nos dedos de uma das mãos, e parecendo um pouco chateado depois disso.

- Exato – Lemonade confirmou – Agora, com cinco pessoas, devemos ser capazes de enfrentar o Dollynho.

- Não sei – Silvio parecia pensativo – Será que realmente damos conta, com apenas cinco pessoas?

- Vocês não são apenas cinco pessoas. Vocês são cinco pessoas com poderes especiais de mahou shoujos, e uma imensa vontade de vencer.

- Então somos cinco pessoas com poderes de garotas mágicas, um limão voador e talvez sorte? – Canuto recapitulou.

- Bem... É – Limonade bufou, não tendo como negar aquilo, apesar de ele ter um jeito mais bonito de falar tudo.

- Vamos lá! – Cazalbé se animou, e tentou dar força para o grupo - Vamos dar conta, sim.

Os outros também sorriram, recebendo forças do amigo. Então, todos continuaram sentados mesmo depois de toda aquela animação, porque afinal ainda estavam dentro da limusine. Só depois de alguns minutos é que puderam descer, todos juntos. Ao prestar atenção ao redor, no entanto, Silvio ficou um pouco confuso. Eles estavam de pé em um lugar bem escuro, parecendo em ruínas.

- Eu comprei isso aqui também?

- Não estávamos indo para a mansão do Silvio? – Canuto perguntou, parecendo que estava começando a ficar nervoso pelas coisas não estarem saindo da forma como ele imaginava.

- Manfred, tire-nos daqui – Silvio ordenou, mas Manfred permaneceu em pé, com sua postura reta de sempre e cara de alface. Silvio então repetiu – Manfred, nos tire daqui logo.

- Temo que não posso fazer isso, senhor.

- E porque não?

- Porque já não temos mais escolha.

Quando Manfred disse isso, algumas latas de refrigerante foram lançadas na direção de todos eles, mas ele ainda permaneceu na mesma posição, enquanto os outros tentavam se esquivar. Faustão foi o que mais foi atingido pelas latinhas, enquanto alguns de seus amigos se escondiam atrás dele.

- Para com isso! Você vai ver o que que eu vou fazer pourra – Ele ameaçou, mesmo sem saber quem era o responsável por aquilo.

- Você nos traiu – Lemonade disse para Manfred.

- Não foi uma traição. Ninguém pediu para que os trouxesse para cá.

- Então, porque estamos aqui? Porque nos trouxe?

- Vocês estavam demorando muito para entrar em ação – Ele revirou os olhos, mas ainda com sua pose de sempre: costas retas, cabeça erguida, e sua boca em uma linha fina que indicava seriedade – Eu queria ver logo alguma briga decente.

- Acabamos de sair de uma briga – Lula lembrou, enquanto Faustão ainda tentava recuperar o ar depois de correr atrás de um dos membros do Carrossel.

- Ah é... Mesmo assim, ia ser top.

Mais algumas latinhas foram lançadas na direção deles, e eles tentaram procurar o responsável por aquilo, sem sucesso. Estava escuro demais para que eles enxergassem alguma coisa. Eles podiam enxergar apenas o que estava muito próximo deles: ratos se aproximavam aos poucos, todos usando armaduras. Não havia como escapar dali.

- Nos levem até seu mestre – Lemonade praticamente ordenou, mas nenhum dos ratos se moveu. Estavam todos parados agora, apenas olhando os cinco companheiros e Lemonade.

- Estão procurando alguém? – Eles ouviram uma voz irritante e já conhecida por eles.