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História Dominium - Catarse


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Olá, bebês, desculpa a demora... Eu tô fazendo essa fic com tanto cuidado pra não ter furo, que acabo demorando mais tempo do que deveria pra atualizar Kkkkk mas tá aqui, espero que vocês gostem.

Boa leitura

Capítulo 2 - Catarse


Voltar para casa foi como uma verdadeira libertação para Sakura. Estava com saudade do seu quarto, do seu cantinho, e principalmente da sua mãe… embora as duas não tivessem conversado muito. Era como se Mebuki não quisesse tocar no assunto do acidente, e Sakura ficava feliz por imaginar que passariam uma borracha no ocorrido. 

Estava se preparando para voltar à faculdade, reencontrar os amigos e ter uma vida normal novamente. 

Entrou em seu quarto e viu que tudo estava como ela havia deixado, a decoração da forma que se lembrava. Sorriu feliz e sentou-se sobre sua cama, olhando para cada detalhe de tudo com saudosismo. Definitivamente, não sentiria falta do quarto de hospital. 

— Tudo bem? — Ela ouviu a voz de Mebuki perto de si. Sua mãe havia entrado no quarto, sem que ela notasse. 

— Eu estava distraída. — Forçou um sorriso. 

Mebuki aparentava estar aflita, por mais que Sakura demonstrasse estar bem. Claro, qualquer mãe se preocuparia depois de um acidente quase fatal envolvendo sua única filha. 

— Filha… Eu sinto muito por tudo que aconteceu. — Suas palavras eram sinceras, Mebuki soava quase penalizada. 

— A vida continua agora. — Sakura respondeu. 

Queria comentar sobre Sasuke, dizer que ele foi visitá-la, mas pensou que Mebuki iria preferir que a filha se afastasse do rapaz que a levou para uma festa às escondidas e a envolveu em um acidente. Pensou que fosse melhor não demonstrar para sua mãe que Sasuke e ela continuavam próximos. 

— Quer falar sobre o Sasuke? — Mebuki pareceu um pouco mais séria aos olhos de Sakura, então ela concluiu que seus pensamentos estavam certos, que sua mãe iria preferir que ela se afastasse do amigo. 

— Não quero falar sobre ele. — Sakura respondeu de uma forma que fez sua mãe se espantar. — Por favor, mãe. Não.

— Nossa…É estranho ver você falar assim. Vocês eram tão próximos. 

— É exatamente por isso que eu não quero tocar nesse assunto. — Finalizou. 

Preferia que Mebuki acreditasse que ela estava magoada com Sasuke, com raiva, ou que simplesmente decidiu se afastar. 

— Tudo bem. — Mebuki deu de ombros. — Qualquer coisa, pode me chamar. 

Sakura se deitou e fitou o teto assim que sua mãe deixou aquele quarto. 

Estaria fazendo o certo? Dar a entender que se afastou de Sasuke, pelo menos na frente de sua mãe, seria uma decisão certa? Inicialmente, sim, pareceu certa e sensata. É claro que Mebuki ficaria mais protetora com Sakura depois do acidente, e se ela soubesse que a amizade da filha com Sasuke continuava a mesma, poderia passar a sempre desconfiar dela. 

Sakura tentava acalmar sua mente, mas pensou que jamais conseguiria esse feito enquanto estivesse confinada de novo dentro de um quarto, por mais que aquele fosse o seu quarto. 

Ela então pegou seu celular e resolveu mandar uma mensagem para Sasuke. Aquela era a primeira vez que Sakura mandaria uma mensagem para seu amigo após o acidente. Mas, no momento em que abriu o contato dele, notou que sua última visualização foi no dia do acidente, minutos antes da tragédia ter acontecido. 

Por algum motivo, Sakura sentiu um arrepio na espinha e ela teve um flash rápido de memória, onde via Sasuke usar o celular dentro do carro. 

— Ele… Ele estava no celular? — Perguntou para si mesma, tentando lembrar de mais alguma informação, mas o que lhe vinha à cabeça era a imagem da mão de Sasuke mexendo no celular dentro do carro, com a iluminação ao redor muito baixa para que ela tentasse focar em qualquer outro detalhe. 

Sasuke se distraiu no celular enquanto estava ao volante? Não… Ela não podia acreditar que seu amigo seria tão irresponsável, chegando ao ponto de se questionar sobre a imagem que lhe veio à mente ser real ou fruto de sua imaginação. 

Sakura chegou à conclusão de que já havia passado tempo demais fechada em um quarto, então trocou de roupa e decidiu caminhar pelo bairro. Certamente um ar fresco lhe faria bem. 

Queria ficar sozinha com os próprios pensamentos, mas ao mesmo tempo não sentia-se tão à vontade em estar presa entre quatro paredes, por mais que seu quarto sempre tivesse sido seu cômodo favorito na casa. Naquele momento, precisava sair, espairecer, ver pessoas caminhando pela rua e vivendo suas vidas, sentir que estava livre… sim, pois os dias em que esteve hospitalizada a fizeram se sentir numa prisão, afinal, estava ali e não poderia sair a não ser que o médico a liberasse. 

Enquanto andava pelo bairro sem um destino, apenas pelo prazer de andar, Sakura parou em frente ao portão de entrada de um cemitério que ficava a alguns quarteirões de sua casa, e naquele momento ela notou que talvez tivesse andado mais do que havia planejado. 

Por um instante ficou pensativa e se lembrou de seu pai que, mesmo não estando enterrado ali, estava morto e jazia debaixo da terra. 

Ironicamente, como uma clara coincidência do destino, Sakura viu ninguém menos que o irmão mais velho de Sasuke sair daquele cemitério. Ela se assustou logo de cara, imaginando o porquê de Itachi estar ali, mas logo se lembrou de quando Sasuke comentou sobre a morte do avô de ambos anos atrás. 

Itachi pareceu um pouco surpreso ao ver Sakura e sorriu simpático, tendo recebido um sorriso um tanto discreto em resposta. 

— Já faz um tempo… — Itachi comentou quando parou de frente para Sakura, uma vez que ele, tal como ela, sequer deveria se lembrar da última vez que os dois se viram. 

Itachi estava como na última vez em que Sakura o viu. Calmo, aparentemente simpático. Ele tinha uma personalidade um pouco diferente de seu irmão caçula, que por vezes era impulsivo e marrento, mas os dois eram pessoas maravilhosas. 

— Voltou para a cidade ou só está de passagem? — Sakura perguntou com certa curiosidade, embora não acreditasse que Itachi fosse largar o emprego que tanto amava para voltar à cidade natal. 

— Acabei voltando… — Ele suspirou pesadamente, não parecia feliz com a situação. — Não dá pra ficar longe da minha mãe. 

Sakura ergueu as sobrancelhas em surpresa. Desde que conhecia os irmãos Uchiha, Itachi sempre pareceu o mais independente deles. Sasuke sempre foi mais ligado à mãe, talvez a iniciativa de largar tudo e voltar para a casa dos pais fosse "aceitável" caso se tratasse de Sasuke, mas com Itachi parecia mais improvável. 

A verdade é que a vida sempre foi cheia de surpresas, e Sakura não poderia julgar uma situação que estava vendo de fora. Não tinha liberdade o suficiente com Itachi para questionar certas coisas, mas Sasuke poderia lhe responder sobre o que trouxe seu irmão de volta. 

— Entendo… — Sakura respondeu da forma mais genérica possível, afinal, não cabia a ela opinar sobre qualquer decisão tomada por Itachi. — Bem, foi bom te ver, Itachi. E inesperado. 

— É. — Itachi concordou, sorrindo. — Fico feliz ao ver que você está bem, parece estar superando tudo que aconteceu. 

— Vivendo um dia de cada vez. — Suspirou. 

— É o certo. 

— Sim, é. — Ela assentiu. — Não esperei te encontrar pela cidade, muito menos na saída do cemitério. Eu diria que foi uma surpresa bem mórbida. 

— Não é um lugar que eu gostaria de visitar, pois é difícil lidar com a morte… Mas as pessoas que amamos nunca morrem, não é verdade? — Itachi sorriu, parecia dizer tais palavras não somente para Sakura, mas também para si mesmo. — Estão sempre vivas em nossos corações. 

Ela imediatamente lembrou de seu pai, o que fez um sorriso espontâneo surgir em seu rosto, com um ar nostálgico. Era claro que Sakura estava pensando em alguém, então Itachi manteve-se em silêncio, respeitando o momento dela. 

— Nunca morrem. — Afirmou. 

Há um tempo ela não pensava sobre seu pai. Infelizmente, passar em frente a um cemitério despertou lembranças sobre ele, uma vez que estava morto. 

— Bem, Sakura, preciso ir. — Itachi se apressou após olhar o relógio de pulso. — Foi bom te ver. 

— Sim, foi bom te ver também. — Sakura respondeu, então ambos se despediram rapidamente e Itachi seguiu seu caminho. 

Querendo espantar de sua cabeça qualquer pensamento que lembrasse a morte, Sakura voltou a andar tranquilamente, tentando se focar nos dias que viriam a seguir, criando expectativas sobre seu retorno à faculdade. 

Era estranha a forma como as pessoas a estavam tratando após sua saída do hospital. Sentia que tanto sua mãe quanto Itachi estavam "pisando em ovos" com ela, como se não quisessem magoá-la ou fazê-la sofrer por se lembrar do ocorrido. Sakura via como sensato, algo que ela própria faria se visse alguém na mesma situação; mas, sentindo na pele, era bem estranho e até constrangedor. 

Andou até chegar em uma praça cercada por árvores, com um lago bonito no centro. Havia poucas pessoas por ali, Sakura queria muito descansar entre as sombras daquelas árvores, recordando das poucas vezes em que fez piquenique ali quando era mais nova. Então, caminhou um pouco até chegar perto de uma árvore com uma sombra boa, se deitou sobre o chão gramado e fechou os olhos. 

Esvaziou sua mente, pensando em absolutamente nada. Não queria pensar em nada, apenas descansar. Mas, após um certo tempo, imagens começaram a se formar em sua cabeça e ela não conseguia lutar contra isso. 

"Eu vou mandar uma mensagem pra ela", ouviu a voz de Sasuke em sua cabeça e a imagem formada foi a de um celular na mão dele. A mesma imagem de mais cedo, e aquilo a incomodou. 

"Você tem o número dela?", dessa vez pôde ouvir sua própria voz, ao lado de Sasuke. 

"É fácil pedir pra alguém", ele respondeu imediatamente, e parecia concentrado em mexer no celular. 

Sakura então abriu os olhos repentinamente, assustada. Não sabia dizer se aquilo era uma lembrança real ou fruto de sua imaginação. 

Quando olhou para o lado, quase sentiu seu coração subir até a garganta, tamanho o susto. 

— Há quanto tempo está aí? — Perguntou um pouco assustada e igualmente irritada. 

O rapaz ao seu lado esboçou um típico sorriso de lado, então abriu os olhos e encarou sua amiga. 

— Estava passando, vi você deitada e resolvi fazer companhia. — Respondeu tranquilamente. 

— Caramba, Sasuke… Você chega como se fosse um fantasma. — Sakura levou a mão até o peito, respirando fundo em seguida. — Isso não se faz, tá? 

Sakura fitou o céu azul, não se afastando de Sasuke nem um milímetro. 

— Você teria ficado mais irritada se eu tivesse te acordado. — Sasuke resmungou, o que fez Sakura rir. Ele não estava errado, afinal. 

— Seu celular… O que aconteceu? Você trocou de número? 

— Ah… Eu estou sem celular. 

— Como assim? — Sakura se sentou quase que em um rompante, surpresa com a resposta de Sasuke. — Por que você ficaria sem celular? 

Sasuke também se sentou, então olhou para Sakura com uma expressão serena. 

— Acho que eu recebi uma nova chance… Poderíamos ter morrido naquele acidente. — Explicou. — Então, por que não mudar de vida? Minha mãe sempre reclamava que eu não saía do celular, que aquilo me prejudicava, e ela não estava errada. 

Sakura achou que as palavras de Sasuke faziam sentido, mas que sua decisão de tirar o celular de sua vida parecia radical demais. 

— Não era só usar por menos tempo? — Sakura pareceu um pouco indignada, não escondendo de seu amigo o quanto havia achado aquela ideia um tanto absurda. 

Sasuke soltou um riso anasalado. 

— Mudanças são difíceis… Sabe, mesmo que eu passasse a usar menos, uma hora iria esquecer disso e passar o dia inteiro no celular. É tipo quando alguém fala que vai fazer dieta e mete o pé na jaca nos fins de semana. — Brincou. — Meu celular foi destruído no acidente, e por enquanto eu não faço questão de outro. 

A primeira coisa que passou pela cabeça de Sakura foi a suposição de que Sasuke estava punindo a si mesmo… Por um instante, se convenceu de que as imagens que apareceram em sua cabeça eram uma breve lembrança, não um sonho sem sentido. 

— Você estava mexendo no celular naquela noite, não estava? 

Sasuke a encarou espantado. 

— Como? 

— Quando a gente sofreu o acidente. — Ela afirmou. — Você estava mexendo no celular, não estava? 

— O quê? — Sasuke gargalhou, como se tivesse achado ridícula a afirmação de Sakura. — Pô, eu não sou tão irresponsável assim, Sakura. — Ele ficou mais sério, vendo que Sakura não estava brincando. — Não, eu não estava mexendo no celular. De onde você tirou isso? 

Ela suspirou pesadamente. 

— Tive uma lembrança. — Explicou. — Você estava mexendo no celular. Pensei que pudesse ter sido uma lembrança do dia do acidente. 

Sasuke aparentou estar surpreso, mas não se abalou. 

— Você deve ter sonhado. — Deu de ombros. 

Sakura tentava se convencer que sim. Nunca duvidou de si mesma, colocaria as mãos no fogo por causa de uma paranóia; mas Sasuke parecia conseguir convencê-la de uma forma que nunca aconteceu antes. 

— Eu vi seu irmão mais cedo. — Ela mudou de assunto. — Ele estava saindo do cemitério, acho que foi visitar o avô de vocês. 

— Ele era bem apegado ao vovô. 

— Engraçado, eu acho que tenho uma lembrança de você dizendo que seu avô foi cremado. 

— Não, ele não foi cremado. 

— Foi sim. — Sakura insistiu. — Sasuke, eu lembro. Você falou que seu avô foi cremado. 

— Não, eu falei que ele queria ser cremado quando morresse, não que foi de fato cremado. — Afirmou o rapaz. 

— E por que a família não realizaria o último desejo dele? 

— Sei lá. — Deu de ombros. — Minha família é meio estranha, meus tios são todos insuportáveis e no fim das contas estavam interessados só na herança do vovô, não em realizar o último desejo dele… Acho que enterrar acabou sendo mais fácil. 

— Putz, que chato… 

Sakura ficou em silêncio, e Sasuke não respondeu nada. Nenhuma palavra foi dita enquanto ela tentava se lembrar de coisas que até então tinha certeza de que haviam acontecido, mas naquele momento não sabia se podia confiar na própria memória. 

— É impressão minha, ou tem alguma coisa te incomodando? — Sasuke questionou. Sakura deveria saber que não conseguiria esconder algo dele, afinal, seu amigo a conhecia bem. 

— Sim, tem algo me incomodando… E é não saber de fato se estou certa sobre qualquer coisa ou não. — Resmungou. — É como se eu precisasse lembrar de alguma coisa. 

— Lembrar de quê? 

— Não sei. Mas é como se estivesse embaixo do meu nariz, entende? 

— Você parece estar prestes a explodir. — Observou. — Como se estivesse guardando tudo para si… Liberta isso, Sakura. 

— Eu acho que é bem o oposto disso… Sinto que estou em uma espécie de catarse emocional. 

— Catarse emocional? Essa vai ser a desculpa que você vai usar pra justificar todo o seu mal-estar? 

— Sasuke… 

— Sakura. — Ele a cortou, tendo falado quase ao mesmo tempo. — Esquece isso, vai. Por favor. Não está te fazendo bem… Você não parece mais a mesma Sakura. — Insistiu. — Eu quero minha amiga de volta. 

Sakura resolveu relaxar, ou pelo menos tentar. Sasuke não estava errado e, além do mais, nada mudaria o que já aconteceu. 

— Tudo bem. — Ela forçou um sorriso. — Vou tentar desviar o foco do meu pensamento pra outra coisa, tipo, a faculdade. 

— Ah, sim, importante. — Concordou. 

— Espero que as coisas voltem a ser como antes… — Lamentou. — Sabe… Eu tenho a impressão de que as pessoas vão me tratar estranho depois do que aconteceu. 

— Não se preocupe… — Sasuke então pôs sua mão sobre a mão de Sakura, tentando confortá-la. — Eu não vou te soltar, tá bom? Vou estar lá pra você. 

Sakura riu. 

— Não estudamos na mesma faculdade. 

— Você pode ter uma surpresa. — Brincou, o que fez Sakura revirar os olhos. 

— Você é um bobo, sabia? 

— Nas horas vagas. 

Ambos riram da resposta de Sasuke. 

— Você gostaria mesmo de ir pra minha faculdade, né? A Ino estuda lá. — Sakura falou sugestivamente e revirou os olhos de uma forma divertida, mas a reação séria de Sasuke a fez ficar preocupada. — O que foi? 

— Jamais seria pela Ino. Eu não me importo com ela. 

Sakura arregalou os olhos em surpresa, realmente não esperava aquilo de Sasuke. Não sabia o que poderia ter acontecido entre os dois, mas, antes do acidente lembrava-se de Ino interessada em Sasuke, os dois estavam se conhecendo melhor e inclusive haviam ficado algumas vezes. Inclusive, Sakura poderia afirmar sem sombra de dúvidas que Ino estava apaixonada por Sasuke, embora ele nunca tivesse demonstrado sentir o mesmo. 

— O que aconteceu? 

— Não quero mais nada com ela. — Afirmou. — Sabe… Estava legal enquanto era casual, mas Ino começou a querer compromisso, entende? Tentei acabar com tudo numa boa, mas ela meio que surtou e a gente brigou. No fim, morremos um pro outro. 

— Eu não sabia que a Ino queria compromisso… Pelo menos não tão rápido. Ela não é do tipo que mete os pés pelas mãos, sempre demonstrou ser bem segura, então não creio que ela fosse querer compromisso tão rápido. 

— Gente apaixonada faz cada coisa… — Suspirou. 

— Sério, a Ino quis compromisso tão rápido? 

— Por que você não acredita em mim? — Ele questionou indignado. — Pra tudo se tem uma primeira vez, né? 

Sakura estava mesmo impressionada, pois Ino, mesmo apaixonada, não acreditava em conto de fadas ou príncipe encantado. Ino Yamanaka jamais entraria de cabeça em um relacionamento sem ter o mínimo de segurança, com pouco tempo de envolvimento com outra pessoa, muito menos pediria compromisso com uma pessoa cujo sentimento claramente não era recíproco. 

Todavia, para tudo havia uma primeira vez… 

— Você virou a cabeça dela, então… 

— Se eu fosse você, não tocaria no meu nome com ela. — Sasuke falou de uma forma tão séria, que Sakura ficou até assustada enquanto imaginava a proporção do desentendimento que ele teve com Ino. 

— Tudo bem, mas… eu tenho alguma coisa a ver com isso? 

— Você? Por que teria? 

— Ah, Sasuke, você é muito inocente! — Bufou. — Ela tinha uma pontinha de ciúme da gente. 

— Quem tem ciúme de ficante? 

— Ela tinha. — Sakura riu. — Eu via, ela me olhava meio torto quando estávamos perto. 

— Você é minha melhor amiga, enquanto Ino é uma garota com quem eu ficava… Pra quem eu obviamente daria mais atenção? 

Aquilo era mesmo verdade. Sasuke nunca "assumia" as garotas com quem ficava, então obviamente as tratava com uma certa indiferença em público. Sakura costumava zoar com o amigo, dizendo que ele gostava de fazer tudo às escondidas. 

— Quanta frieza… 

— Óbvio que não. Olha só, você se lembra que eu falei sobre dar um fora na Ino, né? Foi na noite… enfim. — Suspirou. — Na noite que o acidente aconteceu. — Sasuke abaixou o olhar. — Eu falei que tinha sacado que a Ino estava apaixonada e poderia acabar criando expectativa, por isso eu achei que seria mais prudente acabar com tudo. Por mais "frio" que eu seja, não gosto de brincar com os sentimentos de alguém.

Sakura realmente não se lembrava sobre Sasuke ter dito aquilo, mas, se aconteceu pouco antes do acidente, era natural que ela não se lembrasse. 

— Então você acabou com tudo depois, e Ino ficou magoada. — Deduziu. 

— É, por aí. — Assentiu. — Mas isso não importa mais agora. 

— Eu… — Sakura olhou para seu relógio de pulso. — Ai, droga, eu preciso voltar. — Sakura levantou apressada. 

— Quer que eu te acompanhe até sua casa? 

— Não, não precisa. 

Sasuke se levantou também. 

— Tudo bem, então. Tchau, até logo. 

— Tchau, Sasuke. 



Notas Finais


QUERO TEORIAS!


bjs e até mais ❤


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