História Don't Forget - Halloween de 79

James:

            Desde que Voldemort e seus seguidores declararam guerra oficialmente à comunidade bruxa vivíamos um período conturbado, com momentos de tensão e também momentos de paz. Eu me sentia esquisito, porque assim que botava os pés em casa eu sentia essa paz com meus pais e com minha esposa. Minha linda e maravilhosa esposa.

            Eu já estava casado há sete meses, porém todos os dias pareciam ser o primeiro, adorava a sonoridade ao ouvir chamarem Lily de senhora Potter, para mim aquele sobrenome fora feito para ela, acordar ao seu lado todos os dias era simplesmente o ápice da minha felicidade, nossa casamento era o escudo de toda essa turbulência.

            Assim como eu meus amigos iam vivendo suas vidas: Aluado ainda resistia, porém cada vez mais ele parecia morar com Ingrid, no final do ano ele tentaria uma vaga como professor em Hogwarts. Mari estava se acostumando com a rotina de morar longe dos pais, no começo foi bem difícil, a melancolia tomava conta dela, apesar de estarmos sempre por perto algo parecia faltar para ela, se não fosse por Almofadinhas acho que ela iria para o Brasil. Falando em Almofadinhas sua dedicação em animar Mari era admirável, no primeiro mês seu passatempo favorito era sempre aparecer para ela em sua forma de animago, porém usando algum adereço humano, o idiota chegou a roubar meus óculos apenas para fazer a namorada rir, e eu gostava de vê-lo assim tão apegado à alguém, e pela primeira vez ele daria uma festa de Halloween em seu apartamento, e obviamente eu fui o encarregado de ajudar na decoração. Estávamos no Beco diagonal, e a loja de decoração de Epitáfio Rollins estava lotada.

            -Ok, primeiro por que tantos esqueletos? – Indaguei ficando impaciente.

-Porque nós vamos enfeitiçar para eles andarem pelo apartamento- Almofadinhas respondeu calmamente- Poderíamos fazer um compilado de nossas maiores peças.

-Memorável meu caro, porém acho que não vamos conseguir encher seu apartamento de meleca de trasgo tão rápido.

-76 foi um ano memorável- Ele relembrou saudoso- Sonserina nunca esqueceu disso.

-Podemos pensar algo para o próximo ano- Falei- Aluado estará trabalhando em Hogwarts, teremos passe livre para lá.

-Gosto da sua linha de pensamento, Pontas- Falei.

-Vocês nem se atrevam- Ouvimos uma voz atrás de nós, o próprio estava com sua famosa expressão de mãe quando pega seus filhos fazendo algo errado- Mal entrei em Hogwarts e vocês já estão querendo se aproveitar disso?

-Nós??- Falei fingindo indignação.

-Ofende sua desconfiança, Aluado- Almofadinhas completou.- Mas ,já temos planos.

-Nem sei se vou conseguir- Ele comentou descrente.

-Lógico que vai, com seu magnetismo animal- Almofadinhas disse.

-Idiotas- Aluado rolou os olhos- Consegui um bom estoque de bebidas para amanhã.

-ótimo. Vocês já sabem do que vão?

-Ingrid quer ir de dragão- Aluado disse rindo.

-Lily ainda está na fase de Star Wars, então provavelmente vou de Han Solo- Expliquei

-Boas escolhas- Almofadinhas disse observando mais alguns itens da festa.

-Não vai contar do que você vai?

-Estou ainda pensando, quero um halloween memorável.

-É tão bonitinho ver o Almofadinhas se esforçando pra animar a namorada- Aluado comentou.

-Halloween  sempre foi uma data especial pra nós- Ele respondeu indo para o caixa- O plano era falar que estávamos juntos na festa da Grifinória, eu iria de Sid Vicious e ela de Nancy.

-Ah o halloween de 77, bons tempos- Relembrei, era o comecinho do meu namoro com Lily, quando não sabíamos bem o que éramos, porém aproveitamos.

-Ingrid quase bateu nos alunos da Sonserina nesse ano- Aluado relembrou rindo.

-Verdade, um deles foi vestido de lobisomem.

-Pois é, mas ela se vingou. Jogou um pelúcio na sala comunal.

-Com a minha ajuda- Almofadinhas disse rindo- Não curto esse Halloween, acabei brigando com a Mari.

-O que deu início a um tremendo drama- Zombei. Saímos da loja e como todos havíamos terminado o expediente fomos para o apartamento de Almofadinhas, e agora de Mari também, aos poucos a decoração foi mudando, ficando com a cara dos dois: A sobriedade de poucos móveis foi substituída por uma poltrona redonda no canto, o poleiro de Ziggy, e haviam plantas penduradas pela sala.

-Belas plantas- Comentei

-São samambaias, ganhamos da senhora MacLaine- Ele disse- Uísque de fogo?

-Obrigado, meu caro- Agradeci- E você Aluado? Por que não resolve morar logo com Ingrid?

-Tem razão, vocês praticamente expulsaram Mari de lá depois do fatídico apelido que Ingrid lhe deu.

-Não é simples assim- Ele resmungou- Preciso de um emprego melhor, senão ela vai me sustentar, não quero mais um motivo pra mãe dela encher minha paciência.

-Ainda está difícil?- Quis Saber.

-No último almoço ela praticamente me tratou como um garçom, Ingrid ficou tão irritada que as duas brigaram a ponto de Ingrid falar que a Sra. MacLaine a conhecia melhor.

-Ouch- Falei, eu não conseguia imaginar o que Ingrid ou Almofadinhas passavam com os pais, já que eu me dava incrivelmente bem com os meus.

-A mãe da Ingrid poderia dar as mãos para a minha – Almofadinhas comentou, ele estava sentado no banco perto da bancada da cozinha.-

-Por isso não quero morar ainda com Ingrid, a mãe dela ia fazer da nossa vida um inferno.

-Vai dar tudo certo, cara- Falei dando tapinhas em seu ombro.

-Mas e você , Pontas? Como está a vida de casado?

-Não poderia estar melhor – Dei uma risadinha.

-Lily se acostumou a morar nos Potter?- Almofadinhas quis saber.

-Ela adora morar lá- Respondi

-Mas....

-Não tem um mas, Almofadinhas.

-Eu te conheço cara.

-Tá, é ótimo morar lá, porém ainda não temos... Como posso dizer... A privacidade que por exemplo, você e Mari tem aqui. – Tentei explicar sem jeito.

-Como assim?- Aluado perguntou.

-Eles não estão transando, Aluado- Almofadinhas disse direto como sempre

-Fala mais alto, Almofadinhas a senhora Waters  não escutou lá de baixo- Repreendi meu caro amigo sem noção.

-É isso ou não?- Ele disse.

-Bom, é... É complicado se ter intimidade quando no fim do corredor seus pais estão ali.

-É só não fazer barulho- Ele falou dando de ombros- Ou você e Evans...

-Potter.

-... São barulhentos?- Ele deu uma risadinha debochada. Por que fui inventar de tocar nesse assunto com eles?

-Cala boca idiota.

-Ok, desculpa, falando sério... Vocês irão achar um tempo a sós para vocês ou poderiam morar em outro lugar.

-Eu me sentiria péssimo morar longe deles- Admiti- Eu sinto que tenho uma obrigação de cuidar deles.

-Tudo bem cara, eu até emprestaria meu apartamento por uns dias... - Ele ia falando mas nessa hora a porta se abriu – Mas também preciso da minha privacidade.

-Olá rapazes- Mari saudou sorrindo – Estou atrapalhando a reunião?

-Você nunca atrapalha, linda- Almofadinha logo disse, eles se cumprimentaram com um beijo e ficaram abraçados.- Estávamos só relembrando Halloweens anteriores.

-Oh, qual deles? O que Sirius foi de “cabelo do Snape” no quarto ano?- Mari relembrou e gargalhamos.

-Foi uma ótima ideia- Ele disse- Na verdade eles estavam falando o do sétimo ano.

-Argh- Ela falou rolando os olhos- Eu estava tendo um ótimo Halloween aquele ano, vestida de David Bowie até que Sirius resolveu começar um drama.

-Drama?! Eu estava te protegendo!- Ele exclamou indignado.

-“Nosso namoro nunca significou nada”- Mari zombou imitando o namorado com a voz grossa.- Eu devia era ter mandado um berrador no dia seguinte, isso sim.

-E depois ele ficou parecendo um cachorro abandonado, morrendo de ciúmes de você no Brasil.- Aluado emendou.

-Tá bom né, chega de relembrar o passado, temos que arrumar as coisas para a festa de amanhã.

-Então minha hora chegou- Avisei me levantando- Boa sorte com a decoração.

-Nossa Pontas uma hora dessas é perigoso sair sozinho, eu vou com você- Aluado também se levantou.

-Você fica Remo. Já avisei Ingrid que você irá nos ajudar...

-E por que eu faria isso?

-Porque você é uma ótima pessoa, não é.... Daddy?- Almofadinhas disse deixando Aluado completamente constrangido.

-Vocês me pagam- Ele voltou a se sentar, me despedi deles e aparatei direto em casa.

-Cheguei- Anunciei indo para sala, mas estava tudo muito silencioso e vazio, na mesa de centro havia um pequeno bilhete da minha mãe avisando que ela e meu pai tinham visitado minha tia Ofélia e provavelmente voltariam só amanhã. Abri um sorriso : Lily chegaria logo em casa, e estávamos a sós...

            Fui direto para o quarto, fechei as cortinas deixando o quarto levemente mais escuro, arrumei a cama com os lençóis de seda que ganhamos de presente pelo casamento, algumas velas pelo quarto, com um aceno com a varinha em direção ao toca discos, a melodia suave de Let’s get it on do Marvin Gayve preencheu o quarto :

I've been really tryin', baby
Tryin' to hold back this feeling for so long
And if you feel like I feel, baby
Then, c'mon, oh, c'mon
Let's get it on
Ah, baby, let's get it on
Let's love, baby

- Orchideous! –Rosas vermelhas saíram da minha varinha, joguei-as pelo quarto e na cama, nessa hora ouvi a porta do andar de baixo abrir, me apressei em tirar as roupas e deitei na cama, me cobrindo apenas com uma almofada, a porta do quarto estava entre aberta, sorri ao ouvir passos se aproximando.

-Pode entrar- Falei.

-James querido chegamos...- Dei um berro ao ver minha mãe entrando no quarto, acabei caindo da cama. – Oh desculpe filho , vou fingir que não vi nada...

-Ai Merlin- Grunhi ainda no chão, não tinha como ficar pior.

-James, porque sua mãe está rindo sem parar... Gárgulas Galopantes!- Ouvi a voz de Lily, porém ainda fiquei no chão.- O que aconteceu?

-O que ia acontecer- Corrigi.

-Isso... Era para mim?- Ela perguntou, ergui o rosto e ela estava sentada de frente para mim, me ajeitei melhor.

-Queria fazer uma surpresa porque estaríamos sozinhos- Expliquei- Mas não imaginei que acabaria assim.

-Ah James...- Lily veio na minha direção e nos beijamos longamente, seus dedos percorriam minha pele , puxei-a para mais perto de mim enquanto deitávamos no chão, o carpete era áspero, porém não liguei, queria me concentrar no corpo da minha esposa colado ao meu...

-Filho sua mãe...- Meu pai apareceu na minha porta- Oh, desculpem, vou fechar a porta, vou pedir pra sua mãe fazer um tônico para vocês, não tenham pressa...

-Não é possível- Resmunguei quando a porta foi fechada, Lily caiu na gargalhada enquanto saía de cima de mim.

-Acho que hoje não vai rolar- Ela falou, me levantei também e a abracei por trás.

-Mas eu quero fazer amor com você Lily- Resmunguei.

-Eu também, Jamie... Mas não com seus pais lá embaixo sabendo o que estamos fazendo- Ela disse- Vamos dar um jeito.

-Ok...- Suspirei ainda abraçado nela.

-James?

-Sim lírio?

-Não é melhor você colocar alguma roupa antes que mais alguém entre?

...

31 de Outubro:

            Desde pequeno eu amava  o Halloween, era a única época do ano que eu poderia sair com roupas de bruxo e ninguém estranharia (muito), então eu e Lily saímos com as capas mais extravagantes e chapéus grandes, era engraçado ver a reação dos trouxas.

-Como assim eles pedem doces?- Quis saber enquanto íamos para o Beco Diagonal de mãos dadas.

-Nos vestimos de alguma fantasia e batemos de casa em casa pedindo doce. Ua vez eu fui de Dalek e Petúnia de Cybermen- Lily explicou e vendo minha cara de confusão  logo disse- Personagens de Doctor Who.

-Podemos fazer isso com nossos filhos- Falei sorrindo.

-Você pensa nisso, James? Em filhos?

-Bom...- Comecei- Eu sempre quis ser pai, ainda mais agora que estou casado com a mulher da minha vida- Olhei para Lily e vi um sorrisinho- Você não?

-James eu... Filhos nunca estiveram nos meus planos, eu quero aproveitar a vida ao máximo, e eu não colocaria uma criança no mundo com essa guerra acontecendo- Ela explicou e não sei ao certo como me senti, ao mesmo tempo que eu sabia que ela estava sendo sensata o desapontamento era latente, afinal... O corpo era de Lily, se ela não queria filhos eu não poderia obriga-la. Ela me conhecia tão bem que notou minha reação e me abraçou fortemente no meio da rua.

-Caso eu mude de ideia só tem uma pessoa que eu gostaria que fosse o pai do meu filho, e esse alguém é meu lindo, amado e carinhoso marido. –E beijou meu rosto.

-Uns sete, pode ser? Assim teremos um time de quadribol- Brinquei.

-Vou pensar no seu caso- Ela falou e voltamos a andar por Londres.

...

-Não discordo com Evans por completo- Almofadinhas comentou na hora do almoço.

-Ela se chama Potter agora- Corrigi.

-Ela sempre será Evans para mim- ele zombou- Lily está certa, ter filhos agora é cilada cara, olha o momento que estamos vivendo.

-Eu sei mas... Ela parecia tão certa disse- Confessei- Eu sempre quis ser pai, já consigo imaginar uma garotinha ruiva correndo pela casa...

-Tudo tem seu tempo, cara. Quem sabe dzqui uns anos eu sou o Tio Almofadinhas

-E papai Almofadinhas?- Perguntei.

-Isso não. Estou com a Evans nessa, nada de filhos para mim.

-Nem daqui uns anos?

-Não  quero ser como minha mãe- Ele apenas falou e fiquei quieto, sabia como era delicado para meu amigo esse assunto de família.

            O dia passou rápido, e quando deu cinco horas fomos nos arrumar para festa, pedi para Lily escolher minha fantasia porque eu ainda não conhecia muito da cultura trouxa, logo estranhei quando vi em cima da cama uma calça camisa, um colete e um objeto que não consegui imaginar o que seria.

-Então meu Han Solo já chegou- Ouvi sua voz do banheiro e quando me virei arregalei os olhos; Ela usava um vestido branco de mangas longas, capuz e seu cabelo estava dividido em dois, preso em coques perto de sua orelha, na hora reconheci do que iríamos.

-Star Wars? – Indaguei.

-Olá Han- Ela saudou – Que a força esteja com você.

-Você está linda, Lily- Elogiei, ela se aproximou de mim para um abraço.

-E você vai ficar ótimo com essa fantasia- Lily murmurou enquanto beijava meu pescoço e desabotoava minha capa, em seguida da minha camisa, na hora senti um arrepio percorrer pelo meu corpo.

-Lily...

-O que foi ? Estou te ajudando a se trocar- Ela respondeu rindo começando a desafivelar minhas calças.

-Vamos chegar atrasados na festa do Almofadinhas.

-Não estou com pressa, Jaime- Sua voz era baixa e rouca, Merlin me ajude a me controlar, mas na hora ouvimos passos nas escadas, Lily se afastou de mim para que eu pudesse me arrumar.

            Admito que eu parecia uma criança andando pelas ruas de Londres agora de noite e com várias pessoas também fantasiadas, crianças e adultos e tenho certeza que vi um bruxo empunhando sua varinha normalmente.

-Devia ser assim, sabe- Comentei- Trouxas e bruxos convivendo normalmente.

-Você acha que seria uma boa ideia? Trouxas saberem da existência dos bruxos?

-Por que não? Somos todos humanos, não é? Estamos aqui andando no meio de trouxas e nada de ruim acontece...- Eu ia dizendo mas fui impedido de completar minha frase pois Lily me beijou.

-Eu te amo, James Potter- Ela falou- Amo tudo em você.- Não consegui falar nada, apenas sorri me sentindo o homem mais sortudo desse mundo, voltamos andar até que estivéssemos na rua de Almofadinhas, logo na entrada do lado de fora víamos a decoração com caveiras dançando .

-Uau- Apenas falei.

-Sirius sabe dar uma festa- Lily observou enquanto subíamos as escadas que estavam cheias de teias de aranhas e juro que ouvi uma risada meio sinistra, batemos na porta, do lado de dentro estava tocando...

-Bowie, é claro- Dei uma risada e quando a porta abriu por um momento mal reconheci que o cara de cabelos de cuia, óculos escuros redondos , bigode farto, camisa branca, colete marrom de franjas e calça boca de sino era...

-Mari?! – Lily indagou.

-E ai brotos, bem vindos- Ela falou animada.

-Valeu... E o Almofadinhas?- Quis saber.

-Na cozinha- Ela respondeu- Cher!

-Bem aqui, baby- Meu amigo apareceu e escancarei a boca na hora: Seu cabelo estava quase na cintura e completamente liso, ele usava um vestido longo e dourado e um casaco de pele preta estava em seus ombros e para completar sapatos de salto alto.

-Ok, quando você me disse que iriam de Sonny e Cher- Lily comentou tão surpresa quanto eu.

-Admitam, eu sou incrivelmente atraente como homem e como mulher- Almofadinhas se gabou jogando o cabelo para trás.

-Isso é uma peruca?

-Lógico que não, Lily! Mari fez um feitiço de crescimento- Ele explicou

-Tudo para ver minha Cher linda- Ela disse abraçando o namorado- Venham, Ingrid e Remo não chegaram ainda.

-Mas Peter está aqui- Almofadinhas disse, e de fato ele estava sentando no sofá conversando com Frank e Alice.

-E ai Peter!- Saudei, ele estava com o rosto pintado de branco, com uma estrela preta no olho, Lily deu um gritinho.

-Você gosta de Kiss, Peter??

-Sim, seria mais legal se mais pessoas estivessem, mas tudo bem.

-Se você tivesse falado mais cedo- Almofadinhas comentou- Mas não trocaria essa fantasia, estou me sentindo excepcionalmente gostoso hoje.

-Já entendemos, Si... Você é uma mulher muito atraente como Cher.

            A festa estava incrivelmente animada, Ingrid e Aluado vieram como um dos integrantes da banda Village People, segundo Lily eles eram o operário e o policial. Tinha comida de sobra e muita música, sorri ao ver Almofadinhas dando atenção para Mari, ela aos poucos voltava a ter a alegria de sempre. Passava da meia noite quando fui para o banheiro do corredor respirar um pouco, fiquei lá um tempinho.

-Hey- A porta se abriu e me assustei um pouco, porém sorri ao ver Lily fechar e trancar a porta.

-Hey eu já estava voltando.

-Não precisa, eu também queria um tempinho para respirar, aparentemente Marlene quer brincar de verdade ou desafio.

-Passo- Comentei e ela se aproximou de mim, os olhos verdes tinham um brilho diferente.

-Na verdade eu estava pensando em jogar apenas com você- Ela disse.- Verdade ou desafio, Potter?

-Você me conhece, desafio é claro.- Seu sorriso se ampliou.

-Desafio você de transar comigo no banheiro. Agora- Ela falou e a encarei.

-É sério?

-Só se você não quiser- Lily provocou e como resposta a empurrei para a parede do banheiro, o espaço era limitado, porém pra tudo se dá um jeito. Nos beijamos com vontade, ela parecia querer tomar conta da situação com sua língua enroscando na minha, suas mãos já dentro da minha camisa, desci a minha para sua bunda apertando seu corpo no meu, ouvi um leve gemido sair de seus lábios quando ela sentiu minha ereção. Não sei o que era mais excitante, um lugar tão diferente ou o fato que poderiam nos pegar a qualquer hora, só sabia que a situação toda me incitava cada vez mais. Eu queria apalpar cada parte do seu corpo, levei as mãos para dentro de seu vestido e fui descendo sua calcinha na mesma hora que ela desabotoava minhas calças.

-Isso me lembra das vezes no banheiro dos monitores- Ela comentou sem fôlego, levantei-a no colo apoiando na pia do banheiro.

-Com a pequena diferença que agora somos casados agora- Disse.

-Eu sei, muito melhor- Sua voz estava rouca e assim que a senti suas costas arquearam, beijei seu pescoço enquanto dava tempo para ela se acostumar, só depois que começamos a nos mover lentamente , não era uma das posições mais confortáveis ficar de pé, porém eu estava adorando a sensação de segurá-la uma mão na cintura e a outra espalmada na bunda, meus lábios foram para seu pescoço, eu queria beijar até deixar uma trilha de marcas por ele.

-Oh James... –Ela gemeu e sorri, diminui a velocidade das investidas para provoca-la ainda mais.

-Não tenha pressa, lírio, vamos aproveitar- Pedi e ela deu um gemido manhoso , seus dedos estavam entrelaçados no meu cabelo e só quando beijei seus lábios que voltamos a nos mover com maior velocidade, a cada investida mais excitante ficava, a voz de Lily gemendo meu nome, em conjunto ao som do lado de fora, eu podia sentir o clímax se aproximar cada vez mais, tanto para mim quanto para ela, Lily cravou as unhas no meu ombro enquanto eu não parava de ofegar sem parar. Demorei para me recompor daquilo.

-Uau- suspirei- Voltando a colocar as calças enquanto a via se arrumar, aquela mulher me levaria à loucura.

-Impressionante- Lily elogiou me beijando rapidamente.

-Acho melhor voltarmos para festa- Falei vendo que ambos estávamos decentes, ao abrir a porta demos de cara com Ingrid.

-Tudo bem aí?- Ela quis saber levantando a sobrancelha.

-Só estávamos jogando verdade ou desafio.- Respondi piscando para ela.