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História Don't Forget - Agosto de 1978 , pt 2


Escrita por: avengertimelady

Notas do Autor


Oláááááá <3

pensei que eu ia conseguir postar sexta mas né... Já é sábado. Tudo bem gente? Espero que sim, e trago um novo capítulo! Bom, eu estava procurando músicas dos anos 70 pra compor a trilha da fic e achei uma que se encaixou perfeitamente para o capítulo, ela se chama Absolute Begginers do David Bowie e eu achei ela a cara da história, mas ela foi lançada em 86 então vou usar a licença poética e fingir que ela é dos anos 70 mesmo.

Espero que tenham uma ótima leitura <3

Capítulo 3 - Agosto de 1978 , pt 2


Fanfic / Fanfiction Don't Forget - Agosto de 1978 , pt 2

Mari:

 

A rotina no MacLaine pela manhã era sempre uma loucura, e sinceramente eu adorava e agora com mais moradores ficava ainda mais agitado. Levei um susto ao acordar com um gato mordendo meu dedo.

-Yuri! Passa daqui!- Exclamei e joguei um travesseiro em Carol- Controla seu gato Carol, senão ele também vai para o Brasil.

-Não se atreva, Mariana ou quem vai é você- Ela rebateu já se trocando. Depois que nos formamos Carol foi passar uma temporada com sua família no Brasil, e Apollo acabou ficando com sua irmã. Já acordada me arrumei para o trabalho e desci até a cozinha sentindo o cheiro de tapioca, ouvi as vozes dos meus pais junto misturada com do rádio.

-Bom dia família, bom dia- Saudei alegremente, meu irmão mais novo já devorava a comida.

-Bom dia meninas- Mamãe saudou.

-Bom dia tia, tio...- Carol se sentou do meu lado- Elis Regina, gosto dessa música.

-Também, me faz lembrar das crianças – Falei sorrindo.

-Mari! Você vai comigo e com a mãe comprar meu material?- Henrique indagou animadíssimo.

-Lógico! Vou te dar uma coruja de presente- Ergui a mão para ele bater.- Que horas vocês vão?

-Depois do meu trabalho- Mamãe disse fazendo carinho nos cabelos do meu irmão, ele puxara os cachinhos dela- Hoje o Henrique vem conosco para o trabalho.

-Oh não, será ele um homem do Ministério?- Ri

-Eu quero estudar animais! Que nem a Ingrid- Rique deixou claro.

-Calma, antes precisamos saber qual será sua casa- Alertei,

-Lufa- Lufa obviamente, como o pai.

-Não dê ouvidos ao papai, Rique. Todos sabemos que Grifinória é a melhor casa.

-Mariana você está em minoria hoje, Carol foi para Lufa- Lufa.

-Henrique, Grifinória não tá com nada- Carol brincou e escancarei a boca.

-Seus traidores! Vou chamar minha turma aqui e vamos ver quem é a melhor casa- Provoquei.

-Quantidade não é qualidade- Papai finalizou e minha mãe apenas riu, assim que Henrique recebeu sua tão esperada carta de Hogwarts tínhamos longas discussões de que Casa ele iria. Meu irmão ficava na dele, como se não quisesse mostrar sua preferência. Sorri olhando com carinho para minha família eu amava o clima de casa sempre tão leve, desde que eu me lembro eu e meu irmão fomos criados cercados de amor e carinho. Seria muito estranho sair dessa rotina caso eu morasse com Sirius.

-Bom, vamos todos então?- Meu pai chamou se levantando da mesa, com um aceno da varinha mamãe limpou a mesa e colocou os pratos na pia para lavar, eu peguei minha bolsa no sofá e fomos todos em direção à lareira para mais um dia de trabalho.

            Era esquisito ser introduzida à vida adulta, eu mal tinha completado 18 anos mas já tinha que trabalhar, eu estava prestes a morar com o namorado e ainda sim... O peso disso tudo parecia tão estranho, afinal aqui no Profeta eu era vista ainda como a estagiária, minhas roupas não eram tão sofisticadas quanto das outras funcionárias ( qual o problema de jeans, tênis e minha camiseta das The Runaways?) e eu tinha acabado de voltar para casa... Isso sem falar que depois dessa proposta de Sirius meu namoro parecia ter envelhecido uns trinta anos, não era isso que eu queria, sentia falta daquela áurea inocente de dois adolescentes descobrindo o que era gostar um do outro. Grunhi de exasperação, ou talvez todos esses pensamentos eram resultados da minha ansiedade, eu tinha que seguir o conselho das meninas e relaxar mais um pouco... Meus devaneios só pararam quando vi Ziggy na minha mesa tentando comer minha fotografia com Sirius.

-Ziggy não! –Ralhei, vi um bilhete em sua patinha e tirei de lá.

 

Mari,

 

Acho que eu e Pontas descobrimos algo, ouvimos seu pai conversar com Alastor Moody sobre uma reunião de ordem ou algo do tipo, e quando fomos perguntar se era sobre trabalho ele logo desconversou, a reunião será hoje de noite no Caldeirão Furado, no andar de cima... Vamos? Chamamos Aluado, Ingrid e Lily, acho que é algo que envolva Voldemort.

Eu estou dentro, e você?

 

Beijos Sirius

 

Uma reunião? Não lembro de papai ter falado algo do tipo, mas se fosse algo contra Voldemort e seus lunáticos....

 

Lógico que estou dentro, nesse mato tem coelho. Me encontre no Beco Diagonal, estarei comprando o material do Henrique lá.

 

Espero que você esteja melhor, te amo

 

            Por alguma razão fiquei com essa reunião que Sirius mencionara na cabeça pelo resto do meu dia, tentei ver se poderia estar relacionado algo aqui no trabalho mas nada o máximo que tive que fazer era organizar uns documentos para o Jornal, eu queria mesmo era ir para a ação. Almocei com Carol porém não contei a ela sobre essa reunião, se fosse alho relacionado ao que estava acontecendo aqui na Inglaterra não queria envolver minha amiga nisso, e para minha sorte ela teria um encontro com um rapaz do Ministério, era impressionante o sucesso que minha amiga fazia com o sexo oposto, logo conversamos animadamente sobre seus planos. Na volta do almoço fiz apenas um relatório sobre o aumento de tronquilhos na Escócia e fui dispensada, eu achava que em tempos tão turbulentos eu faria reportagens mais...Importantes. Assim que fui dispensada saí do Profeta e fui para o departamento de relações internacionais encontrar com minha mãe e meu irmão, como sempre o ministério estava agitado com pessoas indo de lá pra cá vendo relatórios indo de um departamento para o outro, era tudo muito agitado para mim, mas teria que me acostumar. Encontrei meu irmão na mesa da nossa mãe, ele estava lendo um livro e fazia anotações.

-Está estudando, Rique?- Quis saber

-Peguei um dos seus livros- Ele respondeu fascinado- Estou ansioso para ir para Hogwarts, Mari.

-Estou vendo, você vai amar lá maninho- Abracei ele.- Parece que foi ontem que eu te vi no St Mungus, parecia um joelhinho cheio de sangue.

-Pára Mari, nem a mamãe fala essas coisas- Meu irmão ralhou mas apertei ele ainda mais com funcionários passando.

-Você era a coisa mais gorduchinha, só bochechas e gordurinhas- Continuei – No verão você andava pelo jardim só de fraldas, mal dava para ver seus olhos por causa dos cachos.

-Mari- Ele choramingou constrangido.

-Que coisa linda ver meus bebês abraçadinhos- Mamãe chegou.

-Ela está me fazendo passar vergonha, mãe- Henrique reclamou e apertei sua bochecha

-Só estou relembrando os tempos que ele era um lindo balaço que soltava bolha pela boca- Rebati e minha mãe deu uma risadinha.

-Vamos comprar seu material querido- Ela disse achando graça da situação.

            A alegria do meu irmão era contagiante, ele não parou quieto um minuto sequer, não sabia qual loja visitar primeiro, mas acabamos por ir ver seu uniforme primeiro, ao colocar suas vestes ele quase pulava de alegria. Vimos penas, caldeirões, todos os ingredientes para suas poções, dei uma coruja de presente pra ele que batizou de Chewie (Papai havia o levado para ver Star Wars ) e por fim livros, tanto eu quanto ele ficamos lá fascinados, era sempre assim, acho que ele acabou pegando de mim esse amor por livros. Eu encolhida em um dos cantos da livraria entretida com um livro quando senti taparem meus olhos.

-Adivinha quem é?- Sua voz baixa fez eu me arrepiar por completo.

-Seria meu cachorro favorito?- Me levantei para dar de cara com Sirius, eu já não estava tão brava com ele...Como poderia? Ele me encarava com aqueles lindos olhos azuis e um sorriso que derreter um iceberg. Puxei-o pelo cordão que eu dera a ele para um beijo e fui retribuída na hora, com seus braços fechando na minha cintura, seus lábios eram macios e sua boca tinha um gostinho de hortelã. As vezes eu me perguntava como era possível gostar dele, e eram momentos como esse que eu lembrava. Nos afastamos um pouco só para que eu pudesse beijar seu rosto.

-Pelo jeito você não está mais brava comigo- Ele comentou.

-Eu tento, mas falhei miseravelmente – Respondi fazendo bico.

-ótimo porque eu ia me sentir muito culpado- Sirius disse me abraçando- E porque você brava é sexy, mas dá muito medo.

-Bobo- Ri.

-Ah, por isso não te encontrei Mari- Ouvi minha mãe falar, senti as bochechas queimarem.

-Oi sogrinha- Sirius saudou, ele e minha mãe se entendiam tão bem.

-Sirius, como está querido?

-Muito bem, vim fazer uma surpresa para minha namorada.

-ótimo, venha tomar um sorvete conosco então- Ela convidou e descemos as escadas da livraria de mãos dadas.

-Pelo jeito Henrique comprou o material dele- Sirius observou vendo um monte de sacolas- Deixa que eu carrego as mais pesadas.

-Que cavalheiro- Mamãe elogiou- Como está o trabalho no ministério?

-Meio parado, vejo os outros aurores indo para missões e eu e Pontas preenchendo papéis- Sirius resmungou- Eu queria mais ação.

-Parece até meu marido falando, ele dizia a mesma coisa até voltar da primeira missão- Mamãe contou- Logo vocês irão para suas missões, já aviso que algumas serão longas, às vezes dois meses.

-Não gostei disso- Torci o nariz.

-É por uma boa ação Mari- Sirius disse. Já na sorveteria sentamos nas mesas da calçada, cada um com seu sorvete, porém notei que minha mãe lançava olhares para mim e Sirius, aí tinha...

-Sirius querido- Ela chamou- Por que você não leva o Henrique naquela loja de logros?

-Mãe você não sabe o que tá fazendo... Sirius vai influenciar o nosso bebê.

-Eu tenho certeza que ele não fará isso- Ela disse sorrindo para meu namorado, mas algo em seu olhar dizia “só vai”

-Claro sogrinha, é pra já. Vamos Henrique, vou lhe mostrar o que levar para Hogwarts...

-Ai céus falei vendo eles subirem a rua, quando já estavam longe minha mãe me encarou .

-O que vocês estão me escondendo, Mariana?

-Como assim, mãe?

-Desde daquele fim de semana na praia você e Sirius estão diferentes,  ele te olha com expectativa e você... Tá me escondendo alguma coisa.

-Mãe...- Grunhi.

-Desde quando temos segredos?

-Ele pediu para eu morar com ele- Falei e vi várias reações em seu rosto: Surpresa, indignação, tristeza talvez e por último ponderação.

-Você aceitou?

-Sim... Mas foi o calor do momento.

-Você quer isso querida? Você só tem 18 anos

-E o pai 16 quando ele te pediu em casamento.

-É uma história diferente, nós só fomos casar quando ele fez 24. É isso que você quer?

-Eu quero o Sirius, mamãe. Como nunca quis alguém na vida... Eu sou completamente apaixonada por ele.- Falei e ela me olhou longamente.

-Não importa o que aconteça, aquela será sempre a sua casa...

-A senhora...

-Não estou dizendo nem sim nem não... Eu acho que vocês são novos demais, porém não importa o que eu diga, às vezes precisamos passar por uma experiência para ter certeza.

-Obrigada, a senhora é incrível- Segurei a mão dela.

-Mas. Vocês vão falar com seu pai também. - Ela disse e entendi ela estar tão compreensiva: Teríamos que passar pela prova de falar com meu pai... Coitado de Sirius.

-Urgh, ok vamos falar com papai- Disse e então lembrei  hoje iríamos no Caldeirão Furado- Oh, preciso encontrar com o resto do pessoal.

-Vou chamar seu irmão para irmos, hoje seu pai vai chegar tarde- Ela disse e pelo seu tom de voz ela sabia o porquê. Fomos até a loja onde vi os meninos sentados na calçada cheio de sacolas, Sirius vai ser uma péssima influência para meu irmão.

-Ai Sirius você não está tentando passar o legado dos Marotos para meu irmão não é mesmo?

-Eu jamais faria algo do tipo, Mari você me conhece.

-Por isso mesmo.

-Bom vamos indo, se cuidem vocês dois- Mamãe beijou meu rosto e abraçou Sirius, não sei o que ela disse, mas o deixou muito surpreso, então ela aparatou com Rique e as várias sacolas.

-O que ela te falou- eu quis saber.

-Sua mãe disse que está de olho em mim, o que ela quis dizer com isso?

-Bom, sabe como é protetora ainda mais quando a filha vai morar com o namorado.- Contei e vi ele me encarar incrédulo.

-Você tá falando sério?

-Olá colega de quarto- Brinquei e Sirius me abraçou a ponto de me rodopiar- Sirius! Estão olhando!

-Não estou nem aí, quero que vejam que esse noite eu vou pra casa com você- Ele respondeu entusiasmado, retribui o abraço rindo e beijando cada pedaço do seu rosto.

-Tem certeza que é isso que você quer?

-Eu quero é você, MacLaine- Ele disse me encarando, seus dedos faziam carinho no meu rosto e não pude deixar de me arrepiar.

-Eu também- Sussurrei encantada. – Eu amo como você faz parecer tudo tão possível.

-Uma das vantagens de namorar Sirius Black- Ele deu aquele sorrisinho convencido que não se admite em voz alta, mas é incrivelmente  sedutor- Isso e ter uma noite de indescritível prazer.

-Sirius!- Exclamei me afastando, mas rindo, éramos dois idiotas apaixonados e eu estava tão feliz com isso  que achei melhor não comentar que falariamos com meu pai e de  outras responsabilidades, só voltei a lembrar quando vi não muito longe dali a silhueta de Ingrid  perto do Caldeirão Furado, ela conversava com...

-Aquele é Lúcio Malfoy???- Sirius indagou.

-É sim- Confirmei, na hora meu namorado se adiantou para ir lá, mas o puxei pelo braço.- Deixa, Sirius.  Ela sabe lidar com isso...

-Me deixa ir lá, é por causa do Malfoy que a gente brigou lembra?

-Não, foi porque você achou que estava me protegendo- Relembrei. Quando vimos Malfoy se afastar fui até minha amiga, eu até poderia imaginar o que era, vi o olhar cansado da minha amiga.

-Hey Grid- Saudei abraçando-a.

-Fala casal, tudo certo?

-Tudo, mas e você? O que Malfoy queria?- Sirius indagou já no modo protetor.

-Nada de mais, assunto de família- Ela  respondeu,  na hora Sirius olhou para ela como se ela tivesse dito que tinha um caso com Voldemort.- Ah é Sirius não sabe.

-Eles são primos, Si- Informei e ele ficou mais indignado ainda, Grid suspirou.

-Antes de ser Cecilia Connan minha mãe foi Cecilia Malfoy, irmã do pai do Lúcio o que faz dele o meu primo de primeiro grau, porém mamãe se apaixonou por um nascido trouxa da Grifinória e bom... Só posso dizer que não conheço a parte materna da minha família.

-Eu não...

-Você sabe como são as família purossangue , Sirius. Se alguém não é digno ou faz algo que eles não aprovam, apagam a existência dela- O modo como ela dissera era direto e frio, vi Sirius se reconhecer ali- Olha pelo lado bom, se minha mãe não tivesse se rebelado provavelmente eu acabaria casando com um Black.

-Esse aqui não- Brinquei para deixar o clima mais ameno- Esse aqui tá ocupado.

-E eu não sei?- Ela olhou algo por cima de nós- Não comentem com Remo, não falei quase para ninguém desse lado da minha família.

-Claro que não- Nos viramos para ver Remo chegar com Lily e James, ele me encarou como uma criança quando faz alguma traquinagem e está arrependido.

-Então a gente só vai entrar e falar “queremos fazer parte”?

-Basicamente- Sirius respondeu dando de ombros- Senhor MacLaine disse que estaria no andar de cima.

-Vamos então- Ingrid disse tomando a dianteira, depois eu conversaria com ela, eu sabia que ela sempre tentava manter a postura calma mas algo a perturbou.

            O Caldeirão estava cheio como sempre, ainda mais no verão cheio de alunos de Hogwarts comprando seus materiais, subimos na maior cara de pau como se fôssemos hóspedes, eu estava começando a me sentir nervosa, será que eu deveria estar ali? Logo eu saberia.

-Vocês lembram qual o quarto?

-Aqui tem um salão, como se fosse de reuniões, vai ser lá- James respondeu apontando para a porta do fundo do corredor,  andamos até lá e Lily foi quem bateu na porta, esperamos até alguém abrir a porta e fomos recebidos por Alastor Moody, auror que fazia serviços especiais para o ministério, ele mandava lá quase tanto quanto meu pai, ele nos encarou com desconfiança.

-Quem é Alastor?- Ouvi a voz do meu pai e ele veio até nós.- O que vocês...?!

-Ouvimos a conversa de vocês Senhor MacLaine- James começou- Sabemos que estão fazendo algo contra Voldemort e queremos fazer parte disso.

-Vocês escutaram uma conversa confidencial?- Moody indagou indignado.

-Não foi por mal, só queremos fazer algo.- Sirius justificou.

-Vocês não precisam fazer nada- Meu pai tentou apaziguar- Não há nada que se...

-Escutem- Alastor interrompeu meu pai- Não precisamos de crianças para atrapalhar, isso não tem nada a ver com vocês.

-Lógico, então diga isso pros Comensais da Morte que invadiram Hogwarts em Dezembro- Disparei furiosa com o desdenho dele.- É assim que Voldemort os chama não é? Não era pra ser da nossa conta, mas eles invadiram Hogwarts, machucaram, torturaram alunos sem ligar para idade dos alunos. Talvez você veja só crianças aqui senhor, mas eles não pensaram nisso quando Belatrix Black quase me matou- mostrei meu braço direito onde ainda havia um corte.- Nenhum de nós queria estar aqui, na verdade eu daria tudo para estar nesse momento comendo sapos de chocolates na sala de casa falando besteira com meus amigos, porém cá estamos querendo ajudar.

-Nós temos a ver com isso a partir do momento que eles dizem que nascidos trouxas não são bruxos- Lily disparou- Eu tenho a ver com isso a partir do momento que me chamam de sangue ruim, então sim acho que eu tenho dever de estar aqui.

-A gente sabe que não é brincadeira- Agora foi a vez de Ingrid falar- O que nós vimos em Dezembro... Achei que perderia amigos, colegas ali. Tudo por causa de uma aberração falando que existem pessoas melhores que as outras, é loucura e eu quero acabar com essa loucura.

            Alastor ficou quieto e vi um discreto sorriso de orgulho do meu pai, mas não aliviei a expressão, eu detestava quando as pessoas me menosprezavam.

-Com licença- Arregalei os olhos para ver o diretor Dumbledore se aproximar, muito sereno como sempre. – Não pude deixar de escutar o feroz relato desses jovens- Ele sorriu para nós.- Que aliás se formaram há pouco tempo. Alastor, deixe eles entrarem, se eles decidirem que querem fazer parte ou não.

            Moody ainda nos olhava desconfiados quando entrou na sala, fomos atrás dele e contive o sorriso de vitória, então pudemos ver outros que estavam ali, entre eles a professora McGonagall, Frank Longbottom e sua esposa Alice, eles eram três anos mais velhos que nós e também eram da Grifinória. Vi aurores, alguns funcionários do Ministério. Sentei-me num sofá entre Sirius e Lily, entrelacei os dedos nos do meu namorado, que deu um leve apertão.

-Bom, antes de tudo acho que devemos explicar o motivo de estarmos aqui- O diretor começou.- Não é possível ignorar o perigo que nos acerca diante da ameaça daquele que se intitula por Lord Voldemort... O que pretendemos fazer aqui é combater seus seguidores, logo ele mesmo.

-Por isso temos gente no ministério, em Hogwarts- Meu pai continuou- Já deixo claro que é perigoso, haverão missões e com isso... Riscos- Vi ele me encarar, seu olhar era quase implorando para eu voltar atrás.

-Estamos dispostos- Remo falou e todos concordamos com firmeza.

            O resto da reunião fomos descobrindo aos poucos, essa organização chamada de Ordem da Fênix fora formada logo depois do ataque em Dezembro e tentaríamos atingir Voldemort de todas as maneiras possíveis, mas algumas recomendações foram feitas como absoluta discrição inclusive na vida pessoal, para que... Pessoas que amamos não sofram e entendi a preocupação de meu pai, com certeza ele convencera mamãe a não vir, e agora a filha dele estava entrando para isso. Porém minha vontade de fazer justiça era ainda maior. Passava quase das onze quando a reunião acabou, Minerva apenas deu um sorriso para nós como se aprovasse nossa presença ali. Alice e Frank vieram nos cumprimentar, eu me sentia exausta mental e fisicamente, antes de descermos meu pai nos parou.

-Vocês tem certeza disso?

-Não podemos mais fugir do que está acontecendo, tio- Ingrid que respondeu e então ele olhou para mim.

-Você é mais teimosa que sua mãe- E então me abraçou.- Ela vai me matar quando souber

-A gente vai se cuidar papai, sei que vamos- Sorri confiante.

-Sei que sim. Ainda preciso resolver algumas coisas antes de ir para casa, você me espera?

Eita.

-Ahn, vou dormir fora- Apenas falei e ele deu um olhar  mortal a Sirius e senti meu namorado se arrepiar do meu lado.

-Amanhã. Vocês dois em casa. - Ele falou calmo, calmo demais para meu gosto e saiu.

-Já sabemos a arma secreta da Ordem –James disse saindo da sala- Esse olhar do Senhor MacLaine.

-O olhar “se você encostar na minha filha já era”- Remo completou e rolei os olhos.

-Seus exagerados.

-Eu vi minha vida passar diante dos meus olhos- Sirius falou com a mão no peito.

-Credo Sirius- Repreendi já do lado de fora, as lojas estavam fechadas- Nos vamos amanhã?

-Pode deixar, até casal, se comportem- James alertou – Vou levar Lily até a casa dela.

-Eu levarei Remo até sua humilde residência- Ingrid anunciou.

-E eu vou escoltar Sirius até a dele, só por precaução.

-Lógico, não vá atrasar ele amanhã, Mari –James falou rindo. Fomos até a moto de Sirius, céus por vezes pensei que ele amasse mais esse troço que a mim.

-Vamos para casa então?- Ele quis saber me dando um capacete, meu coração deu um pulo.

-Vamos.         

            Ok, andar de moto era quase tão emocionante quanto voar numa vassoura,  sentir o vento ainda mais no verão era incrivelmente satisfatório, e eu adorava segurar a cintura do meu namorado com força, cada vez mais caía a ficha que estávamos ali, prestes a dar mais um passo na nossa relação, eu respirava cada vez mais rápido quando o vi estacionar no meio fio de uma rua sossegada perto do rio Tâmisa, era um lugar adorável onde ele morava, eu havia ido ali algumas vezes com o pessoal, mas sozinha só uma vez no meu aniversário, e como moradora ali, era a primeira vez.

-Tudo bem ?- Sirius indagou saindo da moto.

-S- sim... Lembrei que não trouxe nenhuma roupa- Sirius se aproximou de mim, o rosto estava a milímetros de distância do meu.

-Isso é o de menos, estou tão feliz que vocês está aqui comigo- E então me beijou.

            Meu relacionamento com Sirius consistia em vários tipos de beijos: Houveram aqueles desajeitados no início, quando estávamos nos acostumando um com o outro, os rápidos demais de quando namorávamos escondidos, os mais lentos e românticos e esse que faziam minhas pernas bambearem, eu sabia exatamente o que ele queria dizer com esse.

Eu te quero

Eu literalmente ficava sem fôlego com a urgência desse beijo, suas mãos apertando minha cintura e me puxando para si, na hora cruzei minhas pernas em sua cintura, esqueci que estávamos no meio da rua, eu praticamente grudada em seu corpo enquanto nos beijámos sedentamente, me afastei para recuperar o fôlego mas eu acariciava o braço de Sirius, rocei meu nariz no seu pescoço sentindo seu perfume.

-Vamos entrar ou não vou me conter- Ele disse com a voz entrecortada, ele sempre fora tão controlado e seguro de si parecia agora tão ansioso quanto eu,  fomos quase correndo para dentro, gostava como aquela casa estreita fora transformada em duas, com Sirius morando no andar de cima, estávamos tão afobados que tropeçamos várias vezes na escada, ele tentava abrir a porta enquanto eu lhe enchia de beijos e mordidas.

-Bem vinda, ao seu lar- Ele disse exageradamente enquanto dava passagem para eu passar, eu já havia entrado várias vezes, inclusive ontem porém a situação aqui era completamente diferente, agora eu entrava também como moradora também.

            Ao perceber esse fato meu coração começou a bater mais rápido, ainda bem que estava escuro porque senti meus olhos arregalarem... Ai caramba morar com alguém era algo além, Sirius realmente conheceria minhas manias, a gente iria conviver a toda hora e isso queria dizer....

-Hey, que tal ir pro quarto?- Senti sua respiração no meu pescoço e tremi por completo por mais nervosa que eu estivesse não conseguia resistir ao meu namorado, virei me de frente pra ele e pulei em seu colo, fomos atrapalhadamente para o outro cômodo entre beijos e camisetas arrancadas, só a luz de fora iluminava o quarto mas pude ver seu olhar faminto para mim, caímos na cama e já o vi tirando sua camiseta e calça, mordi o lábio inferior bendito seja o quadribol que deixou Sirius ainda mais atraente , voltamos a nos beijar enquanto eu passava a mão por seus músculos dos braço, abdome e costas. Não era nada exagerado mas ainda sim era algo a ser admirado e não contive os suspiros eu sentir o peso do seu corpo no meu e inconscientemente arqueei as costas enquanto suas mãos exploravam meu corpo até chegar no zíper do meu jeans puxando com destreza das minhas pernas, um arrepio tomou conta de mim e não pude evitar a enxurrada de pensamentos virem, eu ainda não estava acostumada com essa nossa intimidade, e se morássemos juntos seria algo que eu teria que me acostumar, eu o veria em situações de intimidade e vice versa, agora mesmo por exemplos o que estávamos prestes a fazer eu o veria sem roupa... Merlin eu também teria que tirar minha roupa e definitivamente eu não estava preparada para isso, e além da nudez eu veria o tamanho do...

            Minha respiração começou a ficar descompensada, mas não de um jeito bom, o ar parecia ter fugido de mim , minha cabeça girava por completo, meu estômago revirava e meu corpo suava, na hora Sirius percebeu e se afastou um pouco.

-Mari, você está bem?- Ele quis saber preocupado

-Preciso sair daqui- Me levantei quando empurrando-o fui para a sala começando a andar de um lado para o outro, senti que Sirius vinha logo atrás.

-Mari, respira fundo, lembra?- Ele disse segurando minha mão e me fazendo parar, ele já conhecia minhas crises- Um... Dois...

-Três- Completei respirando fundo.

-Senta aqui no sofá que vou pegar uma água – Sua voz me tranquilizava, fiz o que ele pediu mas os sinais da crise ainda estavam ali, eu não parava de balançar a perna e me sentia zonza, felizmente ao beber água pude ver o foco voltando.

-Desculpa – Pedi

-Não precisa pedir – Seus dedos passavam pelo meu cabelo- O que aconteceu?

-Me apavorei – Apenas respondi- Desculpa Sirius eu acho que não estou pronta pra... Você sabe. Eu comecei a pensar na gente sem roupa e outras coisas... Acbei surtando.

-Você não quer, é isso?- Ele indagou e me virei de frente pra você.

-É claro que eu te quero... Meu Deus você é melhor que um sorvete, mas não estou pronta agora, eu sei o quanto você queria mas não consigo.

            Sirius suspirou e tirou uma mecha do meu rosto.

-Eu te desejo tanto, Mari. Você mal percebe mas acaba me provocando e céus quando minha imaginação começa a fluir demais... Porém eu te amo e respeito a sua hora e seu corpo. Eu só quero que façamos algo quando você quiser, esse momento precisa ser nosso.

-Eu te amo- Foi o que consegui falar e ele sorriu.

-Sempre, linda- Ele beijou rapidamente meus lábios- Acho que então adiarmos o fato de morarmos juntos.

-Você não vai ficar chateado?

-Ficamos 4 meses separados, um oceano de distância... Acho que nos afobamos demais, mas agora eu vejo que basta estamos bem e juntos já basta. Posso esperar.

-Sirius Black, você é incrível – Abracei seu corpo que estava quente.

-Mariana MacLaine enfrentou Alastor Moody mas não aguentou com a possibilidade de me ver nu, impressionante.

-Bobo

-Sabe o que vamos fazer agora? Cozinhar algum doce, ir para cama conversar até dar sono e dormimos abraçados, o que acha?- Ele sugeriu retribuindo o abraço.

-É uma ideia maravilhosa- Não acreditava  na sorte que eu tinha... E sobre morar juntos poderíamos esperar, afinal tínhamos a vida toda, não tínhamos?


Notas Finais


pois é, não foi dessa vez que nosso casal resolveu juntas os panos... Bom, como deu para perceber a Mari tem TAG, que é o transtorno de ansiedade generalizada e acho que seria interessante abordar isso de maneira mais natural e menos romantizada já que é algo que vêm se tornando comum e é algo que eu mesma tenho.
Maaaas espero que tenham gostado, afinal podemos ver a Ordem da Fênix se formando e com isso... As tretas. Capítulo que vem teremos a narração de outro personagem. Quem será???

beeeeeijos <3


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