1. Spirit Fanfics >
  2. Don't Forget >
  3. Agosto de 1980

História Don't Forget - Agosto de 1980


Escrita por: avengertimelady

Notas do Autor


OEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

como estão vocês leitores lindos? Espero que bem (: preparados para Don't Forget? Paramos quando Sirius recebia uma visitinha do Régulo!
Para esse cap a música Bohemian Rhapsody do Queen me inspirou bastante e acho que ela fica perfeita no cap, então sem mais demora, ótima leitura!

Capítulo 43 - Agosto de 1980


Fanfic / Fanfiction Don't Forget - Agosto de 1980

Agosto de 1980:

 

Mari:

 

-Apelidos? O que você acha?

-Nada ofensivo, lógico. Acho que eu bateria na sua cabeça se você me xingasse. –Respondi honestamente, Sirius então parou para pensar.

-Não, não... Eu estava pensando e se você me chamasse de... -

-Não vou te chamar de Daddy, Sirius; - Fiz uma careta.

-Como você sabe...?

-Ou era isso ou era cachorrão, nem ferando. - Deixei claro, provavelmente eu começaria a rir como fiz quando o vi sem roupa pela primeira vez.

 

Estou gostando disso- Ele falou me olhando intensamente- Como é que nunca falamos disso antes?

-Porque você sempre me viu como uma donzela pura e inocente.- Brinquei indo para seus braços e era verdade, hoje cada um havia conhecido um lado do outro antes desconhecido. Se antes eu o achava irresistível, hoje ele estava uma perdição de tão sensual e intenso, minhas pernas bambeavam só de lembrar da sensação de suas mãos me tocando, do perigo de sermos flagrados e ele havia despertado em mim algo que estava adormecido , ou que eu não me permitia sentir tão livremente que era esse desejo incontrolável por ele, mas como não sentir? Agora mesmo olhando para ele sem camisa, mostrando as tatuagens e algumas cicatrizes.... O que eu não daria para voltarmos lá e sentir seus beijos enlouquecedores, ou sua barba por fazer roçando no meu pescoço...

            Meus pensamentos se esvaíram quando escutamos baterem na porta.

-Quem será uma hora dessas?- Perguntei tensa, na hora nos levantamos com varinhas em punho indo para a sala.

-Quem está aí? –Sirius perguntou com a varinha em riste

-Sou eu, Sirius- Vi o olhar de surpresa do meu namorado.- Preciso da sua ajuda. – Vi Sirius hesitar.

-É o seu irmão, Sirius!- Sibilei baixo.

-Que é um comensal da morte- Ele me lembrou.

-Ah Merlin me poupe- Falei sem paciência, abri a porta para dar de cara com Régulo, havia um tempo que eu não o via, desde que Você Sabe Quem tomou conta do Profeta Diário, agora o Black mais novo parecia tão... Mais velho, eu via olheiras nele, o cabelo curto sempre tão penteado estava levemente mais comprido e desgrenhado, e os olhos escuros perdidos, ele ficou parado nos encarando.

-Entre Régulo.- Falei. Ele entrou lentamente como se tivesse dúvidas que era bem vindo, Sirius o encarava impassível.

-O que você quer? – Si praticamente cuspiu- Veio contar para seu Lorde das Trevas que estamos aqui? Ou para nossa priminha para acabar conosco.

-Si, não fale assim com seu irmão- Pedi colocando a mão no seu ombro.

-Ele é um covarde, Mari! Não soube decidir um lado e acabou assim-Sirius disparou, Régulo  não disse nada, mas seu olhar assustado fez meu coração apertar. Ao contrário de Snape ou Peter, eu sentia uma afeição por ele.

-Régulo, já venho, preciso conversar com seu irmão- Disse o mais educadamente, fiz um aceno para que Sirius fosse comigo para o quarto, ele foi mais resmungando baixo. Chegamos ao cômodo e vi que ele parecia mais um animal acuado, às vezes me assustava quanto ele tinha algumas manias de sua versão animago, achei melhor ir com calma.

-Si- Chamei carinhosamente .

-Não posso Mari, simplesmente não posso... Régulo está do lado deles, e se ele veio...

-Régulo não é assim. Eu sei, você sabe. Ele está perdido Si, e precisa do irmão mais velho.

-Ele acobertou Lestrange desde...- Sirius não terminou a frase, mas eu sabia exatamente ao que ele se referia.

-Mas ele te avisou que Bellatrix queria me machucar caso eu voltasse para Inglaterra. Ele me ajudou a salvar Hagrid naquela batalha horrível em Hogwarts, e se tornou um Comensal para que você não precisa ser um- Lembrei a ele então me aproximei- Escute o que ele tem a dizer, por favor.

-Por que é que você tem que sempre ver o melhor nos outros?- Ele indagou.

-Porque a gente não é só feito de bondade ou de maldade. – Deixei claro, ele me abraçou fortemente.

-Fica comigo?

-Sempre.- Prometi. Nos vestimos de uma maneira mais adequada e fomos para sala, Régulo ainda estava lá, de pé.

-Então, o que aconteceu?- Sirius quis saber sentando no sofá, Régulo ficou na poltrona que ficava de frente para nós, sentei no braço do sofá como de costume. Régulo demorou para responder.

-Se quiser posso ir para o escritório...- Ia dizendo.

-Não. Pode ficar Mariana- Ele disse. – Não sei o que fazer Sirius, toda essa situação está fora do controle.

-Só agora você percebeu?

-Antes eu não fazia nada, e até agradecia, mas agora ele parece estar desesperado para achar algo, não sei o que é. Nem os Comensais mais fiéis sabem, só sei que é algo importante, porque onde ele passa tem um rastro de morte-  Me arrepiei com essas palavras, talvez Sirius tenha notado pois entrelaçou os dedos nos meus, isso não passou despercebido pelo irmão mais novo. – Eu sinto muito naquela noite por vocês, eu não estava acobertando nada, nem sabia o que ele havia feito.

-Tudo bem Régulo, não foi culpa sua- Falei.

-Só depois quando eu soube... Aquilo foi um choque, vi que aquele não é meu lugar.

-E qual seu lugar?- Disparou Sirius.

-Não sei se tenho, mas sei que agora a única coisa que quero é ficar perto do meu irmão.- Ele disse e vi um olhar tão vulnerável em Sirius, ele se levantou para abraçar o irmão mais novo.

-Seu idiota. –Ele disse.

-Sirius por favor não tenho para onde ir.

-Mais alguém sabe que moramos aqui?- Sirius perguntou e fui eu que respondeu.

-Não- Eles olharam para mim- Nos meus arquivos há outro endereço, que moramos no interior da Inglaterra, longe de Ingrid e de James.

-Eu que fiz isso- Régulo disse – Fiquei responsável por ver quais funcionários do profeta eram sangue puro, e no seu estava falando que seu avô é trouxa, e seu pai mestiço- Arregalei os olhos.- Mudei colocando que você era sague puro.

-Oh Régulo- Meus olhos se encheram de lágrimas.

-Você sabe o que fizeram com os outros não é?- Ele indagou e baixei a cabeça, obviamente não haviam notícias, mas o boato era que ou eles haviam sido torturados ou mortos. – Se eu pudesse teria ajudado a todos, mas suspeitariam, então quando vi seu nome na ficha... Não poderia fazer outra coisa.

-Você salvou minha vida- Corri para abraça-lo- Sou eternamente grata.

-Sua família também está segura- Ele garantiu- Por algum motivo ele não consegue sequer chegar perto do ministério brasileiro, muito menos da escola. Assim como Hogwarts.

-Céus, que alívio- Falei sinceramente, minha vontade era de chorar de alegria..

-Eu... Posso ficar aqui?- Régulo perguntou.

-Não precisa nem perguntar – Sirius disse sorrindo. –Eu vou preparar algo para você comer.

-Vem Régulo, vou arrumar algumas roupas do seu irmão e depois mostro aonde você vai dormir- Falei sorrindo, ele foi logo atrás de mim.

-Não sabia que Sirius cozinhava.

-E cozinha muito bem, diga-se de passagem- Comentei- Humm... Acho que essa calça e essa camiseta dos Tornados serve, pode ser.

-Claro- Ele não parecia ainda confortável ali.

-Não se preocupe Régulo, vai ficar tudo bem- Falei o encarando- Você está em casa agora.

-Eu tenho medo, Mariana- Fiz um carinho no seu rosto.

-Todos estamos, mas quando estamos perto de quem a gente ama esse medo diminui, e se transforma em força.

-Sirius é muito sortudo em ter te conhecido.- Dei uma risadinha.

-Que nada, eu que sou por ter me apaixonado por ele, mas não conte nada, ou ele fica convencido- Rimos.

-Algumas coisas nunca mudam.

-Vou deixar você tomar um banho e se trocar, tem o banheiro do nosso quarto e um no corredor, fique a vontade- Falei saindo do quarto e indo para cozinha, Sirius estava concentrado , o abracei por trás.

-Hey você está bem?

-Ainda atordoado... Mas estou feliz que ele esteja aqui.

-Eu também estou- Disse sincera e Sirius virou-se para mim.

-Eu nem perguntei para você se havia algum problema de Régulo ficar aqui, afinal esse apartamento é seu também- Ri de sua preocupação.

-É óbvio que não ligo, ele é seu irmão. – Sirius segurou meu rosto e me beijou.

-Sou muito sortudo de ter te achado- Ele disse e dei uma risadinha, como eu amava escutar essas declarações de amor vindas de Sirius.

-Nunca vou me acostumar em estar apaixonada por você- Comentei.

-Pode deixar que teremos muito tempo para nos acostumar, linda.- Sirius deixou claro me levantando e então me sentando no balcão, nos beijamos mais demoradamente, enrosquei minhas pernas na sua cintura para trazê-lo para mais perto, suas mãos também me apertaram e não segurei o arrepio por todo corpo, só paramos quando ouvimos um pigarro, morrendo de vergonha virei para trás para ver Régulo parado.

-Ah... Desculpa.

-Tudo bem Régulo, o jantar está quase pronto- Falei descendo no balcão e morrendo de vergonha.

-Só por curiosidade, essas cenas serão comuns?

-Não.

-Sim- Sirius falou e cutuquei suas costelas, Régulo deu uma risada curta.

-Só para saber, não que eu não estivesse acostumado com esse tipo de cena em Hogwarts antes de vocês namorarem- Cerrei os olhos para Sirius.

-Eu sei. Eu também, imagine como deveria ser para mim que era da mesma casa- Falei enquanto levitava os pratos para a mesa.

-Não era tão ruim assim- Sirius protestou.

-Teve uma vez Régulo que eu estava voltando de Hogsmead e bem na entrada da Sala Comunal o que eu vejo? Seu irmão dando uns amassos na Marlene Mckninnon.

-Você havia me dispensado para sair com um cara qualquer! – Sirius justificou.

-Isso quando eu não o flagrava ele com alguém no vestiário- Continuei fingindo dramaticidade. Por algum motivo as conquistas anteriores de Sirius não me incomodavam... Tá, talvez com exceção da Marlene.

-Que vergonha Sirius- Régulo zombou parecendo mais leve.

-Vocês dois vão se juntar pra zombar de mim, é isso? – Ele protestou.

-Sim- Eu e Régulo dissemos em uníssono e rimos.

            O jantar se seguiu leve, como se a guerra desse uma pausa e fosse apenas um jantar com o irmão do meu namorado, aos poucos Régulo se soltava, mas percebi uma leve tensão vinda dele. Ainda ficamos um pouco na sala relembrando os tempos de escola até que vimos que já era hora de dormir, Régulo ficou no meu escritório, transformei o divã numa cama.

-Obrigado de novo vocês dois- Ele falou e beijei seu rosto.

-Durma bem, você está seguro aqui conosco.

-Nos vemos amanhã, irmãozinho- Sirius se despediu. Fomos para nosso quarto abraçados, o quarto apesar da janela aberta estava abafado por ser verão, e apesar de tantos acontecimentos eu ainda estava acalorada com minha pequena aventura com Sirius, então tirei minha blusa e o sutiã e isso não passou despercebido pelo meu namorado.

-Adoro quando você dorme assim -  Sirius comentou e  como de costume ficou de cueca apenas,  a luz do lado de fora iluminava nosso quarto, deitamos e ficamos um de frente para o outro, eu fazia um leve carinho no seu rosto enquanto ele estava de olhos fechados.

-Criei dois monstros juntando você e Régulo- Ele comentou ainda de olhos fechados.

-Não é minha culpa se você tinha uma vida de devassidão e imoralidades antes de mim.

-Mas até onde sei foi com você que transei em um corredor semi deserto , MacLaine- Ele deixou claro.

-Touché- Resmunguei- Mas... Você já ficou com mais pessoas que eu.

-Não devem ter sido tantas... Quantos ?

-Contando com você... Três pessoas.

-Você só beijou três pessoas?- Sirius indagou indignado.

-Só. Namoro nunca foi minha prioridade, e nunca chamei atenção dos meninos.

-Me poupe Mari. – Ele disse com a voz cheia de sarcasmo.

-Você por outro lado fazia sucesso com ambos os sexos- Falei

-E isso te incomoda?

-Vou lhe responder com outra pergunta: Você me ama?

-Lógico que sim.

-Então pronto. Quem você já beijou não muda o fato que importa, que a gente se ama- Disse sinceramente- Mas estou curiosa, tem alguém que eu não saiba?  Porque eu cansei de ver você atracado com alguém nas festas.

-Tem um, mas já faz tempo, na verdade foi o primeiro beijo que dei em um cara- Ele disse, e não me surpreendi nem achei estranho. Sempre achei Sirius lindo demais para um gênero só, também não me incomodava.

-James?

-Não! Pontas é meu irmão – Ele me repreendeu- Teve uma vez no quarto ano depois de uma comemoração de quadribol que eu acabei bebendo demais e simplesmente tasquei um beijo no Aluado.

-Oh. Você quase roubou Remo da Ingrid- Repreendi.

-Ele já gostava dela na época e eu... Ainda não tinha me apaixonado por você. Nunca tive problema de beijar um cara ou uma garota.

-Também não vejo problemas. A gente se sente atraído por pessoas, não gêneros- Deixei claro.

-Mas e quem são as outras duas pessoas?

-Ah isso é história para outro dia- Falei sorrindo- Hoje já tivemos emoções demais.

-Você foi incrível hoje com meu irmão- Ele falou e beijei seus lábios.

-Sua família também é a minha, quer dizer, a parte legal- Rimos, então me virei para o outro lado da cama, na hora ele se aconchegou me abraçando.

-E também estou ansioso para colocar em prática mais alguma de nossas fantasias- Ele falou rouco ao pé do meu ouvido, me arrepiei por completo, não ajudou em nada com sua mão fazendo leves carinhos até subir no meu peito e lá ficar.

-Qual a próxima?- Quis saber ansiosa.

-Você escolhe- Sirius respondeu beijando meu pescoço, abri um sorriso.

-Ok, na próxima você vai obedecer tudo que eu mandar- Falei. – Eu estarei no controle  o tempo todo.

-Uau, adoro uma mulher mandona – Sirius disse- Feito, pode fazer o que quiser comigo.

-Logo- Falei. –Agora a gente só dorme porque foi um longo dia.

-Noite linda.

-Noite, meu cachorro- Apesar do calor ele fez questão de me abraçar.

 

...

 

 

            Pensei que teríamos um Domingo sossegado, porém na hora do café da manhã recebi uma carta do Profeta pedindo para eu comparecer ao julgamento de Rodolfo Lestrange, meu corpo tencionou só de pensar em encontrar com ele.

-Eu vou também – Sirius logo disse, mas neguei.

-Não, fique aqui com Régulo e eu vou- Disse não muito confiante, mas tentei disfarçar.

-Se ele estiver lá cuidado, Mari- Régulo alertou- Ele sabe legimiência.

-Não se preocupe, cunhadinho. Tenho uma amiga que sabe ler mentes, treinei um pouco de oclumência- Falei piscando. –Vou indo rapazes, mas volto logo.

-Se cuida- Sirius pediu beijando meus lábios rapidamente.

-Sempre- Disse e então aparatei. Para um Domingo ele está que estava movimentado, tenso... Mais até que o normal. Fui andando até o ministério aonde ocorriam os julgamentos, era perto do departamento dos aurores, então eu sabia o caminho de cor.

-Ora, ora se não é a estagiária MacLaine- Revirei os olhos para Rita Sketeer

-Sou tão jornalista quanto você, Sketeer, com a pequena diferença que sou bem mais íntegra.

-E ingênua- Ela acrescentou. Argh, eu nunca suportei ela, me desvencilhei rapidamente entrando na sala e vi uma mão acenar, arregalei os olhos ao ver James.

-Hey Potter- Saudei – Tá fazendo o que aqui?

-Paisana- Ele apenas respondeu e me sentei ao seu lado, estávamos logo na primeira fileira – Trabalho?

-Sim. Como estão as coisas em casa?

-Ingrid e Aluado estão com Lily, Harry hoje abriu os olhos.

-Oh eu adoraria ter visto- Sorri, eu amava meu afilhado com todo meu coração.

-Assim que der eu e Lily levamos ele até o apartamento de vocês- James disse e fiquei quieta,para minha sorte o ministro entrou seguido por Dementadores, Merlin na hora me senti tão mal, imagens vieram á minha cabeça: o ataque no ministério que causou a ida de meus pais ao Brasil, o chute que Lestrange me deu custando a vida de meu bebê, na hora passei a mão na minha barriga, eu não conseguia deixar isso passar, eu estaria com quase quatro meses, eu poderia estar formando uma família.

-Está tudo bem- James sussurrou apertando a minha mão, tentei me manter firme mas era difícil. Rodolfo entrou e ficou numa cadeira ao centro, uma espécie de gaiola se materializou o prendendo, toda aqueça áurea aristocrata dele havia sumido , Azkaban não fizera nada bem a ele.

-Rodolfo Maximus Lestrange – A voz do Ministro Montgomerry ressoou no recinto- Você está diante do tribunal sob a acusação de incitar ódio à comunidade trouxa, matando inclusive 5 deles em diversos ataques, você confirma isso?

-Com prazer Ministro- Ele disse e então olhou para todos- E farei o que for preciso para limpar o mundo de qualquer imundice, seja nascidos trouxas, mestiços imundos ou até mesmo impedir que a escória nasça – Eu devia estar louca pois poderia jurar que nesta hora ele me encarou, minha vontade era de vomitar.

-Vamos embora Mari.- James pediu

-Não. Eu não arredo o pé daqui- Deixei claro. Essa declaração de Lestrange levou todos a falarem na mesma hora, só se acalmaram quando o ministro pediu silêncio.

-Apesar de suas bárbaries, nós diminuiremos sua pena caso  você diga aonde está... Você Sabe quem...- Lestrange deu uma risada.

-Vocês mal pronunciam o nome do Lorde das Trevas! Se preparem pois a nova era está apenas começando!

-Nesse caso, Rodolfo Lestrange você está sentenciado por tempo indeterminado a passar nas solitárias de Azkaban! Podem leva-lo!- O Ministro disse, ele ria descontroladamente enquanto os dementadores o tiravam dali. Fiquei sentada ali em choque até que senti o abraço de James.

-A gente vai vencer, Mari- Ele disse

-Assim espero- Funguei- Vamos? Você tem que voltar para sua família e eu pra minha.

-Você tá legal mesmo?

-Com certeza, Potter. Obrigada- Sorri um pouco e me levantei, sabia que era errado esconder isso de James, porém quanto menos pessoas soubessem do paradeiro de Régulo, melhor seria. Passei pelo ministro falando em alto e bom som como estavam perto de acabar com a ameaça de Voldemort, quase dei uma risada, aquilo era uma mentira deslavada, ele já havia se infiltrado no Profeta, todos os dias eu via notícias de mortes, mas não poderia publicá-las, era preciso alterá-las como “Trouxa ataca família bruxa e bruxo o mata por legítima defesa” . Voldemort era esperto, ele queria incitar o ódio dos bruxos, eu até agora não tive que modificar nenhuma reportagem, acho que nem conseguiria, estava feliz por terem me mandado para a área de esportes. Nem fiz questão de ir para redação do Profeta, apenas comprei o jornal e aparatei, pó de flu também era muito perigoso. Aparatei de frente para a porta da Senhora Waters, ela havia nos avisado que estaria na casa do filho, logo não parei para cumprimenta-la , abri a porta da minha casa.

-Oi, cheguei- Falei e encontrei Régulo olhando para o lado de fora da janela. – Hey Reg, e seu irmão.

-Foi comprar alguns ingredientes para o almoço.- Ele respondeu, vi tensão no ar. – Como foi no ministério?

-Terrível, nunca vi tantos dementadores e bom... Lestrange teve sua pena.

-Ele e Bellatrix estão insanos- Régulo respondeu- Sirius me contou o porquê ele quase matou Lestrange naquela noite.

-Oh. – Apenas falei, Régulo inesperadamente veio na minha direção e me abraçou.

-Eu sinto muito Mariana. Saiba que eu teria adorado ter um sobrinho ou uma sobrinha- Aquilo havia sido demais para mim, o abracei de volta chorando , aquele assunto ainda tão dolorido. Ficamos um bom tempo em silêncio apenas abraçados, por fim ele se afastou .

-O que te fez mudar, Régulo?

-Não sei se mudei, ainda- Ele admitiu  andando pela sala, ele foi para perto de Ziggy que ficava no canto da sala, ela aceitou de bom grado o carinho dele.

-Você está aqui, isso já basta- Deixei claro – Você mudou.

-Até quando , Mariana? E se ele descobrir? Eu fiz algo ...

-O que?

-Não posso falar, mas se ele descobrir estou morto.

-Régulo ,vai ficar tudo bem...- Fui até ele. – Podemos falar com Dumbledore...

-Não! Eu não sei nem o que estou fazendo aqui...

-Não. Por favor não se atreva- Implorei – Não faça isso com você, com seu irmão.

-Fazer o que?- Sirius chegou na hora carregado de sacolas.

-Nada, meu amor...

-Preciso ir embora, Sirius- Régulo me interrompeu, Sirius o encarou surpreso.

-Do que você está falando.

-Eu aqui... Vocês podem acabar mortos.

-Eu não vou deixar você ir a lugar algum! – Sirius exclamou ficando vermelho, eu estava ficando angustiada.

-Você não pode me salvar! Eu já estou perdido!- Ele deixou claro indo para a porta, mas Sirius o impediu. – Me deixa ir embora.

-Para que? Para acabar em Azkaban como Lestrange? Ou sozinho como ela? – Ele devia estar se referindo a mãe deles- Você tem uma família Rég, nós podemos ser uma família.

-Já é tarde demais- Régulo apenas falou, Sirius o impediu de sair de novo e tudo aconteceu muito rápido, Sirius ergueu a varinha e atacou o irmão que rapidamente se defendeu.

-Parem com isso! – Gritei.

-Fica de fora, Mari!- Sirius gritou e peguei a minha varinha, porém Régulo foi mais rápido e atacou Sirius, ele bateu as costas contra a estante de livros, fui acudir meu namorado, Régulo foi para fora .

-Rég...- Sirius falou deixei ele no sofá e desci as escadas correndo, Régulo ainda estava lá.

-Régulo por favor, não vá embora. – Pedi, ele não me encarava.

-Lembra que eu te disse que você não podia salvar todos os Black, Mariana?- Sua voz tremia. – Espero que Sirius me perdoe, mas pelo menos uma vez preciso fazer algo certo.

-Nos conte o que é, podemos ajudar...

-Ninguém pode. Preciso fazer isso sozinho- Ele deixou claro e então virou-se para mim- Cuide do Sirius, por favor.

-Eu...- Gaguejei- Prometo e nos abraçamos novamente.- Se cuida Régulo. – Ele não me disse nada apenas me olhou rapidamente e aparatou . Eu tinha um péssimo pressentimento sobre o que Régulo faria, e aquilo fez meu coração apertar de uma forma horrível. Subi para o apartamento para ver Sirius sentado, meu coração se partiu ao ver seu rosto molhado de lágrimas, corri para abraça-lo.

-Eu não consegui fazer nada...- Sirius fungou e o apertei ainda mais contra meu corpo.

-Eu sinto muito, meu amor- Falei beijando seus cabelos. Régulo tinha razão, eu não poderia salvar todos os Black, mas se fosse preciso eu cuidaria desta com a minha vida se fosse preciso.


Notas Finais


então é... Sabemos bem o que Régulo foi tentar fazer ): só eu queria colocar ele num portinho e proteger ?

espero que tenham gostado do cap <3 nos vemos semana que vem! beijos !


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...