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História Don't go Breaking my Heart - (Showki)(em manutenção) - 3 - Sem saída


Escrita por: Monchan514

Notas do Autor


☺ 😳

Capítulo 3 - 3 - Sem saída


Fanfic / Fanfiction Don't go Breaking my Heart - (Showki)(em manutenção) - 3 - Sem saída




Jooheon não parava de rir da enorme coincidência.


E se alguém lhe dissesse ainda essa manhã que todos os seus problemas seriam resolvidos como em um passe de mágica, e que tudo ficaria numa boa ele não acreditaria. Tudo aquilo parecia ter sido colocado ali pelos deuses, e ele não deixaria aquela oportunidade passar em branco.


Foi a sua melhor ideia ir depois do colégio para o cyber.  Ele quase nunca ia, mas naquele dia resolveu ignorar as ameaças por parte do irmão de contar tudo para a mãe e seguir em frente. E parecia algo do destino, coisa que ele não acreditava até aquele momento. E agora ele estava no lugar certo e na hora certa, escutando que alguém era louco o suficiente para gostar de seu irmão. Era realmente um mandado dos deuses. 


— Me desculpe, me desculpe, que falta de educação a minha, cheguei me intrometendo e nem ao menos me apresentei – falou se recompondo, ainda com um sorriso nos lábios — Deixe eu me apresentar, eu sou..


— Jooheon —, interrompeu Minhyuk respondendo a pergunta do outro de forma bruta. — Nós sabemos muito bem quem você é.


Jooheon sorriu ao ouvir a resposta de Minhyuk. E  ele realmente não precisava se apresentar, pois não tinha ninguém que não o conhecesse no colégio inteiro. Apenas o quis fazer por formalidade.


— Bem, a chuva está aumentando. Podemos conversar em outro lugar? — sugeriu — Acho que precisamos falar sobre um assunto muito interessante.


— Seja lá o que for, você pode dizer aqui mesmo. — Minhyuk respondeu, notando as feições aterrorizadas de Hyunwoo que nem mesmo conseguia  encarar Jooheon, de tão envergonhado.


— Vamos, irei ser breve, prometo.



°°°



O trio entrou em uma cafeteria mais à frente, escolheram um lugar mais aos fundos, assim a conversa seria mais reservada. 


Jooheon sentou de frente para os dois, percebendo Hyunwoo ainda de cabeça baixa, o caminho inteiro até alí. ainda não tinha esboçado nenhuma palavra desde então, e aparentemente estava muito nervoso, pela maneira como mordia o lábio inferior. 


— Calma, é… como é mesmo seu nome? — perguntou Jooheon a Hyunwoo.


— Hyunwoo — Minhyuk respondeu aborrecido. 


E ignorando a atitude de Minhyuk, Jooheon direcionou-se novamente à Hyunwoo, já com o semblante de alguém notoriamente irritado.


— Me diz uma coisa, ele responde tudo por você? — perguntou. — É o seu papagaio de pirata? Por que até agora não ouvi a sua voz, só ele respondendo por você.


E notando a irritação nos olhos de Minhyuk e nos olhos de Jooheon, Hyunwoo resolveu entrar na conversa, ou no mínimo os outros dois iriam às vias de fato.


— Me desculpe — respondeu o moreno manifestando-se pela primeira vez, ousando olhar nos olhos do rapaz a sua frente. — Mas o que quer? Sei que não nos chamou aqui só pra bater papo, pois nem nos conhecemos.


— Tudo bem, eu vou ser direto, odeio fazer rodeios mesmo — disse se ajeitando e encarando os dois a sua frente. — Quero que saia com meu irmão, ouvi a conversa de vocês e não adianta negar, sei que você gosta dele — apontou  para Hyunwoo.


E logicamente Hyunwoo e Minhyuk não deixaram de ficar totalmente incrédulos, diante de tal pedido, ainda mais sendo ele tão surreal, estavam esperando muitas coisas, mas isso não estava nos planos.


— Sair... com ele? Como assim?


— Saindo oras. Tipo, ir a um encontro, ir ao cinema, dar uns amassos. Essas coisas — disse simplista.


—  E-Eu não posso.


— É, ele não pode —, Minhyuk enfatizou. — E outra, como tem tanta certeza de que era do seu irmão que estávamos falando? Não existe só um Kihyun no mundo.


— Sim, é verdade. Mas só tem um Kihyun marrento naquela escola. Nem pense em me fazer de idiota. Além do mais, porque querem esconder? Eu ouvi. E não vejo problema nenhum. Você gosta dele não é? O que tem de errado? — ele parou um instante olhando para Minhyuk, tendo um estalo, por causa da situação em que encontrou os dois — Já sei, vocês são namorados e vocês estavam brigando por causa do meu irmão. Acertei?! — perguntou confuso com suas próprias teorias.


Minhyuk  praticamente virou um pimentão vermelho, tanto que Jooheon não conseguiu distinguir se era vergonha ou ira, já que o rapaz praticamente levantou de seu assento completamente exaltado.


— Não, ele não é. Mas também não seria da sua conta se fosse. E você não pode chegar aqui e fazer um pedido absurdo desse e-e...


— Ah maravilha, que bom que não são — disse Jooheon fazendo pouco caso das palavras e explosão de Minhyuk. 


— Bem… — Hyunwoo balbuciou meio sem jeito,  analisando a situação por um instante, intrigado com as intenções de  Jooheon.— Mas e você, porquê está fazendo isso, o que ganha? Não acho que isso seja digno de atenção.


— Bem, você conhece a personalidade do meu querido irmão, então acho legal que alguém se interesse por ele de verdade. Me entende? Além do mais, ele é meu irmão e quero o bem dele. Por isso quero lhe ajudar.


— Me ajudar em que? Não quero ajuda em nada.


Como em que?! A se declarar oras. Não me diga que não quer isso. Eu posso ser de grande ajuda.


Minhyuk e Hyunwoo se entreolharam mais uma vez, confusos com a proposta alheia.


— Olha, muito obrigado em querer ajudar mas... não preciso de sua ajuda. E  não, não é isso que eu quero. Garanto que isso foi só um grande mal entendido. E se me der licença preciso ir, estou atrasado para o trabalho.


— Espere, ainda não terminamos.


— Eu já disse tudo o que tenho pra dizer — concluiu, de sua maneira educada porém firme.


Hyunwoo pegou Minhyuk pela mão com pressa, saindo em um piscar de olhos da cafeteria, deixando Jooheon para trás sem reação.



•••


Ao lado de fora da cafeteria e um pouco mais ao longe dali, Hyunwoo andava a  passos largos arrastando Minhyuk pela mão, sem ao menos se dar conta. Só parou quando o mesmo pediu que o soltasse e parasse de puxá-lo.


— Me desculpe, é que fiquei atordoado em ser descoberto pelo irmão dele. Tenho medo que ele abra a boca sobre isso pro Kihyun,  imagina só o mico.


— Percebi, você praticamente me arrastou de lá. — disse alongando os braços, e se virando meio sem jeito e com expressões cabisbaixas para encarar Hyunwoo. — Me desculpe — falou abruptamente, deixando Hyunwoo confuso.


— Desculpar? Pelo quê?


— É culpa minha ele ter descoberto sobre seus sentimentos. Hoje mesmo você puxou minhas orelhas por causa disso  e-e…


— Tudo bem, sei que não fez por mal. Sei também que não faria nada pra me prejudicar. Foi apenas um infeliz acaso o irmão dele passar bem na hora.


— Eu sei, mas eu deveria ter tomado mais cuidado mesmo assim. Obrigado mesmo por não ficar chateado comigo por causa dessa confusão em que lhe meti.


— Não esquenta a cabeça. — tranquilizou o amigo que agora sorria minimamente. — Mas você disse que queria me dizer algo, e o que Kihyun tinha a ver naquela hora?


E mais uma vez as bochechas de Minhyuk tinham ganhado uma coloração, notou Hyunwoo. Ele estava começando a ficar cada vez mais preocupado com a condição do amigo, afinal tinham pegado  chuva suficiente para adoecer.


— Não era nada tão importante. Até esqueci, quando eu lembrar direitinho, eu te conto.


— Tudo bem — Hyunwoo deu de ombros. Arregalou os olhos ao olhar o relógio de pulso e notar que já estava cinco minutos atrasado. — Preciso correr Min, não posso ser demitido — e antes de de sumir ao longe gritou para o amigo — Quando chegar em casa manda uma mensagem dizendo que chegou bem.




— Tudo bem — gritou —, agora corra.




★★★


Na manhã seguinte Hyunwoo não chegou tarde no colégio, pois seu trabalho no restaurante de frango era bem menos pesado e o dono era bastante compressivo e um grande amigo seu, tanto que às vezes o liberava minutos antes do horário. 


Ele chegou em casa a tempo de resolver todos os exercícios e ainda lhe sobrou tempo para encher sua cabeça de caraminholas sobre a conversa que teve com Jooheon. 


Será que ele tinha cometido a pachorra de ter contado tudo para Kihyun, o expondo ao ridículo? 


O arrependimento de ter deixado Jooheon para trás daquele jeito batia muito forte a essas alturas. Deveria ter chegado à uma conclusão amigável sobre aquele assunto, mas seu nervosismo era maior, que se controlou ao máximo para não sair correndo dali. E agora pela manhã estava com os nervos à flor da pele, pois não conhecia Jooheon o suficiente para saber do que ele era capaz.


Chegou à escola com grande cautela,  ficou feliz ao constatar que tudo ainda estava normal. Conseguiu até mesmo ver a chegada sempre impactante de Kihyun, e rodeada da confusão costumeira. Concluiu que tudo ia bem, afinal continuava a ser só mais um entre muitos estudantes, tanto que sentiu envergonhado em ter pensado mal de Jooheon.


Estava tudo normal para Hyunwoo, para sua felicidade, tirando que Minhyuk parecia bem mais quieto que o de costume, algo que o preocupou, mas decidiu não se alarmar, já que o mesmo não estava doente, e se ele estava com um problema logo ele o procuraria. 




Na hora do intervalo, os dois  se direcionavam ao refeitório, lado a lado, silenciosamente quando escutaram ser chamados por ninguém menos que Jooheon, acompanhado por um rapaz sério, de cabelos negros e nariz protuberante, e os dois com cara de poucos amigos.


— Precisamos terminar aquela conversa. Vamos até às arquibancadas — intimou o louro.


Hyunwoo os seguiu sem pestanejar, não queria chamar atenção para si no meio do corredor ao iniciar uma conversa inusitada com o senhor popularidade da escola. Minhyuk o acompanhou igualmente preocupado, já que se sentia tão culpado por aqueles acontecimentos.


°°°


Ao chegarem nas arquibancadas Hyunwoo não se manifestou, esperou pacientemente os dois em sua frente pararem de o medir da cabeça aos pés enquanto cochichavam entre si.


— Então quer dizer que é esse aí? — disse o baixinho de cabelos pretos apontando para Hyunwoo.


— Esse ai não.  Ele se chama Son Hyunwoo. — rebateu Minhyuk irritado com a maneira que os dois se portavam.


— Chang esse é o Minhyuk, papagaio de pirata. Ele responde tudo que é perguntado para o Hyunwoo — os dois riram feito duas criancinhas, deixando Minhyuk a revirar os olhos.


— Muito prazer, me chamo Changkyun — disse o rapaz se direcionando a Minhyuk, esse que apenas ignorou os cumprimentos alheios com toda a arrogância que podia, deixando Hyunwoo preocupado com ações do amigo, e com o que seria deles, caso ficassem irritados.


— Muito prazer, — Hyunwoo acenou com toda a educação que podia. — Mas diga logo de uma vez o que quer Jooheon.


Hyunwoo tentou ser contundente nas palavras e postura, mas só ele sabia como estava tremendo naquele momento. 


— Você sabe o que eu quero. Na verdade eu sei o que você quer, e ainda assim recusa minha ajuda.


— E eu já disse que não. Eu não quero sua ajuda. Nem sei porque insiste nisso, já disse que foi um mal entendido.


Jooheon se achegou, tocando os braços de Hyunwoo, se inclinado próximo ao ouvido alheio.


— Você ainda não entendeu que não estamos negociando — ao falar baixou o tom de voz, soando muito mais ameaçador do que podia. — Ou você faz o que eu estou te pedindo, ou eu dou um jeito dele saber sobre seus sentimentos da pior maneira possível, junto com a escola inteira. Ai você irá preferir afundar a cabeça no asfalto de tanta vergonha. Então aceite logo minha proposta.


Minhyuk que que observava tudo atentamente, ficou perplexo com a mudança de abordagem do rapaz. No dia anterior não havia notado toda aquela aura perigosa, mas ainda assim saiu em defesa de Hyunwoo.


— O que você ganha com isso? — perguntou Minhyuk.


— É assunto meu,  não te interessa. 


— Tudo bem, o que quer que eu faça? — perguntou Hyunwoo, recebendo um sorriso de Jooheon, que parecia satisfeito com a pergunta e atitude.


— Muito bem, agora chegamos no ponto alto da conversa. Só o leve pra sair, vão ao cinema, não sei, use sua imaginação. Acho que eu não preciso lhe ensinar isso, não é mesmo?!


— Mas eu trabalho, sou bolsista na escola, não posso me dar ao luxo de gastar muito dinheiro, só tenho metade da bolsa.


— Se o problema é dinheiro então eu resolvo — falou o loiro ao tirar várias notas da carteira e colocar nos bolsos de Hyunwoo — Acho que isso é o suficiente, não é mesmo?! Me avise se precisar de mais. Mas vou querer resultados.


— Mas...eu não quero seu dinheiro — disse devolvendo as notas.


— Sem mas. Apenas vá e impressione meu irmão, só isso — ditou. — Agora se me der licença, tenho uma comemoração pra fazer.


Hyunwoo apenas suspirou e acenou positivamente, derrotado. Ficou surpreso ao ter os braços de Jooheon o rodeando em um abraço muito apertado. Ele lhe parecia ser tão inocente por causa das lindas covinhas, caso não fosse tão ameaçador.


— Foi bom negociar com você — disse Jooheon ao se afastar.


Os outros dois se retiram dali, ao que ele pôde perceber, felizes da vida. E Minhyuk apenas sentou junto de Hyunwoo, calado – mesmo estando visivelmente irritado – lhe afagando os ombros, parecendo  tão preocupado quanto ele.


— Irá fazer o que ele mandou?


— Não tenho escolha. E o pior de tudo é que nem sei o que fazer. E já tenho tantas coisas pra me preocupar.


— Tente ganhar tempo, apenas finja que irá fazer algo. Quem sabe ele desiste no meio do caminho. 


Hyunwoo não queria admitir, mas apesar do nervosismo, talvez aquele fosse o empurrão que ele precisava para ter no mínimo uma troca decente de palavras com Kihyun. Nunca, jamais tinha ousado pensar em conversar com ele. E ele se sentia eufórico, de algum modo, por mais que tivesse total certeza que Kihyun não seria gentil em suas palavras.


 



Notas Finais


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