História Dont Think They Know - Back to home

P.O.V Liam Payne

- Uhul finalmente folga – Louis gritou enquanto entravamos no camarim depois de termos conhecido algumas fãs do Meet & Great.

- Yeah, é disso que estou falando – Niall se jogou num sofá.

- Para onde vocês vão? – Zayn se sentou ao lado de Niall.

- Praia, claro – disse pegando meu celular em cima da mesinha do meio dos sofás e me sentei ao lado de Harry.

- Liam está caidinho pela aquela garota lá – Niall estalou os dedos tentando lembrar o nome. – Aquela do contrato, Lo... – Dei risada.

- Lola? – Louis disse.

- Isso – Niall olhou para mim – Você vai ir com ela, não é? – Assenti.

- Ela é gatinha até – Harry disse.

- É muito gata – Zayn deu risada.

- Por quê só você e o Zayn tem contrato? Quero uma namorada também – Demos risada de Niall.

- Acho que a Modest não iria enganar ninguém com você namorando – Louis disse rindo.

- Boa – Fizemos um Hi5.

- Hahaha vou até twittar isso – Balancei a cabeça.

- Garotos – Lou colocou a cabeça para dentro da sala – O voo para Londres vai sair daqui duas horas, quem vai ir comece á arrumar suas coisas. A van sai á daqui... – Ela olhou em seu relógio – Meia hora – Lou saiu. Me levantei rápido e comecei á ajuntar minhas roupas que estavam ali.

- I hope you ready, great times are coming... – Niall cantarolou fazendo nós cinco rir. Todos os meninos estavam arrumando as malas para irmos.

Liguei para Lola varias vezes, e nenhuma das vezes ela atendeu. Deve estar trabalhando, depois eu tento de novo. Lola não está atendendo minhas ligações desde Abril, quando brigamos por causa de um boato de que eu estava traindo ela. Já esclareci a historia para ela, ela disse que estava tudo bem, mas então por que não me atende mais?

Os garotos foram conversando durante o trajeto inteiro até o aeroporto. Não aguentava mais ouvir nada vindo deles. Entrei no avião e me sentei sozinho. Passei o cinto depois encostei a cabeça na poltrona e dormi.

(...)

Entrei em casa já largando as malas na sala e discando o numero que não saia da minha cabeça, o numero do telefone de Lola. Aconteceu como das outras vezes, chamou até cair a ligação. Suspirei pensando em coisas boas para não ficar irritado. Subi para tomar um banho quente para esfriar a cabeça.

Vesti um moletom e uma calça jeans. Comi umas bobeiras que achei em meu armário depois liguei para Lola de novo. E sempre a mesma coisa:

“Oi você ligou para Lola Schmitt, não pude atender agora, mas se você deixar seu recado eu posso te ligar depois. É... prontinho!”

Não hesitei em pegar meu carro e dirigir até a casa dela. O caminho inteiro fui ensaiando o que eu iria falar. Deduzi que iríamos discutir um pouco em seguida eu voltaria para casa irado, no dia seguinte Lola me ligaria pedindo desculpas, nos pegaríamos e pronto tudo começa de novo. Esse é o nosso circulo vicioso.

Estacionei na vaga da porta do apartamento 103 depois desci do carro. Vi as luzes do apartamento acesas, mostrando que Lola estava em casa. Toquei a campainha e ela veio me atender.

- Liam? – Sua voz estava mais rouca que o normal, seu rosto parecia cansado e havia olheiras em seus olhos azuis que estavam cinzas. Sua aparência era de quem não dormia há dias.

- Oi Lola – Ela me abraçou forte. – Por que não atendeu minhas ligações? – Entrei antes de Lola fechar a porta.

- Eu desliguei meu celular – Aham, desligou o celular por um mês.

- Não hoje – Nos sentamos no sofá.

- Oh – Lola mordeu o lábio olhando para mim. – Eu não queria ouvir sua voz Liam – Ergui uma sobrancelha. – Eu não queria sentir saudade de você, mas eu senti – Ela segurou minhas mãos.

- Por que Lola? Eu senti sua falta, porque não quer sentir a minha? – ela esboçou um sorriso.

- Minha cabeça está cheia demais, sentir sua falta será demais para mim – A abracei forte pensando em tudo que ela havia passado enquanto eu estava em turnê. Sabia que Lola se sentia sozinha naquele apartamento.

Havia tanto para dizer, para contar, mas neste momento minha cabeça não formula frases, muito menos palavras. Lola estava ali comigo, era tudo que eu queria há uns dois meses. Não sabia se estava a apertando demais, não me importava. Ela descontou a cabeça de meu peito. Olhei para aqueles lábios grossos meio avermelhados, aqueles que apareciam em meus sonhos. Aquele rosto de menina, macio e pequeno. Aqueles olhos azuis, tão azuis quanto o céu. Poderia olha-la por uma semana inteira. Sua expressão estava cansada e preocupada. Seus olhos não estavam fixos em nenhum lugar.

- Lola? – Ela me olhou com os olhos baixos. – Você tá bem?

- Sim eu estou – Ela disse assentindo. – Só um pouco cansada – Ela esfregou o rosto.

- É bom você dormir um pouco não acha? – Ela riu levemente.

- Sim, a melhor opção – Sorri de canto, me levantei e a guiei até o quarto. Lola deitou na cama, a cobri depois. Ela ficou me encarando. – Não vai deitar comigo? – Ela bateu no travesseiro ao seu lado.

- Claro – Tirei meus tênis e entrei de baixo da coberta com ela.

Ela se aconchegou em meus braços fechando os olhos. Fiz carinho no cabelo dela até ela cair no sono. Ela devia estar cansada do trabalho, ela me contou, dias atrás, que sua carreira estava decolando. Lola desfilou para mais de quinze marcas diferentes, só nestes meses que passei fora. Eu estava orgulhoso dela e feliz por suas conquistas. Mas ainda acho que esse baque está a matando, porque ela ainda tem a faculdade e os ensaios fotográficos.

Não consegui dormir, me levantei da cama, calcei meus tênis e fui para a sala. Liguei a TV depois de deitar no sofá. Zapeei os canais até achar algum filme. Como não achei nenhum que me interessasse, acabei por deixar no Dicovery Channel que passava um programa de um cara que estava vivendo na floresta. Suspirei descolando os olhos da televisão. A mesa de centro estava cheia de papeis. Trabalhos de faculdade, contratos, contas, envelopes com as bocas rasgadas e vazios. O tédio me levou á fuçar ali.

nome de Lola e os dizeres: Anatomia humana, ponto de vista etimológico. Folhei as paginas sem ler nada. Cansei só de imaginar ter que escrever tudo aquilo. Quando fui colocar de volta á mesa o trabalho, sem querer derrubei o peso que estava no meio da mesa sobre os papeis. A bolinha de cristal caiu no tapete, eu a ajuntei e coloquei em seu lugar.

Coloquei os cotovelos na perna e segurei meu rosto com as mãos. Sai do sofá andando em direção ao quarto de Lola. Quando cheguei lá ela ainda estava dormindo. Me sentei na beirada da cama e acariciei o rosto dela com meus dedos. Ela reagiu com um suspiro. Meu celular escorregou de meu bolso fazendo um barulho alto quando caiu no chão. Lola deu um pulo.

- Droga – xinguei ao pegar meu celular no chão. Havia uma folha dobrada debaixo da cama, a peguei a folha nas mãos

- O que aconteceu? – Lola esfregou os olhos. Olhei para ela, ela estava suando e vermelha. Saint Mary Hospital London era o que estava escrito nas costas da folha. – O que é isso? – Lola arregalou os olhos.

- Você está doente? – estiquei o braço para ela não tomar a folha da minha mão.

- Me dá isso Liam – Lola levantou da cama vindo atrás de mim. Me virei de costas impedindo ela de tomar a folha. Abri o papel. Passei os olhos rapidamente pelo papel, parecia um tipo de exame. Paola Hellizabeth Schmitt, foi uma das únicas coisas que eu entendi dali. BETA HCG QUALITATIVO: MATERIAL- SANGUE, METODO-IMUNOCROMATOGRAFICO, RESULTADO: POSITIVO. Olhei incrédulo para a menina ao meu lado. Minhas mãos tremiam, minhas pernas se mal sustentavam.  

- Lola você está grávida? – Ela estava com uma mão tapando a boca, seu choro era alto e angustiante.