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História Don't you remember? - Capítulo 1


Escrita por: SheCami e lisboayprofesor

Notas do Autor


Oii! Faz tempo que não escrevo, mas tive essa ideia e resolvi tentar desenvolver.

Espero que gostem ❤ Obrigada por ler ;)

Capítulo 1 - Capítulo 1



Era uma manhã quente de primavera em Madri. O despertador toca ao lado da cama e Raquel resmunga algo e tenta desligar o som que atrapalha seu sono.

Ela vira para o lado se espreguiçando e abraça seu marido, que ainda está um pouco sonolento.

- Bom dia. - Ela diz com a voz ainda rouca e beija sua nuca. Sérgio se vira e a abraça.

- Bom dia, meu amor. - Ele dá um selinho suave em seus lábios e encosta sua cabeça na dela, tentando recuperar forças para levantar da cama. - Não quero trabalhar, quero ficar aqui com você o dia todo. - Sérgio diz baixinho em seu ouvido.

- Uhuum, eu também, mas temos que levantar e levar Paula para a escola. 

Ainda abraçados, eles levam um susto quando sua pequena filha de 4 anos entra no quarto gritando.

- Mamãe, papai, acordem! - Ela ri alto e pula na cama abraçando os dois.

- Cariño, bom dia. - Raquel beija a pequena e a abraça.

- Já estamos levantando, pequena. - Sérgio beija a cabeça da filha e faz cócegas em sua barriga só para poder ouvir aquela gargalhada que ele tanto ama.

E os três ficam assim por alguns segundos na cama, ainda deitados com Paula no meio, tentando se levantar para um dia agitado.

Se Sérgio soubesse que essa seria sua última vez com sua esposa antes do acidente, se ele soubesse que seria a última oportunidade de abraçá-la e dizer que a ama, ele não teria deixado Raquel sair da cama naquele dia.

Raquel abre os olhos com dificuldade. Uma luz cega seus olhos e ela se pergunta onde está. Ela examina a sala e se dá conta de que está no hospital. A sala é clara e fria, ela está usando roupas de paciente com aparelhos ligados nela. Ela se pergunta o que aconteceu para ela estar aqui. Tenta se lembrar de algo mas não consegue. Ela senta na cama e pensa em chamar alguém. Uma enfermeira entra logo em seguida.

- Olá, Raquel! Como você está se sentindo? - Ela pergunta com um leve sorriso.

- Eu.. Eu estou confusa e com dor de cabeça. O que aconteceu?

- Você sofreu um acidente de carro, numa perseguição, eu acho. E fraturou a cabeça. Você é policial, não é?

- Sim. - Ela responde ainda rouca. - Onde está meu parceiro? Ángel.

- Ele está bem, sofreu ferimentos leves. Vou chamar o médico para te explicar tudo. Ah! E o seu marido quer vê-la. - A enfermeira sai da sala.

Meu marido? Eu tenho um marido? Raquel se questiona preocupada. Por que eu não me lembro? Ela passa a mão pelos cabelos tentado tirar aquela dor que persiste em sua cabeça.

A porta se abre novamente e um homem alto, de terno, com uma barba mal feita e de óculos entra na sala.

Ele parece preocupado, e é bonito, pensa Raquel.

- Raquel, cariño. Como você está? - Ele anda até ela com olhos preocupados e cheios de dor.

- Quem é você? - Disse confusa.

Ele para perplexo e tenta falar alguma coisa.

- O que... sou... sou eu! Sérgio! Seu marido...

Ele está entrando em pânico agora, Raquel sente pena dele, mas ela não pode ajudar, ela está confusa também.

- Eu não me lembro de nada, só me lembro que entrei no carro com Ángel e agora estou aqui.

Sérgio passa a mão pelos cabelos sem saber o que fazer, sem saber como ajudá-la, e murmura algo para si.

- Não pode ser, não pode ser...

O médico entra e tenta acalmá-los.

- Sr. Marquina, venha comigo, por favor. - Eles saem da sala deixando uma Raquel confusa para trás. - Sua esposa sofreu lesões sérias na cabeça e talvez tenha perdido parte da memória.

Sérgio ouve aquilo com um aperto no peito, pronto para quebrar alguma coisa.

- Vamos fazer alguns exames e ver o quão grave é. Te manteremos informado. E dê um tempo para ela se acalmar e ter alguma clareza. É possível que sua memória volte logo. - O médico lhe dá um olhar de compaixão e sai pelo corredor.

Sem saber o que fazer e o que dizer a Raquel, ele liga para a melhor amiga dela. Mônica. Só ela pode acalmar Raquel agora.

- Mônica? Raquel acordou! Ela não se lembra de nada, Mon, nada. - Ele começa a chorar ali mesmo, sem saber o que fazer. A sorte é que sua amiga está no outro lado da linha e está correndo para o hospital para ajudar.

- Acalme-se, Sérgio, estou indo! Quer que eu leve a Paula também?

- Não! Não quero que ela veja a mãe confusa assim!

Ele desliga e tudo o que consegue pensar é o que está acontecendo com sua vida. Ontem à noite ele estava indo dormir com a mulher mais maravilhosa que ele já conheceu, e agora ela mal se lembra dele.

Ele passa as mãos pelos cabelos, desesperado, e tentando segurar o choro na garganta.

Em menos de 20 minutos Mônica já está no hospital procurando por Sérgio.

- Sérgio! - Ela chama, Daniel está logo atrás dela.

Sérgio só consegue abraçá-la e chorar. Ela o conforta como pode, pedindo calma e paciência.

- Shhhh. Eu vou falar com ela, vou ver como ela está. Ela está viva, Sérgio, é isso que importa.

- Mas ela não se lembra de mim, Mônica. Não se lembra de nós, do que construímos. Como eu posso viver com isso? - Ele tenta falar em meio ao choro.

- Vai ficar tudo bem, Sérgio. Eu vou falar com ela e ver se podemos ir para casa. O Daniel vai ficar com você. - Ela segura o rosto do amigo, tentando acalmá-lo. - E não faça nenhuma besteira! Pense na sua filha.

Mônica entra na sala com cuidado para não assustar Raquel.

- Mônica! Finalmente algum rosto familiar.

Essas palavras cortam o coração de sua amiga. Ela não se lembra dele mesmo. "Pobre Sérgio, nunca o vi tão transtornado", ela pensou.

- Amiga! - Ela abraça Raquel. - Está tudo bem?

- Sim! Mas me conte o que está acontecendo, ninguém me fala nada. - Ela pede, preocupada.

- Você sofreu um acidente de carro numa perseguição policial com Ángel. E agora não se lembra de muita coisa.

- Aquele homem disse que é o meu marido. É verdade? Eu nunca o vi na vida, Mônica.

- É verdade, Raquel! Você e Sérgio estão juntos há 6 anos. Vocês têm uma filha, Paula, de 4 anos.

Raquel começa a chorar.

- Como eu não me lembro da minha filha? - Ela está aos prantos agora. - Eu quero vê-la, quero ver a minha mãe também.

- Acalme-se Raquel, já vamos para casa. - Mônica a abraça tentando reconfortar a amiga.

Depois de um tempo, ela sai para falar com Sérgio.

- Sérgio, é melhor você ir para casa, descansar um pouco, ficar com Paula. Eu fico aqui com a Raquel. Amanhã ela recebe alta e podemos ir todos para casa.

Mônica diz ao amigo que agora está um pouco mais calmo.

- Você tem razão, Mônica. Acredito que ela também não quer me ver agora, não é? - Ele pergunta, decepcionado.

Mônica balança a cabeça, triste.

- Agora você vai ter que ter paciência com ela, Sérgio! Ela está frágil e não se lembra de nada, nem de Paula. Ela está se culpando por não lembrar da filha. Você vai ter que ser forte por ela.

Sérgio engole o nó na garganta e a vontade de chorar de novo.

- Você tem razão, vou dar espaço pra ela. - Dizendo isso ele sai desapontado pelos corredores.


Notas Finais


Até a próxima! Me desculpem por qualquer erro, bjs <3


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